sexta-feira, 16 de maio de 2014

Sua gestão é ultrapassada?

Um líder com um estilo de gestão ultrapassada pode prejudicar muito os resultados de uma empresa. Pode desmotivar a equipe e até mesmo perder seus funcionários, assim como causar tantos outros danos empresariais. Porém, antes que a situação chegue ao extremo, alguns sinais de que o líder não está no caminho certo podem ser identificados.
Assim, ter aversão a novas tecnologias talvez seja um sinal óbvio de que o estilo de gestão de uma pessoa pode estar rumando ao fracasso. Atualmente, não dá para ignorar as transformações que o uso de dados e das redes sociais, por exemplo, provocaram na forma de gerenciar empresas e pessoas. Desse modo, se um líder se coloca contra algum novo processo tecnológico, ou fica receoso ou com medo, o sinal já está vermelho. Cuidado! A geração de hoje chamada de "geração Y” simplesmente não suportaria trabalhar com um líder que não tenha habilidade digital.
Não buscar novos conhecimentos é outro ponto claro de que um chefe está ficando para trás. Ou seja, não buscar desenvolvimento, não estudar ou não fazer novos cursos é característica de quem é ou está acomodado  ou, pior, o que se acha o senhor sabe tudo. Um líder nunca estará ultrapassado se estiver constantemente insatisfeito, afirmam especialistas.
Não se preocupar com sustentabilidade é outro sinal gritante. Somente não vivendo neste planeta para não perceber as questões ambientais vigentes. O gestor que só olha para o benefício imediato de suas ações, sem se preocupar com o quanto a decisão que ele toma afeta a natureza ou o ambiente em que ele vive, seja no âmbito social, político ou econômico, está completamente ultrapassado!
Não gostar de dar e, muito menos, de receber “feedback” é outro daqueles sinais que preocupam as novas gerações, pois quem não gosta de receber “feedback” normalmente tem medo de mudanças. O líder que não quer saber o que os outros pensam é porque se sente confortável como está. Não aceita que precisa evoluir em seus comportamentos. Assim, o medo de receber um retorno negativo, muitas vezes, faz com que os chefes não queiram dar “feedbacks” aos seus subordinados.
No passado, o líder falava e os outros não podiam ter reação. Hoje, a noção de autoridade mudou. Ao dar um “feedback”, é preciso estar preparado também para ouvir a outra ponta do processo, explicam os especialistas.
Ficar sempre na defensiva. Ah! Esse é outro sinal, e por que não dizer, outro problema! Normalmente acontece assim: a pessoa ao ser apresentada a algum tipo de problema tem sempre uma justificativa -  e não uma solução -  na ponta da língua. Assim, é o chefe que, em uma reunião, se limita a apresentar o que ele já fez - como quem diz - isso não é comigo – ao contrário de falar o que ele pode fazer para ajudar no caso proposto.
Estar preso à hierarquia é outra situação difícil. É aquele chefe que acha que o seu subordinado deve cumprir uma tarefa só porque ele está mandando e, ao mesmo tempo, o subordinado só faz o que os superiores pedem. Ou seja, ele se prende ao poder coercitivo da hierarquia, o que não é positivo empresarialmente. A liderança, hoje, precisa estar mais próxima das pessoas. Ao invés de tomar decisão de cima para baixo, como no passado, o gestor precisa buscar trabalhar em equipe, gostar de “brainstorms” (chuvas de idéias), de trocar informações, etc.
Outro ponto interessante é não ter uma visão "multicultural", isso é prejudicial. Veja que isto não significa morar em outros países, mas estar disposto a conhecer culturas diferentes e ampliar os conhecimentos. Isto não é também ir para Nova York ou Miami fazer compras. Trata-se de conhecer, por exemplo, o deserto do “Atacama” e entender como aquele povo vive naquelas condições, ou seja, abrir a cabeça para outras realidades.  É preciso que o líder tenha habilidade de atuar globalmente, de entender como outras culturas trabalham. Atualmente, a geografia não é mais um empecilho ao conhecimento. Não é preciso se deslocar para se conhecer novos lugares e povos. Com apenas um clique, você pode vencer as fronteiras do mapa mundi.
Não se interessar por nada além dos negócios, como literatura ou música, também não é saudável. Essas multiplicidades de informações e conhecimentos é que compõem o modelo mental de um líder que agrega, trazendo assim, uma visão ampla das questões, sejam elas artísticas, econômicas, ou culturais, dentre outras. 
Achar que os funcionários estão "descomprometidos" também não é legal. Aquele líder que sempre acha que a sua equipe está descomprometida, deve ficar atento. O problema, na verdade, pode estar com ele. As pessoas sempre estão comprometidas com alguma coisa. Talvez o líder não esteja conseguindo detectar qual é o comprometimento que exista ali.
Segundo especialistas, pode acontecer de o gestor sustentar o imaginário de um modelo de funcionário que não exista mais: aquele que busca, principalmente, segurança no emprego. Hoje, mais do que nunca, as pessoas querem ser reconhecidas e ter potencial de crescimento, querendo ainda se autodesenvolver e expressar as suas opiniões. 
Não ouvir a equipe causa arrepios. O tempo do "manda quem pode, obedece quem tem juízo" já passou. Hoje, o contexto maior é de subjetividade, inovação, criação, empreendedorismo. As pessoas querem expor-se, se colocar. Porém o gestor às vezes pensa somente nos resultados e se esquece que são as pessoas que geram os resultados para todo e qualquer empreendimento.

Um comentário:

  1. Excelente explanação. O Gestor que hoje não sabe liderar com participação ativa de sua equipe está fadado ao fracasso.
    Sucesso!!!

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