terça-feira, 27 de novembro de 2012

Gestão do Conhecimento

Nestes tempos em que os desafios são constantes e a velocidade das mudanças atinge proporções imensuráveis, o conhecimento torna-se o maior diferencial competitivo das organizações que pretendem longevidade e sucesso.
Neste contexto, o conhecimento que reside nas mentes dos trabalhadores, se coloca como o fator de produção mais importante da economia da informação, o que provoca uma mudança dramática na forma de pensar da maioria dos modelos econômicos do mundo moderno, o qual o Brasil insiste em desprezar. Assim, os novos tempos exigem, sem demora, que os paradigmas sejam revistos.
Há algumas décadas, para aumentar a sua competitividade, as empresas apostavam nas economias de escala, na proficiência em vendas e em marketing, nos movimentos da qualidade e em foco no cliente. Por outro lado, há poucos anos, o conhecimento emergiu como elemento fundamental de diferenciação das organizações.
Com o advento da tecnologia e o acesso a níveis mais sofisticados da informação estratégica, a qualidade deixou de ser um fator de diferenciação. Surge então, o conhecimento como condição indispensável para a sobrevivência das organizações em todos os ramos de atividade.
Dessa forma, a globalização dos mercados, o avanço acelerado da tecnologia, os fluxos dinâmicos do intercâmbio internacional estão mudando antigos modos de como realizar as coisas e introduzindo novos paradigmas para o desenvolvimento de empresas e nações.
A tecnologia há muito, é uma das principais variáveis na divisão internacional do trabalho e um dos principais fatores de organização da produção. Daí, a necessidade da integração competitiva dos países na economia internacional exigindo, das empresas nacionais, grandes esforços na área da inovação.
Sob tais circunstâncias, a capacidade de produzir inovações radicais e revolucionárias será um dos fatores determinantes para o sucesso das empresas e nações em um mercado globalizado e extremamente competitivo.
Cabe então a utilização urgente de uma inteligência competitiva capaz de estabelecer estratégias para identificar o que se passa no ambiente dos setores de negócios e do macro ambiente que abrange as nações.
Neste processo, torna-se necessária uma gestão estratégica do conhecimento onde a “sociedade do conhecimento” reclama por mentes abertas e criativas tornando o conhecimento igual a tecnologia e, portanto, igual às pessoas. Gestão esta capaz de observar e compreender as organizações, estabelecendo assim, uma nova filosofia gerencial que proporcione às organizações rearranjar o conhecimento residente na mente de seus colaboradores de modo a transformá-los em vantagem competitiva através do gerenciamento do capital intelectual, alterando assim o foco das organizações.

sexta-feira, 16 de novembro de 2012

Administrando Prefeituras em Tempos de Crise

Sabemos todos que a administração pública brasileira em todos os níveis não tem sido essas coisas, principalmente, nesses últimos dez anos. Porém, as urnas recém abertas para condução dos gestores às prefeituras em todo o Brasil, necessariamente, não conseguiu traduzir assim e, portanto, corrigir esta distorção que tanto prejudica os municípios, e o país como um todo.
Muito se pergunta, de fato, o que ocorre para o povo não fazer a leitura correta dos gestores públicos? Dentre diversas variáveis, podemos nomear a baixa escolaridade do brasileiro, que certamente não explica tudo.
É preciso adicionar à realidade da baixa escolaridade do povo brasileiro, bastante conhecida de todos e muito discutida e divulgada pela mídia, outra questão, tão importante quanto. Ou seja, a apropriação de uma “maneira de governar” transvertida por um populismo exacerbado que amealha recursos públicos aos mais necessitados do país, sem de fato resolver os imensos problemas desta faixa da população, produzindo apenas votos.
Desta forma, o maior problema das prefeituras Brasil afora, é a questão da folha de pagamento com quadros excessivamente inchados. Assim, a maioria das prefeituras beira ao limite constitucional de gastos com pessoal permitidos no orçamento para a folha de pagamento, que é de 54% de toda a arrecadação municipal.
Considerando os limites orçamentários mínimos para saúde, 15% e educação, 25%, chegaremos a um percentual total de gastos de 94% do orçamento. Estabelecendo assim, realmente, uma margem muito pequena para atender às outras necessidades e demandas das populações municipais.
No que se refere aos planos de governo e às voluntariosas promessas de campanha, o prefeito eleito terá que verificar as reais possibilidades de conseguir dinheiro novo do governo estadual e do governo federal para a realização dos projetos estabelecidos no plano.
Assim, com este nível de comprometimento do orçamento das prefeituras, elas sozinhas, não terão dinheiro suficiente para realizar o plano proposto durante as campanhas.
Na República Federativa do Brasil, que não tem viés municipalista, mas sim um modelo federativo, a União, distorcidamente, tem um poder arrecadatorio maior sobre estados e municípios, ficando com a maior fatia do bolo da arrecadação dos impostos. Distorção esta que interfere no jogo político nacional e no processo de administração pública relativa aos poderes municipal, estadual e federal e que peremptoriamente não se torna motivo de discussão e debates durante os processos eleitorais sejam em qualquer dos níveis de governo.
Portanto, estados e, principalmente, os municípios ficam com uma parte muito pequena desse montante arrecadado. Daí a importância de se conseguir recursos não somente dos Estados, mas também, da União, apresentando projetos eficientes para convencer os entes superiores, de que os projetos municipais, são realmente, de vital importância para a população.
O Brasil conta com 5.564 municípios, e a maioria deles, vive de pires na mão totalmente dependentes dos recursos do FPM (fundo de participação dos municípios). Daí a importância de se tornar os municípios mais independentes com geração de recursos através da instalação de empresas locais, com a função de geração de renda para que os municípios tenham mais dinheiro para realizar mais em prol de sua população.
Por outro lado, a população deve ficar atenta e verificar junto a seus vereadores se a obra ou a aplicação dos recursos do contribuinte estão sendo bem alocados e se a prioridade está corretamente identificada. Verifique também se a sua Câmara Municipal está apenas distribuindo moções de aplauso ou de cidadania honorária para cidadãos cuja comenda é duvidosa, em detrimento de discutir e aprovar projetos mais relevantes que envolva todos.
Outro ponto que requer cuidado dos prefeitos eleitos, provem da redução do FPM que por conta de uma política míope do governo federal concentrada na redução de impostos para alguns setores (montadoras automotivas) e no baixo crescimento da economia medido pelo PIB (toda a produção de um país), que vem trazendo perdas significativas do dinheiro que retorna do Governo Federal aos municípios.
Fica aos prefeitos, o desafio de gerir as contas e de administrar com poucos recursos suas prefeituras, buscando oferecer e garantir educação e saúde de qualidade à população.
Além disso, estudos da Confederação Nacional dos Municípios, mostram que mais de 1.400 prefeituras devem deixar dívidas para a administração entrante, contrariando a Lei de Responsabilidade Fiscal deixando, o chamado, Restos a Pagar; e mais de 350 municípios alegam atraso nas folhas de pagamento do funcionalismo.
Afora a isto, outros municípios se queixam da implementação de políticas do governo federal que deixam os municípios a descoberto, como o aumento do salário mínimo e implantação do piso nacional do magistério, previstos, pelo governo federal, sem contrapartida de recursos para os municípios, apropriarem os gastos, acrescidos ainda, de Restos a Pagar devidos pela União aos Municípios de acordos anteriores, não cumpridos. Conte-se ainda com as discussões prematuras dos Royalties do Petróleo e da corrupção vigente. Haja fôlego!

quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Jogos de Negócios

Empreendedores já podem aproveitar o ambiente lúdico para simular situações gerenciais e desenvolver habilidades estratégicas, de planejamento, liderança, negociação, tomada de decisões e correrem riscos calculados, sem investir um tostão sequer.
Assim, se divertir e se entreter não consta de os únicos benefícios de alguns games online e jogos de tabuleiro.
Nos tabuleiros, alguns jogos simulam verdadeiros mercados, como "Power Grid", “Settlers of Catan”, dentre outros. E os clássicos “Monopoly” (Banco Imobiliário) e “War” testam a capacidade dos jogadores de expandirem seus domínios.
Já, nos computadores, existem os chamados “serious games” (jogos sérios), feitos especificamente para trabalhar habilidades em seus jogadores. “Tycoon City: New York” é um exemplo. Agindo como um empreendedor o participante do jogo, tem como objetivo construir negócios e fazer com que eles se prosperem na ilha de Manhattan.
Os famosos games de estratégia, RPG - formato em que os jogadores equipam seus personagens com magias, equipamentos e armas antes da partida – e simuladores, como “The Sims” e “SimCity”, podem ser bons exercícios para quem pretende comandar uma empresa.
"Power Grid": é um jogo que envolve praticamente toda a gestão de um negócio. No começo, os jogadores compram usinas de energia em um leilão. Cada usina funciona com um combustível (carvão, plutônio etc.) e estes produtos ficam mais caros ou baratos conforme a procura por eles. Quanto mais energia a usina gerar, mais lucro a empresa consegue.
"Settlers of Catan" (Colonizadores de Catan): é um game onde cada jogador é um explorador de recursos naturais de uma ilha. Nele é preciso utilizar toda sua capacidade de negociação para trocar, por meio de escambo, os recursos explorados com os demais jogadores. Não há dinheiro envolvido nas negociações e o valor das mercadorias é estipulado pelos próprios participantes do game.
“I’m the Boss" (Eu sou o chefe): é um jogo de pura negociação. Cada participante é um investidor e precisa escolher seus sócios e em quais negócios investir. Fazer aliança com as pessoas certas é essencial para ganhar dinheiro e sair vencedor do jogo.
"Monopoly": no Brasil, é mais conhecido como "Banco Imobiliário". Apesar de o fator sorte ser bastante presente, o jogo envolve fatores como tomada de decisões, capacidade de negociação e atenção ao mercado para investir na hora certa e obter ganhos astronômicos.
"War": é um clássico jogo de guerra entre exércitos em que o principal é entender os movimentos do adversário e esperar o momento certo para atacar e alcançar o objetivo final. O tabuleiro é o mapa-múndi e a cada rodada os participantes batalham para conquistar e defender territórios e aumentar seus exércitos, ao mesmo tempo em que fazem alianças estratégicas.
No "Tycoon City: New York": o jogador é literalmente um empreendedor que tem toda a ilha de Manhattan para explorar. O objetivo é abrir negócios fazendo pesquisas de opinião, escolhendo preço, ponto comercial, visual da empresa, serviços prestados etc. Se enquadra entre os chamados "serious games" (jogos sérios ou educacionais).
Para os políticos recomenda-se "Sim City": simulador de cidades em que o jogador atua como prefeito e deve fazer com que sua cidade prospere, construindo casas, empresas, estradas etc. Conforme se desenvolve, a cidade apresenta uma série de problemas, como trânsito e poluição, e cabe ao jogador administrar seus recursos e tomar decisões para solucionar todas estas questões.
Já no "The Sims": simula-se a vida real e trabalha as relações sociais. O jogador começa praticamente sem nada e precisa arrumar emprego, administrar recursos financeiros, construir o patrimônio e dividir o tempo entre o trabalho, os estudos e a família.
Aproveitem os tempos modernos com bons jogos e excelentes negócios!

sexta-feira, 12 de outubro de 2012

Como Administrar uma Prefeitura buscando Eficiência?

