domingo, 28 de junho de 2009

Suas Chances para Obter um Novo Emprego

Com a crise financeira global que envolveu o mundo, sapecou o Brasil em vários setores, destruiu empregos e colocou em dificuldades grandes empresas, assim como governos estaduais e municipais e ainda sob os resquícios da globalização, há que se perguntar sobre as chances de um candidato para um novo e aguardado emprego.
Atente então para a sua formação acadêmica. Se você tem o segundo grau completo suas chances são boas, porém o salário é baixo. Se completou uma faculdade, saiba que as dificuldades são medianas, embora os salários serão mais elevados. Se puder procure desenvolver cursos complementares como uma boa Pós-Graduação, Mestrado ou Doutorado. Não é totalmente uma garantia de contratação, mas suas chances aumentam em muito.
Ah! Não se esqueça de uma boa formação em línguas, principalmente o inglês e o espanhol. Mas desenvolva um bom domínio sobre ambas. Acrescente a isto os conhecimentos de informática e domine o computador.
Há que se cuidar da competência pessoal. Avalie como está sua habilidade para relacionar-se com outras pessoas no ambiente profissional. Sua imagem perante os colegas de trabalho é boa, média ou ruim? Sua disponibilidade de horários e mobilidade para viajar ou mudar de local de trabalho é grande, média ou pequena? Você participa de congressos, palestras, cursos e outras atividades de aperfeiçoamento pessoal e com qual freqüência? Seus conhecimentos técnicos dentro da profissão são bons, médios ou ruins? Você tem uma rede de contatos com profissionais de sua área de trabalho? Sua experiência profissional é grande, média ou curta? E sua cultura geral como está? Lembre-se: é sempre bom saber de tudo um pouco.
Faça um exame consciente:
Se você está muito distante do que foi dito acima, atenção! Sua situação é preocupante e requer investimento nas áreas pessoal e profissional.
Se você está um pouco acima da base de informações, cabe um alerta! Planeje-se para aumentar suas possibilidades em médio prazo. Não se acomode.
Se você está colocado do meio para cima. Muito bem! Você tem boas chances de colocar-se no mercado de trabalho.
Se você está no topo e conseguiu absorver todas, ou quase todas as habilidades requeridas parabéns! Você está entre os profissionais mais cobiçados do mercado.

