domingo, 19 de dezembro de 2010

Paz

Paz: artigo de luxo. Desde 11 de setembro de 2001, paz é o que mais se quer, o que mais se procura. Pessoas se vestem de branco, empunham cartazes e pedem paz no morro, paz no Oriente Médio, paz nas escolas, paz em todo lugar onde haja possibilidade de conflito ou onde o conflito já dê as cartas.
A utilidade disso tudo? Relativa. As manifestações são muito bem intencionadas, por vezes emocionantes, mas a opinião pública infelizmente não tem poder de veto, apenas pressiona. Sei que pressionar é importante, mas a coletividade não tem conseguido provocar grandes comoções em quem realmente decide as guerras. Se a gente quer mesmo ser útil, poderíamos começar tentando ficar em paz consigo mesmo e com os outros, uma coisa que parece tão comum e que na verdade é tão rara.
Paz se pratica no dia a dia, dentro da família, com os amigos, no local de trabalho, na beira da praia, nas filas, no trânsito. Não adianta vestir branco numa passeata e depois soltar os cachorros em quem lhe cruzou a frente do carro. Grande porcaria empunhar um cartaz dizendo "Fora Bush" se meia hora depois este pacifista estará sendo prepotente dentro do escritório em que trabalha. O que mais vejo é gente que se diz do bem, mas que no cotidiano abusa da grosseria.
Quer fazer alguma coisa pelo mundo? Comece deixando os outros em paz. Não os iraquianos ou uma tribo indígena, mas os outros coladinhos em nós: Paulos, Flavias, Rodrigos, Silvanas. Nós sempre temos uma alfinetadinha guardada na manga, uma fofoquinha aparentemente indolor para passar adiante, uma criticazinha construtiva pra doar generosamente. Se fôssemos pacifistas mesmo, saberíamos que nem toda intromissão é bem-vinda e seríamos parceiros apenas de risadas, confidências, dores e entusiasmos, o que já é bastante coisa.
E trate de cuidar da sua paz também. Quantos, numa passeata em “Trafalgar Square” ou na Avenida Paulista, estão em paz? Você se sente em casa dentro do seu próprio corpo? Muitos não passam de hóspedes de si mesmos. Estar em paz é aceitar serenamente que você não tem todas as armas para conquistar o que deseja, não tem munição suficiente para levar todos os seus planos adiante e não
possui um exército que diga amém para todos os seus delírios.
Você está só e é um sujeito heróico dentro do possível. Costuma ir à luta por um emprego, por um amor, por grana, por objetivos razoáveis, e quando não dá certo, não dá, e quando se erra, paciência, e quando acerta, oba, e quando está cansado, se recolhe, e quando está triste, chora, e quando está alegre, vibra, e quando enxerga longe, vai em frente, e quando a visão embaça, freia, e quando está sozinho, chama, e quando quer continuar sozinho, não chama.
Primeiro passo para a paz: reconciliar-se consigo próprio. É o que a gente pode fazer de mais concreto, por mais abstrato que pareça.

Fonte: Martha Medeiros.

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Administração Eficiente para Pequenas Empresas

Inúmeros são os objetivos das empresas. De um modo geral, podemos dizer que elas precisam atender metas de produção, comercialização e vendas, montar e executar um bom planejamento de marketing, dentre outros. Entretanto, nada disso é possível se não houver uma administração eficiente por trás, que possa monitorar todas as outras atividades ditas burocráticas de maneira rigorosa. Nessa ótica, as empresas estão cada vez mais apostando na administração multifuncional com domínio de fluxo de caixa, controle de custos e despesas, construindo um planejamento orçamentário com base nos dados contábeis da empresa.
A competitividade entre as empresas micro, pequenas e médias tem sido grande e garantir a sobrevivência das empresas chega a não ser uma tarefa assim tão fácil como se possa imaginar. Daí a busca por maior administração dos processos internos através do tripé – Contabilidade, Custos e Finanças.
Conhecer e entender os números gerados pela contabilidade e elaborar um bom planejamento financeiro é fundamental para alcançar as estratégias de curtíssimo, curto, médio e longo prazos, com projeções de investimentos e financiamentos. O setor contábil é estratégico. Se bem estruturado, é capaz de proporcionar ganhos no desempenho das áreas administrativa, financeira e tributária. Assim, o planejamento financeiro dentro da empresa é essencial, com os recursos bem dimensionados darão sustentabilidade aos negócios. Falta de capital e descontrole financeiro tem vitimado empresas há muito tempo.
Para atingir esse estágio as empresas precisam contar com profissionais que tenham conhecimentos em contabilidade, administração, economia, tributos, finanças, matemática financeira, orçamento. Além de focar em custos e formação de preços, deverá ter visão sistêmica, equilíbrio emocional e extrema atualização tecnológica. Ou seja, buscar profissionais polivalentes para combater a polivalência do mercado e da concorrência.

domingo, 10 de outubro de 2010

A Fisionomia do Brasil na Ótica das Eleições

Há poucos dias, em três de outubro tivemos um espetáculo de democracia no país.
Pois bem, será que apenas ir às urnas cumprir uma legislação que nos obriga a comparecer aos escrutínios para sacramentar a “nossa vontade” seria mesmo um ato de espetáculo democrático? Ou ao contrário, se prestarmos a devida atenção nos fatos que ocorreram durante a campanha em nossa pátria amada nos anima mesmo a festejar uma verdadeira democracia? Ou será que uma democracia plena não seria algo completamente diferente. Algo muito mais sério, muito mais honesto, muito mais público, muito mais livre, do que isto que muitos insistem em chamar de espetáculo da democracia.
Lembram-se? Não faz muito tempo prometeram-nos o espetáculo do crescimento, a erradicação da fome ou da miséria, a melhoria dos serviços de segurança pública, a melhoria na educação, a melhoria na saúde, etc.
Para os atuais governantes tudo estava errado. E para que tudo virasse da cor vermelha ou cor de rosa como a Ex-ministra Marina gosta de salientar, era somente votar num determinado partido, num determinado presidente sem instrução suficiente que tudo se tornaria cor rosa para não dizer vermelho mesmo e que assim todos os problemas dos brasileiros iriam chegar ao fim. Na realidade as coisas não acontecem assim!
Mas, voltemos à democracia. O brasileiro, mesmo alguns mais letrados, não sabe e não entende o que seja realmente democracia. Falamos muito aqui em baixo que democracia é quando o direito de um termina enquanto o direito do outro começa. Verdade ou mentira?
Nem uma coisa nem outra. A verdade é que uma democracia é muito mais que uma frase feita. Democracia é cumprir as Leis, por mais simples ou mais complexas que sejam. Democracia é saber que existem regras e que elas são escritas para o desfrute e o alcance a todos nos momentos de direito e nos momentos em que o direito agora é de outro, ou está do outro lado, desde que seja realmente escrito dentro do sentido e dos preceitos realmente democráticos.
Tentar ou mesmo querer se perpetuar no poder seja ele de natureza público ou privado, não faz parte do processo democrático. Leis mal elaboradas, mal escritas ou viciadas para favorecer algum tipo de segmento da sociedade, não fazem parte da democracia. E tudo isso, para dizer que a democracia está junto de nós em nosso dia a dia, dentro de nossas casas (o estado em miniatura), na rua em que moramos (o estado um pouco mais ampliado), na cidade em que vivemos (o estado ampliado) e no país em que vivemos ou nascemos (o estado na sua essência, na sua plenitude).
Democracia, é ser colaborativo em todos os sentidos. É cumprir com nossas obrigações de cidadãos. É estudar, trabalhar, cumprir as regras da casa, da escola, do trânsito, etc. Respeitar o professor nas escolas, respeitar os pais dentro de nossas casas, respeitar os mais velhos, respeitar as crianças, fazer valer a dignidade humana em toda a sua dimensão. Vale o homem, vale o consumo não exagerado, pois estamos numa sociedade dita moderna onde o consumo é inerente a este tipo de sociedade em que vivemos, porém, com a devida parcimônia. Democracia é reconhecer que um cidadão pode ter recursos financeiros quando é algo digno, proveniente de seu trabalho honesto e não proveniente de fontes escusas.
Mas democracia é, antes de tudo, uma boa educação, que não seja partidária ou sectária, mas que seja plural e verdadeira deixando que o próprio aluno tire suas próprias conclusões diante da pluralidade das informações e do conhecimento adquirido.
Estar sintonizado ou conectado nas tecnologias e ter acesso a elas também é democracia e também é um direito como o de respirar, por exemplo, desde que o ar não esteja poluído. E a daí surge a democracia ecológica. Não podemos democraticamente permitir que o planeta seja destruído. Apesar de o planeta ter a proeza de regenerar-se, não o podemos maltratar a ponto de destruí-lo, porque nos destruímos também. Temos o dever de proporcionar-lhe a chance de auto-regenerar-se.
Vendo o que acontece em nosso país, e o que ocorreu nesse primeiro embate eleitoral e considerando tudo o que foi dito acima. Vejo com muita tristeza que temos ainda um país com uma fisionomia muito feia, tosca ainda, e tentam nos dizer que está tudo muito bem e que é somente ir em frente que tudo dará certo.
A vida passa, assim como passam os governantes e como fato contínuo no processo dos mortais, de que tudo passa, de que tudo muda a cada instante, é que precisamos entender que mudar sempre será preciso e que por isso mesmo, teremos que nos preparar para isso. E diante disso: como nos preparar?
Certamente pelo processo colaborativo da educação, pois sem educação não há mudança, não há progresso, não há estratégia, não há o sentimento de saber qual o momento da mudança e se a mudança está no compasso e na direção certa, sem que ninguém nos diga qual é o nosso momento e qual é o momento da sociedade fazer a mudança.
Assim, através de uma boa estrutura educacional saberemos individualmente para onde deveremos caminhar e para onde e para quem estamos construindo o caminho. Ou seja, para alguns de agora ou para as gerações futuras, que precisarão dar continuidade ao que realmente estivermos fazendo de bom hoje. Construindo assim uma sociedade para a qual as próximas gerações não tenham o fardo de se ajustar nas mudanças de seu tempo e ainda carregarem o fardo que por nossa ignorância ou incompetência deixaremos a eles construírem.
Democracia é isso. É pensar na gente. Mas, principalmente, pensar no próximo e no que deixaremos para o futuro.

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

O Equívoco da Popularidade do Presidente Lula

A mídia vem tratando muito estranhamente a questão da popularidade do presidente Lula, que em minha opinião há um tremendo equívoco, ou seja, da maneira como se informa a popularidade ao povo brasileiro não há sustentabilidade estatística.
Na última pesquisa, a 104ª, divulgada pela CNT/SENSUS a informação vem assim estratificada: 39,5% para Ótimo; 38,8% para Bom; 15,9% para Regular; 03,9% para Ruim e 01,9% para Péssimo.
Vejam o que vem a ser cada uma dessas medidas: Ruim e péssimo – todos sabem - as palavras dizem por si. Bom – é simplesmente bom - nada mais. Regular - apenas regular – passa raspando; e Ótimo – é o que todos queremos - porém pertence à casa dos 39,5%. RESULTADO: 39,5% de ótimo não correspondem a 78,3% de aprovação como ótimo, como é veiculado e apregoado pela mídia de um modo geral.
Imagine caro leitor se você tivesse uma empresa e procurasse vender 78,3% de seus produtos como ótimos, já que eles representam apenas 39,5%. Você estaria incorrendo em um erro de mercado vendendo o dobro da quantidade de seu produto como ótimo ou de excelente qualidade, sem realmente o ser. Porém, ao chegar o produto ao mercado, no consumidor final, tudo isso vai ser percebido. O consumidor vai perceber que foi enganado e que foi vítima de propaganda enganosa.
Sendo assim fica perceptível a razão das estradas esburacadas; da saúde em cacarecos; do caos na segurança pública; a educação de péssima qualidade; a falta de ética na política; a corrupção lastrada nas instituições; os valores da sociedade em baixa; a inexistência de infra-estrutura; o esgoto a céu aberto nas cidades; a juventude descrente, e outras mais.
É por essas e outras que a China, nossa concorrente direta, vem nos tirando de lado e minando categoricamente o mercado brasileiro em vários países da América do Norte, da Europa, da América Latina bem aqui do nosso lado, e bem aqui, dentro do Brasil.
Da mesma forma vende-se a Petrobrás como a segunda maior empresa de petróleo do mundo, o que não corresponde à verdade. A Petrobrás apenas captou recursos vultosos para prospecção do óleo do pré-sal. Para isso se concretizar há dois cenários: o pior deles, o que se pode imaginar, é que o resultado do pré-sal vai ser muito aquém daquilo que se espera. O que poderá acontecer é que a Petrobrás irá alocar uma quantidade imensa de recursos financeiros, fazer um esforço tremendo em novas tecnologias para extrair o petróleo do fundo do pré-sal e na hora da verdade se perceber que não tem tanto óleo assim ou o óleo é muito difícil de ser extraído e, por isso mesmo, muito caro, ou seja, acima da cotação média internacional. Isso deverá derrubar as cotações das ações da empresa, mas não será uma tragédia. Tornará um mau investimento para a empresa, com repercussões negativas, naturalmente, por um bom tempo nas cotações das ações.
Por outro lado, no melhor dos cenários, a Petrobrás se tornaria, daqui a cinco anos, uma das maiores empresas produtoras de petróleo do mundo. Comparada às grandes petrolíferas americanas, às empresas árabes de petróleo ou até mesmo superar em larga escala a sua principal concorrente que é a Venezuelana PDVSA.