Um bom princípio de qualquer administração seja ela pública ou privada é a possibilidade de um bom relacionamento, pois o relacionamento é a base de todo o sucesso seja de um empresário, um administrador público ou um profissional liberal. Além disso, o conhecimento das pessoas agregadas à administração pública e o acesso a determinados órgãos em várias esferas da administração ascendente é igualmente importante. Porém, além desse acesso mais facilitado, digamos assim, o prefeito eleito deve contar com uma equipe muito competente para realizar e prever projetos viáveis e que tenham aprovação das esferas correspondentes e apropriadas.
As pessoas, os eleitores e o público em geral devem ter em mente que não é somente o prefeito que administra a sua cidade, mas também os vereadores eleitos no mesmo pleito. Assim, os vereadores têm o dever primeiro de fiscalizar o executivo e de não somente criar leis em benefício da população, mas também atualizar a legislação do município nestes tempos de muitas mudanças. Desta forma os vereadores exercem a chamada administração indireta, tão importante quanto à administração direta, do prefeito.
O executivo tem a faculdade de enviar projetos de lei para apreciação da Câmara, porém a função precípua dos vereadores é a de legislar.
O jogo político nas administrações municipais funciona, portanto, assim: o vereador funciona como elo entre a população e o poder municipal e desta forma suas excelências, os vereadores, necessitam de muita capacidade para criar leis que vão beneficiar toda a cidade, não importando de onde vieram os seus votos no pleito. Além disto, o vereador vai necessitar de um mínimo de conhecimento dos trâmites burocráticos do jogo político para poder fiscalizar com eficiência os atos do poder público municipal.
Notem que esta é uma premissa básica. Sem isso, qual importância tem o dia 7 de outubro para a população? Simplesmente nenhuma! Porque se os eleitos não cumprirem com os seus papeis não estamos atendendo aos objetivos aos quais os representantes foram eleitos, ou seja, o de gerir aquilo que nós, eleitores, como coletividade, julgamos necessário.
Analogamente, a importância existente para um empresário que necessite nomear os gerentes de sua empresa é a mesma no serviço público. O gerente empresarial deve ser uma pessoa de confiança, assim como um secretário, na administração municipal, é o gerente do prefeito para aquela determinada área, então ele deve ser de confiança do prefeito. Assim, caso alguém tenha uma empresa e tenha um gerente incompetente para uma determinada área, a empresa vai padecer com esse funcionário. Da mesma forma a administração pública padecerá também.
Atualmente a diferença de como se administra uma prefeitura e como se administra uma empresa está na questão legal, ou seja, a prefeitura somente pode ser administrada com a utilização do direito administrativo que rege o funcionamento do setor público. Daí, a idéia de empresa deve ser empregada nas administrações públicas como um todo. Não visando lucro, mas visando eficiência, bom serviço, redução de desperdício, e nessa redução de desperdício inclui-se, primordialmente e criteriosamente, a questão da corrupção.
Vejam que quando se tem pessoas competentes, comprometidas e éticas na administração, estreita-se a margem para a corrupção. Muito se fala do prefeito, mas não há como gerir, controlar todas as áreas de uma prefeitura, é preciso delegar para outras pessoas. Por isso é importante que o prefeito ou o administrador público, tenha ao seu lado pessoas capacitadas, competentes e éticas.

segunda-feira, 8 de outubro de 2012

Os Desafios do Pós-Carreira!

O aumento da longevidade e o encerramento precoce da vida corporativa criam uma espécie de segundo tempo profissional que pode durar até 20 anos. Para enfrentar esse novo tempo é preciso fazer uma poupança financeira, cuidar da saúde e elaborar um projeto de vida que priorize o que você sempre desejou fazer por prazer, e não por obrigação.
Pois é, de repente, ao encerrar a carreira, você se dá conta de que esta com medo do desconhecido. E o desconhecido neste caso, pode ser a tal da aposentadoria. Assim, a pessoa pode caracterizar este desconforto como um problema que, de repente, não se sabe como enfrentar.
Daí, você se vê conversando com o RH da companhia, onde imaginava encontrar as respostas para todas as suas dúvidas e a possibilidade de eliminar este desconforto. Mas acaba por descobrir que a sua empresa nunca aposentara um presidente. Os CEOs sempre rodam de empresas antes da chamada aposentadoria.
Mas, por sorte sua, há gente especializada no mercado e o RH de sua empresa sugeriu uma conversa com uma psicóloga e consultora de carreira. Interessante notar, que muitas vezes o postulante à aposentadoria não bota muita fé nesse assunto e se questiona frequentemente. “O que a psicóloga pode saber da minha vida?” Mesmo assim, você agenda a consulta. Uma conversa dessas, normalmente, dura quase duas horas e até bem perto do final da conversa, normalmente, não se fala em aposentadoria. Porém, já perto das despedidas, a psicóloga lhe fala: “Você e a sua empresa precisam de ajuda”. Diante da incredulidade a psicóloga dispara uma série de perguntas: O que vai ser da sua secretária? E do seu motorista? Como fica seu pacote “stock options”, de benefícios? Você vai querer manter o número do seu celular, que hoje é corporativo? Já definiu a data da sua saída e planejou o anúncio? Lembre-se de que quem avisa um ano antes que vai sair vira rainha da Inglaterra. Quem informa somente três dias antes passa a impressão de que está sendo corrido da companhia. O ideal é anunciar a aposentadoria com três ou quatro meses de antecedência.
“Quando a psicóloga acaba de dizer tudo isso, você entra em pânico”. Mas o susto e a angústia vividos pelos ex-presidentes são experiências enfrentadas todos os anos por milhares de executivos, que não se dão conta de que estão despreparados para abandonar a vida corporativa até que algo os obrigue a parar. Pode-se argumentar que sempre foi assim, mas as gerações anteriores eram programadas para trabalhar até, literalmente, não poder mais. Depois disso, viviam apenas poucos anos, mantidas pelo Estado. Com os avanços da medicina, com estilos de vida mais saudáveis e a falência da Previdência Social, essa lógica virou de pernas para o ar. Nos próximos anos, a preparação para a aposentadoria e mais ainda para a vida depois dela – o chamado “pós-carreira” - já se tornou um dos tópicos mais quentes de discussão no mundo empresarial.
Assim, executivos que estão hoje entre o meio e o fim de suas carreiras foram apanhados por dois movimentos que correm em sentidos opostos. O mais visível deles é o aumento da expectativa de vida do brasileiro, que se encontrava em 70 anos em 1999. Atualmente está nos 73 anos, e em uma década promete chegar a 75,5 anos em 2050, isso, considerando uma média, porque já se vive bem mais do que isto, enquanto as mulheres chegam hoje à marca dos 77 anos de vida útil.
O país segue sendo jovem, com o chamado bônus demográfico, em seu favor. Mas a população na faixa dos 60 anos representa hoje 11,1% dos brasileiros, um contingente de 21 milhões de pessoas e pouquíssimos estão de pijama, em casa.
De toda a população economicamente ativa do país, quase 17,5 milhões de trabalhadores têm 50 anos ou mais. Os “idosos”, a partir de 60 anos, formam o grupo que mais cresceu na última década. Existem hoje pouco mais de 22 milhões de pessoas nessa faixa etária no país. Dessas, 6,5 milhões estão em plena atividade. Um terço desse contingente trabalha por conta própria, em muitos casos como consultores.
O segundo movimento em direção às aposentadorias é o encerramento cada vez mais precoce das carreiras corporativas. Seja porque as regras de aposentadoria compulsória por idade (aos 60, 62 ou 65 anos, dependendo da empresa) apanham os profissionais dinâmicos com saúde em dia e disposição para tudo, menos para pendurar as chuteiras. Sobretudo no mercado financeiro, onde a combinação de enriquecimento rápido com rotinas de trabalho mortais convida a uma mudança de rumo profissional muitas vezes antes dos 50 anos.
Desta forma, o aumento da longevidade, somado ao encurtamento das carreiras e à vontade de seguir produtivo, cria um cenário inteiramente novo no mundo do trabalho. Aos poucos, sai de cena o velho conceito de aposentadoria. Em seu lugar, surge o “pós-carreira”, ou o chamado segundo tempo profissional. Diante disso, presume-se, que a “nova terceira idade” quer trabalhar, remunerada ou voluntariamente. Quer continuar dando sua contribuição para a sociedade. E, definitivamente, não quer ser um fardo para filhos e família, assim, os setentões, portanto, são os novos cinquentões de outrora.

segunda-feira, 1 de outubro de 2012

Que País é Esse?

