Com novo pacto de
governança corporativa os grupos Ternium e Nippon Steel fecharam acordo em
08/02/2018, para encerrar as disputas em torno da gestão da Usiminas; o qual
prevê alternância na presidência da empresa a cada 4 anos, além da adoção de um
mecanismo de saída que permite a cada um dos sócios majoritários a aquisição da
participação do outro na empresa, em caso de novas desavenças. Assim a Usiminas, a maior produtora
de aços planos da América Latina adotará novas regras que permitirão a alternância de presidente-executivo e de
presidente do conselho de administração a cada quatro anos entre os dois
grupos.
Essa nova composição começará com o grupo Ternium indicando o Presidente-Executivo,
o atual ocupante do cargo, o Sr. Sergio Leite; enquanto a Nippon Steel nomeará
para a Presidência do Conselho de Administração o executivo Ruy Hirschheimer,
ex-presidente da Electrolux na América Latina entre 1998 a 2016, o que se
efetivará na eleição para a diretoria da Usiminas, prevista para maio deste
ano.
Desse modo, o termômetro do acordo ficou por conta do desprendimento entre
os sócios em aceitar esse mecanismo de saída, ao qual um deles, poderá comprar
a maioria, ou até mesmo, a totalidade da participação do outro na siderúrgica; após
quatro anos e meio da eleição da nova diretoria da Usiminas.
Por outro lado, o formato do mecanismo de saída, porém, não foi detalhado
pelas empresas participantes do acordo; foi comunicado apenas que o recurso
poderá ser iniciado por qualquer uma das partes, com ou sem causa definida, a
qualquer momento, após período de negociação de seis meses, onde qualquer das
partes poderá comprar um determinado número de ações ordinárias detidas pela
outra parte, consolidando o controle. Embora a parte vendedora possa optar por
manter cerca de 10 por cento das ações ordinárias da Usiminas.
Outro detalhe do acordo, diz respeito às demais ações da empresa em
circulação, onde Ternium e Nippon acertaram
que nenhum dos dois grupos, e suas subsidiárias poderá comprar ações ordinárias
da Usiminas sem a permissão do outro.
O acordo entre os acionista traz ainda que a
diretoria da empresa composta por seis membros, incluindo o diretor-presidente,
terá nomeações que serão divididas de forma que cada sócio escolha os nomes de
50% dos executivos.
Dentro de todo esse entendimento faltou esclarecer o papel dos
minoritários onde a CSN é a maior acionista.
Cabe destacar que o acordo veio em boa hora, principalmente, depois que
a Agência de Classificação de Risco Moody’s, elevou em 24/01/2018 a
classificação da Usiminas referente ao rating de crédito de longo prazo em
moeda estrangeira de Caa1 para B2, com perspectiva estável.
Essa elevação do rating da empresa reflete, principalmente, a conclusão
do processo de renegociação da dívida, com a amortização dos bônus de 2018
emitidos pela Usiminas, o que removeu as pressões de liquidez, o permite agora que
a empresa foque ainda mais em suas operações do dia a dia.
Segundo a agência Moody’s a elevação do rating incorpora a expectativa
de que os indicadores de crédito vão melhorar gradualmente, apoiados
principalmente, na recuperação lenta, mas gradual na indústria de aço do
Brasil, facilitando a empresa a gerar fluxos de caixa livre positivo nos
próximos anos.
Todo esse conjunto
de medidas, vêm na direção de ampliar a parceria entre os sócios, de melhorar a
governança corporativa e de ampliar a expansão da empresa com vistas ao médio e
longo prazo, na busca de maior produtividade e de assertividade nas políticas empresariais
voltadas para manter o papel de liderança da siderurgia brasileira.
Nenhum comentário:
Postar um comentário