segunda-feira, 28 de setembro de 2015

Precisamos de mais civilidade!

A civilidade se manifesta externamente no respeito ao próximo. Em realidade, a civilidade consiste em um conjunto de normas relacionadas à convivência social evitando incômodos entre as pessoas quando se relacionam entre si.
Segundo o escritor espanhol “Azorín”, a civilidade é o conjunto de preceitos exteriores que regulam o trato de pessoas civilizadas. Esses preceitos estendem-se às nossas saudações, às nossas conversas, às nossas visitas ou encontro com alguém, ao nosso comportamento ao alimentar-se, à nossa postura na redação de cartas, mensagens, etc. Porém, a civilidade por si só não basta. É preciso complementá-la. Assim, no palco da vida social a civilidade é uma parte que se completa com equidade e a liberalidade, onde equidade deve ser entendida como justiça e tolerância; e liberalidade como generosidade.
Desta forma, nossos filhos devem conhecer bem essas normas de civilidade para saber pô-las em prática em sua vida social, já que eles frequentam outras famílias, se alimentam na escola, viajam em transportes públicos, cumprimentam os pais de seus colegas de classe, assistem a espetáculos externos diversos e deve, por isso mesmo, saber comportar-se de maneira correta em qualquer lugar, em qualquer situação, sempre.
Assim, civilidade é uma questão de atualidade. Embora haja condutas para todos os gostos onde, frequentemente, notamos jovens e adultos alardeando suas grosserias em palavras e atos, por todos os lados, constatamos, contrariamente, um ressurgimento do interesse pelas normas de civilidade.
Em sociedades avançadas notadamente por seu nível cultural, é comum observamos quão valioso é o respeito aos costumes sociais tornando mais agradável a convivência entre os seres. Assim, é preciso que nós os terceiro-mundistas nos monitoremos para perseguirmos as maneiras corretas do agir em diferentes ambientes os quais freqüentamos em nosso dia a dia.  
A civilidade não é algo que cai, simplesmente, do céu. Ela tem haver em como devemos nos comportar para não incomodar as pessoas e como podemos facilitar a vida uns dos outros sem causar maiores dificuldades.
Não precisamos ir longe para estabelecer a civilidade, basta sermos correto e agradável no trato com todos que nos rodeiam.
Civilidade não é hipocrisia. Podemos cumprir perfeitamente os costumes corteses e sermos, ao mesmo tempo, sinceros, espontâneos e naturais.
De fato, a pessoa que sabe o que deve fazer em cada ocasião pode agir com uma enorme margem de espontaneidade, e, quanto mais assimilados esses costumes, mais naturalidade ela terá.
Não podemos dizer ou fazer tudo o que espontaneamente nos venha à cabeça, senão a sociedade voltaria à barbárie. Desse modo, nos humanizamos à medida que controlamos nossa espontaneidade.
A pontualidade é outra forma de cortesia que, em certas circunstâncias, tendemos facilmente a esquecer. A impontualidade prejudica aos demais e significa um desprezo por aqueles que se esforçam para ser pontuais. Assim, a falta de pontualidade sempre prejudica alguém.
Quando a civilidade se torna hipocrisia, vê-se ao longe; o que, nesse caso, não é civilidade, e sim, simplesmente, mímica.
Quem quer viver em uma cidade, junto com os demais viventes, com os benefícios e os deveres que isso acarreta, deve estar de acordo em seguir as normas (leis, costumes e regras) de comportamentos que são próprias de toda comunidade humana, desde sempre.
Respeitar as leis e as normas estabelecidas por uma maioria para a melhor convivência em um núcleo urbano, ou em uma grande comunidade, não é hipocrisia, é querer viver e conviver bem, ou seja, em sociedade.
A civilidade e a hipocrisia são faces opostas, do contrário, estarão vestidas com diferentes roupagens.
Não confundamos civilidade com hipocrisia.

A CIVILIDADE
A HIPOCRISIA


Respeita
Adula
Ajuda
Incomoda
Pensa no outro
Pensa em si mesmo
Melhora a convivência
Entorpece a convivência
Sempre cai bem
Desgosta quando se descobre
Agradece
Recusa
Melhora nosso caráter
Nos envilece (perder a honra)
É verdadeira
É falsa
Mostra-se
Oculta-se
É um vestido
É um disfarce
É jóia que enfeita
É bijuteria que engana
É delicada
Parece delicada
No fundo, é uma forma de amor
É uma péssima imitação do amor
Por sorte, é útil
Por desgraça, é útil

O ser humano, tem-se degenerado nos últimos anos. As leis, os princípios, a moral, os bons costumes, o respeito pelo outro ser humano, o amor ao próximo, a solidariedade, a caridade e muitas outras coisas básicas, têm sido deixados de lado. O ser humano rouba, engana, mata, corrompe, é corrompido e mente, utilizando–se da lei do quem pode mais chora menos, como nunca na história.
É preciso ter inteligência para perceber que: "tudo posso, mas nem tudo
me convém".
Quando analisamos que "nem tudo me convém", então estamos sendo inteligentes, estamos procurando discernir entre o bom e o ruim.
Não entre o que é do bem ou do mal, mas o que é bom ou mau para nós
mesmos.
É interessante termos sempre em mente que temos deveres e direitos para com a sociedade. Todavia, devemos primeiro em qualquer circunstancia, cumprir com nossos deveres para podermos depois, plenamente tomar posse de nossos direitos.

Fonte:

Esteve Pujol i Pons – Professor da Universidade da Catalunha (Espanha).

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