Mais uma eleição se aproxima caro leitor e eleitor.
De acordo com o processo eleitoral o eleitor não pode se eximir de fazer a sua escolha, já que o voto é obrigatório. Porém, o processo deve revelar uma escolha correta da população, já que o eleitor é o principal participante dessa dinâmica eleitoral com a manifestação de seu voto. Sendo assim, o eleitor se torna co-responsável pelo sucesso ou insucesso de seu país, de seu estado, de sua cidade.
Mas o que falta para que um cidadão escolha bem seus representantes? Primeiramente, cabe aos partidos políticos a responsabilidade e a decência de apresentar pessoas capazes de executar corretamente bem o seu mandato, apresentar bons nomes, e que esses nomes estejam realmente dispostos a resolver dignamente os problemas do país, dos estados e das cidades.
Segundo, o eleitor deve praticar a sua escolha comparando os candidatos consigo mesmo. Ou seja, veja se os valores de seu candidato combina com os seus valores adquiridos em seu processo de vida, desde a sua infância, passando por sua escolaridade e chegando em seus relacionamentos.
Terceiro, cabe a todo cidadão estar bem informado não somente acerca do candidato em si, mas a tudo o que lhe diz respeito.
Bem, na realidade, somente isto não basta. É necessário conhecer com clareza o que está ocorrendo à sua volta, no país em que você vive, no estado em que você vive, no município em que você vive. E mais ainda, acompanhar o mundo globalizado no qual você invariavelmente vive.
Para isso, é necessário que o eleitorado tenha informações, muitas informações.
Olhando os dados do IBGE, verificamos os resultados do Censo Demográfico 2010 onde mostra que a desigualdade de renda ainda é bastante acentuada no Brasil, apesar da tendência de redução observada nos últimos anos. Embora a média nacional de rendimento domiciliar por pessoa fosse de R$ 668,00 em 2010, 25% da população recebia até R$ 188,00 e metade dos brasileiros recebia até R$ 375,00, menos do que um salário mínimo, naquele ano, de R$ 510,00.
Neste sentido, trabalhando o contexto regional do Vale do Aço podemos verificar que o salário mínimo praticado por aqui é de R$ 622,00, portanto o mesmo do país.
Os dados de Ipatinga que guardam uma certa relação com as demais cidades da região, em pesquisa realizada pela empresa “Praxis Opinião e Mercado”, apontou a renda salarial dos eleitores de Ipatinga no Vale do Aço.
Assim, os que ganham até 1 salário mínimo R$ 622,00 somam 33.500 pessoas (13,40% da população); os que ganham até 2 salários R$ 1.244,00 somam 109.275 pessoas (43,71%); os que ganham até 5 salários R$ 3.110,00 somam 66.400 pessoas (26,56%); aqueles que ganham até dez salários R$ 6.220,00 são 14.400 pessoas (5,76%) e os que recebem acima de dez salários mínimos, perfazem 2.950 pessoas (1,18%).
Já os trabalhadores aposentados no Brasil são de aproximadamente 26 milhões de pessoas, os quais possuem vencimento de acordo com a média nacional de R$ 736,00, menos que um salário mínimo e meio.
Estranhamente um vereador, que em vários países mundo a fora, é um cargo sem remuneração, ou seja, um cargo voluntário, que às vezes, conta com uma ajuda mínima de custo, tem aqui no Brasil um ganho em média, R$ 9.000,00.
O cargo de prefeito tem um salário médio no Brasil de R$ 16.920,00. Vejam que se trata de média. Há os que ganham uma faixa inferior de R$ 8.700,00 e os que estão na faixa superior de R$ 26.700,00.
Os senhores deputados e senadores da república brasileira, se é que os podemos chamar de senhores, ganham em média mensalmente, aplicando todos os ganhos extras, R$ 151.000,00 perfazendo um ganho de R$ 1.812.000,00 anuais.
Já a atual presidente da república percebe um salário mensal de R$ 26.723,13.
Fazendo um pequeno exercício mental, lembremos dos ganhos dos assessores de deputados federais, de senadores, de deputados estaduais e de assessores de vereadores. Em analogia, lembremos também dos salários, de professores, bombeiros, policiais federais, estaduais, agentes federais que fizeram uma greve sem sentido, etc.
É conhecida também métricas adotadas em diversos países que medem os salários, sejam em empresas privadas, sejam no funcionalismo público como uma variância de 1 para 7. Ou seja, se o mínimo salarial é de R$ 622,00 o valor máximo de ganho do indivíduo mais importante da empresa ou do serviço público seria de sete vezes mais, portanto, R$ 4.354,00. Ótima proposta não? Assim todos iriam querer aumentar o mínimo e desta forma todos estariam bem protegidos contra os abusos, principalmente, da chamada classe política!
Pense nisso!.

sábado, 25 de agosto de 2012

Descatracalizando a Infraestrutura Brasileira

O Brasil vem ao longo de décadas perdendo competitividade internacional. E mais recentemente vem perdendo competitividade também para o grupo de países emergentes ao qual se encontra, juntamente com China, Índia, Rússia.
Não é a toa que o “World Economic Fórum” listou a qualidade da infraestrutura brasileira em 104 º. lugar dentre 142 países pesquisados. Assim o Brasil fica bem atrás de China (69º.) e Índia (86º.) e mais próximo da Rússia em Rússia (100º.).
Depois de uma década praticamente perdida de governos petistas que deixou de aproveitar a bonança do comportamento da economia mundial para implementar programas de reestruturação do país, surge agora, certo alento, de medidas mais concretas de atualização da infraestrutura brasileira.
Longe ainda, muito longe de aproveitar a agenda construtivista para encarar também as grandes reformas do país que envolve a elevada carga tributária, a baixa produtividade gerencial do governo, o agravamento dos setores de educação, saúde e segurança pública, além é claro, da tão sonhada reforma política esperada pela população, em meio ao lamaçal do chamado mensalão.
A proposta governamental é considerada por analistas de “meio envergonhada” por não falar propriamente em “privatização” palavrão no interior petista, mas que já desnacionalizou 84 empresas em 2010, 97 empresas em 2011 e 167 empresas em 2012.
Na realidade algo necessitava ser feito, pois o PIB brasileiro em 2011 ficou em 2,7% enquanto a África do Sul ficou com 3,1%, Índia ficou com 4,2%, Rússia com 7,2% e China com 9,2%. E para este ano as previsões do PIB, consideradas pelo mercado, são de menos de 2%.
A intenção do governo com o pacote é destravar os tradicionais gargalos logísticos do país e diminuir os custos de se produzir aqui Brasil, procurando assim elevar a produtividade em relação aos demais emergentes.
O pacote lançado em 15 de agosto prevê investimentos de R$ 133 bilhões sendo R$ 90 bilhões em investimentos de rodovias e ferrovias para os próximos 25 a 30 anos. Seu conteúdo anuncia a construção de 6 mil km de estradas e de 8 mil km de linhas férreas que serão transferidas para a iniciativa privada, a qual ficará responsável pela operação e pelos investimentos. O objetivo é estimular o fraco Produto Interno Bruto do país, fazendo com que o setor privado participe e invista mais, e assim, destrave o freio de mão puxado pelos temores do agravamento da crise européia e seus reflexos por aqui.
As projeções dos especialistas sobre a economia brasileira estão em queda constante e muito abaixo da meta de 4% de alta do PIB prevista para 2012 pelo governo quando o ano começou.
O mercado espera agora uma expansão do PIB em torno de 1,81%, abaixo dos 1,85% previstos na semana passada, conforme o boletim Focus, do Banco Central.
A dificuldade fica por conta dos pacotes se perderem apenas em seus próprios lançamentos, que conta ainda com o baixo controle governamental de seus projetos. Haja vista o PAC que tem apenas 29,8% de obras concluídas, e que assim como agora, teve muito barulho em seus lançamentos e quase nada de efetividade.
Em realidade virão outros pacotes para portos, aeroportos, energia elétrica, hidrovias, é só esperar.
Assim o governo pensa em descatracalizar as PPPs (parcerias público-privadas) e estimular os investimentos privados com ajuda do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), com juros subsidiados.
O governo anunciou também a transformação da ETAV (Empresa de Transporte Ferroviário de Alta Velocidade S. A.), que havia sido criada para gerir o projeto de construção de um trem bala entre Rio e São Paulo, na EPL (Empresa de Planejamento e Logística), estatal que irá gerir o programa de concessões.
A medida provisória do pacote publicada na semana passada traz ainda o aumento de 3% para 5% do limite de endividamento dos governos estaduais e municipais para inserirem ao plano, o que deve ser um complicador para a Lei de Responsabilidade Fiscal, que prevê gestão adequada de despesas e receitas e que se tornou no principal instrumento regulador das contas públicas no Brasil.

domingo, 17 de junho de 2012

Impacto da Queda dos Juros para os Investidores

Após os movimentos da queda de juros no Brasil, fica a questão de como a queda da taxa de juros, poderá impactar nas decisões dos investidores?
Trabalhando alguns números poderemos ilustrar a atual situação dos investidores. Porém, com os novos níveis de juros, os números assustam um pouco mais - eu diria – um pouco mais que no passado.
Analisando um investidor que desejasse chegar a um volume de montante de recursos padrão de R$1.000.000,00 (um milhão de reais), que naturalmente é o sonho da maioria dos mortais, e em conformidade às exigências do assunto, com uma taxa de juros reais de 6% ao ano e uma contribuição mensal de R$1.000,00 (mil reais) em aplicações, durante trinta anos, levaria o investidor ao seu primeiro milhão, ou seja, a ser um milionário. Assim, com mil reais mensais por trinta anos o investidor conseguiria acumular um milhão de reais.
Utilizando o mesmo raciocínio para se atingir R$1.000.000,00 (um milhão de reais) a uma taxa real de juros de 4% ao ano, teríamos hoje que realizar uma contribuição maior, ou seja, de R$1.470,00 (mil quatrocentos e setenta reais) mensais. Assim, de R$1.000,00 (mil reais) mensais, iniciais, agora os investidores necessitariam de R$1.470,00 (mil quatrocentos e setenta reais) mensais de depósito para se chegar a R$1.000.000,00 (um milhão de reais), o que efetivamente, reflete um aumento de quase 50% da contribuição.
Com o mesmo raciocínio em mente, decaindo a taxa de juros reais a 3% ao ano, como parece acontecer em algum momento, não muito distante no tempo, a nossa contribuição de investimento caminharia para R$ 1.750,00 (mil setecentos e cinqüenta reais) mensais. Portanto, a relação de valores aplicados sobe agora a 75% do valor inicial de R$1.000,00 (mil reais). Lembrando que os dados seguem a taxa de juros reais, ou seja, juros reais descontados a inflação.
Nesses níveis de contribuição de R$1.750,00 (mil setecentos e cinqüenta reais), para se chegar à cifra mágica de R$1.000.000,00 (um milhão de reais), ocorre um dilema, a grande maioria dos brasileiros não teria um montante deste valor para a contribuição mensal, então o que fazer?
Uma das alternativas para o investidor seria a de aumentar o tempo para a contribuição dos valores.
Assim, no primeiro exemplo, um investidor teria que trabalhar 30 anos para conseguir extrair R$1.000,00 (mil reais) de seus vencimentos para aplicação e chegar ao seu primeiro milhão.
Com a taxa de juros a 4% ao ano, o investidor necessitará trabalhar 7 anos a mais em sua vida laboral, ou seja, 37 anos de trabalho, não muito, considerando a atual expectativa de vida do brasileiro, embora seja prudente reconhecer que é uma diferença significativa.
Caso a taxa de juros caia a 3% ao ano, como esperado, o investidor teria que trabalhar 42 anos para atingir o seu primeiro milhão, ou seja, 12 anos a mais de trabalho.
As alternativas são: ou se eleva o valor investido ou se aumenta os anos de trabalho para que possa manter a contribuição mensal de investimento e buscar um milhão de reais.
Para contornar esse processo, talvez seja necessário trabalhar um equilíbrio a essa situação, ajustando um alongamento de tempo com uma elevação no nível de contribuição. Ou ainda, considerar um mecanismo de diversificação de capitais, utilizando os prêmios de risco de longo prazo como em aplicações em bolsa de valores, com uma rentabilidade um pouco maior do que os 3% somente, livre de riscos.
O modelo de diversificação, porém, é algo que não acolhe a todos. Deste modo, é necessário verificar o perfil financeiro do aplicador, seus horizontes de médio e longo prazo, e se é afeito a esse investidor, considerar algo de renda variável em seu portfólio para futura aposentadoria.
Especialistas acreditam que se um aplicador considerar um portfólio de risco de forma lenta e constante, o risco torna-se muito baixo. O medo dos especialistas fica por conta de os investidores assumirem riscos elevados em mercados desconhecidos.
Neste contexto, trabalhar um portfólio com um pouco de renda variável no longo prazo é uma das saídas, principalmente, para os mais jovens, que poderiam ir comprando ações aos poucos, para que, no futuro, possam também vendê-las aos poucos. O que requer bastante disciplina, claro. Bem dosado e estudado, o risco faz sentido. Fica a preocupação de que, às vezes, o risco cobra o seu preço no futuro.
É natural, como ocorreu em outros países, que com a queda das taxas de juros haja um incremento do mercado de ações, porém, a médio e longo prazo, em função da crise européia atual.
Por conta disto, talvez seja o momento de se fazer crescer a base tão pequena de aplicadores “pessoa física” na bolsa de valores brasileira, de apenas 580 mil pessoas, diga-se de passagem, com baixo volume de aplicadores já de algum tempo.
Cabe então ao investidor avaliar se é momento de alterar seus níveis de aplicação ou se necessita de um alongamento de tempo de contribuição de suas aplicações, ou ainda, se deve considerar uma base diversificada de aplicações para se chegar ao primeiro milhão de forma consciente.
Boas aplicações!

