terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Hábitos financeiros que fazem mal a saúde ... e ao bolso


Existem hábitos que prejudicam a saúde financeira das pessoas atingindo diretamente a conta bancária, além de, muitas vezes, se resvalar na saúde do corpo. Comer fora de casa com freqüência é um exemplo que pode fazer muito mal, ou seja, um belo rombo no orçamento pessoal. No entanto, outros hábitos também podem impactar negativamente a saúde, mental e física de uma pessoa.
Especialistas da área de saúde listaram hábitos financeiros que são prejudiciais a saúde de qualquer pessoa e apresentou soluções de como contornar o problema sem ter que parar no pronto-socorro ou no divã do analista.
Problemas no casamento? Pode estar ligado ao tamanho da dívida que a pessoa carrega no cheque especial ou cartão de crédito. Pesquisa na Inglaterra, realizada por uma entidade de aconselhamento aos consumidores, revelou que 37% dos participantes citaram as dívidas como resultante de problemas nos relacionamentos.
Notas de dinheiro são sujas e cheias de germes, o que pode ser uma grande fonte de contaminação. Um estudo encontrou evidências de que recibos e comprovantes de gastos contem altos níveis de uma substância química chamada de BPA (bisfenol A), que está ligada a doenças do coração, câncer e infertilidade. Se guardados juntos recibos e notas, o BPA pode migrar dos recibos para as notas, e das notas diretamente para a pele de quem os manuseia. Procure guardar os recibos em um envelope, longe do dinheiro. E sempre lave as mãos depois de manipular tanto um quanto o outro.
Embalagens gigantes podem significar aumento de peso na balança, segundo Brian Wansik, autor do livro "Why We Eat More Than We Think?" (Por que comemos mais do que imaginamos?). Em um dos estudos citados na obra, participantes que se serviram diretamente de embalagens tamanho família comeu até 25% mais. Você pode até economizar algum dinheiro ao comprar pacotes maiores. No entanto, poderá comer mais que o necessário, explica o autor. Portanto, nunca coma direto da embalagem, tente controlar suas porções sempre servindo em pratos menores. Mantenha pequenas porções do produto em embalagens de tamanho menor e mantenha a original fora de alcance da visão.
Quem paga as contas do supermercado com cartão de crédito tem maiores chances de colocar no carrinho comidas pouco saudáveis como biscoitos, chocolates e congelados. As pessoas são menos racionais com as compras quando pagam com cartão de crédito, diz Kit Yarrow, professora de psicologia e marketing da “Golden Gate University”. Quando for ao supermercado, opte por pagar a compra em dinheiro, leve consigo uma lista dos itens necessários e evite fazer compras com fome.
Ter dinheiro diminui as chances de um ataque cardíaco ou doença no coração, pelo menos nas mulheres. Um estudo acompanhou um grupo de mulheres durante cinco anos e percebeu que aquelas com renda acima de cem mil dólares estavam livres de doenças no coração, ao contrário de 78% das mulheres com renda inferior a vinte mil dólares.
Não participar do rateio do presente daquele colega de trabalho ou esquecer o aniversário do melhor amigo pode impactar diretamente na saúde mental de uma pessoa. Uma pesquisa da “University of British – Columbia” revelou que pessoas que gastam mais com elas mesmas do que com os outros, são menos felizes que aqueles que gastam. Generosidade não leva ninguém à falência. Uma opção é presentear as pessoas queridas com pequenos gestos como um chocolate especial ou mesmo pagar a conta do almoço.
Perder dinheiro em qualquer tipo de jogo pode causar dores emocionais em quem tem de deixar as fichas na mesa. Um estudo registrou os níveis de atividade em uma região do cérebro humano conhecido como “corpo estriado”, onde o sentimento de dor se manifesta. A pesquisa concluiu que perder dinheiro desencadeia sensações similares às da dor física. Portanto, fique longe de jogos de azar. Se estiver em “Las Vegas” e quiser jogar um dinheiro, defina de antemão qual o limite máximo que pretende gastar, ou melhor, que pretende perder.
Vários estudos mostraram que pessoas que gastam com bens materiais, como eletroeletrônicos ou artigos de luxo, são menos felizes que aqueles que optam por gastar em experiências como uma viagem, por exemplo. Mas é bom tomar cuidado, pois outros estudos revelam que experiências negativas, como serviços ruins em hotéis ou empresas aéreas, podem trazer sentimentos de insatisfação. Gaste em experiências ao invés de bens, mas preste atenção nos serviços que está adquirindo. Procure por referências e críticas de serviços na internet, antes de direcionar seus gastos em uma viagem.
Com o estouro da bolha imobiliária nos Estados Unidos, percebeu-se, um tempo depois, que os impactos atingiram também não apenas o bolso dos americanos, mas também a saúde mental deles. Estudos revelaram que proprietários de casas com hipotecas mais caras do que poderiam bancar deram sinais de depressão grave, com sintomas de insônia e irritabilidade. A crise das hipotecas também é uma crise de saúde, escreveu Craig E. Pollack, líder de um grupo de pesquisas da Universidade da Pensilvânia. Caso esteja buscando uma casa para comprar, capriche o quanto puder no valor da entrada e financie o mínimo possível. O ideal é que não se gaste mais de 30% da renda mensal nas parcelas.

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