Segundo dados da Confederação Nacional da Indústria (CNI), a China, depois de se consagrar no posto de maior exportadora do mundo, vem tomando espaço do Brasil no comércio internacional. Vários produtos chineses como ferro fundido, máquinas e aço, invadiram os mercados dos principais países que comercializam com o Brasil, como Estados Unidos, México e Argentina.
Um exemplo disso, é que a participação dos produtos brasileiros nas importações norte-amercanas, em 2008 e 2009 se manteve em 1,38%, praticamente a mesma participação de 2001, enquanto a presença da China avançou para 18,82%, no mesmo período, destacando sua presença nos setores de produtos químicos, caldeiras, máquinas, plásticos e alumínio.
Para especialistas, O Brasil se coloca em uma posição de desvantagem perante seus concorrentes, pela falta de uma política eficaz de incentivo à exportação. Falta empenho para alterar esta realidade.
Nesta competição, o país perde com uma carga excessiva de impostos, por não ter uma política forte de apoio à exportação e, principalmente, pela inexistência de infraestrutura.
Importante ressaltar que o Brasil é um grande exportador de commodities, ao contrário da China que vende mais produtos industrializados, com maior valor agregado. Resultado, produtos industrializados com maior valor agregado são mais valorizados do que commodities.
É bem verdade que a china pratica uma taxa de câmbio desvalorizada e que isso a favorece no comercio internacional baixando seus preços tornando-os competitivos com o resto do mundo. Assim, a China consegue maior controle na abertura de sua economia, com uma articulação de qualidade e competitividade.
Nas exportações para a Argentina, a participação brasileira recuou de 35,84% em 2005 para 29,9% em 2009. Em igual período, a fatia da chinesa cresceu de 4,93% para 12,4%.
A participação brasileira no México não ficou diferente. Caiu de 1,78% em 2008, para 1,60% em 2009. Neste mesmo período a China cresceu de 10,98% para 12,91%.
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