quarta-feira, 13 de junho de 2012

A Mídia do Vale do Aço

Assistindo ao excelente show de Zélia Duncan no Centro Cultural Usiminas e vendo a participação total da platéia cantando e participando com sua intérprete maior estive pensando na mídia radiofônica do Vale do Aço onde o comercial tem sido mais interessante que as programações que rolam nas rádios.
Acredito que, os veículos locais, estejam fora de sintonia com o público mineiro e, principalmente, com o público multifacetado do Vale do Aço, que, contrariamente aos que bolam as programações, sabem muito bem o que querem ouvir e o que querem assistir nos shows.
Na última pesquisa de audiência de rádio, na cidade de Ipatinga, ficou percebido que 78% da população ouve rádio, porém as rádios estão brigando por uma fatia de menos de 30% da audiência, o que é muito pouco e mostra uma disputa quase parelha pela audiência.
No entanto, acredito que seja preciso repensar o processo de fazer rádio em nossa região. É necessário vislumbrar uma programação que seja realmente mais voltada para o público diversificado aqui do Vale, e que de certa forma procure desfazer a maneira mais fácil de fazer rádio, copiando as rádios das grandes capitais do país.
Com todo respeito, por exemplo, o programa Pânico no Rádio, não tem nada com o jeito mineiro de ser, não agrega quase nada. A riqueza musical de Minas Gerais não é vista na programação, os grandes nomes da música de minas, não aparecem. Muito menos o trabalho dos músicos locais.
Falta agregar notícias curtas e de qualidade na programação, principalmente, nas rádios FM.
É preciso dotar o público com mais qualidade e informação musical e fugir do lixo musical estrangeiro que nada agrega. Disseminar a beleza e a cultura da música brasileira de modo geral, em particular a música mineira de Milton Nascimento, Célia e Selma, João Bosco, Ari Barroso e tantos outros.
Numa destas noites vendo a programação cruja da televisão, que também tem lá o seu lixo, consegui ver uma cantora portuguesa vindo a minas e gravar música mineira do Clube da Esquina – sucesso absoluto em Portugal. Aí, cabe a pergunta: o nosso público conhece Clube da Esquina, faz idéia da importância deste acontecimento e desses músicos para a música brasileira?
A música brasileira é altamente badalada no Japão, Estados Unidos, França, e em outros países. E nós aqui jogando “goela abaixo” de nosso público o lixo que vem de fora.
Caros programadores, a qualidade do ouvinte está na qualidade da programação e não o contrário, como parece. Esta falta de atenção ao óbvio tem levado grandes rádios do país e grandes redes de televisão ao fracasso de audiência.
No lado do esporte, houve uma grande troca de locutores nas mais importantes rádios esportivas do Rio de Janeiro e por falta de qualidade geral, ninguém foi chamado de outras praças ou de praças do interior para compor um novo quadro esportivo carioca.
Portanto, é preciso mais qualidade! Pelo menos esta é a minha opinião.

sexta-feira, 18 de maio de 2012

A Queda na Taxa de Juros e o Comportamento do Consumidor

A taxa de juros, na definição econômica clássica, representa o custo do dinheiro no tempo. Basicamente representa o quanto um individuo paga a mais para consumir hoje, o que ele somente teria recurso financeiro para consumir no futuro. Com esse conceito em mente, podemos inferir que a queda nas taxas de juros nos bancos em geral, deixará mais barato a antecipação do consumo, que em tese somente aconteceria no futuro. Assim a queda nos juros tem impacto nos consumidores em geral, tanto para os devedores quanto para os credores.
Para quem já está endividado, portanto, terá a chance de renegociar o seu papagaio (nome popular para empréstimo), reduzindo assim as taxas de juros de seu empréstimo.
Para as pessoas que ainda não estão endividadas, a recomendação é pensar um pouco antes de se endividar. Pois o juro caiu, mas ainda está muito caro. Procure se endividar de forma correta. Coloque em mente que um endividamento saudável é aquele toma 30% de sua renda líquida, ou seja, o volume máximo de renda a ser comprometido com prestações. Note que é importante respeitar esse limite ou algo parecido com isto. Quando você passa desse limite você assume prestações que comprometem mais do que o razoável de sua renda. Daí você tem uma chance relativamente elevada de ter problemas para pagar as suas prestações. Pois 30% é um balizador importante do endividamento de uma pessoa.
Pense no tipo de empréstimo no qual você está assumindo, pois um empréstimo ou financiamento imobiliário é diferente de um financiamento para consumo. Veja que, em um empréstimo ou financiamento imobiliário, você tem um bem em contrapartida, o que se torna bastante diferente quando o endividamento é destinado ao consumo.
Cabe lembrar que o endividamento não é ruim por si, somente. Ele possibilita que as pessoas adquiram bens diversos como casa, carro, eletrodomésticos, dentre outros, que realmente melhoram a vida das pessoas.
Muitas pessoas tomam crédito de forma equivocada. Há pessoas que rolam meses após meses o saldo negativo no cheque especial ou no cartão de crédito, que naturalmente, são créditos específicos para o curtíssimo prazo. É preciso olhar e tomar a consciência de quanto estão devendo e negociar um empréstimo consignado ou um financiamento pessoal ao consumidor que possui taxas em melhores condições do que as taxas do cheque especial ou do cartão de crédito.
Pense um pouquinho, planeje o seu endividamento através do crédito. Um crédito planejado vem de encontro à melhoria de vida das pessoas. A ausência de um planejamento tende a levar a pessoa à inadimplência (falta de cumprimento com as parcelas da dívida), estragando a vida dos tomadores ou pegadores de empréstimos. Perceba que a idéia de crédito, é justamente ao contrário, é tão somente, para facilitar as pessoas a adquirirem os bens necessários a uma vida normal.
Cuidado então com os empréstimos ou créditos para consumo. Fique de olho no parcelamento na compra dos bens. Não é adequado comprar um bem em parcelas maiores do que o período de vida útil do bem ou mercadoria adquirida. Uma geladeira que tem uma durabilidade de três a quatro anos, você pode parcelar num prazo mais longo. Roupas por exemplo, o prazo deve ser mais curto, no máximo em duas ou três vezes e alimentação, por sua vez, não é recomendado o parcelamento.
A idéia básica é a de que, na hora em que você for substituir o bem já gasto pelo uso no tempo, você já tenha quitado a compra anterior. Essa é uma prática comum que ajuda o consumidor a eliminar ou dosar o seu endividamento. Às vezes a gente vê pessoas comprando ovos de páscoa em dez vezes. Isso não faz sentido algum. Parcelar alimentação ou combustível, não vem ao caso, é o que normalmente se chama de endividamento negativo.
O parcelamento deve ser direcionado para bens duráveis, para aquela viagem dos sonhos, para a sua educação individual ou para a educação dos filhos. Nestes casos o endividamento pode ser considerado positivo ou salutar.

Pense nisso e boa sorte!

domingo, 13 de maio de 2012

As Novas Regras da Poupança

A partir desta última sexta-feira, 4 de maio, o rendimento da caderneta de poupança será diferente, ou seja, será baseado no SELIC - Sistema Especial de Liquidação e de Custódia - que é o depositário central dos títulos emitidos pelo Tesouro Nacional e pelo Banco Central do Brasil.
Mais conhecido como taxa SELIC ou taxa básica da economia, este índice de balizamento dos juros será então o indexador da nova caderneta de poupança. Assim, sempre que a taxa SELIC for menor ou igual a 8,5%, o rendimento da caderneta de poupança deixará de ser 0,5% ao mês mais a Taxa Referencial de Juros (TR) e passará a ser de 70% da SELIC (taxa básica de juros) mais a TR. Essa medida será válida apenas para os montantes aplicados na caderneta de poupança a partir de 4 de maio de 2012.
Nada muda para os depósitos efetuados até 03.05.12. Os saques da poupança podem ser realizados normalmente.
A poupança continua oferecendo os benefícios de sempre: segurança, rentabilidade mensal, isenção de imposto de renda e de IOF, fundo garantidor até 70 mil reais por CPF, livre movimentação na data de aniversário da poupança, para não perder os rendimentos, e não paga taxa de administração.
A caderneta de poupança ainda continua atraente na comparação com fundos de renda fixa e também com CDB.
Por exemplo, um fundo que cobra taxa de administração de 1% a.a. só vai render mais que a poupança se o investidor mantiver o dinheiro aplicado por mais de 6 meses. Se ele sacar antes de 6 meses a alíquota do imposto de renda é bastante alta, de 22,5%, e isso vai tornar a sua aplicação menos rentável do que a poupança.
Nos Fundos DI ou Fundos de Renda Fixa que cobram mais de 2% a. a. de taxa de administração vão perder para a poupança na nova regra.
O investidor deve sempre conferir a taxa de administração cobrada nos seus investimentos de renda fixa e migrar para a poupança se seu banco não lhe oferecer uma rentabilidade líquida, nestes fundos de investimentos, que ganhe da caderneta.
Quanto ao CDB, o ponto de corte é 90% da taxa do CDI para aplicações com prazo inferior a 6 meses. Se seu banco lhe oferecer menos do que isto, prefira a poupança. Se seu banco lhe oferecer mais do que 90% da variação do CDI, fique no CDB.
Quem investe em caderneta de poupança deve prestar atenção à inflação. Ou seja, se a queda da taxa de juros for acompanhada de um controle inflacionário, ninguém perde. A dificuldade vem se o juros caírem e a inflação voltar. Se a inflação voltar, mesmo o investidor que esteja na regra antiga perderá também. Assim, acompanhe sempre as variações da inflação e mantenha as suas aplicações em caderneta de poupança, pois ela é vantajosa para o poupador com pouco recurso ou que esteja iniciando uma acumulação financeira através da poupança. Nestes casos a poupança vai continuar sendo a modalidade de aplicação mais adequada.
Percebam que para as aplicações em poupança vale a data do depósito ou de aniversário, portanto os bancos deverão informar aos poupadores a origem da aplicação, pois em caso de necessidade de resgate, por qualquer razão ou motivo, o investidor deve realizar o resgate na aplicação nova, que tem menor rendimento, desde que a taxa SELIC esteja em 8,5% ou abaixo disto. Não faz sentido resgatar os depósitos na regra antiga que tem uma remuneração maior.
Vale lembrar que para aqueles investidores que tem maior nível de informação financeira, aquele que é mais preparado e que tenha um pouco mais de dinheiro, vão continuar existindo outras modalidades de investimentos como Tesouro Direto ou CDBs que pagam rendimentos maiores do que a poupança.
Na realidade o governo precisava retirar uma armadilha que era a fórmula antiga de cálculo da caderneta de poupança para continuar o processo de redução da taxa de juros, sem gerar uma corrida de aplicações nas cadernetas de poupança em detrimento da rolagem da dívida governamental através dos títulos do governo que perderiam competitividade com a caderneta de poupança.

