O governo Michel
Temer teve início no dia 12 maio de 2016 quando o vice-presidente da
República assumiu interinamente o cargo de presidente da república, após o
afastamento temporário da presidente Dilma Rousseff, em consequência da
aceitação do processo de impeachment pelo Senado Federal. Concluído o processo, no dia 31 de agosto
do mesmo ano, Temer assumiu o posto de forma definitiva.
Temer chegou à presidência em meio a uma
grave crise econômica no país, herdada do governo anterior e afirmou, no ato de
posse, que seu governo haveria de ser um governo reformista.
Foram trazidas à tona diversas propostas
econômicas, como o controle dos gastos públicos, por intermédio da já aprovada
PEC 55, que imporia limites aos gastos futuros do governo federal; a necessária
reforma da previdência, que está em fase de discussão, embora com menores
chances de entrar em pauta devido a sabida intervenção na segurança pública no
estado do Rio de Janeiro; a reforma trabalhista, já aprovada; e a liberação da
terceirização para atividades-fim.
Desse modo, o governo se centrou mais nas
questões econômicas, com o objetivo inicial de tirar o país da recessão e retomar
o crescimento. Por outro lado, houve também mudanças no campo social, como a
conclusão e inauguração de parte da obra de transposição do rio São Francisco,
e no campo da educação, veio a aprovação da reforma do ensino médio, dentre
outras.
Desde a ascensão de Temer ao Planalto, o
envolvimento de aliados, ministros e do próprio presidente em escândalos de
corrupção trouce polêmicas, embora com o passar do tempo nota-se que a armação
dos donos da JBS, não provou de todo o envolvimento do presidente. Mesmo assim,
o governo vem conseguindo manter uma base sólida no Congresso, o que tem
possibilitado a aprovação de reformas importantes para estimular o crescimento
econômico.
Embora tenha realizado muito num curto
espaço de tempo e tirado o país da recessão econômica as pesquisas dão um
percentual ruim ao atual presidente apresentando uma rejeição de 70% e parte
desse desgaste e dessa avaliação negativa diz
respeito a uma Reforma da Previdência que não foi concluída. Curiosamente, se olharmos
os indicadores econômicos, para a realidade econômica do país, a vida das
pessoas, evidentemente, melhoraram muito em relação ao governo Dilma.
Em realidade, não
há razão objetiva para haver essa avaliação negativa. O que existe são
percepções nas chamadas, esferas subjetivas de percepção, e parte dessa
avaliação diz respeito a Reforma da Previdência.
Poucos percebem que
a Reforma da Previdência tem caráter de longo prazo, o que traria uma
convergência positiva das contas públicas em longo período, não havendo,
portanto, nenhum reflexo no governo atual.
Caso a Reforma da
Previdência não saia este ano ela entrará, certamente, na pauta do próximo
governo, pois se nada for feito nesse sentido, o governo brasileiro colapsará
em 2020. Ou seja, se nada for feito, em 10 anos, estaremos gastando 80% do
orçamento público apenas com a previdência, tornando o governo insolvente, portanto,
sem recursos para a saúde, segurança, educação, etc.
É preciso
entender que os agentes econômicos (empresas, famílias e instituições),
observam o futuro do país para fazer suas apostas de investimentos, através de perguntas
simples: o déficit do governo brasileiro
tem uma resposta no médio e no longo prazo? As medidas tomadas faz o país entrar
no azul? Pelo menos, se caminha para um déficit sustentável?
Por outro lado,
uma percepção dos investidores, da existência de um déficit crescente e
explosivo no curto e médio prazo, faz com que ele se afugente. Assim, a
aprovação da reforma da previdência mudaria as expectativas de longo prazo do
país.
Por outro lado, poucos
se dão conta de que o Congresso votou matérias essenciais para a economia voltar
a crescer, como por exemplo, o Teto dos Gastos; a nova lei da Petrobrás que
permite outras empresas a fazer a exploração do Pré Sal, etc.
Olhando os
números da economia do atual governo através do Boletim Focus do Banco Central
de 19/02/2018, vemos que a prévia do PIB para 2017 é de crescimento de 1,04% -
primeira alta anual do índice de atividade econômica desde 2013.
Para 2018, a
expansão do PIB, segundo dados do mercado financeiro, chega a 3%, e a expectativa
da Inflação fica em 3,81%. Já a taxa básica de juros para o final deste ano permanece
em 6,75% aa.
Em 2017 a balança
comercial teve um saldo positivo de US$ 67 bilhões – o melhor resultado desde o
início da série histórica em 1989.
Dados do
Ministério da Indústria e Comércio Exterior e Serviços apontam que as
exportações brasileiras superaram as importações em US$ 6,200 bilhões. O
resultado é 21,1% maior do que o registrado no mesmo período de 2017; e a previsão
do governo é de que as exportações superem as importações em US$ 50 bilhões
este ano.
A Inflação
oficial do país fecha janeiro em 0,29% e fica abaixo do esperado. Essa é a taxa
mais baixa para o mês desce a criação do Plano Real em 1994, e no acumulado dos
últimos 12 meses o índice de inflação é de 2,86%, o menor nos últimos 11 anos.
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