O atoleiro
brasileiro tem nome: má gestão dos recursos públicos, pedaladas fiscais,
incompetência administrativa, falsidade descarada e uma corrupção generalizada que
fez com que o país entrasse em uma recessão brutal em 2015 e que levará,
certamente, o ano de 2016 para o mesmo destino, agora com um quadro piorado com
o agravamento da crise política que levou ao despautério de se pretender colocar
o ex-presidente Lula como Ministro da Casa Civil. Ora, levar para dentro do
governo uma pessoa sob investigação policial é algo que não ocorre e não ocorreria
em nenhum país civilizado no mundo!
Pelo contrário, no
mundo desenvolvido a regra é a seguinte: uma pessoa alvo de suspeitas fundadas
ou em fase de investigação, singelamente, deixa o governo ao invés de entrar no
governo. Simples assim!
Aprofundando um
pouco mais nosso diálogo poderíamos lembrar que essa pessoa em questão não está
sendo inserida em um ministério qualquer, essa pessoa está sendo inserida, na
Casa Civil, que é considerada o Ministério dos Ministérios! O que remete a questões
subjacentes, como o amparo do ex-presidente à justiça de primeira instância e a
expectativa de que ele se tornasse o principal mandatário da nação, sem a
chancela das urnas. Isso sim representa um golpe! Essa loucura é algo inusitado
para qualquer cidadão decente e, portanto, grave em qualquer democracia que se
preze - que nos digam as manchetes dos principais jornais internacionais: “Lula
recorre a um ministério do governo para se safar da Operação Lava Jato”. O que envergonha
a todos nós brasileiros!
Lembremos que o
governo Lula se pareceu bem na economia quando a economia mundial estava
frenética, à todo vapor, e agora o momento é outro, as condições anteriores não
prevalece e não se prevalecerá, principalmente, diante das dúvidas que se encontram
na economia internacional, de forma mais geral, como as dúvidas que vêm da
China, que vêm da Europa, as dúvidas que vêm dos Estados Unidos, etc. A verdade
concreta é a de que Lula surfou uma onda nunca antes surfada no mundo em seu
período de governo. Porém, os oito anos de bonança da economia internacional já
se foram, acabou-se. Não temos mais oito anos de bonança da economia
internacional, ainda mais, diante agora do estado calamitoso da economia
brasileira. Não dá mais para surfar!
Lula iniciou e
participou de todo esse descalabro que acontece hoje na economia brasileira. O
descalabro de ceder juros baratos de bancos públicos, a parte do empresariado
nacional, não por mérito, mas por vontade própria e esconder os custos disso, ocorreu
no governo Lula à época do mensalão em 2006. Curioso não?
Por outro lado
quando o Lula assumiu, o país tinha vindo de um ajuste fiscal muito bem realizado
no governo anterior. O país havia passado por três anos de ajuste fiscal que
deu condições extraordinárias para atravessar o cenário positivo da economia
mundial e desenvolver o Brasil, algo que foi jogado fora por Lula, ou seja,
surfou nas condições de momento e nada acrescentou ao país a não ser jogar o
mesmo no atoleiro da corrupção e da aversão ao trabalho.
Toda essa benesse
veio de uma consolidação anterior das contas públicas, ao contrário de hoje
onde as contas públicas governamentais estão, simplesmente, arrasadas e,
portanto, o governo federal não tem dinheiro sequer para tentar reanimar a
economia. Se é que isso é possível diante de um descredito total dos agentes
econômicos a tudo isso que aí está.
Então como? De
onde vamos tirar o dinheiro para retomar algo perdido por incompetência? A gente vai pedir ao Banco Central que use a
maquinha e emita moeda? Será isso que está levando o presidente do banco
Central à hipótese de saída, além da hipótese estapafúrdia de utilizar recursos
das reservas do país?
Como recuperar a
economia brasileira nesse cenário de desrespeito total às instituições do país?
Não vamos nos
iludir. A insistência com a sobrevivência do atual governo é daqui até as
eleições municipais. Porém, a debandada ontem do PMDB ao governo mostra que o
impeachment está próximo.
Assim, é preciso
mudar o clima do país para mudar o país.
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