sexta-feira, 4 de maio de 2012

A Classe Média Emergente Brasileira

Qual a trajetória da classe média emergente brasileira, que tem se fortalecido nos últimos anos e mostra-se hoje como o principal potencial de consumo do país?
Essa é a mais importante pergunta e a mais interessante resposta para os setores varejistas brasileiros. E quem conseguir melhor entender o perfil e o comportamento desses consumidores, desenvolvendo modelos de negócio direcionados a esse segmento, terá uma vantagem competitiva estrutural importante e rentável dentro desse amplo mercado, que vem crescendo desde 2002.
Apesar do poder de compra, o padrão de vida e a disponibilidade de renda dos consumidores da classe C ainda está bem abaixo da média. Com renda entre R$ 291 e R$ 1.250 mensais por pessoa, esse grupo, entretanto, já é maior que as classes A e B juntas e, portanto, vem apresentado um crescimento mais acelerado, no conjunto das classes sociais.
O principal representante da classe média emergente tem perfil típico. É constituído de mulheres, negras, jovens e otimistas, com perspectivas de estudar mais e serem reconhecidas no mercado de trabalho. O poder de escolha dessa consumidora acontece entre categorias e não mais, necessariamente, por marcas, embora conheça e reconheça também marcas líderes e conhecidas. Assim, 68% desse grupo de consumidores possuem mais estudos que os pais e representam 53% da renda deles.
Essa consumidora modelo procura serviços, dedicando 65% de sua renda mensal a isso - ante 49,5% em 2002. Dentro desse universo, a demanda relacionada-se com energia elétrica, saneamento básico, banda larga, telecomunicações, TV a cabo, serviços de beleza e viagens. Não há mais seleção de categorias nos supermercados. Essa consumidora típica pode comprar qualquer produto, e o que normalmente varia é a quantidade comprada e a freqüência dessa compra, comentam os especialistas.
O principal meio de pagamento é, definitivamente, o cartão de crédito. Essas consumidoras entendem que, fazer poupança e pagar à vista, é uma decisão mais inteligente, mas, ainda cedem à atração de ter na hora o que desejam. Pesquisas mostram que existem 97,4 milhões de cartões de crédito nas mãos desses consumidores, chamados, de classe C.
O comprador típico é jovem - 63% com idade entre 18 e 33 anos - muitas vezes casais que querem se casar. Desses, 43% tem ensino superior e 70% possuem renda de até seis salários mínimos. Os principais critérios de escolha do imóvel são a localização e a segurança. Depois que o imóvel fica pronto, esse consumidor aciona financiamentos, seja pelo programa Minha Casa Minha Vida, seja por refinanciamentos junto aos bancos.
Os estudantes dessa classe média, cada vez mais, mostram interesse em adquirir educação superior através de alternativas de financiamentos. Notem que houve uma mudança significativa de preferência em relação ao perfil anterior, de não mais, por apenas conveniência e preço baixo.
Portanto, a classe C brasileira, forma um grupo de pessoas que ganham menos de 10 salários mínimos por mês, representam 90% da população, é responsável por 79% do consumo local, atinge 69% do mercado de cartões de créditos movimentando mais de R$760 bilhões por ano, e contribuem com 86% do total de internautas no Brasil. São milhões de consumidores com bolso de classe média e cabeça de baixa renda.
Para facilitar o entendimento do que seja a classe C brasileira, setores de pesquisa, sugerem alguns dados, onde você pode identificar-se nele, ou mesmo em certos aspectos, identificar seus amigos e seus vizinhos nele também. Desta forma: Bem vindo ao mundo do carnê, do consórcio, do SPC.
Bem vindos ao mundo do metrô, do “buzão”, do lotação, da CBTU, do “semi-novo zerado”.
Bem vindos ao mundo do vale-refeição, do PF e da marmita.
Bem vindos ao mundo do supletivo, da escola de cabeleireiro e do curso de computação.
Bem vindos ao mundo do celular pré-pago e da mega sena.
Bem vindos ao mundo do trabalho informal, da pensão do INSS, do despertador, para as 5 horas da manhã, e da mobilidade social.
Bem vindos ao mundo do Ratinho, do Raul Gil, de Bruno & Marrone, da Banda Calypso, do Calcinha Preta, do MC Léozinho e das Rádios AMs.
Bem vindos ao mundo do supermercado com a família, da cervejinha gelada, da macarronada com frango, e do financiamento da Caixa.
Bem vindos, então, ao mundo surpreendente da economia da base da pirâmide.
Assim, você agora é conhecedor de como funciona a classe C e de onde vem as causas de tantas coisas estranhas que aparecem repentinamente fazendo sucesso por aí. O que, invariavelmente, pode ser relacionado como evidência ou predominância de uma classe promissora.

domingo, 15 de abril de 2012

Estado Brasileiro focado na Administração Patrimonialista da Idade Média

No mundo medieval europeu não existiam estados nacionais como os de hoje. O território, predominantemente desconhecido e inculto, era dividido entre os aristocratas feudais que, como parte do título de nobreza, recebia dos reis maiores ou dos chefes da Igreja um patrimônio, constituído por grandes parcelas de terra povoada, sobre as quais deveriam exercer seu domínio. Isso significava, entre outras coisas, que os senhores feudais deveriam manter a ordem interna: estabelecer suas leis dentro dos limites do costume feudal e arbitrar conflitos entre as pessoas sob seu domínio, aplicando a justiça e punindo as transgressões conforme melhor julgassem.
Além disso, cada senhor feudal deveria providenciar a defesa de suas fronteiras contra os invasores. Isso era feito precariamente, pois não existiam exércitos permanentes, nem polícia profissional. Com poucas exceções, o máximo que cada um deles tinha era sua guarda pessoal e os defensores das cidades fortificadas, ficando o resto do território à mercê de salteadores, aventureiros e invasores.
Para sustentar-se e à sua corte, financiar suas guerras e remunerar sua guarda pessoal e os membros da corte, o senhor feudal tinha o direito de cobrar tributos das pessoas que viviam em seus territórios. Os membros da corte desempenhavam diversas tarefas. Alguns deles serviam como coletores dos tributos, cobrando o que era devido pelos camponeses e moradores das aldeias. Outros cuidavam das contas do feudo: pagavam o soldo dos guerreiros, efetuavam outros pagamentos, cuidavam do financiamento das expedições militares. Outros eram escribas – cuidavam da correspondência – ou arautos (mensageiros), etc.
Muitas dessas pessoas que compunham a corte do senhor feudal geralmente eram membros de sua família extensa – filhos, primos, tios, sobrinhos, agregados, filhos bastardos, dentre outros, que tinham aprendido a ler, escrever e fazer contas, alguns deles em mosteiros, onde tinham sido preparados para a vida religiosa. Várias dessas pessoas formavam o corpo administrativo da propriedade senhorial e eram ligadas ao senhor feudal por laços de lealdade pessoal e de obediência à autoridade familiar.
Esse modelo político-administrativo deu origem ao primeiro estágio da administração pública, que é a chamada administração patrimonial. Essa apresentava as seguintes características: ausência de limites entre a vida privada e a esfera pública; os bens e recursos extraídos como tributos eram tratados como se fosse propriedade particular, que os chefes e funcionários usavam em seu benefício privado; aquilo que hoje se considera corrupção era um procedimento normal, generalizado, sendo naturalmente aceitável a idéia de que um cargo público era uma via legítima de enriquecer, fazer fortuna; as relações eram baseadas nas lealdades pessoais de compadrio e de clientela, onde o chefe político empregava seus familiares em cargos públicos ou trocava esses cargos por apoio político; não havia noção de carreiras, nem de gerenciamento de recursos humanos, pois a função do quadro administrativo era absorver mão de obra, dar emprego, favorecendo aliados políticos e protegidos dos chefes.
Vale chamar a atenção para o fato de que a formação do Estado moderno significa, em essência, a constituição de uma esfera de autoridade pública. Porém, historicamente, isso não se fez acompanhar pela criação de um modelo de administração próprio. Na realidade, a administração patrimonial consiste em um modelo de administração da esfera privada – família e relações de parentela – que se incorporou à esfera pública em fase de formação.

