Nestes tempos de
crise política é interessante entendermos como funciona o
sistema político brasileiro.
Assim, participar do processo político e poder eleger seus
representantes é um direito de todo cidadão brasileiro. No entanto, a grande
maioria da população vota em seus candidatos sem a mínima noção de como
funciona o sistema político em questão.
Como sabemos, o Brasil é uma república federativa presidencialista. Por
que república? Porque o Chefe de Estado é eletivo e temporário. Por que federativa?
Porque os Estados são dotados de autonomia política. Por que presidencialista?
Porque ambas as funções de Chefe de Governo e Chefe de Estado são exercidas
pelo presidente da república, e o poder de Estado é dividido entre órgãos
políticos distintos.
A teoria dos três poderes foi desenvolvida por Charles de Montesquieu em
seu livro “O Espírito das Leis” (1748). Baseado na afirmação de que “só o poder
freia o poder”, o mesmo afirmava que para não haver abusos, era necessário, por
meios legais, dividir o Poder de Estado em Executivo, Legislativo e Judiciário.
No Brasil, esses são exercidos respectivamente, pelo Presidente da República,
Congresso Nacional e pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
O Executivo possui a função de fazer as leis funcionarem. Desta forma, é
o executor das leis. O presidente pode vetar (impedir) ou sancionar (confirmar)
as leis criadas pelo Legislativo, editar medidas provisórias, etc.
Por outro lado, o Legislativo é responsável por idealizar as leis e
julgar as propostas do presidente, fiscalizando-o. Assim, o parlamento
brasileiro é bicameral, ou seja, é composto por duas “casas”: a Câmara dos
Deputados e o Senado Federal. Qualquer projeto de lei deve primeiramente passar
pela Câmara e depois, se aprovado, passa pelo Senado. Caso haja mudanças nos
textos o projeto volta à Câmara dos Deputados para nova apreciação.
Já o Poder Judiciário deve interpretar as leis e fiscalizar o seu
cumprimento, de acordo com a Constituição brasileira. O mesmo é composto por 11
juízes, escolhidos pelo Presidente da República e aprovados pelo Senado.
No dia a dia dos mortais é comum ouvirmos menções às palavras, Direita
e Esquerda normalmente para designar grupos antagônicos em um jogo político.
Mas o que vem a ser, de fato, cada um desses termos?
Tudo começou na França no final do século XVIII. Seu sistema político era composto por três grupos, os chamados “Estados Gerais,” composto: do clero, da nobreza e do chamado terceiro estado, formado pelo “resto da população” (banqueiros, comerciantes, médicos, artesãos, etc.).
Tudo começou na França no final do século XVIII. Seu sistema político era composto por três grupos, os chamados “Estados Gerais,” composto: do clero, da nobreza e do chamado terceiro estado, formado pelo “resto da população” (banqueiros, comerciantes, médicos, artesãos, etc.).
O
terceiro estado era o único que tinha a obrigação de pagar os impostos, além de
terem inúmeras limitações, como o fato de não poder ocupar cargos públicos, por
exemplo. Foi assim, em razão da adoção de um modelo político injusto e dos
privilégios dados a uma pequena parte da população, que se iniciou a Revolução
Francesa.
Os
termos, Direita e Esquerda foram originados do fato de os membros do terceiro
estado sentarem à esquerda do rei enquanto os do clero e da nobreza sentavam à
direita. Assim se originaram esses conceitos, os quais os da Direita eram
chamados de conservador e os da Esquerda era o grupo de oposição.
De
uma forma generalizada e superficial, os conservadores dão ênfase ao
liberalismo econômico e a eficiência da economia, enquanto os esquerdistas
possuem seu foco nos valores da igualdade e da solidariedade. Porém, o fato de
ser da Direita ou da Esquerda é algo relativo e não permanente, uma vez que um
partido, por exemplo, pode estar de um lado em um momento e de outro em outra
instância, agindo conforme um jogo de interesses. Por isso, muitos consideram
estas definições simplificadoras e enganosas, uma vez que os valores de cada
grupo podem se tornar bastante contraditórios.
Muito em prática no Brasil a “cleptocracia”
é outro termo interessante. Assim, a palavra “cleptocracia” significa “o Estado governado por ladrões”,
literalmente. O termo se refere a um tipo de governo no qual as decisões são
tomadas com extrema parcialidade, indo totalmente ao encontro de interesses pessoais
dos detentores do poder político.
Na “cleptocracia”, a riqueza é extraída de toda
a população e destinada a um grupo específico de indivíduos detentores de
poder. Muitas vezes são criados programas, leis e projetos sem nenhuma lógica
ou viabilidade, que no fundo, possuem a função de beneficiar certos indivíduos
ou simplesmente desviar a verba pública para os bolsos dos governantes.
Dessa maneira recessão econômica e desintegração dos direitos civis são as principais conseqüências desse modelo de corrupção. Em tese, todos os Estados tendem a se tornar “cleptocratas”. No entanto, isso é evitado através do combate real dos cidadãos a essa situação, ou seja, a “cleptocracia” é eliminada por meio do capital social da sociedade, sempre vigilante.
Dessa maneira recessão econômica e desintegração dos direitos civis são as principais conseqüências desse modelo de corrupção. Em tese, todos os Estados tendem a se tornar “cleptocratas”. No entanto, isso é evitado através do combate real dos cidadãos a essa situação, ou seja, a “cleptocracia” é eliminada por meio do capital social da sociedade, sempre vigilante.
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