Melhor do que
inventar um produto que todo mundo use é fabricar um produto que todos usem, o joguem
fora e voltem a comprá-lo novamente. O sonho de qualquer empreendedor é ver sua
marca virar sinônimo do que fabrica. Poucos, ou melhor, pouquíssimos conseguem
em suas melhores noites de sono imaginar que isso possa, de fato, acontecer.
Pois não é que “King Camp Gillette” aos 40 anos de idade, viu de sua inquietude
por buscar novas soluções para o cotidiano das pessoas se materializar em algo
que todos conhecem pelo nome Gillette? Ou você pede ao vendedor “lâminas de
barbear” quando vai ao mercado? Muito provável que não.
Essa história de
sucesso começou em 1895, quando o norte americano de “Winsconsin” de sobrenome “Gillette”
desenvolveu um aparelho de barbear. Sua intenção era criar algo descartável,
que ao ser consumido prestando sua utilidade, fosse jogado fora e voltasse a ser
objeto compra novamente. Algo que fosse mais prático que a tradicional navalha,
instrumento que lhe serviu de inspiração ao nobre inventor.
Cabe explicar:
um dia, enquanto afiava uma navalha comum, teve “Gillette” teve a idéia de
substituí a navalha por uma fina lâmina de aço com duas extremidades, colocada
entre duas chapas e presa no lugar por um cabo em forma de “T”.
“Gillette” enfim,
descobriu onde queria chegar. Criou um sistema de barbear durável e que fazia
uso de lâminas descartáveis.
No ano de 1901 em
Boston (Massachussets),“Gillette” se associou ao engenheiro mecânico William
Nickerson e juntos montaram a “Gillette Safety Razor Company” para iniciar a
fabricação em larga escala do revolucionário aparelho de barbear. O primeiro
lote foi comercializado em 1903. Foram vendidos 51 aparelhos de barbear e 168
lâminas. No ano seguinte, em 1904, o êxito se confirmou. A venda subiu para 90
mil aparelhos e cerca de 12 milhões de lâminas.
Um marco dentro
da evolução da empresa foi a estratégia utilizada para quebrar um paradigma da
época e distanciar os homens das barbearias e incentivar que a barba fosse
feita em casa. Assim, durante a Primeira Guerra Mundial (1914-1918), a Gillette
enviou aparelhos de barbear aos soldados norte-americanos que estavam em
combate, que, com isso, aprenderam a fazer a sua própria barba.
Outra importante
ação de marketing aconteceu em 1939 quando a marca passou a figurar em eventos
esportivos, o que não deixou de fazer até hoje, o que trouxe simpatia junto ao
grande público consumidor.
O exemplo de “King
Camp Gillette” ensina a persistir, a apostar na inovação constante, na
criatividade, na autoconfiança como forças motrizes da empresa que busca a
perenidade. Há muito tempo, a marca “Gillette” se tornou sinônimo de aparelho e
lâmina de barbear.
Atualmente os
aparelhos de barbear da “Gillette” contemplam um formato mais arrojado com três
ou quatro lâminas deslizantes acompanhando a modernidade dos produtos se
utilizando das facilidades tecnológicas dos nossos tempos, além de atuar também
com produtos complementares na linha de barbeamento.
Fonte: Revista
Brasileira de Administração. Ano XXIII. Nº93.
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