domingo, 19 de setembro de 2010

Palavras de Bill Gates

Em uma apresentação sob a forma de conferência em uma escola secundária americana, Bill Gates listou vários conhecimentos que os alunos não aprenderiam nas escolas. Ele discorre sobre como a “Política Educacional de Vida Fácil para as Crianças” é nociva e tem, por isso mesmo, criado gerações sem conceito da realidade, portanto, levando as pessoas a falharem em suas vidas posteriores à escola.
Assim diz Bill Gates:
. A vida não é fácil. Portanto, acostume-se com isso.
. O mundo não está preocupado com a sua auto-estima. O mundo espera que você faça alguma coisa útil por ele, antes de sentir-se bem consigo.
. Você não ganhará R$20.000,00 por mês assim que sair da escola. Você não será vice-presidente de uma empresa com carro e telefone à disposição, antes que você tenha conseguido comprar seu próprio carro e telefone.
. Se você acha seu professor rude, espere até ter um chefe. Ele não terá pena de você.
. Vender jornal velho ou trabalhar durante as férias não está abaixo de sua posição social. Seus avós têm uma palavra diferente para isso. Eles chamam isso de oportunidade.
. Se você fracassar, não é culpa de seus pais. Então, não lamente seus erros. Aprenda com eles.
. Antes de você nascer, seus pais não eram tão críticos como agora. Eles ficaram assim por pagar suas contas, lavar suas roupas e ouvir você dizer que eles são “ultrapassados”. Então, antes de salvar o planeta para a próxima geração, querendo consertar erros da geração de seus pais, tente limpar e arrumar seu próprio quarto.
. Sua escola pode ter eliminado a distinção entre vencedores e perdedores, mas a vida não é assim. Em algumas escolas, você repete mais o ano e tem tantas chances quanto precisar. Isto não se parece com absolutamente nada na vida real. Se você pisar na bola, está despedido. Rua!!! Portanto, faça certo da primeira vez.
. A vida não é dividida em semestres. Você não terá sempre os verões livres e é pouco provável que outros empregados o ajudem a cumprir sua tarefa no fim de cada período.
. Televisão e vídeo-game não é vida real. Na vida real, as pessoas têm que deixar o lazer e ir trabalhar.
. Seja legal com os NERDS (aqueles estudantes que você e os demais julgam que são uns bobocas). Existe uma grande probabilidade de um dia você ter de trabalhar para um deles.
Portanto, cuide-se enquanto há tempo para isso, pois a vida passa depressa para quem não acredita nela.

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Entenda a Capitalização da Petrobrás

Este mês, ou mais precisamente, a partir dessa segunda-feira dia 13 de setembro os acionistas, e público em geral, podem fazer opção de compra das ações da Petrobrás.
Para quem vem acompanhando o mercado financeiro, as ações da Petrobrás vem sofrendo uma tremenda desvalorização, assim como o valor de mercado da estatal mista reflexo das indefinições da capitalização da empresa.
Cheio de incertezas quanto à base de calculo do preço do barril do petróleo dada por duas empresas especializadas, que através de estudos técnicos, deram valores totalmente opostos ao barril, assim mesmo a empresa optou por um preço médio que será aplicado no processo de capitalização. Deste modo, a definição sobre a capitalização da Petrobras pode ajudar as ações da companhia a reduzir parte das fortes perdas registradas nos últimos meses. No entanto, o prognóstico de longo prazo ainda é incerto.
No longo prazo, os especialistas concordam que é muito difícil prever o que vai acontecer com as cotações. Há muita indefinição no mercado sobre vários fatores essenciais para a formação do preço da ação, por exemplo, a cotação do petróleo no mercado internacional que é algo que oscila muito. Outra questão é de como será a produção de petróleo do pré-sal? Atualmente temos uma estimativa de produção. Mas nunca se procurou petróleo tão fundo antes na história. Então não se sabe, de fato, como será essa prospecção e qual será o resultado dela. Outra incógnita importante é de como será a atuação do governo à frente da Petrobrás.
Muitos questionam se faz algum sentido uma queda tão forte tanto dos papéis quanto do valor de mercado de uma empresa, com tão boas expectativas por conta da capitalização?
E a resposta é sim, pelo simples motivo de que a ação se comporta exatamente como o preço de uma alface na feira. Se existe muita alface sendo ofertada o preço cai, se falta alface o preço sobe. A expectativa conforma isso. A Petrobras pretende fazer uma enorme emissão de ações, então haveria sobra de ações no mercado. Portanto o preço da ação caiu. Essa é a justificativa.
Daí vem outro questionamento: o que deve fazer então o investidor nesse momento?
A resposta dos especialistas vem no seguinte sentido. Quem já é acionista da Petrobrás, ou quem já tem ações da empresa, ou participa de aplicações através dos recursos do FGTS nos fundos ligados à Petrobrás deve manter essas ações e se possível, se tiver condições financeiras para isso, deve sim participar da capitalização. Porque a idéia é a de que, quem não fizer isso, vai ser diluído, ou seja, sua participação na empresa vai diminuir muito de tamanho.
Aqueles que não possuem ações ainda ou está pensando em adquirir ações da Petrobrás como um investimento deverá esperar um pouco mais, pois há ainda muita indefinição. Não adianta surfar agora nessa alta que deve ser bastante expressiva, mas de curto prazo. Investir agora é bastante arriscado.
O investidor deve ficar atento e prestar a atenção quando começar a formação de preços da empresa que tem um nome bonito em inglês “book building” que é mais ou menos como uma pesquisa de mercado de um banco para saber quanto os investidores estão dispostos a pagar por um tipo de ação, daí se fecha um preço no final. O investidor deverá prestar a atenção também em quanto será esse preço, se vai ser muito acima ou não, da cotação atual da Petrobrás, assim como dos chamados “fatos relevantes da empresa” sobre os resultados os quais a Petrobrás vai começar a obter no pré-sal.
Não se pode esquecer que investimento em petróleo é algo de longuíssimo prazo, pois um campo petrolífero demora de 5 a 10 anos para se tornar plenamente operacional.
Para se entender o processo de capitalização da Petrobrás e porque ele é importante, o investidor ou o cidadão comum deve compreender que a empresa está diante da possibilidade de explorar um campo de petróleo que pode transformar o Brasil no terceiro ou quarto maior produtor de petróleo do mundo.
A dificuldade é que esse petróleo está a um “heverest” de profundidade. Ou seja, tem quatro mil metros de lâmina d’água e mais três mil metros de terra da crosta terrestre em sal, portanto, um petróleo que está muito no fundo. Além disso, nunca se extraiu petróleo tão profundo. Nunca houve um desafio tecnológico tão grande no mundo para se extrair petróleo. O detalhe é que existe muito petróleo, porém de difícil extração. Por isso, a Petrobrás para extrair todo esse petróleo precisará de recursos financeiros gigantescos. E dentro deste contexto deverá ser a maior oferta de ações de uma única empresa em todo o mundo, em toda a história empresarial.
Quanto aos cenários podemos dizer que no pior deles o que se pode imaginar é que o resultado do pré-sal vai ser muito aquém daquilo que se espera, mas não se imagina que a Petrobrás vai quebrar por conta desse processo. O que poderá acontecer é que a Petrobrás irá alocar uma quantidade imensa de recursos financeiros, fazer um esforço tremendo em novas tecnologias para extrair o petróleo do fundo do pré-sal e na hora da verdade se perceber que não tem tanto óleo assim ou o óleo é muito difícil de ser extraído e, por isso mesmo, muito caro, ou seja, acima da cotação média internacional. Isso deverá derrubar as cotações das ações da empresa, mas não será uma tragédia. Tornará um mau investimento para a empresa, com repercussões negativas, naturalmente, por um bom tempo nas cotações das ações.
Por outro lado, no melhor dos cenários, a Petrobrás se tornaria uma das maiores empresas produtoras de petróleo do mundo. Comparada às grandes petrolíferas americanas, às empresas árabes de petróleo ou até mesmo superar em larga escala a sua principal concorrente que é a Venezuelana PDVSA.

domingo, 29 de agosto de 2010

Empresas Familiares - Sucessão

Pesquisas demonstram que disputas entre parentes são responsáveis pelo fim de 65% das companhias familiares no Brasil e no Mundo. Porém empresas brasileiras e exteriores estão escapando a esse destino e se perpetuando através de gerações.
Assim o caminho para sair desta fatalidade é aproximar os mais novos do dia a dia da empresa. Em empresas como a francesa Hermes que atualmente está em sua sétima geração, os jovens começam a visitar as diversas unidades de negócio a partir dos dez anos de idade.
Uma alternativa muito utilizada é estabelecer critérios para a contratação de parentes. No grupo gaúcho de mídia RBS o neto do fundador fez MBA em Harvard e teve dois negócios próprios – uma distribuidora de doces em Porto Alegre e uma agência de publicidade em Nova York, antes de assumir a vice-presidência da empresa.
Outras empresas utilizam-se do expediente de estimular os herdeiros a ganhar experiência em outros negócios. Isso aconteceu com a rede de serviços de São Paulo, a DPaschoal que montou um negócio completamente diferente do seu – uma academia de ginástica – para que descendentes da terceira geração aprendessem gestão na prática. Quando seus membros já estavam prontos para ocupar tanto o conselho de administração como a assembléia de acionistas, a academia foi vendida.
Criar um plano de sucessão para acionistas também é prática recomendada. O grupo mineiro Algar, foi dividido em três holdings para abrigar os três núcleos da família Garcia. As sucessões acontecem sempre dentro das holdings e são feitas cedo – os quarenta integrantes da quarta geração, hoje na idade dos trinta anos, já estão começando a receber suas ações. Fazendo com que se evite disputas pela herança de seus pais.
Uma alternativa interessante e que vem dando muito certo é a de contratar um diretor de relações com a família. Isso aconteceu na americana Brown-Forman, fundada em 1870, fabricante do uísque Jack Daniel’s onde o papel desse profissional é lidar com os familiares – a ele cabe desde organizar cursos para esse pessoal até contratar estagiários para a empresa entre os jovens herdeiros.
No mais é focar as decisões no longo prazo, pelo menos, vinte anos a frente; manter a cultura familiar de qualidade mesmo com a empresa em expansão; para algum membro da família ocupar algum tipo de cargo deve-se estabelecer requisitos como para qualquer outro candidato como ter experiências em outras companhias e conhecimento profundo do setor.

domingo, 22 de agosto de 2010

Drogas – Novo Perigo para as Famílias e Adolescentes

O primeiro Congresso Internacional sobre o crack e outras drogas no Rio Grande do Sul numa parceria entre UFRGS, RBS, AMP/RS trouxe especialistas do México, Colômbia, Argentina e Brasil para debater o tema e buscar caminhos para qualificar a atuação no tocante às políticas públicas de prevenção, tratamento e redução da oferta de drogas.
Os congressistas lembram que o uso da maconha, fora a dependência, pode causar câncer de cabeça, pescoço e pulmão e uma série de outras complicações. A mais preocupante segue sendo o risco de psicose em sujeitos vulneráveis, com ou sem história familiar de esquizofrenia. Para esses indivíduos suscetíveis, a maconha pode acarretar a antecipação e o agravamento de uma doença muito grave.
Reunidos, profissionais de diversas áreas (psiquiatras, psicólogos, assistentes sociais, policiais, promotores de justiça, educadores e jornalistas) debateram a questão das drogas e, quase a unanimidade concluiu ser temerária a idéia de descriminalização do uso da maconha. A experiência geral é a de que a maconha, assim como o álcool, é porta de entrada para drogas mais pesadas. O custo social que elas representam no Brasil, pela incidência direta na violência urbana e doméstica, pelos investimentos em segurança e saúde pública e pela desagregação familiar, faz com que nos preocupemos toda vez que se defende publicamente a descriminalização. Parece óbvio que o poder financeiro do tráfico possui ligação direta com o número de usuários. A legislação brasileira criminaliza genericamente o uso de drogas, porém a definição de quais são as substâncias proibidas é uma portaria da Agência de Vigilância Sanitária.
Pode-se pensar em, excepcionalmente, permitir a utilização médica como redução de danos. A questão é que atualmente traficantes têm misturado fragmentos de crack na maconha. Em São Paulo essa nova droga é chamada de “mesclado”, em minas de “pitico” e de outros nomes em outros estados. A psiquiatra Solange Nappo, da Unifesp, afirmou, durante o congresso, que em São Paulo e outros estados não há mais maconha “pura”. Nossos jovens estão atentos aos malefícios do crack, mas desprevenidos em relação à maconha. Com isso, traficantes têm investido na venda da maconha misturada e estão, indiretamente, os viciando em crack. Registra-se então que toda manifestação a favor da descriminalização da maconha prejudica o difícil e árduo trabalho de prevenção ao uso de drogas.

