domingo, 1 de abril de 2012

Momento Econômico


A crise persiste no primeiro mundo, com alguns ajustes realizados, principalmente, na Grécia. Na conjuntura econômica interna, temos queda na produção industrial, arrefecimento no aumento do emprego, medidas de contenção do câmbio através do IOF sobre contratos de derivativos cambiais para cobertura de riscos para exportações, o qual foi reduzido de 1% para zero, queda nos juros básicos, etc.
Sem dúvida, a crise que ainda persiste no primeiro mundo, particularmente os problemas de solvência na zona do euro, diante da elevada margem de capacidade ociosa observada nos EUA, na Europa e no Japão, a expectativa é de que as taxas reais de juro nessas economias permaneçam negativas, ou próximas de zero, por mais algum tempo.
A previsão de expansão do PIB brasileiro para este ano em torno de 3,5% contra um crescimento de 2,7% em 2011, relaciona-se ao baixo crescimento de Europa e Estados Unidos, importantes países, compradores brasileiros.
A Selic (taxa básica de juros na economia) vem declinando de ponto em ponto e se encontra em 9,75%, devendo chegar a 9% e logo em seguida a 8,75% ainda neste ano, buscando assim a média histórica do índice, em 2009.
Neste quadro de queda de juros, o mais tradicional dos investimentos, a caderneta de poupança, poderá voltar a ser a estrela das aplicações, principalmente, daqueles aplicadores em fundos DI que pagam elevadas taxas de administração.
A inflação que em 2011 explodiu para o teto da meta tem projeções para este ano de 5,5%, (um ponto percentual acima do centro da meta de 4,5%), ruim para os consumidores e assalariados que tem o seu poder de compra diminuído, porém, ainda atrativo para os investidores com papéis atrelados a inflação.
No mercado de ações o cuidado deve ser permanente. As turbulências um pouco menores na Europa, ainda respingam no crescimento dos países centrais, trazendo volatilidade a BOVESPA.
Com a manutenção relativa dos empregos a renda permanece, fazendo do varejo uma boa opção de papéis, que no momento se tornam mais defensivo.
O câmbio deve permanecer numa banda de R$1,70 a R$1,90 com maiores intervenções do Banco Central na compra ou venda de dólares.
A queda das taxas de juros estimula o investimento privado e contribui para a ampliação da capacidade produtiva no longo prazo.
A austeridade fiscal (algo a ser aprofundado), além de permitir quedas maiores de juros, reforça a sustentabilidade da dívida pública e leva à diminuição dos prêmios de risco e a combinação de política fiscal e queda de juros reduz o custo da dívida pública possibilitando no futuro uma alocação mais eficiente dos recursos públicos.

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