Apesar das
dificuldades políticas do Brasil, a economia vem aos poucos se deslanchando e
surpreendendo os mais pessimistas.
Os números de
inflação continuam comportados e as projeções vêm mostrando que, muito provavelmente,
teremos um período mais longo de inflação abaixo das metas de governo, o que,
naturalmente, ajudará a trazer as taxas de juros para baixo.
Estranho mesmo é
nosso o paradoxo: estamos saindo da maior crise econômica de nossa história e,
ao mesmo tempo nos encontramos mergulhados numa crise política da qual nunca
vimos. Parece até, que nem mesmo as eleições de 2018 resolverá a situação,
neste campo.
O quadro é de desordem
política e institucional, com destaque para a condução da política econômica
auxiliada pelo comportamento da economia internacional que vem se mostrando com
inflação baixa, o que deixa também os juros internacionais baixos.
Por aqui, o
imbróglio se dá através do excesso de protagonismo do judiciário que expõe suas
fragilidades e por tabela expõe o elevado ego entre os seus pares, o que,
desnecessariamente, tem gerado o embate entre os poderes. E no centro da roda, o
gigantesco desequilíbrio fiscal que, por sua vez, se torna refém da atuação do
Congresso para encaminhar e votar as medidas reformistas que impulsionarão o
país a sair dessa enrascada a qual se encontra.
Por outro lado, a
atual equipe econômica vem colhendo os méritos da austeridade e da
confiabilidade, colocado rumo à economia; trazendo a inflação para baixo e, de
mesmo modo, deslocando a curva de juros para patamares mais baixos, o que tem
gerado confiança nos mercados, através do acerto com as duas casas legislativas
na condução de matérias importantes que fizeram girar positivamente a economia.
De outro modo, registre-se
também o acerto do governo na escolha da equipe econômica; na negociação de
votações de matérias importantes junto ao Congresso e que deram nova direção à
economia; a implantação da reforma trabalhista; do teto dos gastos públicos; da
reforma do ensino médio; dos ajustes na Petrobrás; da implantação da TLP (Taxa
de Juros de Longo Prazo), para o BNDES; e da contenção do desenfreado déficit
das contas públicas.
Assim, as
projeções do PIB tem trazido um novo alento para a economia fazendo com que as
bolsas de valores operem em altas constantes, na esteira da queda do câmbio e
dos juros internos.
Nesse contexto,
as empresas começam a respirar e a projetar suas estratégias futuras,
reforçando as perspectivas positivas e otimistas para o país.
Dentro do
panorama da economia estão projeções de uma taxa de cambio de R$ 3,25 por dólar
para o final de 2017, em função das expectativas positivas para a retomada das
reformas para o início do ano que vem; dos ajustes na microeconomia e de suas
consequências para o fluxo de capital empresarial.
Nessa corrente, a
inflação medida pelo IPCA tem projeção de 3,0% para 2017 e de 3,8% para 2018; a
taxa SELIC fica com expectativa de 6,5% para o início de 2018; e o PIB projeta crescimento
de 3,0% para 2018.
Para aqueles que
gostam de atuar na bolsa de valores fica a expectativa de indicação de ações
mais atreladas aos indicadores macroeconômicos, e que, portanto, se beneficiam
deles.
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