sábado, 14 de janeiro de 2012

Aos Políticos - Chamem o PROCON/CONAR!


Em meio a um ou outro programa televisivo não estamos livres da propaganda enganosa dos políticos que sempre vem acompanhada de falsidade ideológica, estelionato político e apropriação indébita de fatos e realizações.
Com efeitos especiais exibem seus principais parlamentares que muitas das vezes já estão em campanha política para as prefeituras, numa manobra que antecipa o processo eleitoral. Assim em meio a seus mandatos sem risco algum e nada a perder senadores e deputados federais candidatam-se a prefeitos de grandes cidades e fazem o jogo sem que a população perceba, ganhando-o sempre. Vencendo as eleições tornam-se prefeitos. Caso percam antecipam em dois anos a campanha para sua reeleição ao parlamento. Não é intrigante?
Trazem um discurso pasteurizado apresentando candidaturas que nada se diferenciam de qualquer político profissional da chamada burguesia política. Normalmente trazem os adjetivos de campanha: cidades limpas, tranqüilas, planejadas, de paz, organizadas, humanas, sustentáveis, dignas, justas e por aí afora!
Sem delongas trazem jovens, certamente aspirantes a vereador com um discurso manso de justiça, ética sempre e responsabilidade com o dinheiro público (isto antes de se elegerem), pois não basta dizer que é isto ou aquilo – têm é que “ser mesmo” na prática, no cotidiano.
Lembre-se que eles jogam com a frágil democracia brasileira e, além disso, se tornam dependentes de financiamentos privados e dos chamados caixas dois, ou de dinheiro não contabilizado (tentando com essa frase de efeito, tornar algo incorreto e sujo como num passe de mágica e ternura em algo correto).
Procurem caro leitor e eleitor verificar de onde vêm as doações, do candidato o qual tenciona o seu voto, pois na última eleição de 2010 candidatos já estavam atrelados aos patrocínios de marcas famosas de refrigerantes, bebidas alcoólicas, instituições financeiras e instituições multinacionais de venda de sanduíches que invariavelmente serão patrocinadoras das Olimpíadas e Copa do Mundo aqui no Brasil.
O leitor mais acurado deve compreender que não se armam esquemas de financiamento eleitoral sem sujar as mãos, sem acordos pragmáticos e espúrios que ao conciliarem aos diversos matizes do submundo de subterfúgios e conchavos de toda ordem. Depois, esses candidatos participam acriticamente de bases políticas em busca de cargos num tipo de oportunismo conhecido como deslavado e corrupto.
A prioridade na ocupação de cargos públicos, seja de que esfera ou instância for, é de tal ordem que até a atuação dos seus militantes de base nos movimentos populares está atrelada aos objetivos eleitorais de partidos que se incham a cada dia, que filia adeptos e futuros candidatos pela internet, venham de onde vierem e até criaturas sinistras que depois se voltam contra seus criadores, por questões de partilha. 
É sabido que existem também políticos honestos e de boa linhagem, porém são poucos. E para facilitar a vida dos espertalhões, políticos, bases eleitorais e mídia tendenciosa, tentam jogar todos como se fosse farinha do mesmo saco, com o simples propósito de tornar a boa política em lixo só.
É preciso prestigiar e fortalecer instituições como Organismo de Defesa do Consumidor; Tribunal Superior Eleitoral; Controladoria Geral da União; Ministério Público Federal; Supremo Tribunal Federal; Tribunal de Contas da União para defender o povo utilizando de suas prerrogativas para enquadrar essa turma que assalta o erário dos brasileiros.
A propósito, é bom que se diga que a propaganda em seu sentido original é neutra, e pode se referir a usos considerados geralmente benignos ou inócuos, como recomendações de saúde pública, campanhas a encorajar os cidadãos a participar de um censo ou eleições, ou mensagens a estimular as pessoas a denunciar crimes a polícia, dentre outros.
Já a propaganda enganosa é aquela que induz o consumidor a um erro, ela mostra características e vantagens que um determinado produto ou pessoa não tem. Esse tipo de propaganda é, portanto, falsa.
É importante distinguir a propaganda enganosa e abusiva porque ela tem a função de induzir o consumidor a um comportamento prejudicial, que geralmente incitam a violência, exploram o medo, e fazem uso de baixos expedientes.  
No dia a dia conhecemos o PROCON como organismo de defesa do consumidor, porém o CONAR é o órgão que defende os consumidores da propaganda enganosa. 
Pense nisso!

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