Pense nisso!

domingo, 1 de abril de 2012

Momento Econômico


A crise persiste no primeiro mundo, com alguns ajustes realizados, principalmente, na Grécia. Na conjuntura econômica interna, temos queda na produção industrial, arrefecimento no aumento do emprego, medidas de contenção do câmbio através do IOF sobre contratos de derivativos cambiais para cobertura de riscos para exportações, o qual foi reduzido de 1% para zero, queda nos juros básicos, etc.
Sem dúvida, a crise que ainda persiste no primeiro mundo, particularmente os problemas de solvência na zona do euro, diante da elevada margem de capacidade ociosa observada nos EUA, na Europa e no Japão, a expectativa é de que as taxas reais de juro nessas economias permaneçam negativas, ou próximas de zero, por mais algum tempo.
A previsão de expansão do PIB brasileiro para este ano em torno de 3,5% contra um crescimento de 2,7% em 2011, relaciona-se ao baixo crescimento de Europa e Estados Unidos, importantes países, compradores brasileiros.
A Selic (taxa básica de juros na economia) vem declinando de ponto em ponto e se encontra em 9,75%, devendo chegar a 9% e logo em seguida a 8,75% ainda neste ano, buscando assim a média histórica do índice, em 2009.
Neste quadro de queda de juros, o mais tradicional dos investimentos, a caderneta de poupança, poderá voltar a ser a estrela das aplicações, principalmente, daqueles aplicadores em fundos DI que pagam elevadas taxas de administração.
A inflação que em 2011 explodiu para o teto da meta tem projeções para este ano de 5,5%, (um ponto percentual acima do centro da meta de 4,5%), ruim para os consumidores e assalariados que tem o seu poder de compra diminuído, porém, ainda atrativo para os investidores com papéis atrelados a inflação.
No mercado de ações o cuidado deve ser permanente. As turbulências um pouco menores na Europa, ainda respingam no crescimento dos países centrais, trazendo volatilidade a BOVESPA.
Com a manutenção relativa dos empregos a renda permanece, fazendo do varejo uma boa opção de papéis, que no momento se tornam mais defensivo.
O câmbio deve permanecer numa banda de R$1,70 a R$1,90 com maiores intervenções do Banco Central na compra ou venda de dólares.
A queda das taxas de juros estimula o investimento privado e contribui para a ampliação da capacidade produtiva no longo prazo.
A austeridade fiscal (algo a ser aprofundado), além de permitir quedas maiores de juros, reforça a sustentabilidade da dívida pública e leva à diminuição dos prêmios de risco e a combinação de política fiscal e queda de juros reduz o custo da dívida pública possibilitando no futuro uma alocação mais eficiente dos recursos públicos.

quinta-feira, 22 de março de 2012

Aos Mestres com Carinho


A profissão de professor é uma das mais antigas e importantes do mundo, pelo simples fato de as demais profissões, na sua maioria, dependerem dela. Platão, em sua obra A República, na Grécia Antiga, já alertava para a importância do professor na formação do cidadão, embora atualmente, aqui no Brasil, poucos se dão conta disto.
Professor,  é uma pessoa que ensina uma ciência, uma arte, uma técnica ou outro conhecimento, o qual traz uma compreensão específica de algo ou mesmo uma compreensão de mundo, ou ainda, um conhecimento para alavancar a carreira de outrem.
Para o bom desempenho do exercício dessa profissão, são requeridas qualificações acadêmicas e pedagógicas, na qual o profissional possa transmitir e ensinar com clareza a matéria de estudo ao aluno.
Aqui Brasil, professor, é o profissional que ministra aulas ou cursos em todos os níveis educacionais, como Educação Infantil, Educação Fundamental, Ensino Médio e Ensino Superior, além do Ensino Profissionalizante e Técnico.
A situação por aqui é marcada por salários humilhantes, desvalorização profissional, ausência de planos de carreira e de estrutura arquitetônica das escolas, o que afasta e desestimula a juventude para se qualificar a uma carreira no ensino. Isso se agrava quando os jovens a par desta situação são inclinados a não serem professores, pois financeiramente, não se torna vantajoso estar em sala de aula, o que contribui para baixar a qualidade dos docentes.
A crença condicionada na cultura brasileira de que “ser professor é uma missão ou vocação – e não uma profissão – acaba contribuindo para a desvalorização do profissional”. Porém, de fato, alguns ainda escolhem essa carreira por amor e dedicação, o que não faz nenhum sentido do ponto de vista do mundo capitalista que, paradoxalmente, valoriza o detentor do conhecimento.
Nos Estados Unidos, o termo Professor é reservado apenas a indivíduos que ministram aulas em instituições de ensino superior – chamados de “College ou University”. Professores do ensino fundamental ou médio são denominados ”Teachers”. Além do ensino propriamente dito, “Professors” nas universidades estadunidenses dedicam-se principalmente a atividades de pesquisa, incluindo  a orientação de alunos em cursos de pós-graduação.
Em geral, o grau acadêmico de doutor - Ph.D ou equivalente - é exigido para ingresso na carreira de professor nas universidades estadunidenses no nível inicial de Professor Assistente – “Assistant Professor”. Após alguns anos, um Professor Assistente pode ser promovido a Professor Associado – “Associate Professor” e, posteriormente, a "Professor Pleno" – ou “Full Professor” ou simplesmente, “Professor”. Um pequeno número de professores plenos que se destacam pelas suas atividades de pesquisa é nomeado “Distinguished Professor” ou “Endowed Professor”. Desta forma, passam a deter uma cátedra pessoal – “Personal Chair” designada por um nome específico, ou, o nome do patrocinador - pessoa física ou jurídica, que financiou ou financia a cátedra.
Professores Plenos, na maioria das vezes, professores associados, possuem a garantia de “Tenure”, isto é, proteção contra demissão sumária. Prerrogativa, semelhante àquela a que têm direito os juízes federais nos Estados Unidos, a qual tem por objetivo garantir a liberdade acadêmica, protegendo professores seniores de pressões de natureza política ou ideológica.
No Reino Unido, particularmente, e na Europa em geral, o processo de valorização e preservação do professor é parecido com o dos Estados Unidos.
Visualizando e compreendendo o processo de valorização dos professores nos países desenvolvidos, podemos compreender as causas da desvalorização do professor brasileiro, o que invariavelmente se reflete na má remuneração do professor brasileiro, expresso literalmente no piso nacional dos professores, agora em R$ 1.451.
É bem verdade, que ao comentar sobre a classe dos professores é necessário lembrarmos que, além do que foi dito, é também motivo de preocupação todo o modelo pedagógico desenvolvido pelo MEC, que se encontra defasado como o tempo, inclusive na modernização da sala de aula através da utilização das chamadas “modernas mídias”, assim como de todo o processo de ensino instituído no modelo brasileiro.
Interessante saber que no Japão, o único profissional que não precisa se curvar diante do imperador é o PROFESSOR, pois segundo os japoneses, numa terra que não há professores não pode haver imperadores.

segunda-feira, 12 de março de 2012

Aprendendo com a força Econômica de Cidades Paulistas


BARUERI – O PIB da cidade triplicou entre 2003 e 2008 e já supera o de capitais como Belém e Recife. O principal impacto na economia vem do setor de serviços, que cresceu 330%.
Nos últimos seis anos, o número de alunos matriculados em escolas técnicas aumentou de 2.000 para 12.000. A oferta de mão de obra qualificada atraiu “Call Centers” e puxou a criação de empregos: foram 16.357 em 2010.
BAURU – É procurada por empresas de logística, por causa de sua localização estratégica no estado. O número de empresas no setor cresceu 120% em seis anos. Um novo shopping está em construção, a um custo de 75 milhões de reais.
CAMPINAS – É o coração de uma região metropolitana que produz 3% do PIB do país. Nela, há dezenove municípios, onde vivem 2,6 milhões de habitantes. Lá está instalado o terceiro maior parque industrial do país. O setor de serviços emprega 78% da população.
Em quatro anos, o número de transações imobiliárias em Campinas aumentou 1.300%.
CARAPICUIBA – Antiga cidade-dormitório de São Paulo registrou 2.900 novos empregos em 2010 e dobrou sua produção de riquezas entre 2003 e 2008. A atividade industrial cresceu 48%. Seu parque fabril já emprega 14% da população.
DIADEMA – Tem a segunda maior densidade demográfica do Brasil e um parque industrial de autopeças, máquinas, plásticos e cosméticos que responde por 55% dos empregos locais. A redução de 77% na taxa de homicídios na última década melhorou a qualidade de vida que favoreceu o desenvolvimento do comércio e dos serviços contribuindo com a metade do PIB da cidade.
EMBU DAS ARTES - Conhecida por sua tradicional feira de artesanato, tornou-se um dos maiores centros logísticos de São Paulo.
Perdigão, Renner, Walmart e Decathlon montaram seus centros de distribuição na cidade.
FRANCA – Um em cada oito francanos trabalha nas 467 fábricas de calçados locais, que respondem por cerca de 60% da arrecadação municipal. Juntas, elas exportaram 56 milhões de dólares no ano passado. Desde 2009, Franca tornou-se também a cidade das calcinhas e sutiãs: o número de fabricantes de lingerie passou de 20 para 153.
GUARUJÁ – O turismo atrai cerca de um milhão de visitantes para a cidade a cada verão. Mas são as atividades do Porto de Santos, que mantém boa parte de suas instalações no município, que respondem por 65% da arrecadação de ISSQN . O comércio popular está aquecido: há novas lojas das Casas Bahia, Ponto Frio e Lojas Americanas.
GUARULHOS – Sede do maior aeroporto brasileiro e situada entre as vias Dutra, Ayrton Senna e Fernão Dias, é base para mais de 1.000 empresas de transporte e armazenagem. Juntas elas oferecem mais de 115.000 empregos. Com o segundo maior parque industrial do estado, Guarulhos é responsável por 3,7% das exportações nacionais.
INDAIATUBA – Fechou o ano de 2010 com a criação de 2.500 postos de trabalho no setor de serviços, o mais relevante da economia local. Para atender à demanda de sete distritos industriais – onde há plantas da Toyota, General Motors e Unilever, assim, 5.100 profissionais são formados por ano nos centros de ensino técnico.
ITAPEVI – No ano de 2010, seu posto de Atendimento ao Trabalhador teve o melhor resultado: empregou 6.100 pessoas. Entre 2004 e 2010, o número de indústrias aumentou 45%, o que ajudou a fazer com que a arrecadação do município crescesse 220%.
ITAQUAQUECETUBA – A chegada das pistas do Rodoanel e de um porto-seco aqueceu a economia. Foram criados 2.809 empregos em 2010, 45% deles na indústria. Em 2013, será inaugurado o primeiro shopping, o que aumentará ainda mais o peso do setor de serviços, que atualmente emprega cerca de metade dos trabalhadores locais.
JACAREÍ – Suas 380 fábricas, cujas áreas de atuação vão do setor aeronáutico ao de celulose, respondem por 50% das riquezas produzidas no município. Para atrair mais investimentos, a cidade aposta na melhoria da qualidade da mão de obra.
Tem 4.000 alunos matriculados em quatro faculdades e receberá uma nova unidade do Senai.
JUNDIAÍ – Há 1.300 empresas instaladas no município. Destaca-se a maior engarrafadora da Coca-Cola do planeta.
As indústrias colaboram com 34% da composição do PIB local. A cidade é reconhecida pela variedade de serviços públicos oferecidos pela Internet. Até a abertura de empresas pode ser feita on-line.
LIMEIRA – Situada entre cinco rodovias e uma ferrovia, criou “corredores industriais” e investiu na qualificação profissional, com seis escolas técnicas. Em 2006, a Dooler instalou na cidade a maior fábrica de aromatizantes da América do Sul. No final de 2011 a Ford inaugurou a maior fábrica de escapamentos do mundo. Também tem um brilho particular: produz 60% das bijuterias folheadas do Brasil.
MAUÁ – A construção do trecho sul do Rodoanel, em 2009, agitou a economia local. Antes dependente do Pólo Petroquímico de Capuava, a cidade encontrou um novo caminho. Os serviços ganharam força com o aumento de 30% no número de estabelecimentos.
MOGI DAS CRUZES – Entre 2003 e 2008, seu PIB triplicou. No ano de 2010, foram criados 5.700 postos de trabalho.
A 30 quilômetros do Aeroporto de Guarulhos e a 100 quilômetros do Porto de Santos, Mogi atrai centros de distribuição, concessionárias de veículos e abriga também empresas de “Call Center”, como a Tivit e a Contractos.
OSASCO – Tem o décimo maior PIB do Brasil. Comércio e serviços criam 250 empreendimentos por mês na cidade e fazem girar 21,5 bilhões de reais por ano. No município estão as sedes do Bradesco e Submarino, a maior empresa de comércio eletrônico do país.
PIRACICABA – Como pólo médico teve inaugurado no ano passado, o quarto grande hospital, com 110 leitos. Tem mais de quinze universidades, incluindo um campus da USP e outro da Unicamp. O capital intelectual contribuiu para pesquisas na área de bioenergia, já que a cidade é importante produtora de cana-de-açúcar e equipamentos para o setor sucroalcooleiro.
RIBEIRÃO PRETO – Capital nacional do agronegócio, a cidade concentra indústria e serviços vinculados à produção sucroalcooleira. O que mais chama a atenção, porém, é a força dos setores de educação e saúde. São 60.000 universitáros e uma rede de dezessete hospitais, que atraem gente do Brasil inteiro. A construção civil também está em alta, com empreendimentos como o Shopping Iguatemi e um condomínio Alphaville, como o paulistano.
SÃO BERNARDO DO CAMPO – Décima primeira cidade mais rica do país é responsável por 42% do PIB do ABC paulista, o maior complexo industrial da América Latina. Sua economia se baseia na indústria metal-mecânica e automobilística. Hoje, o incremento do comércio pôs em alta o setor de serviços, principalmente em razão de shoppings, exportações e logística. Por causa da inauguração do Rodoanel e da proximidade das vias Anchieta e Imigrantes passou a atrair centros de distribuição.
SÃO JOSÉ DOS CAMPOS – Líder do setor de tecnologia possui, desde 2009, o parque tecnológico mais moderno do país. Em apenas dois anos, conseguiu reunir 27 empresas, entre elas a Embraer e a Vale Soluções em Energia, três universidades e quatro institutos de pesquisa.
SOROCABA – Tem o maior centro de distribuição da General Motors na América Latina, e quatro novos shoppings estão em construção. A região metropolitana da cidade tem o quinto maior mercado consumidor do estado. O turismo de negócios se desenvolve rápido. Sorocaba tem atualmente trinta hotéis e alguns dos melhores “spas” do país.
SUMARÉ – Os principais ramos da indústria de Sumaré são: químico, elétrico, têxtil e metalúrgico. A cidade conta com grandes representantes como Honda, 3M do Brasil, e Pirelli. Em 2009, houve a abertura de um condomínio industrial que está apresentando bons resultados, com implantação de dez empresas de médio porte.
SUZANO – Conhecida pelo ramo de papel e celulose, foi obrigada a investir em infra-estrutura e capacitação da mão de obra local para atender à demanda de suas indústrias. Nos últimos seis anos, usou 70 milhões de reais para dobrar a quantidade de vias pavimentadas.
TAUBATÉ – A indústria automobilística é responsável por 55% da arrecadação municipal e está em franca expansão: a Volkswagen constrói ali atualmente uma das mais modernas cabines de pintura do mundo e a Ford fabricará um novo motor na cidade. No setor de serviços, a Viaport está erguendo um condomínio com empresas, lojas e hotéis, que vai criar 2.000 empregos em oito anos.
Fonte: Revista Veja.

