Os negócios têm
se caracterizado cada vez mais pela dependência da tecnologia e a indústria do
futuro vem se utilizando como nunca, de máquinas inteligentes que armazenam e
comunicam dados, os quais, invariavelmente, traduzem a melhoria analítica do
desempenho empresarial.
Assim,
com o crescimento da Indústria 4.0 que se utiliza da inteligência artificial, da
Internet das coisas, do big data, do aprendizado das máquinas e da impressão 3D,
trazem grandiosos desafios a esse novo mundo organizacional.
As linhas de
produção das modernas fábricas no Vale do Silício, têm se utilizado de máquinas
inteligentes desenvolvidas para cada etapa da transformação, desde a
matéria-prima até ao produto final.
Nas indústrias do
terceiro mundo, porém, poucas dessas máquinas são inteligentes e com
dispositivos para a armazenagem dados. Isso faz com que as indústrias trabalhem
sem a capacidade de prever com precisão como serão os seus resultados
produtivos.
Dados de consultorias
empresariais mostram que o parque industrial brasileiro ainda está muito defasado
sobre esta realidade, embora existam empresas interessadas em modernizar suas
fábricas. Porém, a maioria delas admite, apenas, adicionar tecnologia em parte
das linhas produtivas, não incluindo todo o processo produtivo, o que as
distanciam das plataformas inteligentes já implantadas em boa parte do mundo.
As tecnologias
digitais e a internet das coisas têm mudado todo o processo produtivo. Sensores
estão cada vez mais baratos facilitando as empresas a investirem em um ambiente
industrial conectado a grandes bancos de dados, com o propósito de coletar
informações que não eram armazenadas no passado, as quais influenciam
diretamente nos resultados empresariais.
Um bom exemplo de
informações que podem ser coletadas são as condições do ambiente onde o produto
é fabricado. Com a instalação de sensores, um engenheiro consegue monitorar
temperatura, pressão, umidade e velocidade do ar, por exemplo.
Desse modo, aplicativos
analíticos podem determinar como esses dados podem ser utilizados no processo
produtivo. E assim, por meio de sistemas interativos são criados ambientes onde
as máquinas conversam entre si através da inteligência artificial identificando
necessidades do ambiente produtivo e da atuação das próprias máquinas, as quais
se tornam capazes de se autoprogramar para a obtenção de melhores resultados.
Com a utilização maciça
dessas tecnologias será possível determinar a melhor rota de fabricação do produto,
com vistas à diminuição do número de peças com falhas ou defeituosas, etc.
Outro detalhe
tecnológico, interessante, é que as máquinas são configuráveis e parecidas entre
si, podendo ter desempenhos melhores ou piores através de novas configurações.
Outra vantagem
das máquinas inteligentes é a possibilidade de redução de paradas de
equipamentos no processo produtivo. Hoje, a maior parte das fábricas trabalha
com dois tipos de manutenção: a corretiva, feita quando um equipamento
apresenta defeito, e a preventiva, que ocorre a partir da média do conhecimento
do desempenho passado das máquinas. E com a captação de dados e a análise
contínua dos aplicativos, o mercado passa a contar com um terceiro tipo de
manutenção: a preditiva. Já conhecida dos mercados, porém, potencializada com o
volume de dados fornecidos pelas máquinas inteligentes.
Com a internet
das coisas e aplicativos inteligentes as empresas terão informações fidedignas
através de um sinal emitido pela própria máquina, de quando, exatamente, uma
peça quebrará. Tudo isso faz com que se possa planejar antecipadamente a
substituição da peça, eliminando paradas
não planejadas e, potencializando ao máximo a utilização de peças e equipamentos.
Desse modo, os
dados circulam dentro das empresas e percorrem o caminho feito desde que eles
saem das máquinas até chegarem às nuvens por meio de sistemas operacionais que
os decodificam para serem analisados adequadamente.
Os processos
modernos começam então com a instalação de sensores sem fios nos equipamentos de
uma linha de produção onde máquinas conversam entre si e passam a produzir e a transmitir
dados à uma plataforma de leitura onde analistas identificam as melhores
soluções de produção.
Já a nuvem, na realidade, são supercomputadores protegidos,
criptograficamente, os quais processam
dados recebidos e os enviam em forma de resultados para smartphones, tablets e
computadores pessoais para serem analisados.
Desse modo, profissionais
podem tomar decisões com altíssimo grau de precisão, buscando melhores resultados
empresariais e produtivos; ou, até mesmo, se motivar na criação de novos
modelos de negócios, sejam eles complementares ou não ao processo produtivo.
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