Fonte: Jornalista Marcelo Dornelles.

terça-feira, 10 de agosto de 2010

O Momento Político Brasileiro

Parece mesmo que Brasília é um outro mundo, incluindo aí todos os políticos que normalmente se nomeiam como tal - executivo e legislativo. Muito embora haja exceções, poderíamos dizer que o estado brasileiro está totalmente dissociado da sociedade civil, ainda que não pareça. O populismo rasteiro e improdutivo vem anestesiando a sociedade que perde o parâmetro da vida pública à medida que o presidente ao invés de se deter em assuntos de real interesse da sociedade, aparece todos os dias na mídia, fazendo e desfazendo assuntos, muitos deles sem importância alguma, deixando a população sem um precioso momento para refletir se, o que se passou ou aconteceu é realmente necessário ou conveniente para a nação ou para o sofrido povo brasileiro.
Cientistas políticos mais maduros comentam que o apelo populista presidencial associado a um assistencialismo generalizado e os repetitivos discursos por toda parte, numa glorificação narcisista obsessiva, sugere a ausência de líderes que possam empolgar a opinião pública e suplantar o torneiro mecânico que maliciosamente vem levando de roldão a pátria bem amada. Muita celeuma é causada na imprensa diante dos fatos mais estapafúrdios, mas novas ondas de episódios grotescos abafam o que ocorreu e o Chefe da Nação aparece, no dia seguinte, como o herói que nada teve a ver com a confusão em sua volta.
Pode ser que, até outubro, se dê o momento em que os menos favorecidos passem a perceber que as transformações em suas vidas são ilusórias e que continuaram a servir de massa de manobra. Com efeito, nem todos sabem que o brasileiro trabalha cinco meses no ano para pagar todos os impostos ao Governo e, no entanto, em situação lamentável estão nossas estradas, a saúde pública, a educação, a segurança pública, etc., etc., etc.
“Nalguns Países, a abundância e o luxo desenfreado duns poucos privilegiados contrasta, de maneira estridente e ofensiva, com as condições de mal-estar extremo da maioria; noutras nações obriga-se a atual geração a viver privações desumanas para o poder econômico nacional crescer segundo um ritmo de aceleração que ultrapassa os limites marcados pela justiça pela humanidade. A riqueza dum povo não depende só da abundância global de bens, mas também, e mais ainda, da real e eficaz distribuição deles segundo a justiça, para tornar possível a melhoria do estado pessoal dos membros da sociedade: este é o fim verdadeiro da economia nacional”. (Papa João XXIII).
Os melhores políticos, e ainda, os há felizmente, precisam se unir para dar novos rumos ao Brasil ou eles serão responsabilizados pelo caos que se instaurará mais dia menos dia. Felizmente veio a Lei do fixa limpa para neutralizar e banir da política os corruptos da vida pública.
Assim, a nação brasileira acompanhou estarrecida e indignada, nos anos de dois mil e cinco / dois mil e seis à sucessão de fatos que paralisaram por mais de um ano o Congresso e o Governo Federal, com as denúncias de que Deputados Federais recebiam pagamentos mensais do Partido dos Trabalhadores. A crise política atingiu o ministro-chefe da Casa Civil, o Ministro da Fazenda, toda a cúpula do Partido dos Trabalhadores, assim como presidentes e diretores de estatais. Parlamentares de vários partidos receberam, por indicação do partido do governo, vultosas somas em dinheiro e que até hoje não ficou totalmente claro de onde provieram esses recursos, se de contratos superfaturados, de serviços não prestados, de manipulação de títulos públicos e privados nas bolsas de valores, ou, ainda muito mais sério, se de fontes externas, capitulando até mesmo graves riscos a segurança nacional. Infelizmente, tudo isso, ficou esquecido da nação brasileira, assim como os últimos acontecimentos no governo do Distrito Federal em Brasília.
Analistas experientes sugerem que os malfeitos que têm vindo à luz não começaram agora, nem decorrem de um equívoco individual. O objetivo seria criar uma rede sistêmica, planejada, coletivamente organizada. O passo seguinte, depois da já anunciada reforma sindical, viria com a transformação das centrais sindicais em entidades financeiramente poderosas, capazes de gerenciar bancos, planos de saúde privados e planos de pensão. Estaria instalado não mais o sindicalismo de resultados, mas o sindicalismo de negócios.
O Partido dos Trabalhadores, como todos sabem, nasceu da reunião de intelectuais paulistas, setores progressistas da Igreja Católica e de sindicalistas. A sua gênese foi a busca, pela vertente sindical, da melhoria das condições de vida dos trabalhadores: seu discurso era eminentemente ético, essencialmente moralista; sua cultura, uma mistura de conceitos marxistas, ora sob influência de Lenin, ora de Trotsky e, mais recentemente, do sociólogo italiano Antonio Gramsci . A prática da direção do partido era de cunho stalinista. Dividido em alas, tendências e grupos que se mantiveram unidos enquanto buscavam o poder. O partido há pelo menos dez anos esteve sob o comando centralizador e autoritário do denominado campo majoritário, nome, aliás, como nos ensina o Aurélio - tradução do russo bolshevik (diz-se da ala majoritária do Partido Operário Russo – segundo o Dicionário Aurélio).
A hegemonia obtida pela articulação do campo majoritário no Partido dos Trabalhadores e na CUT, não pode ser dissociada do uso sistemático dessa nova e poderosa arma, a arma do dinheiro, porque ela acaba destruindo sonhos coletivos, tornando-se desnecessária a batalha das idéias. Assim transforma a militância em um estorvo diante da docilidade dos cabos eleitorais remunerados e que, por sua vez, termina por engolir seus próprios executores.
O jornalista Merval Pereira em artigo, (O que fazer – jornal O Globo, julho 2005) lembrava que o sociólogo Francisco Oliveira, professor da USP e um dos fundadores do partido dos trabalhadores, foi o primeiro a registrar que a elite do sindicalismo passou a constituir uma nova classe social no Brasil, ao ocupar posições nos Conselhos de Administração dos principais fundos de pensão das estatais e do BNDES. O jornalista lembra que uma verdadeira república sindicalista foi sendo moldada à medida que decisões ampliaram o espaço de atuação e revitalizaram as finanças do sistema sindical brasileiro. Assim o governo autorizou os sindicatos a criarem cooperativas de crédito que poderão funcionar como bancos e planos de previdência complementar.
Crêem os especialistas que as evidências do que surgiu de todo esse emaranhado de denúncias negativas, confirmações em depoimentos, levam à conclusão que um projeto de poder de longa duração estava sendo montado. De um lado o governo apoiava-se no suporte de parte importante do empresariado brasileiro e de investidores internacionais pela via da adoção de políticas prudentes na administração financeira, no estímulo à produção agropecuária, nos incentivos às exportações; de outro, acolhia no seu seio os chamados movimentos sociais e os financiava direta ou indiretamente, como vem fazendo com o MST, a UNE e a CUT. Foi nessa linha que se buscou o controle da cultura, em seguida dos meios de comunicação e por fim do sistema de ensino universitário. Felizmente as três tentativas foram abortadas pelo repúdio da sociedade civil.
É fundamental para a democracia – não como a definia Gramsci, mas como a desejavam Thomas Jefferson, Joaquim Nabuco e Ruy Barbosa, na qual identifiquem as verdadeiras causas da deterioração do ambiente político para que então, quando removidas , possa as necessárias reformas levar ao convívio estável de formas plurais de representação. Pouco a pouco setores da sociedade vem se convencendo que o sistema político-eleitoral brasileiro está na origem do problema da corrupção pelo lado da demanda, para usar expressão típica de mercado (a oferta vem do lado dos provedores de meios: governos quando objetivam eternizar-se no poder; setores do empresariado quando buscam o seu ilícito enriquecimento). De fato desse sistema atual resulta o elevadíssimo custo das campanhas eleitorais para os parlamentos nos seus três níveis (municipal, estadual e federal) e na absoluta e total dissociação do eleito com a sua legenda partidária e com suas propostas iniciais.
A representação no Congresso deve cumprir simultaneamente duas funções. A primeira, materializar representatividade, isto é, dar voz, voto e expressão política às diferentes correntes ideológicas, doutrinárias ou programáticas existentes na sociedade, por intermédio dos partidos, atendendo-se assim a um dos requisitos essenciais da democracia, que é o pluralismo político. A outra função, tão relevante quanto a primeira, é assegurar a governabilidade, ou seja, a possibilidade de o governo tornar efetivas as suas decisões imperativas.
Teme-se dizer que o nosso sistema não consegue alcançar na sua plenitude nenhum dos dois objetivos e pior, vem acrescentando um outro, agora revelado de forma clara, embora a algum tempo conhecida pelos que militam na política: a corrupção com a cooptação de parlamentares e o aparelhamento do Estado pela ocupação de milhares de cargos comissionados por indicação político partidária.
Cabe lembrar que nos últimos 50 anos produziram-se no país, enormes e profundas modificações; passamos de uma sociedade rural para outra eminentemente urbana; saímos de uma estrutura de produção agrícola e industrial simples e atrasada, para outra mais sofisticada, mais aberta e competitiva; evoluímos de uma população desinformada e de alto grau de analfabetismo, para outra com acesso instantâneo à informação e ao debate pela via da mídia eletrônica. Não obstante, permanecem imunes às mudanças que vêm alterando para melhor a sociedade brasileira, estruturas de representação política incompatíveis com esse novo país.
O Brasil está hoje numa encruzilhada: ou encontra dentro do regime aberto e democrático que se deseja construir e consolidar a resposta aos desafios das reformas, ou o dinamismo da sua economia será inexoravelmente atingido pelo descrédito e pela incerteza. Não será possível conviver, a médio e longo prazo com instituições políticas fragilizadas de um lado e, de outro, com a necessidade de um ambiente propício aos investimentos privados, fonte principal para a geração de renda e redução das desigualdades sociais que a todos aflige.
A crise política por que passou e vem passando o País parece ser o momento adequado para se colher lições, assim como, motivo e razão para se buscar respostas e soluções duradouras.
Quanto à mídia, em sua maior parte fortemente endividada, insinua carência ou desejo de pródigos recursos financeiros públicos, o que a torna mais dócil e menos crítica. Por outro lado, como não nos bastasse - a necessidade da reforma previdenciária - agora estamos diante de novas ameaças concretas: a reforma política, que trará restrições ao processo eleitoral, no que se refere ao sistema de candidaturas, ao número de partidos, etc., assim como a reforma trabalhista e sindical, cujos debates já põem à mostra, novos constrangimentos à classe trabalhadora, e a reforma do ensino público brasileiro em todas as suas vertentes.
Para se ter uma idéia de crescimento econômico no Brasil nos últimos anos, vale lembrar que na década dos noventas, o país cresceu em média 2%. Mesmo na década dos oitentas, considerada perdida, o país cresceu 2,1% e, entre os anos cinqüentas e oitentas, a média foi de 7% ao ano. No período militar, por exemplo, o Brasil cresceu até 12% ao ano, com concentração elevada da riqueza, aumentando brutalmente a desigualdade social. O que contrapõe ao discurso de ocultamento da realidade, em função de que no ano passado, o governo ocultou sua opção estratégica pela política econômica ditada pela comunidade internacional sob o véu de que estavam sendo preparadas as condições para um espetáculo de crescimento.

