A Transformação Digital tem como significado o uso de
tecnologias para aumentar de forma significativa, o desempenho e o alcance das
empresas por meio de mudanças que façam as pessoas entenderem de qual maneira
os novos negócios serão realizados diante das chamadas plataformas digitais.
Desse modo, podemos perceber que a
tecnologia não tem neutralidade; e, toda vez que ela surge no mundo ela
vem também para nos transformar.
Assim, o ser
humano é uma “tecno-espécie”, que se transforma diante da tecnologia e, ao
mesmo tempo, processa transformações nessa mesma tecnologia. Esse comportamento
acontece desde o início dos tempos, na história da humanidade.
Nos dizeres de
Marshall MacLuhan: “Os homens criam as ferramentas, e as ferramentas recriam os
homens”. Ou seja, quando muda a tecnologia o homem também muda.
Sabemos que o
mundo passou por várias mudanças: a Era Agrícola; a Era Industrial; a Era do conhecimento; e agora a
Era Cognitiva, à qual constatamos a potencialização da interação do homem com a
máquina.
A era agrícola só
foi possível por causa da tecnologia da oralidade. A escrita estruturou a
hierarquia e a humanidade de um jeito que durou séculos até chegarmos à era
industrial através da escrita.
Atualmente as mudanças acarretam, não
somente, uma mudança na tecnologia, mas também uma mudança de mentalidade.
Dentro deste
contexto, as tecnologias digitais estão fazendo para o cérebro humano hoje, o
que a máquina a vapor fez com as tecnologias mecânicas para o musculo humano no
passado.
As discussões de
emprego no século retrasado é a mesma que temos hoje. Porém, a diferenciação do
ontem para o hoje se dá ou acontece num nível mais elevado. Ou seja, agora estamos
discutindo a substituição não mais apenas de músculos, mas a substituição de
cérebros. O que reabre a discussão sobre a ética de humanos e da própria
máquina com a inteligência artificial.
A transformação
digital não se trata, apenas, da transformação de instrumentalização, mas da
busca de uma nova mentalidade através de uma transformação mental. E esse é um dos
grandes desafios para as empresas, para as sociedades e para a política. Pois,
rever a tecnologia parece algo mais simples do que rever ou mudar a cultura das
pessoas.
Estamos vivenciando
o cibridismo que é o estar ON ou OFF (line) ao mesmo tempo e isto tem trazido
uma mudança no comportamento dos consumidores, pois nos replicamos e nos
expandimos pelo meio digital.
Por outro lado, nosso
cérebro cresceu e se expandiu para fora de nossas cabeças com o apoio da inteligência
artificial, das conexões e acelerou os processos empresariais, individuais,
etc. E diante dessa aceleração, parece que não daremos conta de tudo, sem a
ajuda dos computadores, sem os assistentes digitais. Assim seremos cada vez
mais dependentes de nossas máquinas.
Mr. Filer, um
arquiteto visionário norte americano foi uma das primeiras pessoas a perceber
que o mundo estava se acelerando. Isso aconteceu no século passado e ele
começou então a medir quanto tempo demorava para o conhecimento dobrar no
mundo. Ele, então começou seus estudos no ano 1 da era Cristã e aí ele viu que
a primeira dobrada de conhecimento foi no ano de 1500, depois a segunda dobrada
foi à 250 anos depois. Em 1900 seus registros somaram 100 anos para dobrar o
conhecimento no mundo. Em 1945, demorava-se 25 anos. Em 2015 dobramos o
conhecimento da humanidade a cada 13 meses. Já a previsão para 2020 é a de que
a dobra do conhecimento se dará a cada 12 horas. O que chega a ser espantoso!
Outro aspecto a
perceber é o de que a transformação digital não acontece igualmente para todos.
Segundo William Gibson o futuro já chegou, mas ele não está igualmente
distribuído. Ele não acontece igualmente para todos.
Desse modo, a
tecnologia vem mudando, exponencialmente tudo, ou quase tudo, num ritmo bem
maior do que o da sociedade, do que o da cultura, do que os negócios e a
política.
Outro ponto a
considerar é que estamos nos tornando quase todos conectados. O que parece mais
caos do que inteligência (smart).
Veja que, não é porque
uma pessoa esteja conectada que ela se tornou inteligente automaticamente. Note
que para se tornar inteligente (smart) é preciso colocar uma camada de
inteligência acima das conexões e dos dados. E isso é uma discussão interessante.
Assim, com toda
essa atualização da digitalidade, com toda essa aceleração do cotidiano, cabe outro
questionamento: qual seria então o futuro da humanidade? Para onde estamos caminhando?
Sabemos apenas que esta é uma discussão acadêmica a qual ainda não temos
resposta.
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