Especialistas se
debruçaram a fazer as contas do rombo que o PT deixou a seus sucessores e em
última análise a todos nós, trabalhadores brasileiros, o desafio de pagar a
conta que certamente se estenderá às próximas gerações.
A conta é salgada.
Se sente bem em sua poltrona para não levar um susto ainda maior!
Numa projeção conservadora, realizada por especialistas de diferentes
áreas apurou-se que a conta pode passar de R$ 250 bilhões. Mas há quem diga que
pode ser ainda maior.
Em relatório, a agência de classificação de risco Moody’s estimou que,
no pior cenário, a conta chegaria a R$ 600 bilhões. Imaginem!
Mas por que isso? É porque pode haver esqueletos escondidos nos armários
do Planalto.
Assim, o que popularmente se chama de esqueleto, na literatura econômica é
chamado de gasto contingente, ou seja, são despesas excepcionais geradas por
derrapadas na gestão da política econômica que ficam escondidas até que se explodam
em algum momento ou talvez até que alguém jogue luz sobre elas, o que
consequentemente, para especialistas em contas públicas, essas despesas
contingenciais tendem a se proliferar com o passar do tempo.
Economistas consideram a dinâmica do gasto social, do gasto previdenciário
e do gasto com pessoal, rubricas previsíveis. Onde não haverá surpresas. Porém,
nas contas referenciadas a políticas setoriais os esqueletos podem surpreender
ainda mais.
Assim, estimativas de gastos extras indicam eventuais capitalizações que
o Tesouro tenha que realizar em estatais como a Petrobrás, a Eletrobrás e a Caixa
Econômica Federal. Por outro lado, as negociações das dívidas dos Estados,
gerarão perdas para a União. Já o risco de inadimplência com o Fundo de
Financiamento Estudantil (Fies) é enorme, e a manutenção do Fundo de Amparo ao
Trabalhador (FAT), é outra dor de cabeça por conta do elevado volume de
desempregados.
Neste contexto a agência de risco Moody’s dedicou um relatório inteiro à
discussão dos passivos contingentes no Brasil observando apenas os grandes
desembolsos que podem vir pela frente.
Pela estimativa da agência, ao longo dos próximos três anos, os gastos
extraordinários podem variar entre 5% e 10% do PIB, o Produto Interno Bruto, algo
entre R$ 295 bilhões e R$ 590 bilhões. Como esse tipo de gasto, afeta o fôlego
financeiro da União, a Moody’s estimou que estes, poderiam elevar a dívida
pública, hoje perto de 70% do PIB para perto de 90% do PIB em 2018.
A agência avaliou ainda que há possibilidade de o governo vir em socorro
tanto da Petrobrás quanto da Eletrobrás, ambas sob pressão financeira e que entre
2016 e 2018, apenas a Petrobrás demandaria cerca de R$ 300 bilhões, sendo que
mais de R$ 100 bilhões seriam apenas para pagar dívidas.
A agência Moody’s analisou também a saúde financeira dos bancos públicos
brasileiros como a Caixa Econômica Federal, o Banco do Brasil e o Banco
Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social. Considerou que a Caixa é a
instituição mais sensível a um eventual socorro. Hoje, a Moody’s não vê risco
sistêmico neste segmento, porém, se houver deterioração e estresse dessas
instituições, o passivo contingente tende a explodir, indo a R$ 600 bilhões.
Além disso, há dívidas
do governo federal com fornecedores, dívidas trabalhistas nas estatais, dívidas
contraídas na construção dos estádios superfaturados da copa e obras
superfaturados das Olimpíadas no Rio de Janeiro.
Nos estados chama
a atenção às dificuldades do Estado do Rio Grande do Sul, do Estado da Bahia e do
Estado do Rio de Janeiros, os mais afetados. O que não quer dizer que os demais
também não estejam com suas dificuldades.
Os fundos de
pensão das estatais é outra calamidade. Assim os trabalhadores inscritos nos
fundos da PREVI, PETROS, FUNCEF e POSTALIS terão problemas com suas
aposentadorias no futuro.
Num contexto mais amplo
das dificuldades brasileiras poderíamos acrescentar a esses esqueletos o
analfabetismo funcional no Brasil onde 80% dos brasileiros não sabem sequer
interpretar um texto. O estado de socorro da saúde pública, o desleixo com a
segurança pública. O que é outra tragédia. E ainda
programas deficitários como “Mais Médicos, Minha Casa Minha Vida, Bolsa Empresário,
Bolsa Família”, dentre outros.
Que Deus nos
proteja. Amém!
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