O Instituto IMD
(International Institute for Management
Development) da Suíça divulgou o
Ranking de competitividade global e trouxe o Brasil em 61º lugar entre 63
países, o que é humilhante e, de certa forma, revela a dificuldade que teremos
para recuperar o desastre dos governos esquerdistas no poder.
O ranking dado
pela IMD avalia o perfil dos países com base em quatro pilares como desempenho
econômico, eficiência de governo, eficiência empresarial e infraestrutura. Em
todos eles, o Brasil recuou em 2017, ficando à frente somente de Mongólia e
Venezuela.
Dentro de um
aspecto de avanço nos processos de medição do desempenho dos países, o IMD
criou um novo ranking que aponta para o futuro, ou seja, o Ranking Mundial de
Competitividade Digital. Nele, o Brasil se classificou também lá atrás, em 55º
lugar entre os 63 países.
Singapura, Suécia
e Estados Unidos são os três primeiros colocados no ranking de competitividade
digital, o que era de se esperar.
No Brasil os altos
custos têm impedido o acesso universal dos brasileiros à tecnologia, o que
muito nos dificulta, pois, sem essa tecnologia o país não prosperará no século
XXI.
Para termos uma
ideia, o imposto dos eletrônicos importados no Brasil é de cerca de 60%, mais o
ICMS que varia de estado para estado, além da conversão de nossa moeda para o Dólar.
No último mês de
agosto o governo diminuiu o imposto de itens importados sem produção nacional,
o que já é um avanço. Porém, o Brasil ainda está longe de se tornar um país
digital.
Em realidade falta
visão política que contemple a tecnologia como sendo algo importante para o
país como um todo. Assim, a partir do instante em que se taxa muito os serviços
e produtos ligados à essa área da tecnologia, claro, isso faz diminuir o acesso
à essa tecnologia.
Lembremos ainda,
que além dos custos dos aparelhos eletrônicos, a nossa internet é uma das mais
caras do mundo; e metade do preço que pagamos se refere a impostos estaduais,
sendo que a faixa tributária é equivalente à faixa dos impostos para o cigarro,
ou seja, uma das mais pesadas.
A Suécia é um
exemplo de eficiência em política pública na área de tecnologia. O governo não
tributa e ainda subsidia os eletrônicos e internet. O resultado foi à formação
de uma geração de programadores que criaram sucessos mundiais como SKYPE, o
SPORTFY e o jogo KUNG FRICHE.
Nesse campo,
temos perdido gerações e grandes oportunidades ao distanciarmos das grandes
ondas de TI. Lá traz perdemos o bonde com a reserva de mercado onde somente podíamos
comprar a tecnologia produzida no Brasil enquanto, atualmente, estamos perdendo
conhecimento em análises de dados, que será um item de grande demanda daqui para
frente.
A tecnologia digital é um pilar da sociedade e todos os
profissionais, de todas as áreas precisarão se preparar para analisar dados e caso
não se tenha competência para isso os
profissionais daqui sairão em desvantagem em relação aos profissionais de
outros países.
A tecnologia tem mudado
velozmente, o que afeta não apenas como os negócios funcionam, mas também, como
será o desempenho das nações de hoje e de um futuro próximo.
Robótica,
impressoras 3D, neuro-tecnologia, moedas digitais, inteligência artificial e
internet das coisas mudam o mundo; e para que os tomadores de decisões nas
áreas públicas e privadas consigam lidar com essa transformação digital, será
necessário medir o nível dessa digitalização. Daí a instituição dos rankings.
Desse moto os
rankings fornecem a medida da capacidade de cada país para adotar e explorar as
tecnologias digitais visando transformar práticas de governo, modelos de
negócio e a sociedade em geral. Assim, a tecnologia digital é fundamental para
aumentar a eficiência da economia e a melhoria na prestação de serviços para
cidadãos e empresas.
O ranking desenvolvido
pela IMD é baseado em 50 critérios agrupados em três fatores. O primeiro deles é
o conhecimento. Nele, se verifica, por exemplo, o resultado da avaliação do
PISA em Matemática, gastos com educação, percentual da população com curso
superior, gastos com P&D, número de patentes registradas, atitude em
relação à globalização e percentual de mulheres trabalhando nessas áreas.
O segundo fator é
o ambiente tecnológico que inclui, dentre outros, a abertura de empresas, o cumprimento
de contratos, o capital de risco, os serviços bancários e financeiros, o
investimento em telecomunicações, o percentual de exportação de produtos de
alta tecnologia e a velocidade de acesso à internet.
O terceiro fator
é a capacidade de preparo para o futuro que inclui, dentre outros, o percentual
de residências com tablets e smartphones, atitude em relação à globalização; o
uso de big data analytics; o percentual de pequenas empresas inovadoras na
indústria, o índice de e-gov (governo eletrônico) e a segurança no ciberespaço.
Dentro deste
contexto, os Estados deveriam procurar medir o seu nível de competitividade
digital para melhorar seus indicadores; pois, essa onda de desenvolvimento,
provavelmente, será um dos principais critérios de atração de investimentos para
os próximos anos.
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