O aumento da longevidade e o encerramento precoce da vida corporativa criam uma espécie de segundo tempo profissional que pode durar até 20 anos. Para enfrentar esse novo tempo é preciso fazer uma poupança financeira, cuidar da saúde e elaborar um projeto de vida que priorize o que você sempre desejou fazer por prazer, e não por obrigação.
Pois é, de repente, ao encerrar a carreira, você se dá conta de que esta com medo do desconhecido. E o desconhecido neste caso, pode ser a tal da aposentadoria. Assim, a pessoa pode caracterizar este desconforto como um problema que, de repente, não se sabe como enfrentar.
Daí, você se vê conversando com o RH da companhia, onde imaginava encontrar as respostas para todas as suas dúvidas e a possibilidade de eliminar este desconforto. Mas acaba por descobrir que a sua empresa nunca aposentara um presidente. Os CEOs sempre rodam de empresas antes da chamada aposentadoria.
Mas, por sorte sua, há gente especializada no mercado e o RH de sua empresa sugeriu uma conversa com uma psicóloga e consultora de carreira. Interessante notar, que muitas vezes o postulante à aposentadoria não bota muita fé nesse assunto e se questiona frequentemente. “O que a psicóloga pode saber da minha vida?” Mesmo assim, você agenda a consulta. Uma conversa dessas, normalmente, dura quase duas horas e até bem perto do final da conversa, normalmente, não se fala em aposentadoria. Porém, já perto das despedidas, a psicóloga lhe fala: “Você e a sua empresa precisam de ajuda”. Diante da incredulidade a psicóloga dispara uma série de perguntas: O que vai ser da sua secretária? E do seu motorista? Como fica seu pacote “stock options”, de benefícios? Você vai querer manter o número do seu celular, que hoje é corporativo? Já definiu a data da sua saída e planejou o anúncio? Lembre-se de que quem avisa um ano antes que vai sair vira rainha da Inglaterra. Quem informa somente três dias antes passa a impressão de que está sendo corrido da companhia. O ideal é anunciar a aposentadoria com três ou quatro meses de antecedência.
“Quando a psicóloga acaba de dizer tudo isso, você entra em pânico”. Mas o susto e a angústia vividos pelos ex-presidentes são experiências enfrentadas todos os anos por milhares de executivos, que não se dão conta de que estão despreparados para abandonar a vida corporativa até que algo os obrigue a parar. Pode-se argumentar que sempre foi assim, mas as gerações anteriores eram programadas para trabalhar até, literalmente, não poder mais. Depois disso, viviam apenas poucos anos, mantidas pelo Estado. Com os avanços da medicina, com estilos de vida mais saudáveis e a falência da Previdência Social, essa lógica virou de pernas para o ar. Nos próximos anos, a preparação para a aposentadoria e mais ainda para a vida depois dela – o chamado “pós-carreira” - já se tornou um dos tópicos mais quentes de discussão no mundo empresarial.
Assim, executivos que estão hoje entre o meio e o fim de suas carreiras foram apanhados por dois movimentos que correm em sentidos opostos. O mais visível deles é o aumento da expectativa de vida do brasileiro, que se encontrava em 70 anos em 1999. Atualmente está nos 73 anos, e em uma década promete chegar a 75,5 anos em 2050, isso, considerando uma média, porque já se vive bem mais do que isto, enquanto as mulheres chegam hoje à marca dos 77 anos de vida útil.
O país segue sendo jovem, com o chamado bônus demográfico, em seu favor. Mas a população na faixa dos 60 anos representa hoje 11,1% dos brasileiros, um contingente de 21 milhões de pessoas e pouquíssimos estão de pijama, em casa.
De toda a população economicamente ativa do país, quase 17,5 milhões de trabalhadores têm 50 anos ou mais. Os “idosos”, a partir de 60 anos, formam o grupo que mais cresceu na última década. Existem hoje pouco mais de 22 milhões de pessoas nessa faixa etária no país. Dessas, 6,5 milhões estão em plena atividade. Um terço desse contingente trabalha por conta própria, em muitos casos como consultores.
O segundo movimento em direção às aposentadorias é o encerramento cada vez mais precoce das carreiras corporativas. Seja porque as regras de aposentadoria compulsória por idade (aos 60, 62 ou 65 anos, dependendo da empresa) apanham os profissionais dinâmicos com saúde em dia e disposição para tudo, menos para pendurar as chuteiras. Sobretudo no mercado financeiro, onde a combinação de enriquecimento rápido com rotinas de trabalho mortais convida a uma mudança de rumo profissional muitas vezes antes dos 50 anos.
Desta forma, o aumento da longevidade, somado ao encurtamento das carreiras e à vontade de seguir produtivo, cria um cenário inteiramente novo no mundo do trabalho. Aos poucos, sai de cena o velho conceito de aposentadoria. Em seu lugar, surge o “pós-carreira”, ou o chamado segundo tempo profissional. Diante disso, presume-se, que a “nova terceira idade” quer trabalhar, remunerada ou voluntariamente. Quer continuar dando sua contribuição para a sociedade. E, definitivamente, não quer ser um fardo para filhos e família, assim, os setentões, portanto, são os novos cinquentões de outrora.
