A menos de quarto
meses no poder, o presidente Temer conta com uma rejeição de 46%. Será isso
normal? Parece que sim, pois em apenas quatro meses de mandato não se tira o
Brasil do buraco ao qual o PT nos meteu.
Assim, por conta
de quatorze anos de desmandos o país foi jogado na maior recessão de todos os
tempos a qual trouxe como brinde de Natal e Ano Novo o índice de desemprego de
12% o qual se traduz em mais de 12 milhões de desempregados em todo o país. Notem
que este é o índice médio de desemprego para a economia como um todo, porém quando
se verifica o índice de desemprego para os jovens, ele atinge a desagradável
marca de 23%, ou seja, mais de vinte milhões de jovens que não conseguem se encaixar
no mercado de trabalho, seja pela retração da economia, seja pela má formação
profissional, seja pela geração “nem, nem”, aqueles que não estudam e nem
trabalham.
Mas não é somente
isso, o estrago é tão grande que os empregados do serviço público amargam o
atraso ou parcelamento dos salários, assim como do décimo terceiro, país afora.
No frigir dos
ovos fica assim: quem está no serviço público não recebe o seu salário e quem
está na iniciativa privada, ou é demitido ou corre o risco de receber o
inesperado aviso prévio.
Neste contexto
cabe a pergunta? Será que essa ideia de que nada está acontecendo no governo
Temer, como se vende por aí, é verdadeira?
Considerando às
circunstancias de momento, com tanto tiroteio pela imprensa e mídias sociais,
perdemos às vezes, a noção de conjunto do que vem ocorrendo no país. Assim,
nesse ambiente turbulento, podemos dizer que o governo Temer tem se revelado
bom.
O país vem
discutindo os seus problemas seja nas finanças públicas, seja no ensino público
e a Operação Lava Jato vem cumprindo o seu papel; e há tempos o país não via
uma agenda que fizesse tanto sentido ou que fosse composta de escolhas que
caminham numa mesma direção.
Por outro lado,
lateralmente, verifica-se tamanha conjugação de irresponsabilidades oriundas da
oposição, do judiciário, do ministério público, do legislativo, e de setores da
imprensa, onde transparece a perda completa de noção de institucionalidade com Ministros
do STF concedendo liminares ilegais, com Procuradores da República convocando
as ruas contra o congresso e parlamentares sonhando com retaliações, etc. Esse
é o clima.
Com tantas atitudes
a confundir a população, ainda assim, nesse pouco tempo de gestão, o governo
Temer conseguiu aprovar uma PEC de gastos que impedirá, taxativamente, que o
Brasil se torne um Rio de Janeiro de dimensões continentais. Aprovou na Câmara
dos Deputados a Medida Provisória do Ensino Médio, enfrentando mistificações e
desinformações gritantes. Aprovou a Medida Provisória do Setor Elétrico, que
quase não foi notícia – área, especialmente, devastada pelo governo Dilma
Rousseff. Aprovou o projeto que desobriga a Petrobrás de participar da
exploração do Pré-Sal, e contratos já foram fechados sob as condições da nova
regra. Aprovou a Lei da Governança das Estatais, palco da corruptela. Apresentou
uma boa proposta para a Previdência Social, que, certamente, vai enfrentar
resistência, principalmente, dos setores privilegiados da nação. No BNDES está
em fase final o levantamento do estrago petista realizado por lá, e, o banco já
se prepara para retomar financiamentos. Aprovou o Orçamento Público para o ano
que vem e na semana passada anunciou um pacote de recuperação da economia,
direcionado à microeconomia, ou seja, endereçado às empresas e às pessoas, que
embora seja tímido, tem direcionamento acertado, sem conflitos de direção.
Não parece pouca
coisa. Assim, estamos diante de uma agenda que interessa ao Brasil e aos
brasileiros a qual não passa pelo esquerdismo nem pelo direitismo, mas uma
agenda de estado, que contempla o futuro do país.
Tudo isso não
implica que caso Temer tenha que pagar por erros de conduta, que também o
pague, porém, após todo o processo investigativo, assim como para qualquer
outro político ou brasileiro comum. Lembremos o compositor Herivelto Martins que
em uma de suas canções dizia - é preciso julgar pra depois condenar.
Neste imbróglio
de momento, é preciso ter cuidado com quem fala; do que se fala e por que se
fala, pois, no próximo ano o país não terá crescimento novamente, será o
terceiro ano de recessão. Ninguém aguenta isso. Daí o cuidado com os
tumultuadores de sempre; aqueles que fazem do tumulto o seu jogo para atrair os
inocentes ou desinformados que entram no jogo sem saber para quem se está
jogando.
A
instabilidade política interessa aos que estão fora do poder, porém, ela
prejudica os investidores internos e os investimentos externos que não vêm por
causa da instabilidade política e, como sabemos o estado brasileiro não dispõe
de recursos para investir porque está deficitário.