A Austrália começou como o Brasil, uma colônia de degredados, e se transformou numa vitrine de riqueza e modernidade, com uma qualidade de vida de causar inveja a outros inquilinos do mundo desenvolvido. Enquanto boa parte do planeta, das montanhas dos Bálcãs aos guetos de Los Angeles, se dilacera em conflitos étnicos de arrepiar os cabelos, a Austrália se orgulha de ser um modelo de integração racial, capaz de absorver sem traumas milhões de imigrantes, oferecendo-lhes as oportunidades que outras terras prometidas, como o Brasil ou a Argentina, negaram.
Na Austrália, a educação e a saúde são de primeiríssima para todos, juntamente com hábitos que certamente o situam como um dos melhores lugares do mundo para se viver.
No passado, o país acolheu grande contingente de estrangeiros e sua etnia constitui-se de italianos, gregos, latino-americanos, vietnamintas, malaios, tailandeses, indianos, chineses, filipinos e coreanos.
A diversidade cultural é grande e um exemplo típico do mosaico racial australiano pode se encontrado numa sala de aula na pré-escola do subúrbio de “Dee Why”, em Sydney, onde a maioria das crianças, com idade de 3 a 5 anos, é filha de imigrantes vindos de países distantes entre si como as Ilhas Fiji e a Holanda. Assim, a supervisora pedagógica é brasileira; sua assistente, grega. Há ainda a professora venezuelana que inicia as crianças no idioma espanhol como uma terceira opção de língua, além do inglês oficial e da língua falada pelos pais em casa.
Com uma população próxima a 22 milhões de pessoas e um território do tamanho do Brasil podemos dizer que o imigrante, qualquer que seja ele, em dois anos, tem o direito à cidadania. Ao desembarcar no país, o imigrante encontra um curso em horário integral de língua inglesa. A segunda etapa do programa o prepara para o mercado de trabalho. São ensinamentos práticos: redigir um currículo, identificar ofertas de emprego dentro de sua especialidade, relação de telefones úteis, dicas para alugar ou comprar casa própria.
Crianças em idade escolar freqüentam um curso especial de aproximadamente um ano, destinado a familiarizá-las com a terminologia do currículo nacional. A educação é gratuita e rigorosamente obrigatória para todos, entre 5 e 15 anos de idade. A mão generosa do Estado também garante ajuda financeira aos mais pobres que queiram prosseguir nos estudos. O auxílio-desemprego pode chegar a mil dólares australianos (cerca de mil e cem reais) mensais para um casal de dois filhos.
Além da aposentadoria aos 65 anos os idosos têm direito a um pacote de benefícios que inclui alimentação fornecida diariamente em casa e visitas médias em domicílio.
Assim, caro leitor, com excesso de arrecadação e baixa prestação de serviços, o que dizer mais sobre o precário atendimento governamental à sociedade brasileira?
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