Fontes: Educadora Amélia Hmze; Côn. José Geraldo Vidigal de Carvalho; Sociólogo Octavio Ianni; Sociólogo Ricardo Antunes; Plínio de Arruda Sampaio Júnior e Wilson Cano – professores do Instituto de Economia da UNICAMP.

domingo, 1 de agosto de 2010

Cartões de Crédito - O Cuidado do Consumidor

Você já notou que, atualmente, a prática das empresas de cartões de crédito é a de conceder o cartão, até mesmo sem anuidade, para que o consumidor possa comprar cada vez mais a prazos mais longos.
Assim todo cuidado é pouco, principalmente, com o número de cartões. Mesmo que você consiga pagar o valor integral da fatura no dia do vencimento vale a pena avaliar se você de fato precisa de todos esses cartões.
O cartão de crédito pode sim ser um grande aliado para quem usa com disciplina e para quem sabe integrá-lo dentro do seu próprio orçamento.
Por outro lado, muitos consumidores têm a sensação de que não esta gastando, pelo simples fato de não estar vendo o dinheiro de papel, saindo da carteira ou da conta corrente. Nesse caso cuidado redobrado!
Cautela também com os empréstimos oferecidos pelas administradoras dos cartões, pois pode até parecer uma boa saída num momento de aperto. Mas que logo, logo essa decisão pode se tornar um pesadelo.
Se você realmente está com dificuldades financeiras é melhor procurar um empréstimo pessoal no próprio banco. Se possível um empréstimo consignado em folha que sempre oferece juros mais baixos que os do cartão de crédito.
Leve em conta que uma carteira repleta de cartões gold ou platinum não significa status a ninguém.
Planeje a utilização do seu cartão de crédito fazendo com que os débitos em conta corrente coincidam com o dia do recebimento de seu salário ou pagamento. Não utilize o crédito rotativo porque tem o juro muito elevado. O mais caro da praça entre 9 e 20% ao mês, enquanto a taxa Selic é de 10,75% ao ano.
Com a estabilização da moeda a partir do Plano Real em 1994, era normal que o crescimento de crédito viesse acontecer aqui no Brasil. Anteriormente o consumidor apenas se preocupava com a elevada inflação (constante aumento de preços dos produtos e serviços) e o crédito era mínimo, por causa desse fenômeno, que é era uma anomalia da economia. Após o Plano Real cabe agora o consumidor conhecer a lógica e a dinâmica dos juros – o vilão das compras a prazo. Um mecanismo simples é perguntar ao vendedor: qual o juro que o estabelecimento está cobrando? Qual o valor da compra à vista e a prazo? Compare o juro com a remuneração da caderneta de poupança que é de apenas 0,6% ao mês. Assim o consumidor deverá optar por fazer a compra com o preço à vista utilizando o cartão para pagamento no dia de seu vencimento.

sábado, 24 de julho de 2010

Cem Reais a Mais

Ao receber certa quantia num guichê do Ministério, verificou que o funcionário lhe havia dado cem reais a mais. Quis voltar para devolver, mas outras pessoas protestaram: entrasse na fila.
Esperou pacientemente a vez, para que o funcionário lhe fechasse na cara a janelinha de vidro:
- Tenham paciência, mas está na hora do meu café.
Agora era uma questão de teimosia. Voltou à tarde, para encontrar fila maior – não conseguiu sequer aproximar-se do guichê antes de encerrar o expediente.
No dia seguinte era o primeiro da fila:
- Olha aqui: o senhor ontem me deu cem reais a mais.
- Eu?
Só então reparou que o funcionário era outro.
- Seu colega, então. Um de bigodinho.
- O Mafra.
- Se o nome dele é Mafra, não sei dizer.
-Só pode ter sido o Mafra. Aqui só trabalhamos eu e o Mafra. Não fui eu. Logo...
Ele coçou a cabeça, aborrecido:
- Está bem, foi o Mafra. E daí?
O funcionário lhe explicou com toa a urbanidade que não podia responder pela distração do Mafra:
- Isto aqui é uma pagadoria, meu chapa. Não posso receber, só posso pagar. Receber, só na recebedoria. O próximo!
O próximo da fila, já impaciente, empurrou-o com o cotovelo. Amar o próximo como a ti mesmo! Procurou conter-se e se afastou indeciso. Num súbito impulso de indignação – agora iria até o fim – dirigiu-se à recebedoria.
- O Mafra? Não trabalha aqui, meu amigo, nem nunca trabalhou.
- Eu sei. Ele é da pagadoria. Mas foi quem me deu os cem reais a mais.
Informaram-lhe que não podiam receber: tratava-se de uma devolução, não era isso mesmo? E não de pagamento. Tinha trazido a guia? Pois então? Onde já se viu pagamento sem guia? Receber mil reais a troco de quê?
- Mil não: cem. A troco de devolução.
- Troco de devolução. Entenda-se.
- Pois devolvo e acabou-se.
- Só com o chefe. O próximo!
O chefe da seção já tinha saído: só no dia seguinte. No dia seguinte, depois de faze-lo esperar mais de uma hora, o chefe informou-lhe que deveria redigir um ofício historiando o fato e devolvendo o dinheiro.
- Já que o senhor faz tanta questão de devolver...
- Questão absoluta.
- Louvo o seu escrúpulo.
- Mas nosso amigo ali do guichê disse que era só entregar ao senhor – respirou ele.
- Quem disse isso?
- Um homem de óculos naquela seção do lado de lá. Recebedoria parece.
- O Araújo. Ele disse isso, é? Pois lhe: volte lá e diga-lhe que deixe de ser besta. Pode dizer que fui eu que falei. O Araújo sempre se metendo a entendido!
- Mas e o ofício? Não tenho nada com essa briga, vamos fazer logo o ofício.
- Impossível! Tem de dar entrada no protocolo.
Saindo dali, em vez de ir ao protocolo, ou ao Araújo para dizer-lhe que deixasse de ser besta, o honesto cidadão dirigiu-se ao guichê onde recebera o dinheiro, fez da nota de cem reais uma bolinha, atirou-a lá dentro por cima do vidro, e foi-se embora.

Fonte: Fernando Sabino

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Fim da Copa, hora de cair na real

Um dos destaques durante a copa foi o reajuste de míseros 7,7% sancionado pelo Presidente Lula para os aposentados que ganham acima de 3 salários mínimos. O índice deve gerar um gasto extra de cerca de 1 bilhão e 600 milhões de reais. Foi também sancionado um aumento salarial para os servidores da Câmara Federal onde os servidores concursados terão 15% em média de aumento e os não concursados 33% de aumento, que começou a vigorar a partir de 1º de julho. Além desses aumentos para a Câmara Federal houve vários outros aumentos do mesmo porte a categorias que têm ganho mensal muito, mas muito acima dos ganhos dos aposentados, o que caracteriza um pacote de bondades com reflexo nas eleições de outubro deste ano.
Nessa toada tanto a Câmara Federal quanto o Judiciário brasileiros vêm tendo salários reajustados constantemente, com aumentos de custos superiores até mesmo ao do executivo, o que certamente onera as despesas governamentais que por si somente, já estão exageradas.
Os nossos juros extremamente elevados, os quais, o brasileiro comum não registra importância, teve recentemente, um aumento na taxa selic de 0,75% o que corresponde a uma elevação nos gastos do governo na ordem de 3 bilhões de reais, nesse ano, portanto o dobro dos gastos com os aposentados.
O governo fala muito nos déficits da previdência, enquanto especialistas insistem em dizer que o déficit não existe e mais, que o governo não aloca todos os recursos recomendados pela constituição brasileira para a previdência social. Portanto, é preciso reconhecer transparência nos números da previdência, ou seja, mostrar todas as receitas previstas e todos os gastos realizados. Como a transparência não existe sobram interpretações, e muitas, de acordo com a própria conveniência.
Veja o caso da previdência rural que tem um caráter de assistência social rural, pois não houve contrapartida de receita para fazer face a esse dispêndio e não cabe aos trabalhadores pagarem esta conta e sim o governo como um todo, ficando assim como uma transferência de recursos do governo para essa categoria de aposentados.
Se olharmos para os números da previdência urbana, verificaremos que ela é superavitária. Assim como a assistência rural, existem outras incongruências de despesas alocadas na previdência que não correspondem exatamente a essa rubrica contábil.
Assim, o dispêndio do governo com a previdência rural, que atende a benefícios relativos a um salário mínimo, corresponde à cifra de aproximadamente 50 bilhões de reais, que eram para serem cobertos, como previsto na Constituição, através contribuições governamentais e não pela receita do INSS.
Some-se a isso, o fato de que em determinado período o próprio servidor público não contribuía para a previdência como servidor público, porém tinha o benefício da aposentadoria assegurado, o que poderíamos chamar de uma espécie de prêmio aos servidores e de castigo aos trabalhadores em geral, que era quem sustentava e sustenta todo esse processo.
Cabe ao governo então, se organizar e processar um ajuste atuarial através de profissionais com competência pertinente, para informar a população a verdadeira realidade da tão comentada previdência social.
Por outro lado, fala-se muito em alternância do modelo de previdência de repartição para o de capitalização. Porém, para um país injusto como o nosso, o sistema de repartição é o mais adequado, pois não temos uma distribuição de renda decente e adequada por onde se possa espelhar um sistema de capitalização onde as contribuições são individualizadas, como se fossem uma aplicação financeira pessoal. Ou seja, o contribuinte receberia na aposentadoria exatamente aquilo que contribuiu ao longo de determinado período.
Somente com um sério estudo sobre a previdência social, que seja cientificamente preparado, com as devidas soluções atuariais, poderemos responder a questões como: de qual é o valor necessário para a contribuição do participante? Qual a idade adequada ou necessária a esse processo? Qual a expectativa de vida a ser considerada, etc.
Acredito que a política atual de reajuste do salário mínimo aos aposentados que percebem valores correspondentes a 1 e 3 salários mínimos seja equivocada, pois tenta resolver uma parte dos aposentados e deixa a outra de fora. Isso é no mínimo inconstitucional e não resolve exatamente o problema. Dá a impressão, para não dizer outra coisa, de ser um oportunismo ou mesmo um populismo chulo. É preciso conservar os valores da sociedade e oferecer dignidade a essa categoria.
Ao mesmo tempo em que o governo sancionou o reajuste de 7,7% aos aposentados com ganhos acima de 3 salários mínimos, vetou o fim do chamado fator previdenciário. Ironia do destino? Parece que sim. O partido dos trabalhadores que tanto falou de herança maldita e outras coisas mais, era radicalmente contra o fator previdenciário e agora numa jogada da câmara dos deputados que atrasou ao máximo a votação do reajuste do mínimo e do fim do fator para que o veto acontecesse justamente durante os jogos do time brasileiro na Copa é hilariante. Isso não caracteriza legislativo e executivo como realmente sério.
Tecnicamente, o fator previdenciário tem por função desestimular as aposentadorias precoces e mesmo punir o trabalhador que tenta se aposentar mais cedo, com menos contribuição ou com menos idade. Eu diria que praticamente no mundo todo existe uma forma de fator previdenciário, através de um mecanismo de idade mínima para a aposentadoria. E aqui no Brasil foi uma criação importante, do ponto de vista do controle previdenciário, pois visa exatamente a não explosão das contas da previdência à medida que a população vai se envelhecendo e tendo mais expectativa de vida, em que pese do lado do trabalhador o dissabor de ter a regra alterada no meio do jogo, retardando a aposentadoria de muitos com contribuição suficiente para tal.
Lembremos ainda que a receita do governo federal é da ordem de 750 bilhões de reais e que a questão do aumento dos servidores públicos é algo que merecia um debate mais intenso na sociedade, porque somos nós os contribuintes que pagamos os salários, não é o governo que paga. O governo é simplesmente um intermediário, um repassador de pagamento, mas quem paga esta conta são os contribuintes através do recolhimento dos tributos.
É preciso também entender e comparar os salários de funções exercidas no setor público e no setor privado para que não se cometa injustiças, fazendo com que, quem paga a conta dos salários ganhe menos que aqueles que estão exercendo funções dentro do setor público com salários aviltados.
Pense nisso!