domingo, 4 de março de 2012

Aos Aposentados Privados: Pão e Água


Analistas indicam que o déficit da Previdência Social vem das aposentadorias do setor público.
Os aposentados, no Brasil, somam 25 milhões de pessoas. E daqui a menos de quarenta anos, em 2050, o país terá 64 milhões de idosos. E, estatisticamente, sabemos que a cada ano a Previdência acolhe milhão de idosos.
Dados de 2010 mostram que os pagamentos com benefícios, pensões e aposentadorias registraram R$ 93 bilhões, acima de sua arrecadação. Destes gastos, R$ 51 bilhões, refere-se a 950.000 servidores públicos que percebem aposentadoria integral, e pasmem, são financiados pelos aposentados da iniciativa privada com seus míseros valores de aposentadoria. Ou seja, tiram dos menos favorecidos para inchar a renda dos favorecidos. Pior, esse encargo tem crescido estatisticamente a razão de 10% ao ano.
Cabe ao governo aprovar o projeto que transforma a previdência do setor público federal ao mesmo teto do INSS, fazendo com que os funcionários públicos federais constituam uma aposentadoria complementar com suas próprias expensas como acontece no setor privado. Importante salientar que existe como sempre, aquelas manobras, fazendo com que o governo arque com um percentual de participação amenizando a carga dos ilustres servidores públicos, que, além de ser evidentemente um enorme dispêndio para a população (leia-se nas contas do governo), não estanca o problema, apenas troca de nome ou de rubrica dos gastos que praticamente permanece o mesmo, o que é injusto para com os aposentados da iniciativa privada, privados de toda sorte de reajustes anuais com base na inflação ou mesmo no salário mínimo.
Vale lembrar que estas mudanças nas aposentadorias dos servidores públicos passam por resistências dos sindicatos (normalmente pelegos e conservadores) e pelos parlamentares ligados a esses mesmos sindicatos.
A tendência é a de que as mudanças dos aposentados da esfera pública atuais não sofram nenhuma conseqüência apenas para os novos contratados. Afora a isto, quem realmente olha para os aposentados da iniciativa privada? O vento?
O detalhe é que o governo federal somente olha para de si mesmo. Existem 27 milhões de brasileiros sem cobertura da previdência como donas de casa de baixa renda, domésticas, borracheiros, barbeiros, e tantos outros. É chegada a hora de se ajustar uma idade mínima para se aposentar no país.
Depois de um ano de governo federal, percebe-se nas entrelinhas das medidas governamentais a falta de comprometimento com os problemas brasileiros, dentre eles a vergonhosa situação dos aposentados provenientes da iniciativa privada.   
Falta aos governos petistas uma postura salutar de atualizar o Brasil fazendo as reformas polítca, tributária e previdenciária, deixando de subtrair recursos da educação, saúde e segurança pública, como nas medidas atuais do Ministério da Fazenda.
Quanto ao parlamento brasileiro, esse já perdeu substância e se encontra totalmente submisso ao governo federal, pois, não legisla e nem fiscaliza, apenas obedece.
A situação dos aposentados brasileiros é crítica e preocupante: 70% dos aposentados (18,3 milhões) recebem apenas um salário mínimo e com o andar da carruagem em 2020 serão 26,5 milhões dos aposentados a ganharem menos que o salário mínimo.
Cálculos atuais realizados dentro do próprio governo revelam que as perdas acumuladas das aposentadorias e pensões, entre 2004 a 2009 chegam a 78,84%.
Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), atualmente, um terço dos aposentados permanece no mercado de trabalho por ter uma aposentadoria insuficiente para manter um padrão de vida razoável. Além disso, dados do advogado Ives Gandra da Silva Martins, nos diz que dos cerca de 25 milhões de aposentados no Brasil, apenas 600 mil ganham acima do limite mínimo. Para Ives Gandra, os privilegiados é quem obstruem, sistematicamente, qualquer possibilidade de reforma do sistema previdenciário, ou seja, puro corporativismo. Lembrando ainda, que os aposentados, querem dos governos apenas e tão somente dignidade com o trato dos recursos que recolheram por mais de trinta e cinco anos de trabalho, os quais perfazem o benefício que hoje reivindicam, portanto nenhum dinheiro público a mais, apenas o trato correto e justo daquilo que foi sistematicamente e compulsoriamente recolhido.

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

A Economia de Algumas Cidades Mineiras


BETIM – No ano passado, a prefeitura da cidade doou à japonesa Toshiba uma área de 146.000 metros quadrados onde será erguida uma fábrica de geradores de energia. A unidade industrial da Fiat, que já emprega 13.000 pessoas, também foi beneficiada e dobrará suas instalações. As 10.000 empresas da cidade proporcionam uma receita anual de 520 milhões de reais ao município.
CONTAGEM – Tem o terceiro maior PIB do estado e empresas de grande porte como Arcelor Mittal e Cemig. Somente no ano passado, 1.100 novos postos de trabalhos foram abertos pelas indústrias.
DIVINÓPOLIS – O passado metalúrgico moldou as bases do que é hoje uma das principais atividades econômicas da cidade: a indústria têxtil. O comércio que brotou por causa dessa atividade com alto grau de criação de empregos representa mais da metade do PIB municipal.
GOVERNADOR VALADARES – Com a crise de 2008, 5.000 pessoas que haviam emigrado para os Estados Unidos voltaram para casa. Elas trouxeram suas economias e decidiram investir na cidade.
Em 2010 foram abertas 619 empresas e o número de vagas na construção civil subiu 23%. A cidade conta também com potencial turístico, por causa do Pico Ibituruna, excelente plataforma de salto para vôo livre.
IPATINGA – Em 2008 a produção industrial respondia por metade do PIB, principalmente, por causa da Usiminas, uma das principais empresas locais. Hoje, a cidade se esforça para aumentar a participação dos serviços na economia. O PIB do setor já cresceu 37% desde 2003.
MONTES CLAROS – A cidade tem fábricas de grande porte, como a Nestlé e Novo Nordisk. É referência em educação e comércio para mais de oitenta municípios ao seu redor, incluindo alguns do sul da Bahia. Conta com três faculdades de medicina e cinco hospitais, que atraem a população das redondezas. Nos últimos anos, inaugurou três shoppings.
SANTA LUZIA – Terceiro pólo industrial do estado, conta com fábricas da Cecrisa, Roca Brasil, ThyssenKrupp e Café 3 Corações. Desde 2005, o setor de serviços é o grande responsável pelo aquecimento de sua economia, que cresceu 66%. Por estar entre os aeroportos de Confins e Pampulha, atrai centros de distribuição. Somente em 2010 a AmBev investiu 28 milhões de reais na cidade.
SETE LAGOAS – Tem siderúrgicas de ferro-gusa e fábricas da AmBev, Agrogen e Elma Chips. A indústria se desenvolveu com a chagada da Iveco, a montadora de caminhões da Fiat, em 2000, e hoje é responsável por metade do PIB da cidade e a multinacional Caterpillar está constituindo uma fábrica de locomotivas no município.
UBERABA – É a maior produtora de cereais de Minas Gerais e a maior criadora de gado zebu do mundo – tem o nono PIB da agropecuária no Brasil. O setor que mais emprega é, no entanto, é o de serviços, graças ao pujante comércio local.
UBERLÂNDIA – Desde 2005, o setor de serviços injetou mais de 1 bilhão de reais na economia e hoje responde por quase 60% do PIB do segundo maior município de Minas Gerais. Em 2010, foi inaugurado na cidade um entreposto comercial da Zona Franca de Manaus; e juntos, os cinco principais atacadistas da cidade empregam 17.000 pessoas. Uberlândia conta atualmente com 300 fábricas instaladas e com outras quarenta em fase de implantação.

