Tudo se inicia em
2003 com a presença de um governo populista no Palácio do Planalto o qual nadou
em águas limpas e surfou no legado de seu antecessor e no boom do mercado
internacional.
Mas por que é
preciso dizer isto? Porque na teoria e nas diretrizes da boa administração
pública as reformas devem ser implementadas nos momentos de bonanza e não nos
momentos de crise como agora.
Como sabemos o
Populismo brasileiro se recusou a realizar as reformas do país que vinham sendo
implantadas no governo anterior, simplesmente, por questões ideológicas.
Assim, a
operacionalidade dos comunistas/socialistas é outra. Não se aceita e não se trabalha
com o capitalismo, tem uma visão míope que promove a distribuição de tudo se esquecendo
que a riqueza das nações vem do capitalismo, principalmente, do setor privado,
mais ágil, mais competitivo e voltado para o lucro, que ao contrário do que
pensam os comunistas/socialistas, é o lubrificante do sucesso, é quem ativa e
dinamiza todo o processo, é quem determina se vale ou não a pena o esforço
financeiro de tocar esse ou aquele empreendimento e não o estado que nada
produz, a não ser leis, com o objetivo de tomar o dinheiro ou os recursos
financeiros de quem trabalha e trabalha muito para se manter no mercado,
matando assim a galinha dos ovos de ouro.
Mas, o
comunismo/socialismo brasileiro já vinha se desenhando há algum tempo, sem que
os brasileiros mais simples ou aqueles com menos conhecimento pudesse perceber,
principalmente, pela falta de escolaridade.
Assim, bem antes
de chegarem ao poder central, já atentavam contra as práticas democráticas em atitudes
sutis como a não assinatura da Constituição Brasileira de 1988; o não
apoiamento ao Plano Real em 1992 e outros mais.
Transcorreram-se 12
anos e absolutamente nada se construiu de estruturante no país, nesse período
populista, o qual sempre se posicionou na falsa mídia do país das maravilhas e na
falsa idéia do dinheiro fácil. Refiro-me aos recursos financeiros que rolavam
fartamente nas campanhas eleitorais e que agora sabemos a sua origem suja
proveniente dos desvios da Petrobrás para a tristeza dos brasileiros que
trabalham arduamente em seu dia a dia, assim como para o desapontamento dos crentes
do país das maravilhas, o qual nunca existiu.
Por baixo do
tapete corria o mensalão que se caracterizou pela compra de votos de parlamentares
no Congresso Nacional, e o petrolão/eletrolão caracterizado por propinas para o
financiamento de campanhas eleitorais com o objetivo de permanência no poder. Por
baixo dos panos corria também o envio confidencial de recursos financeiros do
povo brasileiro para abastecer os companheiros vizinhos da América Latina como
Venezuela, Cuba, Uruguai, etc., financiando Portos, Rodovias e Ferrovias,
mesmo sabendo que
a infraestrutura brasileira estava exigindo recursos para a sua modernização.
Mas o que é,
realmente, infraestrutura? Infraestrutura vai desde a construção de pontes,
estradas, portos, viadutos, até a estruturação da educação, da saúde, da segurança
pública e tantas outras desleixadas pela fome de poder.
Pois bem. Depois
de 12 anos 6 meses e 25 dias de populismo, o país assiste a uma Presidente da
República desgastada e agonizante, que, ata- balhoadamente, tenta realizar um
ajuste o qual se percebe, fora fabricado apenas para que a presidente tomasse
posse, já que o resultado das urnas já lhe conferia um certo desgaste o qual se
avolumou ao tomar medidas inteiramente desconexas com o que havia sido
verbalizado nas campanhas eleitorais.
Assim, logo de
início do chamado Ajuste Fiscal (aumento de impostos) se caracterizou pela falta
de apoio da própria presidente ao Ministro Levy, o que ficou caracterizado pela
ausência da presidente na posse de seu novo Ministro da Fazenda, talvez a
presidente tenha ficado envergonhada ao destruir sua oponente Marina Silva
ligando-a aos banqueiros e agora a presidente sairia na foto exatamente com um
representante dos banqueiros na posse do ministro. Juntemos a isso as suas próprias
mentiras durante a campanha eleitoral. Engraçado não?
Pois é, todo
administrador sabe que um ajuste de magnitude deve ter as diretrizes e o
comprometimento da alta administração seja de uma empresa, seja da presidência
da república. A ausência na posse do ministro sinalizou o improviso e falta de
rumo de um plano que deveria ser constituído para o longo prazo indo fundo nas
questões estruturais do país.
Somente muito
depois é que a Presidente resolveu apoiar o seu próprio ajuste, o que passou a
impressão de que o seu governo não tinha plano algum, apenas um ministro
navegando sozinho, sem rumo e sem o devido apoio.
Mas o Ministro Levy
não perdeu por esperar e agora mais recentemente teve que engolir a reversão da
meta fiscal de 1,1% do PIB para 0,15% do PIB, o que não representa praticamente
nada nas contas públicas e para a devida credibilidade da economia brasileira.
Assim, o
populismo brasileiro somente fez adiar, há décadas, as reformas estruturais que
o Brasil tanto precisa detonando a boa governaça pública, destruindo as
finanças e a credibilidade do país.
A falsa realidade
tarifária e a euforia ilusória propagandeada pelo governo iludiu à opinião pública e o
governo se realimentou dela impedindo que a realidade de agora fosse visualizada
pela população.
Finalmente, a cegueira governamental e a lógica de governar para atender
reivindicações imediatas de grupos específicos e a ganância eleitoral e de
poder levaram a irresponsabilidades que podemos agora chamar de desajustadoras.
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