domingo, 11 de julho de 2010

A Conta Salgada do Lanche de Viagem

São muitos os motivos e os apelos para uma viagem. Conhecer um lugar diferente, ir à praia ou mesmo, visitar a família. Porém, um imprevisto indigesto pode aparecer no meio do caminho e estragar o passeio antes mesmo da tão sonhada chegada. Ou seja, aquele que nos pega desprevenidos e para o qual não planejamos. Os elevados custos de alimentação que acontecem nas paradas rodoviárias de uma viagem de ônibus ou de carros particulares. Portanto, esse preço apimentado pode comprometer o orçamento de quem deseja aproveitar uma viagem de final de semana ou mesmo em férias.
Assim, muitos estabelecimentos tiram proveito de seu isolamento em pontos diversos nas rodovias brasileiras e abusam dos preços, não somente pela falta de concorrência, mas principalmente, pela falta de fiscalização rotineira, cobrando preços bem acima da média das cidades. Somando-se a isso, os custos com frete, o aumento dos preços na alta temporada, e claro, tudo isso reflete diretamente no bolso do consumidor.
Para não cair nessa armadilha, fora de propósito, muitos consumidores depois de verificar a quanto vai todo esse abuso, aproveita para levar água e alimentação mais apropriada e mais saudável, comprada previamente em um bom supermercado em sua própria cidade, fazendo assim, um consumo digno, sem gastar muito, longe da esperteza dos comerciantes de plantão. Entretanto, para quem viaja com freqüência, acaba ficando a mercê desse desgostoso gasto que fatalmente impactará no orçamento. Se tivermos viajando em família ou em grupo esse gasto pode superar, em muito, as mais otimistas expectativas.
Olhando com cuidado, podemos observar que adicionar a esses gastos com alimentação as passagens de ônibus, diríamos que uma opção por uma viagem aérea poderia até ficar mais em conta, e ainda, com facilidade maior nos pagamentos. Para viagens aéreas, o melhor é planejar e comprar as passagens com antecedência e aproveitar as promoções de preços.
O cuidado com o risco de endividamento é sempre uma variável a ser observada. Pois, uma viagem é sempre agradável, porém ficar com aquela prestação durante um período muito longo na conta-corrente ou no cartão de crédito não é nada agradável.
Calcule sempre em uma viagem, os custos com transporte, alimentação e hospedagem, além de adicionar a esse total, um adicional de 10 a 20% para os imprevistos, para evitar surpresas.
Enfim, cada consumidor sabe quando está sendo levado a gastar além do previsto, naquela hora mágica, a hora de pagar a conta. Tenha então como referência, que nestes tempos de estabilidade financeira, onde os preços tendem a oscilar menos, que um gasto com lanches em até 10% do preço da passagem, estaria, digamos no limite de tolerância.
Pesquisas mostram que o impacto do preço dos lanchinhos de viagem no orçamento do consumidor tem ficado entre 18,1 e 26,2%.
Portanto, planeje sempre a sua viagem!

domingo, 4 de julho de 2010

O Pulo do Canguru

A Austrália começou como o Brasil, uma colônia de degredados, e se transformou numa vitrine de riqueza e modernidade, com uma qualidade de vida de causar inveja a outros inquilinos do mundo desenvolvido. Enquanto boa parte do planeta, das montanhas dos Bálcãs aos guetos de Los Angeles, se dilacera em conflitos étnicos de arrepiar os cabelos, a Austrália se orgulha de ser um modelo de integração racial, capaz de absorver sem traumas milhões de imigrantes, oferecendo-lhes as oportunidades que outras terras prometidas, como o Brasil ou a Argentina, negaram.
Na Austrália, a educação e a saúde são de primeiríssima para todos, juntamente com hábitos que certamente o situam como um dos melhores lugares do mundo para se viver.
No passado, o país acolheu grande contingente de estrangeiros e sua etnia constitui-se de italianos, gregos, latino-americanos, vietnamintas, malaios, tailandeses, indianos, chineses, filipinos e coreanos.
A diversidade cultural é grande e um exemplo típico do mosaico racial australiano pode se encontrado numa sala de aula na pré-escola do subúrbio de “Dee Why”, em Sydney, onde a maioria das crianças, com idade de 3 a 5 anos, é filha de imigrantes vindos de países distantes entre si como as Ilhas Fiji e a Holanda. Assim, a supervisora pedagógica é brasileira; sua assistente, grega. Há ainda a professora venezuelana que inicia as crianças no idioma espanhol como uma terceira opção de língua, além do inglês oficial e da língua falada pelos pais em casa.
Com uma população próxima a 22 milhões de pessoas e um território do tamanho do Brasil podemos dizer que o imigrante, qualquer que seja ele, em dois anos, tem o direito à cidadania. Ao desembarcar no país, o imigrante encontra um curso em horário integral de língua inglesa. A segunda etapa do programa o prepara para o mercado de trabalho. São ensinamentos práticos: redigir um currículo, identificar ofertas de emprego dentro de sua especialidade, relação de telefones úteis, dicas para alugar ou comprar casa própria.
Crianças em idade escolar freqüentam um curso especial de aproximadamente um ano, destinado a familiarizá-las com a terminologia do currículo nacional. A educação é gratuita e rigorosamente obrigatória para todos, entre 5 e 15 anos de idade. A mão generosa do Estado também garante ajuda financeira aos mais pobres que queiram prosseguir nos estudos. O auxílio-desemprego pode chegar a mil dólares australianos (cerca de mil e cem reais) mensais para um casal de dois filhos.
Além da aposentadoria aos 65 anos os idosos têm direito a um pacote de benefícios que inclui alimentação fornecida diariamente em casa e visitas médias em domicílio.
Assim, caro leitor, com excesso de arrecadação e baixa prestação de serviços, o que dizer mais sobre o precário atendimento governamental à sociedade brasileira?

sábado, 26 de junho de 2010

As Mulheres Mais Ricas do Mundo

A revista americana Forbes trouxe a relação das mulheres mais ricas do mundo. Notem que elas vêm chegando de mansinho.

1º lugar: Christy Walton
De 54 anos – dona do Wal-Mart (varejista) – com US$ 20 bilhões.
Christy Walton é a nora do fundador da Wal-Mart, Sam Walton. Com a morte de seu marido John T. Walton em junho de 2005, ela herdou sua fortuna de US$ 15,7bilhões.

2º lugar: Alice Walto
De 59 anos – dona do Wal-Mart (varejista) – com US$ 19,5 bilhões.
Seu pai e seu Tio Sam James iniciaram com uma rede de lojas em Bentonville, Arkansas, em 1962. Hoje, o Wal-Mart é a maior varejista do mundo: controla mais de 7.900 lojas, tem 2 milhões de funcionários e tem faturamento de US $ 400 bilhões.
Alice é formada a partir da Universidade Trinity e vive num rancho localizado na cidade de Mineral Wells. Seu hobby são cavalos. Alice Walton decidiu não se envolver nos negócios da família desde a morte de seu pai em 1992, mas por um tempo foi corretora da E. F. Hutton. Nas Eleições presidenciais americanas de 2004, Alice dôou 2,6 milhões de dólares para o grupo de direita política Progress for America.

3º lugar: Liliane Bettencourt
De 88 anos – dona da L’Oréal (cosméticos) – com US$ 15 bilhões.
Liliane Bettencourt é a segunda pessoa mais rica da França e uma das pessoas mais ricas do mundo. Bettencourt é a única filha de Eugène Schueller, o fundador do grupo de cosméticos L’Oréal, uma das maiores empresas do ramo de beleza e cosméticos. Em 1927, já aos cinco anos de idade ela perde sua mãe.
No ano de 1950, ela casou-se com o político francês André Bettencourt, e passou a viver em Neuilly-sur-Seine, França. Juntos tiveram uma filha, Françoise, que é casada com Jean-Pierre Meyers (neto de um rabino que morreu no Auschwitz), ela também faz
Parte do quadro de diretores da L’Oréal.

4º lugar: Susanne Klatten
De 48 anos – dona da BMW (automotivo) – com US$ 12 bilhões.
Nascida em Bad Homburg é uma empresária alemã, filha de Herbert Quandt e Johanna Quandt. Herdou após a morte de seu pai 50,1% de participação na Altana, empresa da qual integra o Conselho de Administração e ajudou a transformar em uma corporação de classe mundial listada no “Top 30″ da DAX. Herdou também 12,5% da BMW, empresa da qual integra o Conselho de Administração desde 1997 junto com seu irmão
Stefan Quandt.
Casou-se com Jan Klatten em 1990, tem três filhos e vive reclusa em Munique, o que é compreensível, tendo em vista que em 1978 escapou por pouco de um seqüestro.

5º lugar: Birgit Rusing
De 54 anos – dona da Tetra Laval (embalagens) – com US$ 11 bilhões.
Viúva sueca que, juntamente com os três filhos é proprietária da empresa de embalagens Tetra Laval, o que contribui para um legado de 25 mil milhões de reais, deixado pelo marido, Gad Rausing, falecido no ano de 2000. Depois da tentativa de seqüestro de um dos seus filhos em 1989, a família adotou um estilo de vida bem mais
discreto do que levava até então.
6º lugar: Jacqueline Mars
De 69 anos – dona de Ind. Alimentícias – com US$ 9,5 bilhões.
É proprietária de uma fabrica de chocolate e possui a maior empresa de confeitaria do mundo. Se tornou famosa na linha Candy bar que inclui Milky Way, Snickers, 3 Musketeers, M&M’s, DoveBars, Uncle Ben’s rice e ainda a linha de comida animal Pedigree e Whiskas.

7º lugar: Anne Cox Chambers
De 90 anos – dona da Cox Enterprises (cabo) – com US$ 9 bilhões.
É natural de Atlanta, controla a Cox Communications de sua propriedade que é atualmente a terceira maior empresa de cabo nos E.U.A. Simpatizante e financiadora do Partido Democrata, Chambers foi embaixadora dos Estados Unidos em Bruxelas durante o governo de Jimmy Carter.

8º lugar: Abigail Johnson
De 47 anos – dona da Fidelity Investments (renda fixa) – com US$ 8,5 bilhões.
Dirige empresas que regem a sociedade de investimento de fundos de renda fixa e de alocação de ativos. Atualmente supervisiona 161 fundos com mais de US $ 650 bilhões de dólares de ativos.

9º lugar: Savitri Jindal
De 58 anos – dona de Indústria do Aço – com US$ 6 bilhões.
É a executiva do conglomerado de aço e energia OP do grupo Jindal da Índia. É a mulher mais rica de seu país.