domingo, 14 de junho de 2009

Educação Financeira para Crianças e Adultos

Nestes tempos de globalização mundial e de estabilização financeira, que ocorrem em nosso país, desde a implantação do Plano Real, será mais que necessário que pais, educadores e profissionais de áreas afins, se preocupem com a educação financeira dos baixinhos, levando em conta a importância dessa educação para o sucesso da dinâmica financeira nas fases posteriores de vida, como adolescência e adulta, principalmente.
Se tomarmos como princípio, que a maneira como se lida com o dinheiro na vida adulta, é em muito boa parte, construída até por volta de cinco a seis anos de idade, há que se aproveitar então a infância, para começar a construir os princípios que na vida adulta, vão implicar num trato com o dinheiro de maneira mais consistente, mais responsável e mais serena. Daí, a importância de se iniciar o processo!
Além disso, é preciso compreender que de muitas maneiras, as nossas crianças tem que ser educadas para esse assunto, sobretudo se compreendermos que a medicina projeta para os nossos filhos uma longevidade que poderá percorrer os cento e vinte a centro e trinta anos de vida. Certamente é uma projeção incrível. Mesmo porque, tudo isso será contemplado com uma postura de muita saúde.
Cabe então compreendermos a dinâmica a qual essas crianças serão levadas a compreender a importância de desenvolverem uma poupança, já que elas terão mais do que o dobro da nossa atual expectativa de vida, isso num cenário, num ambiente em todo o mundo, em que as transformações no mercado de trabalho serão muito rápidas. Pois, teremos mais pessoas vivendo mais tempo, dentro desse mesmo mercado de trabalho, etc.
Cabe então, a pais e educadores, ensinar as crianças a se organizarem em relação ao dinheiro, de maneira que eles possam então, viver a plenitude, desses cento e vinte a cento e trinta anos com uma relação legal e saudável com o dinheiro.
É bem verdade que os adultos de hoje não viveram uma estabilidade plena como a que está ocorrendo, e que sinaliza algo mais duradouro e mais consistente, num futuro próximo.
Contudo, os adultos que estão neste processo, e que passaram pelo período inflacionário, precisam ter algum auto cuidado ou um carinho consigo, e, compreender que não teve a chance de uma educação financeira mais apurada, mais sofisticada. Compreender isso e dizer claramente aos filhos, é um primeiro passo no aprendizado de ambos. E dizer mesmo: olha comigo não foi possível! Era outro país, outra economia, outra possibilidade da relação com o dinheiro. Mas eu gostaria que com vocês fosse diferente! Então, estar atento à possibilidade de educar os filhos nesse cenário de estabilidade da moeda que em breve completará seus quinze anos, faz toda a diferença. Ao mesmo tempo, devemos compreender que a parte mais preciosa na educação dos filhos, não é apenas observar como eles vão se transformando sob os olhos dos pais, mais como os pais vão se transformando através dos olhos dos filhos também. O que, de alguma forma, se torna uma segunda oportunidade para os adultos se reeducarem financeiramente também, e mais do que isso, compreender as novas possibilidades da atualidade.
Para isso, o exemplo é fundamental. Porque os filhos prestam atenção nos pais o tempo todo. Seria ótimo se eles só os observassem quando o pai ou a mãe dissesse as coisas mais brilhantes. Não acontece assim! Os filhos prestam atenção a tudo o que os pais fazem, a tudo o que eles dizem, e a tudo o que não dizem. E é a partir dessa observação que eles vão construindo a imagem que tem do dinheiro. Portanto, se pais e mães querem ter filhos que tenham uma relação consistente, uma relação competente com o dinheiro, será certamente necessário compreender que o importante não é falar de finanças para a criança. Mas é construir uma base exemplar com o uso do dinheiro, que, aliás, é algo delicado.
É necessário compreendermos, entretanto, que dinheiro, aplicação financeira, finanças propriamente, é um assunto de adulto. No entanto, o que importa é construir as bases para que essa criança na vida adulta tenha uma relação legal com o dinheiro.
Segundo especialistas, isso deverá ser feito com muita delicadeza, pois, quem planeja ter filhos bem relacionados e bem sucedidos com o dinheiro, deve se dar conta do próprio exemplo. É prestar a atenção, no que se faz, é se perguntar: por que meu filho se comporta dessa ou daquela maneira, quanto de mim tem naquele comportamento?
Por outro lado, se nota dentro de escolas, por exemplo, já no primeiro ano do ensino médio, em que os alunos começam a planejar poupanças, para fazer uma viagem. Isso é muito interessante! Porque eles partem de uma confiança no dinheiro, na possibilidade de se planejar, que as gerações que viveram o período inflacionário ou o chamado pesadelo inflacionário, não tiveram. Eles têm uma confiança no dinheiro que é traduzido numa confiança no futuro do país. Ou seja, na possibilidade do país um dia vir a se equacionar, e ser afinal, o que eles merecem. Isso faz toda a diferença. Esse é o trem da história que não se pode perder! Assim, não podemos perder a chance de educar essas gerações de crianças e jovens, que vêm crescendo sob a estabilidade do Real, para um relacionamento mais saudável com o dinheiro. Pois teremos que considerar ainda, que esta é a estabilidade da moeda, mais prolongada que tivemos desde o início da república.
Afinal, então o que os educadores recomendam para a educação dessas crianças?
Recomendam, que dependendo da idade, é possível fazer essa educação de muitas maneiras. Para os menorzinhos, para os muito pequenininhos, com idade entre dois anos e meio a três anos, uma maneira interessante de explicar que a família consegue se planejar é, por exemplo, chamando a criança para participar da feitura da lista de supermercado. O fato de a criança perceber, que a família no uso do dinheiro, consegue se planejar, vai ensinar a ela um bocado, dentro das possibilidades de quem tem três anos, é claro.
Um pouquinho mais tarde, mostrando a essa criança que a família consegue criar fundos para as emergências e para as delícias que podem se anunciar na vida, com muita cautela, com muito cuidado e, sobretudo, com muita elegância. Não se vai querer que as crianças fiquem tomadas pela presunção do dinheiro! A idéia não é essa. Mas que elas sejam capazes de perceber que têm pais que se preocupam com o porvir, e se preocupam, inclusive, em tirar o melhor proveito do que há de vir de bom. Pois, é dessa maneira cuidadosa, mostrando à criança as iniciativas que a família tem. Os cuidados que tem. As escolhas que faz. O que é que se privilegia aqui e ali, e por que isso e por que não aquilo? Levando também em consideração àqueles cuidados práticos, da ordem de todo o dia: de mostrar como é que se usa o cartão de débito, como é que se usa o cartão de crédito, etc. Quais são as conseqüências do uso disso e daquilo? Como se usa o dinheiro, como se guarda o dinheiro, quais os cuidados com a senha bancária? Qual a relação que existe do saque no caixa automático e como que isso impacta na conta bancária? Aliás, quantos adultos não se dão conta dessas relações!
Tudo isso vai ensinando a criança a compreender o dinheiro de uma maneira que, ao mesmo tempo, é mais simples e sofisticada, porque compreende as relações, os desdobramentos e as escolhas que estão implicadas em cada uso que fazemos do dinheiro. Isso pressupõe um processo. Um processo que tem uma duração de vinte anos!
Às vezes os pais se metem na angústia de num fim de semana querer resolver o assunto, numa conversa – meu dinheiro não é capim, etc. Não, não é assim. É preciso compreender que esse é um processo de vinte anos. É um processo de muita delicadeza, de muita suavidade. São vinte anos para se educar um filho pra lidar bem com o dinheiro. Mas vale cada dia dessa construção, dessa jornada.
Interessante notarmos, que mesmo que os pais não se dêem conta, eles estão educando de alguma forma, e com isso, traçando a visão que esses filhos terão do dinheiro no futuro. Esta é uma forma que fica. Então é preciso cuidado, é preciso atenção, mas também é preciso alegria na construção desse caminho. Daí é possível concluir, que tanto a educação financeira quanto a educação dos filhos são para sempre!

Uma adaptação de Cássia D’Aquino, educadora especialista em Educação Infantil.