A igreja católica
brasileira tem sido realmente, de um silêncio cadavérico quando se trata de
discutir o progresso e o desenvolvimento do Brasil.
Criadora do PT –
Partido dos Trabalhadores, nos anos oitentas, a igreja católica ficou,
infelizmente, 14 anos, calada diante de todos os descalabros que foram os
governos de Lula e Dilma.
Enquanto o Brasil
ardia em corrupção deslavada nestes dois governos nenhum padre veio ao altar
dizer ou comentar algo nesse sentido. Porém, durante as campanhas eleitorais de
Lula e Dilma a desfaçatez católica reinava nas missas pedindo
desavergonhadamente votos para os ladrões do Brasil. Triste, não?
Agora, a ladainha
está de volta às missas, contra as reformas levadas a cabo, pelo atual governo,
as quais não foram incrementadas nos governos petistas, pelo simples fato de
que no projeto criminoso de poder não constava o Brasil; mas sim, a ideia
constante de solapar os cofres da nação, deixando o país à mingua, sujeitando-nos
ao atual quadro de atraso ao qual nos encontramos. Tudo isso para detonar o maior
assalto aos cofres governamentais, até então, registrado no mundo.
A criação do PT teve como base um projeto
salvacionista, político-religioso, herdado da Ação Católica.
Segundo especialistas, nos anos setentas, a Igreja
Católica começou a perder o seu rebanho e a CNBB (Conferência Nacional dos
Bispos do Brasil) acreditava que poderia reconquistar o monopólio religioso
através de uma ação político-pastoral. Daí, a criação das Comunidades Eclesiais
de Base que se estabeleceram nas periferias, das áreas mais pobres das cidades,
discutindo assistência à saúde e serviços sociais. Essa forte presença política
criou um fato novo no Brasil, os movimentos sociais religiosos. E esses
movimentos sociais se transformaram em movimentos políticos. Isso desaguou na
Pastoral Operária e nas lutas sindicais do ABC. O passo natural foi organizar
esses movimentos num partido político como o PT, onde a CNBB tinha como modelo,
o Partido Solidariedade, então existente na Polônia, o qual tinha como base,
também, o sindicalismo.
Conhecedores do
assunto sustentam, ainda, que o PT não existiria sem a Igreja Católica. Ou
seja, sem a CNBB, os sindicalistas da Pastoral Operária seriam
apenas líderes sindicais do ABC, e não líderes nacionais. Assim, o PT somente
se viabilizou, nacionalmente, quando as dioceses católicas o aceitaram e a CNBB
cedeu sua capilaridade social e suas massas ao partido, pois, antes de serem fé
ou crença, as religiões são forças político-sociais, com atuação rigorosamente
política.
Podemos considerar
que o PT foi um projeto político de sucesso, porém, desde o princípio,
condenado ao fracasso, pelo fato de não ser um projeto social democrata puro,
reformista. E sim, salvacionista, aquele que vende a redenção e, portanto, não
se harmoniza com uma realidade laica, republicana, e se coloca inconsequentemente,
contra o progresso. Guiou-se num projeto de civilização da pobreza que dá condições
de subsistência para que os pobres e miseráveis se mantenham exatamente como
pobres e miseráveis. Em momento algum se mostrou reformista, avançado e
civilizador e se apegou aos princípios religiosos, no discurso fácil do bem e
do mal e do slogan nós contra eles, etc.
Após a lama
petista da corrupção que enojou o país, podemos dizer que o PT já se acabou
como partido político, podendo apenas, se arrastar por mais quatro ou cinco
décadas, como se arrasta o PTB atualmente. Mas, uma coisa é certa: esse projeto
político-religioso fracassou, redondamente!
Em realidade, o PT
colocou o estado brasileiro girando num circulo corrupto, porém vazio
politicamente, para vivermos um grande, vergonhoso e imenso factoide, tal qual o
reconhecemos agora.
Já o Estado
religioso católico tem uma influência relevante nos setores mais atrasados da
sociedade brasileira, com predominância nas sociedades rurais. O catolicismo tem
se tornado uma religião de periferia urbana e de zonas rurais. Não se firmou
como uma religião moderna e urbana, tanto assim que, o movimento mais
importante forjado no catolicismo é o MST.
Quer coisa mais
reacionária, milenarista que o MST? Onde ninguém ali está discutindo reforma
agrária, porque reforma agrária é outra coisa. É um projeto de inclusão num espaço
de terra, com conhecimento de insumos, com conhecimento da terra, de práticas
agrícolas, de práticas negociais e de financiamentos, de gerenciamento e de
capacitação profissional, dentre outras.
Assim, esse atual
discurso equivocado da Igreja Católica brasileira contaminou o Papa Francisco
que, simplesmente, não deseja vir ao Brasil para a comemoração dos 300 Anos de
Nossa Senhora Aparecida, a padroeira do Brasil,
no país de mais religioso do planeta.
Nenhum comentário:
Postar um comentário