10º lugar: Charlene de Carvalho
De 54 anos – dona da Heineken (cervejaria) – com US$ 5,5 bilhões.
É a proprietária da terceira maior cervejeira do mundo, a Heineken e possui mais de 170 marcas premium em mais de 65 países. É filha de Freddy Heineken e Lucille Cummins, família originária do Kentucky, onde se dedicavam à destilação de whiskey bourbon. Charlene Heineken estudou Direito na Universidade de Leiden. Mais tarde casou com Michel de Carvalho, um corretor na bolsa, graduado pela Universidade de Harvard, e antigo ator cinematográfico.

segunda-feira, 21 de junho de 2010

O Futebol e as Curiosidades das Copas

Na Copa do Uruguai, realizada em 1930, um jogador chamou a atenção de todos. O uruguaio Héctor Castro não possuía uma das mãos. Em função deste problema físico e de sua habilidade com a bola no pé, ganhou o apelido de "o divino manco".
Na Copa do Mundo de 1934, realizada na Itália, o jogador da seleção italiana Luigi Bertolini entrou em campo com faixas de pano enroladas na cabeça. O jogador fez isso para proteger a cabeça, pois as costuras das bolas da época eram grosseiras e costumam ferir a pele dos jogadores no momento do cabeceio.
Ainda na Copa de 1934, outro fato curioso. O jogador da seleção suiça Leopold Kielholz jogou usando óculos. Mesmo assim, foi capaz de marcar três gols.
Na Copa do Mundo de 1938, realizada na França, o jogador brasileiro Leônidas marcou um gol descalço. O fato curioso ocorreu no jogo entre Brasil e Polônia, vencida por nossa seleção por 6 a 5.
Na Copa do Mundo da Suíça (1954) um fato causou preocupação em todos que estamos assistindo ao jogo entre Uruguai e Hungria. Após fazer o gol de empate para sua seleção, o uruguaio Juan Eduardo Hohberg desmaiou em campo. Ele recebeu atendimento médico e se recuperou no hospital.
Na Copa do Mundo do Chile, realizada em 1962, na disputada partida entre Brasil e Inglaterra um cachorro invadiu o campo e proporcionou uma das cenas mais hilárias de todos os tempos da Copa. O habilidoso Garrincha foi pra cima do animal, porém tomou um drible. Já o jogador inglês Greaves, que não era tão habilidoso quanto o ponta brasileiro, teve sucesso e pegou o cão.
A Copa do Mundo de 1962 foi uma das mais violentas de todos os tempos. Nos cinco primeiros dias de jogos, cerca de 50 jogadores ficaram contundidos em função de jogadas violentas.
A Tunísia foi o primeiro país da África a vencer uma partida pela Copa do Mundo. Os tunisianos venceram os mexicanos por 3 a 1 na Copa do Mundo da Argentina (1978).
A maior goleada da história da Copa do Mundo ocorreu na Espanha em 1982. A Hungria venceu El Salvador pelo placar de 10 a 1.
Em 1982, na Copa da Espanha, o sheik do Kuait invadiu o campo e pediu a anulação do jogo em que a equipe de seu país perdeu para a França pelo placar de 4 a 1.
Na Copa do Mundo do México (1986), os brasileiros ficaram surpresos antes do jogo entre Brasil e Espanha. Em vez de tocar o Hino Nacional Brasileiro, tocou o Hino à Bandeira.
Na copa realizada nos Estados Unidos, em 1994, um fato muito curioso ocorreu no jogo entre Bulgária e México. O defensor mexicano Marcelino Bernal, ao tentar salvar uma bola, exagerou na força e acabou quebrando a trave.
Na Copa do Mundo do Japão / Coréia do Sul, realizada em 2002, ocorreu o gol mais rápido da história da competição. O jogador turco Hakan Sukur marcou aos 11 segundos um gol contra a seleção da Coréia do Sul.
Na base da Taça da Copa do Mundo de Futebol existe espaço para gravar o nome das seleções campeãs somente até o ano de 2038.
A primeira Copa do Mundo de Futebol a ter mascote foi a de 1966, na Inglaterra. Era um leãozinho chamado Willie.
Na Copa da Alemanha de 1974, a seleção da Holanda ganhou o apelido de "Laranja Mecânica", graças ao encantador futebol apresentado.
Na final da Copa do Mundo de 1990, na Itália, o árbitro esqueceu de olhar o tempo no relógio, e o primeiro tempo chegou aos 53 minutos.
Até a Copa do Mundo de 2006, já foram disputadas 708 partidas.
O jogador mais jovem a jogar uma partida de Copa do Mundo foi o irlandês Norman Whiteside. Ele disputou a Copa realizada na Espanha em 1982, com apenas 17 anos.
A maior média de gols em uma Copa foi a de 1954 (Suíça). Foram marcados, em média, 5,4 gols por partida.
A menor média de gols em uma Copa foi a de 1990, na Itália. Na ocasião, foram marcados, em média, 2,21 gols por partida.
A Copa do Mundo do México (1970) foi a primeira a ter as partidas transmitidas pela televisão.
Em todas as Copas do Mundo, até 2006, foram marcados 2063 gols.
A Copa do Mundo de 1930, no Uruguai, foi a única edição que não teve eliminatórias.
A edição da Copa que teve o maior número de gols foi a de 1998, na França. Nesta copa foram marcados 171 gols.
Os cartões, vermelho e amarelo, foram utilizados pela primeira vez em Copas do Mundo em 1970, no México.
A seleção da Suíça não tomou nenhum gol na Copa do Mundo de 2006, na Alemanha.
O goleiro que ficou o maior tempo sem tomar gols em uma Copa do Mundo foi o italiano Walter Zenga. Ele conseguiu ficar, na Copa de 1990, 517 minutos sem sofrer gols.
O camaronês Roger Milla foi o jogador mais velho a marcar um gol em Copas do Mundo. Aos 42 anos e 39 dias, Milla marcou o único gol da seleção de Camarões na derrota para a Rússia na Copa de 1994.
O jogador mais novo a marcar um gol em Copa do Mundo foi o brasileiro Pelé. Com apenas 17 anos e 239 dias, ele marcou um gol contra a seleção do País de Gales, em 1958.
O maior artilheiro de todos os tempos da história da Copa do Mundo é o brasileiro Ronaldo. Ele participou de 4 Copas do Mundo (de 1994 a 2006) e marcou 15 gols. Já o francês Just Fontaine é o maior artilheiro em uma única Copa. Na Copa do Mundo de 1954, realizada na França, Fontaine marcou 13 gols.
O técnico com maior número de jogos acumulados em copas foi o alemão Helmut Schön. Ele comandou a seleção da Alemanha em 25 jogos entre as copas de 1966 a 1978. Schön também é o recordista em número de vitórias em Copas do Mundo, com o total de 16.
A seleção com maior número de cartões vermelhos acumulados em copas do mundo é da Argentina. No total, são 10 cartões vermelhos. O Brasil vem em segundo lugar com 9 cartões vermelhos.
Brasil e Alemanha são os maiores finalistas de todos os tempos. As duas seleções chegaram 7 vezes em finais de Copas do Mundo.
Fonte: Sua Pesquisa.com

domingo, 13 de junho de 2010

O Futebol e os Investimentos

Nestes tempos de copa podemos fazer várias analogias do mercado financeiro com o futebol que todos gostamos.
Assim, podemos perguntar: o que a escalação da seleção brasileira tem haver com a escolha de ativos de uma carteira de investimentos? Pode parecer uma brincadeira, mas na realidade tem muita coisa em comum, como implicações práticas bem interessantes.
O técnico Dunga escolheu uma seleção basicamente baseado nos serviços prestados por seus jogadores, lá atrás, em preparações e competições que, aliás, foram toas ganhas. O que numa terminologia financeira, podemos chamar de rentabilidade passada dos jogadores que acabou influenciando na decisão do treinador na atual convocação do time. No futebol é assim: sempre se convoca os melhores jogadores da atualidade e quase sempre dá certo.
Financeiramente ao se vislumbrar uma carteira de investimentos, essa estratégia se torna um grande erro, numa hipótese de replicação desse processo, pois, na ótica financeira existe uma máxima que diz: o que rendeu bem no passado, não é garantia de rendimento agora ou no futuro!
Então qual é a melhor forma de escolher os ativos de uma carteira? Podemos dizer que existem várias formas de se fazer isso, mas a principal delas, sob essa perspectiva, é considerar o que está por vir, ou o que vem pela frente. Assim, não nos interessa se o CDI, (certificado de depósito interbancário) foi um grande negócio no Brasil quando os juros estavam em 26% ou 40% ao ano. Agora estamos em cenário diferente e isso é o que se deve considerar.
Há, portanto, várias formas de se analisar um investimento. Sem entrar em cada um especificamente, podemos dizer que a idéia é começar do micro, a partir daquele ativo (aplicação) específico e depois ir abrindo e partir para o cenário macroeconômico ou fazer o contrário, começar do cenário macro e ir para o micro, sempre olhando pra frente, nunca olhando o que aconteceu lá atrás.
Voltando para o futebol. Muitos analistas de futebol comentam hoje sobre como a nossa seleção ficaria em caso de haver algum problema com o Kaká? Outros perguntam se ficamos muito dependentes dele? Assim cabe a pergunta se isso tem haver com os investimentos?
De novo: tem tudo haver. Primeiro porque se um aplicador concentrar demais suas expectativas num determinado ativo, no caso um jogador, você pode correr riscos desnecessários. Se o Kaká se machucar por lá não existe um jogador com suas características. A mesma coisa acontece se um aplicador concentrar demais em um único investimento – aquela história de você colocar todos os ovos na mesma cesta. Se sua cesta quebrar você vai perder tudo aquilo. O ideal então é que o investidor sempre considere cenários alternativos. Ou seja, se o Kaká se machucar o que acontece com a minha seleção? É preciso estar sempre com uma postura crítica, cética mesmo, sobre sua escolha. Outra questão é: e se eu estiver errado em minha escolha ou com minhas perspectivas? E se algo der errado com o Kaká? Assim, tanto um treinador como um investidor deve ter uma postura científica, olhar para a sua carteira e perguntar: e se eu estiver errado em meus investimentos? Então é essa a questão, de ser cético em relação as suas apostas e diversificar os seus investimentos. Talvez tenha faltado essa percepção ao treinador Dunga, o que a imprensa cobrou muito e com certa razão.
Isso é o que chamamos financeiramente de hedge (proteção) de investimentos. Assim, como que o hedge pode nos ajudar a proteger nossa carteira de investimentos?
É o que estávamos dizendo sobre o ceticismo em relação as suas crenças. Às vezes se tem uma expectativa e uma expectativa não necessariamente pode se confirmar. Então o que se faz normalmente é travar o seu posicionamento futuro. Por exemplo: se você tem uma dívida em dólar – se o dólar subir muito a sua dívida vai explodir também. Então o que você faz? Você tem um artifício no mercado futuro de travar o dólar que você vai pagar lá na frente, fazendo uma operação contrária. Assim você estará se protegendo de uma variação cambial. Isso é somente um exemplo. Existem vários outros tipos de hedge que se pode fazer, o mais intuitivo é o de câmbio. Porém qualquer espécie de seguro, também não deixa de ser um hedge.
Assim o investidor está se protegendo de um cenário adverso de alta do dólar ou de um sinistro através de um seguro, como o de um automóvel, por exemplo. A idéia é essa, que você consiga minimizar seus riscos através de uma proteção. Isso é o hedge.
No futebol é preciso analisar o perfil do adversário. Como é que ele joga. Qual é o melhor jogador para se marcar para impedi-lo em sua progressão no jogo, etc.
Já no mercado financeiro, sem dúvida, existem investidores de diversos perfiz – alguns mais ávidos querendo ganhos no curtíssimo prazo, outros com horizontes mais longos de ganhos, etc.
Dentro deste contexto, a primeira coisa que um investidor deve saber, quando se dispõe a fazer um investimento, é saber o que ele está buscando. Se, se é um investidor de curtíssimo prazo, está mais sujeito ao fluxo de mercado e assim como a de sua sorte.
Caso queira fazer prevalecer sua inteligência de mercado, o quanto o investidor sabe mais, que os outros, o que você estudou. Então terá que expandir o seu horizonte. Terá que entender qual o seu perfil de investidor e a partir daí tomar suas decisões com mais propriedade.
É importante para investidores iniciantes e também para aqueles que já tenham conhecimento de mercado, enxergar e reconhecer as suas limitações. Se a pessoa é iniciante ela deve reconhecer que é iniciante e buscar educação financeira, através de especialistas ou por conta própria. Atualmente existem milhares de cursos sendo oferecidos – uns de qualidade – outros nem tanto. Pesquisar então quais são os melhores cursos é uma alternativa ou procure um bom analista.
Para quem já é um investidor mais veterano de mercado sugere-se que seja fiel às suas características. Por exemplo: se é bom em renda fixa não vai inventar de fazer um “day-trade”(combinação de operações de compra e de venda realizadas por um investidor com o mesmo título em um mesmo dia) em ações e vice-versa. Se a habilidade da pessoa é “day-trade” em ações, não tente fazer alguma outra coisa, pois pode se dar mal. Procure explorar suas potencialidades, assim suas chances serão maiores.
É importante então conhecer seu perfil de investidor, assumir riscos de acordo com ele e sempre diversificar a sua carteira de investimentos.
Boa sorte!