Fonte: Revista Veja.

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Hábitos financeiros que fazem mal a saúde ... e ao bolso


Existem hábitos que prejudicam a saúde financeira das pessoas atingindo diretamente a conta bancária, além de, muitas vezes, se resvalar na saúde do corpo. Comer fora de casa com freqüência é um exemplo que pode fazer muito mal, ou seja, um belo rombo no orçamento pessoal. No entanto, outros hábitos também podem impactar negativamente a saúde, mental e física de uma pessoa.
Especialistas da área de saúde listaram hábitos financeiros que são prejudiciais a saúde de qualquer pessoa e apresentou soluções de como contornar o problema sem ter que parar no pronto-socorro ou no divã do analista.
Problemas no casamento? Pode estar ligado ao tamanho da dívida que a pessoa carrega no cheque especial ou cartão de crédito. Pesquisa na Inglaterra, realizada por uma entidade de aconselhamento aos consumidores, revelou que 37% dos participantes citaram as dívidas como resultante de problemas nos relacionamentos.
Notas de dinheiro são sujas e cheias de germes, o que pode ser uma grande fonte de contaminação. Um estudo encontrou evidências de que recibos e comprovantes de gastos contem altos níveis de uma substância química chamada de BPA (bisfenol A), que está ligada a doenças do coração, câncer e infertilidade. Se guardados juntos recibos e notas, o BPA pode migrar dos recibos para as notas, e das notas diretamente para a pele de quem os manuseia. Procure guardar os recibos em um envelope, longe do dinheiro. E sempre lave as mãos depois de manipular tanto um quanto o outro.
Embalagens gigantes podem significar aumento de peso na balança, segundo Brian Wansik, autor do livro "Why We Eat More Than We Think?" (Por que comemos mais do que imaginamos?). Em um dos estudos citados na obra, participantes que se serviram diretamente de embalagens tamanho família comeu até 25% mais. Você pode até economizar algum dinheiro ao comprar pacotes maiores. No entanto, poderá comer mais que o necessário, explica o autor. Portanto, nunca coma direto da embalagem, tente controlar suas porções sempre servindo em pratos menores. Mantenha pequenas porções do produto em embalagens de tamanho menor e mantenha a original fora de alcance da visão.
Quem paga as contas do supermercado com cartão de crédito tem maiores chances de colocar no carrinho comidas pouco saudáveis como biscoitos, chocolates e congelados. As pessoas são menos racionais com as compras quando pagam com cartão de crédito, diz Kit Yarrow, professora de psicologia e marketing da “Golden Gate University”. Quando for ao supermercado, opte por pagar a compra em dinheiro, leve consigo uma lista dos itens necessários e evite fazer compras com fome.
Ter dinheiro diminui as chances de um ataque cardíaco ou doença no coração, pelo menos nas mulheres. Um estudo acompanhou um grupo de mulheres durante cinco anos e percebeu que aquelas com renda acima de cem mil dólares estavam livres de doenças no coração, ao contrário de 78% das mulheres com renda inferior a vinte mil dólares.
Não participar do rateio do presente daquele colega de trabalho ou esquecer o aniversário do melhor amigo pode impactar diretamente na saúde mental de uma pessoa. Uma pesquisa da “University of British – Columbia” revelou que pessoas que gastam mais com elas mesmas do que com os outros, são menos felizes que aqueles que gastam. Generosidade não leva ninguém à falência. Uma opção é presentear as pessoas queridas com pequenos gestos como um chocolate especial ou mesmo pagar a conta do almoço.
Perder dinheiro em qualquer tipo de jogo pode causar dores emocionais em quem tem de deixar as fichas na mesa. Um estudo registrou os níveis de atividade em uma região do cérebro humano conhecido como “corpo estriado”, onde o sentimento de dor se manifesta. A pesquisa concluiu que perder dinheiro desencadeia sensações similares às da dor física. Portanto, fique longe de jogos de azar. Se estiver em “Las Vegas” e quiser jogar um dinheiro, defina de antemão qual o limite máximo que pretende gastar, ou melhor, que pretende perder.
Vários estudos mostraram que pessoas que gastam com bens materiais, como eletroeletrônicos ou artigos de luxo, são menos felizes que aqueles que optam por gastar em experiências como uma viagem, por exemplo. Mas é bom tomar cuidado, pois outros estudos revelam que experiências negativas, como serviços ruins em hotéis ou empresas aéreas, podem trazer sentimentos de insatisfação. Gaste em experiências ao invés de bens, mas preste atenção nos serviços que está adquirindo. Procure por referências e críticas de serviços na internet, antes de direcionar seus gastos em uma viagem.
Com o estouro da bolha imobiliária nos Estados Unidos, percebeu-se, um tempo depois, que os impactos atingiram também não apenas o bolso dos americanos, mas também a saúde mental deles. Estudos revelaram que proprietários de casas com hipotecas mais caras do que poderiam bancar deram sinais de depressão grave, com sintomas de insônia e irritabilidade. A crise das hipotecas também é uma crise de saúde, escreveu Craig E. Pollack, líder de um grupo de pesquisas da Universidade da Pensilvânia. Caso esteja buscando uma casa para comprar, capriche o quanto puder no valor da entrada e financie o mínimo possível. O ideal é que não se gaste mais de 30% da renda mensal nas parcelas.

sábado, 14 de janeiro de 2012

Aos Políticos - Chamem o PROCON/CONAR!


Em meio a um ou outro programa televisivo não estamos livres da propaganda enganosa dos políticos que sempre vem acompanhada de falsidade ideológica, estelionato político e apropriação indébita de fatos e realizações.
Com efeitos especiais exibem seus principais parlamentares que muitas das vezes já estão em campanha política para as prefeituras, numa manobra que antecipa o processo eleitoral. Assim em meio a seus mandatos sem risco algum e nada a perder senadores e deputados federais candidatam-se a prefeitos de grandes cidades e fazem o jogo sem que a população perceba, ganhando-o sempre. Vencendo as eleições tornam-se prefeitos. Caso percam antecipam em dois anos a campanha para sua reeleição ao parlamento. Não é intrigante?
Trazem um discurso pasteurizado apresentando candidaturas que nada se diferenciam de qualquer político profissional da chamada burguesia política. Normalmente trazem os adjetivos de campanha: cidades limpas, tranqüilas, planejadas, de paz, organizadas, humanas, sustentáveis, dignas, justas e por aí afora!
Sem delongas trazem jovens, certamente aspirantes a vereador com um discurso manso de justiça, ética sempre e responsabilidade com o dinheiro público (isto antes de se elegerem), pois não basta dizer que é isto ou aquilo – têm é que “ser mesmo” na prática, no cotidiano.
Lembre-se que eles jogam com a frágil democracia brasileira e, além disso, se tornam dependentes de financiamentos privados e dos chamados caixas dois, ou de dinheiro não contabilizado (tentando com essa frase de efeito, tornar algo incorreto e sujo como num passe de mágica e ternura em algo correto).
Procurem caro leitor e eleitor verificar de onde vêm as doações, do candidato o qual tenciona o seu voto, pois na última eleição de 2010 candidatos já estavam atrelados aos patrocínios de marcas famosas de refrigerantes, bebidas alcoólicas, instituições financeiras e instituições multinacionais de venda de sanduíches que invariavelmente serão patrocinadoras das Olimpíadas e Copa do Mundo aqui no Brasil.
O leitor mais acurado deve compreender que não se armam esquemas de financiamento eleitoral sem sujar as mãos, sem acordos pragmáticos e espúrios que ao conciliarem aos diversos matizes do submundo de subterfúgios e conchavos de toda ordem. Depois, esses candidatos participam acriticamente de bases políticas em busca de cargos num tipo de oportunismo conhecido como deslavado e corrupto.
A prioridade na ocupação de cargos públicos, seja de que esfera ou instância for, é de tal ordem que até a atuação dos seus militantes de base nos movimentos populares está atrelada aos objetivos eleitorais de partidos que se incham a cada dia, que filia adeptos e futuros candidatos pela internet, venham de onde vierem e até criaturas sinistras que depois se voltam contra seus criadores, por questões de partilha. 
É sabido que existem também políticos honestos e de boa linhagem, porém são poucos. E para facilitar a vida dos espertalhões, políticos, bases eleitorais e mídia tendenciosa, tentam jogar todos como se fosse farinha do mesmo saco, com o simples propósito de tornar a boa política em lixo só.
É preciso prestigiar e fortalecer instituições como Organismo de Defesa do Consumidor; Tribunal Superior Eleitoral; Controladoria Geral da União; Ministério Público Federal; Supremo Tribunal Federal; Tribunal de Contas da União para defender o povo utilizando de suas prerrogativas para enquadrar essa turma que assalta o erário dos brasileiros.
A propósito, é bom que se diga que a propaganda em seu sentido original é neutra, e pode se referir a usos considerados geralmente benignos ou inócuos, como recomendações de saúde pública, campanhas a encorajar os cidadãos a participar de um censo ou eleições, ou mensagens a estimular as pessoas a denunciar crimes a polícia, dentre outros.
Já a propaganda enganosa é aquela que induz o consumidor a um erro, ela mostra características e vantagens que um determinado produto ou pessoa não tem. Esse tipo de propaganda é, portanto, falsa.
É importante distinguir a propaganda enganosa e abusiva porque ela tem a função de induzir o consumidor a um comportamento prejudicial, que geralmente incitam a violência, exploram o medo, e fazem uso de baixos expedientes.  
No dia a dia conhecemos o PROCON como organismo de defesa do consumidor, porém o CONAR é o órgão que defende os consumidores da propaganda enganosa. 
Pense nisso!