A mídia vem tratando muito estranhamente a questão da popularidade do presidente Lula, que em minha opinião há um tremendo equívoco, ou seja, da maneira como se informa a popularidade ao povo brasileiro não há sustentabilidade estatística.
Na última pesquisa, a 104ª, divulgada pela CNT/SENSUS a informação vem assim estratificada: 39,5% para Ótimo; 38,8% para Bom; 15,9% para Regular; 03,9% para Ruim e 01,9% para Péssimo.
Vejam o que vem a ser cada uma dessas medidas: Ruim e péssimo – todos sabem - as palavras dizem por si. Bom – é simplesmente bom - nada mais. Regular - apenas regular – passa raspando; e Ótimo – é o que todos queremos - porém pertence à casa dos 39,5%. RESULTADO: 39,5% de ótimo não correspondem a 78,3% de aprovação como ótimo, como é veiculado e apregoado pela mídia de um modo geral.
Imagine caro leitor se você tivesse uma empresa e procurasse vender 78,3% de seus produtos como ótimos, já que eles representam apenas 39,5%. Você estaria incorrendo em um erro de mercado vendendo o dobro da quantidade de seu produto como ótimo ou de excelente qualidade, sem realmente o ser. Porém, ao chegar o produto ao mercado, no consumidor final, tudo isso vai ser percebido. O consumidor vai perceber que foi enganado e que foi vítima de propaganda enganosa.
Sendo assim fica perceptível a razão das estradas esburacadas; da saúde em cacarecos; do caos na segurança pública; a educação de péssima qualidade; a falta de ética na política; a corrupção lastrada nas instituições; os valores da sociedade em baixa; a inexistência de infra-estrutura; o esgoto a céu aberto nas cidades; a juventude descrente, e outras mais.
É por essas e outras que a China, nossa concorrente direta, vem nos tirando de lado e minando categoricamente o mercado brasileiro em vários países da América do Norte, da Europa, da América Latina bem aqui do nosso lado, e bem aqui, dentro do Brasil.
Da mesma forma vende-se a Petrobrás como a segunda maior empresa de petróleo do mundo, o que não corresponde à verdade. A Petrobrás apenas captou recursos vultosos para prospecção do óleo do pré-sal. Para isso se concretizar há dois cenários: o pior deles, o que se pode imaginar, é que o resultado do pré-sal vai ser muito aquém daquilo que se espera. O que poderá acontecer é que a Petrobrás irá alocar uma quantidade imensa de recursos financeiros, fazer um esforço tremendo em novas tecnologias para extrair o petróleo do fundo do pré-sal e na hora da verdade se perceber que não tem tanto óleo assim ou o óleo é muito difícil de ser extraído e, por isso mesmo, muito caro, ou seja, acima da cotação média internacional. Isso deverá derrubar as cotações das ações da empresa, mas não será uma tragédia. Tornará um mau investimento para a empresa, com repercussões negativas, naturalmente, por um bom tempo nas cotações das ações.
Por outro lado, no melhor dos cenários, a Petrobrás se tornaria, daqui a cinco anos, uma das maiores empresas produtoras de petróleo do mundo. Comparada às grandes petrolíferas americanas, às empresas árabes de petróleo ou até mesmo superar em larga escala a sua principal concorrente que é a Venezuelana PDVSA.
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