domingo, 30 de maio de 2010

Maracanã – Templo do Futebol

O maior estádio de futebol do Brasil é o Maracanã, um dos mais importantes símbolos nacionais. Ele foi construído especialmente para sediar a Copa do Mundo de 1950, sendo o maior estádio do mundo na época, com uma área de mais de 180 mil m² e 32m de altura, o que equivale a um prédio de seis andares.
O seu nome oficial é Estádio Jornalista Mário Filho, em homenagem ao jornalista esportivo de mesmo nome, que incentivou muito a sua construção por meio dos jornais da época. Já o nome popular Maracanã deriva do tupi-guarani e significa “semelhante ao chocalho”, pois, antes da construção, a região era habitada por papagaios maracanã-guaçu, que emitiam sons similares.
Em 1950, o Brasil sediou a quarta Copa do Mundo. Durante a década de 1940, as Copas de 1942 e 1946 foram canceladas por causa da Segunda Guerra Mundial. A Copa de 1950 só se realizou porque o país sede, no caso o Brasil, não havia sido atingido pela guerra e, por isso, teria infra-estrutura para sediar um campeonato mundial.
Nessa Copa, o Brasil era favorito absoluto a campeão, pois dos cinco jogos disputados antes da final, tinha vencido quatro e empatado um. No dia 16 de julho de 1950, no estádio do Maracanã, com mais de 174 mil espectadores, o Brasil participou da final contra o Uruguai. Contrariando todas as expectativas, o Brasil perdeu a final por 2 X 1, o que se tornou um fato marcante na história do futebol brasileiro.
Para reanimar a torcida e os jogadores brasileiros da derrota de 1950, o jornal carioca “Correio da Manhã” promoveu em 1953 um concurso para escolher o novo uniforme da seleção, que até então era uma camisa branca com colarinho azul.
O objetivo era despertar o sentimento nacionalista dos brasileiros, por isso o novo uniforme deveria ter as quatro cores da bandeira nacional.
O jornal recebeu 201 inscritos de todo o Brasil e o campeão foi um rapaz de 19 anos, desenhista de um jornal local de Pelotas. Aldyr Schlee desenhou uma camisa inteiramente amarela com colarinho e punhos verdes e um calção azul com listras brancas. Estava criado um dos maiores símbolos do futebol brasileiro, o uniforme canarinho.
Pelé foi um dos melhores jogadores de futebol, sendo conhecido mundialmente como Rei do Futebol. Nascido em 1940, Edson Arantes do Nascimento desde cedo se interessou pelo futebol. Ainda na infância, seus amigos o chamavam de “Bilé”, nome do goleiro de um time mineiro. Como alguns não conseguiam pronunciar esse nome, começaram a chamar Edsib de “Pelé”, nome que o consagrou na história do futebol.
A estréia de Pelé em Copas do Mundo foi em 1958, sendo um dos responsáveis pela conquista do primeiro campeonato mundial do Brasil. Nessa Copa, Pelé vestiu pela primeira vez a camisa 10. Como desde então seu desempenho foi sempre espetacular, começou a se associar o talento de Pelé à camisa 10, que passou a ser considerada digna só dos grandes craques.
Com a popularização do futebol no Brasil, uma brincadeira se tornou comum entre as crianças. A brincadeira simulava um jogo de futebol em uma mesa usando botões de roupa como substitutos dos jogadores.
Inicialmente, era apenas brincadeira infantil, no entanto, em 1930, se tornou um esporte também praticado pelos adultos com a publicação do primeiro livro de regras oficiais, escrito pelo carioca Geraldo Décourt. Ele regulamentou o jogo e a partir de então começou a organizar pequenos campeonatos locais. Por isso Décourt é considerado o criador do esporte.
O futebol de botão se popularizou e, em 2002, no Rio de Janeiro, foi realizado o primeiro Campeonato Mundial de Futebol de Mesa, com a participação de Argentina, Brasil, Chile e Espanha.
Por volta da década de 1940, os jogadores da Associação Cristã de Moços passaram a jogar futebol em quadras de basquete e voleibol, pois, na época, os campos de futebol eram escassos. Era o início de uma nova modalidade esportiva, o futebol de salão.
Apesar de ter se originado do futebol de campo, o futebol de salão possui algumas particularidades, como o tipo de bola, que nesse jogo é mais pesada, já que a bola do futebol de campo, por ser muito leve, dificultava as jogadas no piso liso da quadra.
Em 1952, foi feita a primeira regulamentação do jogo, que estabeleceu, entre outras regras, o número fixo de cinco jogadores e o tempo máximo de posse de bola, que passou a ser de quatro segundos.

terça-feira, 25 de maio de 2010

Somos Feitos de Palavras

As estatísticas escolares comprovam. Nos vestibulares, o grande terror dos alunos é a prova de portugues. Por que? Por que será que português é uma das provas mais difíceis? Por que envolve interpretação de textos? Por que envolve perguntas sobre gramática? Por que envolve questões de literaturas brasileira e portuguesa? Ou será por que os candidatos a uma vaga na faculdade têm de, além de tudo isso, escrever uma redação? Onde será que está a falha, o erro? Sem dúvida nenhuma, seria necessário discutir o porquê do sucateamento escolar. Mas um dos porquês está vinculado ao gostar de ler. O aluno que não aprendeu a gostar de ler nas séries iniciais, ou mesmo na sétima ou oitava série, dificilmente consegue um bom ritmo no colegial.
Gostar de ler passa, evidentemente, pelo domínio da língua portuguesa. Dominar a nossa língua é importante, não apenas para se concorrer a uma vaga na faculdade, mas como ser humano que somos. Otávio Paz, poeta mexicano, prêmio Nobel de Literatura, tem razão quando escreve em um de seus poemas, que nós, os seres humanos, somos feitos de palavras. O ser humano não é feito só de músculos, de ossos, de cartilagens e sangue. Somos feitos também de palavras.
O ser só é humano à medida que domina os mecanismos da comunicação. É por isso que a leitura é fundamental para nós. Lendo mais, nos comunicamos melhor, expressando melhor nossas idéias, expressando melhor o que sentimos, vemos o que somos: seres humanos.
Para ficar claro, podemos comparar o ler com uma caixa d’água. Pode parecer estranho, mas como uma caixa d’água vazia não consegue fornecer água, assim também um ser humano que não lê, quando quer falar, só é capaz de expressar duas ou três pobres idéias. Fabiano, personagem do livro Vidas Secas, de Graciliano Ramos, é assim. Ele mesmo, por não se comunicar direito, define-se como um bicho, como um animal. O ser humano que lê tem o poder de elaborar idéias e mais idéias. Como diria Paulo Freire, grande educador brasileiro, quem lê tem o poder de entender o que acontece à sua volta. Ler não é só passar os olhos sobre as palavras, mas saber decifrar as transformações do mundo.
E aqui é preciso entender que, para isso ocorrer, é necessário postar de leitura. Não, não me peçam receitas prontas, como se ler fosse o mesmo que fazer um delicioso bolo de chocolate. Não há receitas, mas os que têm o gosto pela leitura sabem o prazer que é abrimos um livro, mergulharmos de cabeça nas primeiras páginas, envolvendo-nos com os personagens, acompanhando as aventuras que vão se desenrolando umas após as outras. O livro tem o poder de possibilitar uma viagem sem que saiamos de nosso quarto, sem que abandonemos a nossa casa. Eu mesmo já vivi essa experiência. Escrevi Meninos sem pátria – uma história sobre exilados brasileiros, que se passa em Paris, sem nunca ter ido à capital francesa. Mas como é possível? Simples: lendo sobre a Cidade Luz, pude fazer com que meus personagens andassem por Paris com a intimidade de quem é parisiense.
Outro fator fundamental: discutir a realidade que nos cerca. Quem lê tem mais criticidade para reler o mundo, abordando todos os problemas humanos de maneira mais clara, mais objetiva, mais participativa. Quem lê, como já dissemos, tem mais intimidade com as palavras, expressando-se melhor, falando melhor. É preciso seguirmos o convite de Carlos Drumond de Andrade, o poeta-maior. Em uma de suas poesias, o poeta itabirano sugere que cheguemos mais perto e contemplemos as palavras, tornando-as íntimas. Se você é do time que segue o conselho de Drumond, parabéns! Se não é da turma da leitura, que tal ir até a biblioteca mais próxima, ou pedir a seu professor ou professora que indique um bom livro? Você verá que há, como diria o teatrólogo inglês Shakespeare, muito mais prazer entre um livro e outro do que possamos imaginar.

Fonte: Luiz Puntel.

domingo, 16 de maio de 2010

O Futebol em Tempos de Copa

O futebol é um dos esportes mais populares do mundo. A FIFA, órgão internacional que regulamenta o esporte, estima que, atualmente, mais de sessenta milhões de pessoas praticam futebol no mundo.
Esse esporte tem suas origens na Antiguidade, havendo indícios históricos de que os gregos praticavam um esporte em que uma bola feita com bexiga de boi era chutada em um campo aberto.
Durante a Idade Média, na Europa, existia um tipo de futebol muito violento, praticado apenas pelos homens e sem número fixo de jogadores ou qualquer regra, em que todos corriam para acertar a bola em uma espécie de gol formado por duas traves.
O futebol, tal qual conhecemos hoje, foi desenvolvido pelos ingleses no século XIX. Inicialmente, os times discordavam das regras do jogo, alguns defendiam, inclusive, o uso das mãos. Só em 1863, na cidade de Londres, foram oficializadas as regras do futebol, como por exemplo, o número fixo de onze jogadores para cada equipe e, principalmente, a regra de que só se pode tocar a bola com os pés e a cabeça.
Mesmo com essas regras, os jogadores não tinham posições definidas dentro de campo. Foi a partir de 1896 que se começou a definir as funções dos jogadores de acordo com suas posições, como a de zagueiro, que é o jogador que fica próximo à região do gol de seu time e é responsável pela defesa.
O futebol só chegou ao Brasil no final do século XIX, pelas mãos de Charles Miller. Nascido na cidade de São Paulo, em 1874, Charles Miller foi estudar na Inglaterra quando tinha apenas 9 anos. Lá, ele entrou em contato com o futebol, tornando-se jogador de destaque no Southampton Futebol Clube.
Em 1894, ao retornar ao Brasil, trouxe em sua bagagem duas bolas de futebol, dois jogos de camisa, bomba e agulha para encher as bolas. Logo que chegou, começou a formar pequenos times entre amigos. Os jogos eram, inicialmente, realizados em São Paulo, mas rapidamente se popularizaram, a ponto de o futebol já ser o esporte mais popular do Brasil em 1920.
Muitos ingleses vieram para o Brasil para trabalhar na construção de ferrovias no final do século XIX. Nas horas vagas, eles jogavam futebol, ajudando, assim, a implementar o hábito do jogo aqui. Tanto que a primeira partida no Brasil ocorreu em 1895 em São Paulo, entre a Companhia de Gás e a empresa ferroviária São Paulo Railway; os funcionários de ambas as empresas eram ingleses que moravam no Brasil.
Por ter sido praticado inicialmente pelos ingleses, o futebol foi, durante muito tempo, um esporte repleto de termos em inglês. A própria palavra futebol vem da palavra inglesa football, formada pela palavra pé (foot) e bola (ball). Durante a década de 1930, a imprensa brasileira tentou traduzir o termo football para “pébol e “bolapé”. No entanto eles não se incorporaram à língua, ficando válido o termo futebol.

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Profissional Classe A

O mundo dos negócios tornou-se extremamente complexo, veloz, imprevisível e passou a exigir cada vez mais de seus colaboradores em todos os sentidos: saúde física, agilidade mental, intelecto refinado, equilíbrio emocional dentre outros. Nesse ambiente aqueles que não se destacarem, fatalmente serão marginalizados.

Desde a Antiguidade os homens passaram a classificar as pessoas por suas capacidades, assim como fez Sócrates, filósofo ateniense, que classificava os indivíduos por suas virtudes, beleza, inteligência e habilidades. No mundo corporativo não é diferente. Atualmente, as organizações exigem cada vez mais de seus funcionários e os classifica de acordo com o desempenho de cada um.

Um profissional, classe A, deve ser responsável, ter atitudes, não deixar a própria carreira depender de outros profissionais, estar sempre atento aos acontecimentos à sua volta e traçar o próprio destino. Antigamente eram as empresas que decidiam quais atividades seriam destinadas para cada tipo de profissional, e o mesmo apenas obedecia. Hoje, é o profissional que cria seu próprio destino, ele é responsável por si só.