Pois é, de repente, ao encerrar a carreira, você se dá conta de que esta com medo do desconhecido. E o desconhecido neste caso, pode ser a tal da aposentadoria. Assim, a pessoa pode caracterizar este desconforto como um problema que, de repente, não se sabe como enfrentar.
Daí, você se vê conversando com o RH da companhia, onde imaginava encontrar as respostas para todas as suas dúvidas e a possibilidade de eliminar este desconforto. Mas acaba por descobrir que a sua empresa nunca aposentara um presidente. Os CEOs sempre rodam de empresas antes da chamada aposentadoria.
Mas, por sorte sua, há gente especializada no mercado e o RH de sua empresa sugeriu uma conversa com uma psicóloga e consultora de carreira. Interessante notar, que muitas vezes o postulante à aposentadoria não bota muita fé nesse assunto e se questiona frequentemente. “O que a psicóloga pode saber da minha vida?” Mesmo assim, você agenda a consulta. Uma conversa dessas, normalmente, dura quase duas horas e até bem perto do final da conversa, normalmente, não se fala em aposentadoria. Porém, já perto das despedidas, a psicóloga lhe fala: “Você e a sua empresa precisam de ajuda”. Diante da incredulidade a psicóloga dispara uma série de perguntas: O que vai ser da sua secretária? E do seu motorista? Como fica seu pacote “stock options”, de benefícios? Você vai querer manter o número do seu celular, que hoje é corporativo? Já definiu a data da sua saída e planejou o anúncio? Lembre-se de que quem avisa um ano antes que vai sair vira rainha da Inglaterra. Quem informa somente três dias antes passa a impressão de que está sendo corrido da companhia. O ideal é anunciar a aposentadoria com três ou quatro meses de antecedência.
“Quando a psicóloga acaba de dizer tudo isso, você entra em pânico”. Mas o susto e a angústia vividos pelos ex-presidentes são experiências enfrentadas todos os anos por milhares de executivos, que não se dão conta de que estão despreparados para abandonar a vida corporativa até que algo os obrigue a parar. Pode-se argumentar que sempre foi assim, mas as gerações anteriores eram programadas para trabalhar até, literalmente, não poder mais. Depois disso, viviam apenas poucos anos, mantidas pelo Estado. Com os avanços da medicina, com estilos de vida mais saudáveis e a falência da Previdência Social, essa lógica virou de pernas para o ar. Nos próximos anos, a preparação para a aposentadoria e mais ainda para a vida depois dela – o chamado “pós-carreira” - já se tornou um dos tópicos mais quentes de discussão no mundo empresarial.
Assim, executivos que estão hoje entre o meio e o fim de suas carreiras foram apanhados por dois movimentos que correm em sentidos opostos. O mais visível deles é o aumento da expectativa de vida do brasileiro, que se encontrava em 70 anos em 1999. Atualmente está nos 73 anos, e em uma década promete chegar a 75,5 anos em 2050, isso, considerando uma média, porque já se vive bem mais do que isto, enquanto as mulheres chegam hoje à marca dos 77 anos de vida útil.
O país segue sendo jovem, com o chamado bônus demográfico, em seu favor. Mas a população na faixa dos 60 anos representa hoje 11,1% dos brasileiros, um contingente de 21 milhões de pessoas e pouquíssimos estão de pijama, em casa.
De toda a população economicamente ativa do país, quase 17,5 milhões de trabalhadores têm 50 anos ou mais. Os “idosos”, a partir de 60 anos, formam o grupo que mais cresceu na última década. Existem hoje pouco mais de 22 milhões de pessoas nessa faixa etária no país. Dessas, 6,5 milhões estão em plena atividade. Um terço desse contingente trabalha por conta própria, em muitos casos como consultores.
O segundo movimento em direção às aposentadorias é o encerramento cada vez mais precoce das carreiras corporativas. Seja porque as regras de aposentadoria compulsória por idade (aos 60, 62 ou 65 anos, dependendo da empresa) apanham os profissionais dinâmicos com saúde em dia e disposição para tudo, menos para pendurar as chuteiras. Sobretudo no mercado financeiro, onde a combinação de enriquecimento rápido com rotinas de trabalho mortais convida a uma mudança de rumo profissional muitas vezes antes dos 50 anos.
Desta forma, o aumento da longevidade, somado ao encurtamento das carreiras e à vontade de seguir produtivo, cria um cenário inteiramente novo no mundo do trabalho. Aos poucos, sai de cena o velho conceito de aposentadoria. Em seu lugar, surge o “pós-carreira”, ou o chamado segundo tempo profissional. Diante disso, presume-se, que a “nova terceira idade” quer trabalhar, remunerada ou voluntariamente. Quer continuar dando sua contribuição para a sociedade. E, definitivamente, não quer ser um fardo para filhos e família, assim, os setentões, portanto, são os novos cinquentões de outrora.
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