Você já notou que, atualmente, a prática das empresas de cartões de crédito é a de conceder o cartão, até mesmo sem anuidade, para que o consumidor possa comprar cada vez mais a prazos mais longos.
Assim todo cuidado é pouco, principalmente, com o número de cartões. Mesmo que você consiga pagar o valor integral da fatura no dia do vencimento vale a pena avaliar se você de fato precisa de todos esses cartões.
O cartão de crédito pode sim ser um grande aliado para quem usa com disciplina e para quem sabe integrá-lo dentro do seu próprio orçamento.
Por outro lado, muitos consumidores têm a sensação de que não esta gastando, pelo simples fato de não estar vendo o dinheiro de papel, saindo da carteira ou da conta corrente. Nesse caso cuidado redobrado!
Cautela também com os empréstimos oferecidos pelas administradoras dos cartões, pois pode até parecer uma boa saída num momento de aperto. Mas que logo, logo essa decisão pode se tornar um pesadelo.
Se você realmente está com dificuldades financeiras é melhor procurar um empréstimo pessoal no próprio banco. Se possível um empréstimo consignado em folha que sempre oferece juros mais baixos que os do cartão de crédito.
Leve em conta que uma carteira repleta de cartões gold ou platinum não significa status a ninguém.
Planeje a utilização do seu cartão de crédito fazendo com que os débitos em conta corrente coincidam com o dia do recebimento de seu salário ou pagamento. Não utilize o crédito rotativo porque tem o juro muito elevado. O mais caro da praça entre 9 e 20% ao mês, enquanto a taxa Selic é de 10,75% ao ano.
Com a estabilização da moeda a partir do Plano Real em 1994, era normal que o crescimento de crédito viesse acontecer aqui no Brasil. Anteriormente o consumidor apenas se preocupava com a elevada inflação (constante aumento de preços dos produtos e serviços) e o crédito era mínimo, por causa desse fenômeno, que é era uma anomalia da economia. Após o Plano Real cabe agora o consumidor conhecer a lógica e a dinâmica dos juros – o vilão das compras a prazo. Um mecanismo simples é perguntar ao vendedor: qual o juro que o estabelecimento está cobrando? Qual o valor da compra à vista e a prazo? Compare o juro com a remuneração da caderneta de poupança que é de apenas 0,6% ao mês. Assim o consumidor deverá optar por fazer a compra com o preço à vista utilizando o cartão para pagamento no dia de seu vencimento.
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