Nesse mundo competitivo profissionalmente há que se proceder de acordo com algumas dicas de especialistas:

1 – Criar o seu próprio destino: ser um profissional de caráter, batalhador, responsável, acreditar em si mesmo e saber aonde e como chegar;

2 – Ser singular: buscar sempre um diferencial e expor suas idéias sem medo de enfrentar ou discordar de outros profissionais de cargos superiores;

3 – Nadar contra a correnteza: discordar da opinião dos outros e não desistir de suas próprias idéias. Confiar em si próprio, ter conhecimentos e saber o que diz;

4 – Não deixar para amanhã aquilo que pode ser feito hoje: ser determinado, administrar seu tempo e conseguir separar as tarefas que têm mais urgências das que não são tão importantes. Desta forma, o profissional consegue gerenciar melhor o seu tempo e realizar todas as pendências do dia;

5- Não permitir que o executivo viva em detrimento do homem: não sacrificar sua vida pessoal por causa da vida profissional, pois mais cedo ou mais tarde ela poderá acabar com sua saúde e família.

6 – Fazer avaliações periódicas de si mesmo nos âmbitos pessoal, familiar e profissional: o profissional, Classe A, deve perguntar-se diariamente sobre o que fez no dia e avaliar se aquilo foi o correto ou se poderia ter desempenhado melhor algum tipo de tarefa. Deve também, algumas vezes durante o ano, pedir um “feedback” ao chefe para saber como está sendo visto dentro da empresa. De maneira nenhuma se virar contra ele, caso faça críticas sobre o seu desempenho, pois só com as críticas o profissional
pode saber onde e como melhorar;

7 – Ser intolerante diante da complacência e da mediocridade: é importante procurar sempre o melhor para si, para sua família e carreira, nunca deve tolerar um trabalho inferior. Procurar ser sempre superior e se destacar em todas as tarefas que for desenvolver;

8 – Buscar e formar alianças estratégicas: ninguém sobrevive sozinho, por isso deve-se sempre construir e cultivar amizades positivas, pois é criando laços que muitas vezes o profissional consegue alcançar o sucesso no mercado de trabalho;

9 – Prestar atenção aos detalhes, mas manter-se atento ao global: ser uma pessoa bem informada atenta a todos os acontecimentos mundiais e às idéias de outras pessoas ao redor do mundo. É importante saber exatamente tudo o que acontece dentro do mercado de trabalho e quais os impactos que pode sofrer em sua carreira;

10 – Demandar a excelência em tudo o que empreender: ser seguro de suas opiniões. Procurar destacar-se entre os outros profissionais e ser uma pessoa que, independente de qualquer ocasião, está bem vestida e saber comunicar-se;

11 – Focalizar os pontos fortes das pessoas e não as suas vulnerabilidades: buscar sempre os pontos fortes dos outros profissionais e procurar aprender
com essas características;

12 – Ouvir mais do que falar: comunicar-se adequadamente e saber escutar o que lhe é dito; dessa forma, consegue pensar no que vais falar, pois deve saber que uma frase mal interpretada pode acabar com sua vida profissional;

13 – Trabalhar duro e disciplinadamente; ter vontade de aprender, ser ambicioso, focado, disciplinado, não esperar que as coisas simplesmente aconteçam. Ir atrás de seus objetivos, dessa maneira fica mais fácil conquistá-los;

14 – Se considerar “stewards” da companhia na qual trabalha: colocar-se no lugar do cliente e então atender a todos da maneira como gostaria de ser atendido.

Enfim: procure o seu próprio futuro, cuide de sua autoestima e encare desafios. Cuide de sua comunicação, cultive bons relacionamentos, seja automotivado. Aprenda a trabalhar sob pressão, adapte-se às mudanças e desenvolva a liderança. Tenha capacidade colaborativa, criatividade e inovação, além de conhecimento global.
Lembre-se que nas empresas de primeira linha a indicação é a maior fonte de recrutamento e que você é o dono de sua carreira.

terça-feira, 4 de maio de 2010

Não Confunda

Cargo com função

Cargo é a posição que traz título honroso, vantagens, benesses, etc., mas também acarreta o peso de importantes deveres. A presidência da República é, sem dúvida, um cargo, que poucos ocupam com a competência desejada, sem falar na falta de austeridade, quando não de autoridade, que se vê na personalidade que a ocupa.
Função é a obrigação decorrente de cargo. Ser presidente da República é uma função que somente deveria ser exercida por quem realmente estivesse preparado para fazê-lo.
Um candidato a deputado aspira ao cargo para exercer a função em nome de seus representantes, que o elegem. Hoje, no Brasil, estão sobre isso querendo mudar todo o conceito: o candidato a deputado aspira ao cargo para exercer função que o povo jamais lhe outorgou: majorar deslavada e descaradamente os seus próprios vencimentos, por exemplo. O cargo deveria ser ocupado apenas por aqueles que pretendessem exercitar a função pública gratuitamente, por amor ao povo, por amor da Nação, por amor à Pátria. No mais, é tudo aquilo que está em Brasília. Triste!

Bobo com Tolo nem com Otário

Bobo é o indivíduo de muito curto entendimento e pouquíssima capacidade. É o que a maioria dos políticos brasileiros da atualidade pensa que nós, eleitores, somos.
Tolo é bobo ignorante e pretensioso. É o que o povo brasileiro pensa de muito candidato a cargo público.
Otário é o tolo que vive caindo no conto-do-vigário. Com sua permissão, caro leitor: somos todos nós, sempre crédulos antes de eleições, sempre frustrados depois delas.
Além do bobo, do tolo e do otário, existem ainda os parvos, adultos de espírito infantil: vivem fazendo travessuras , apesar de terem idade incompatível com as artes que fazem. A parvice é própria dos chamados “chatos” da vida. E como os há, caro leitor! Como os há!

Mestre com Professor

Mestre é o perito ou versado em arte ou ciência. Ainda: o oficial senhor de seu ofício, chefe de outros. Nem sempre ensina em escolas, já que o mestre pode ser autodidata ou sábio que acumulou experiência de vida.
Professor é o que ensina ou tenta ensinar arte, ciência ou habilidade. Trata-se de profissão hoje tão mal reconhecida, tão mal remunerada, que tende a desaparecer, seja em detrimento de seu significado, seja por força da irresponsabilidade das autoridades atuais. Até quando?

Educar com Ensinar nem com Instruir

Educar é promover o desenvolvimento das faculdades físicas, morais e intelectuais. É um dever do estado.
Ensinar é transmitir, por meio de lições, o que deve ser aprendido. É a tarefa de mestres e professores.
Instruir é preparar, por um bom ensino, para por em estado de agir, de servir à sociedade. É tarefa para a qual todos os mestres e professores deveriam estar preparados.

Encostas com Aclive nem com Declive

Encostas são partes inclinadas do monte ou morro; podem, em situação anormal, deslizar e provocar tragédias, principalmente quando se trata de morros urbanos.
Aclive é a inclinação da encosta, considerada de baixo a cima.
Declive é a inclinação da encosta, considerada de cima a baixo.
Existe ainda o sopé, parte onde o morro tem início, e a vertente, encosta por onde passa correntes de água.

Fonte:Prof. Luiz Antonio Sacconi.

domingo, 4 de abril de 2010

Utilizando a Proatividade a seu favor

Cada vez mais nos deparamos com a expressão, proatividade ou proativo. É a palavra da moda. Inclusive é muito encontrada no perfil desejado em anúncios de empregos, etc.
Na realidade, podemos ser "proativos" ou "reativos". Ser reativo é mais fácil. A única coisa que temos a fazer é esperar os acontecimentos e oportunidades, e reagir a elas.
Ao contrário, ser proativo é bem mais difícil. Isso nos leva, simplesmente, tomar as rédeas da vida. Significa que deveremos ter um controle consciente sobre vida, estabelecendo metas e trabalhando para alcançá-las, criando os próprios acontecimentos e oportunidades conscientemente.
Atualmente, por várias razões, ou até mesmo por desconhecimento, a maioria das pessoas tem um comportamento reativo.
Para ser proativo, é preciso trabalhar e conhecer alguns pressupostos básicos como:
a) Autoconsciência - significa que você tem possibilidade de escolha, e faz uso dela.
b) Consciência - possibilidade de consultar o seu mecanismo interno de direção, permitindo que você escolha o que é certo para você, baseado em seus valores.
c) Criatividade - aptidão para enxergar possibilidades alternativas e fazer uma avaliação entre elas.
d) Independência - você tem liberdade para escolher qualquer alternativa, sem necessidade de agradar aos outros, ou sem necessidade de fazer o que os outros esperam que você faça.
De certa forma, estamos o tempo todo reagindo a eventos que acontecem em nossa vida. A diferença entre ser proativo ou reativo é o processo mental que ocorre entre o evento e a resposta a ele. Uma resposta proativa significa que estaremos usando os quatro pressupostos acima para realizar uma escolha ou não realizar nenhuma escolha.
As pessoas reativas são aquelas que andam de acordo com a correnteza. Se seus amigos, vão comer pizza todas as quintas-feiras, provavelmente elas os acompanhará. Elas andam de acordo com o fluxo e de acordo com as circunstâncias, mas não conseguem dirigir conscientemente o fluxo. Esperam por uma grande oportunidade que as faça mudar de vida, enriquecer, conseguir um emprego ou situação melhor.
As pessoas proativas estão sempre atentas às suas escolhas e aos seus valores e tomam suas decisões baseadas nesses valores. Frequentemente nadam contra a correnteza, criando seu próprio caminho, apesar das dificuldades. Mesmo quando as coisas forem simples, tomarão decisões conscientes, pois sabem que qualquer escolha que façam hoje influenciará o modo como viverão amanhã.
Os reativos pensam assim:
Qual é o caminho? Não tenho tempo. Quanto dinheiro posso ganhar se fizer isso? Farei isto e vejamos o que acontece. Estou cansado. Nunca fui bom em matemática. Qual é o significado da vida?
Já o proativo pensa assim:
Aonde eu irei, e como chegarei lá? Como ter mais tempo? Quanto dinheiro eu quero, e o que farei para ganhá-lo? Farei isto. O que posso fazer para aumentar minha energia? Eu não posso falhar. Qual é o significado que eu desejo para minha vida?
Se você é daqueles que pensam que os eventos externos determinarão sua prosperidade, apesar do seu esforço, então você é reativo. Se você pensa que eventos externos só podem afetar o tempo que levará para alcançar seu objetivo, então você é proativo.
As pessoas frequentemente são uma mistura de proativos e reativos. Você pode pensar que é proativo em determinadas áreas, mas reativo em outras. Sendo assim, dedique mais tempo aprendendo a ter autoconsciência, consciência, criatividade e independência, para levar proatividade às áreas da sua vida onde ela é necessária. Se você não gosta de como as coisas estão indo, então mude. Não espere a oportunidade chegar, crie-a agora mesmo. Não espere o amanhã, para ver se as coisas melhoram, mude hoje mesmo.
Pense nisso!

domingo, 28 de março de 2010

Brasil versus China

Segundo dados da Confederação Nacional da Indústria (CNI), a China, depois de se consagrar no posto de maior exportadora do mundo, vem tomando espaço do Brasil no comércio internacional. Vários produtos chineses como ferro fundido, máquinas e aço, invadiram os mercados dos principais países que comercializam com o Brasil, como Estados Unidos, México e Argentina.
Um exemplo disso, é que a participação dos produtos brasileiros nas importações norte-amercanas, em 2008 e 2009 se manteve em 1,38%, praticamente a mesma participação de 2001, enquanto a presença da China avançou para 18,82%, no mesmo período, destacando sua presença nos setores de produtos químicos, caldeiras, máquinas, plásticos e alumínio.
Para especialistas, O Brasil se coloca em uma posição de desvantagem perante seus concorrentes, pela falta de uma política eficaz de incentivo à exportação. Falta empenho para alterar esta realidade.
Nesta competição, o país perde com uma carga excessiva de impostos, por não ter uma política forte de apoio à exportação e, principalmente, pela inexistência de infraestrutura.
Importante ressaltar que o Brasil é um grande exportador de commodities, ao contrário da China que vende mais produtos industrializados, com maior valor agregado. Resultado, produtos industrializados com maior valor agregado são mais valorizados do que commodities.
É bem verdade que a china pratica uma taxa de câmbio desvalorizada e que isso a favorece no comercio internacional baixando seus preços tornando-os competitivos com o resto do mundo. Assim, a China consegue maior controle na abertura de sua economia, com uma articulação de qualidade e competitividade.
Nas exportações para a Argentina, a participação brasileira recuou de 35,84% em 2005 para 29,9% em 2009. Em igual período, a fatia da chinesa cresceu de 4,93% para 12,4%.
A participação brasileira no México não ficou diferente. Caiu de 1,78% em 2008, para 1,60% em 2009. Neste mesmo período a China cresceu de 10,98% para 12,91%.