Um líder com um estilo de gestão ultrapassada pode
prejudicar muito os resultados de uma empresa. Pode desmotivar a equipe e
até mesmo perder seus funcionários, assim como causar tantos outros danos
empresariais. Porém, antes que a situação chegue ao extremo, alguns sinais de
que o líder não está no caminho certo podem ser identificados.
Assim, ter
aversão a novas tecnologias talvez seja um sinal
óbvio de que o estilo de gestão de uma pessoa pode estar rumando ao fracasso. Atualmente,
não dá para ignorar as transformações que o uso de dados e das redes sociais,
por exemplo, provocaram na forma de gerenciar empresas e pessoas. Desse modo,
se um líder se coloca contra algum novo processo tecnológico, ou fica receoso
ou com medo, o sinal já está vermelho. Cuidado! A geração de hoje chamada de
"geração Y” simplesmente não suportaria trabalhar com um líder que não tenha
habilidade digital.
Não buscar novos
conhecimentos é outro ponto claro de que um chefe
está ficando para trás. Ou seja, não buscar desenvolvimento, não estudar ou não
fazer novos cursos é característica de quem é ou está acomodado — ou, pior, o que se acha o senhor sabe
tudo. Um líder nunca estará ultrapassado se estiver constantemente
insatisfeito, afirmam especialistas.
Não se preocupar
com sustentabilidade é outro sinal gritante. Somente
não vivendo neste planeta para não perceber as questões ambientais vigentes. O
gestor que só olha para o benefício imediato de suas ações, sem se preocupar
com o quanto a decisão que ele toma afeta a natureza ou o ambiente em que ele
vive, seja no âmbito social, político ou econômico, está completamente
ultrapassado!
Não gostar de
dar e, muito menos, de receber “feedback” é outro daqueles sinais que preocupam
as novas gerações, pois quem não gosta de receber “feedback”
normalmente tem medo de mudanças. O líder que não quer saber o que os outros
pensam é porque se sente confortável como está. Não aceita que precisa evoluir
em seus comportamentos. Assim, o medo de receber um retorno negativo, muitas
vezes, faz com que os chefes não queiram dar “feedbacks” aos seus subordinados.
No
passado, o líder falava e os outros não podiam ter reação. Hoje, a noção de
autoridade mudou. Ao dar um “feedback”, é preciso estar preparado também para
ouvir a outra ponta do processo, explicam os especialistas.
Ficar sempre na
defensiva. Ah! Esse é outro sinal, e por que não dizer, outro problema!
Normalmente acontece assim: a pessoa ao ser
apresentada a algum tipo de problema tem sempre uma justificativa -
e não uma solução - na ponta da língua. Assim, é o chefe que,
em uma reunião, se limita a apresentar o que ele já fez - como quem diz - isso
não é comigo – ao contrário de falar o que ele pode fazer para ajudar no caso
proposto.
Estar preso à
hierarquia é outra situação difícil. É aquele chefe
que acha que o seu subordinado deve cumprir uma tarefa só porque ele está
mandando e, ao mesmo tempo, o subordinado só faz o que os superiores pedem. Ou
seja, ele se prende ao poder coercitivo da hierarquia, o que não é positivo
empresarialmente. A liderança, hoje, precisa estar mais próxima das pessoas. Ao
invés de tomar decisão de cima para baixo, como no passado, o gestor precisa
buscar trabalhar em equipe, gostar de “brainstorms” (chuvas de idéias), de
trocar informações, etc.
Outro ponto
interessante é não ter uma visão "multicultural", isso é prejudicial.
Veja que isto não significa morar em outros países,
mas estar disposto a conhecer culturas diferentes e ampliar os conhecimentos. Isto
não é também ir para Nova York ou Miami fazer compras. Trata-se de conhecer,
por exemplo, o deserto do “Atacama” e entender como aquele povo vive naquelas
condições, ou seja, abrir a cabeça para outras realidades. É preciso que
o líder tenha habilidade de atuar globalmente, de entender como outras culturas
trabalham. Atualmente, a geografia não é mais um empecilho ao conhecimento. Não
é preciso se deslocar para se conhecer novos lugares e povos. Com apenas um
clique, você pode vencer as fronteiras do mapa mundi.
Não
se interessar por nada além dos negócios, como literatura ou música, também não
é saudável. Essas multiplicidades de informações e conhecimentos é que compõem o
modelo mental de um líder que agrega, trazendo assim, uma visão ampla das questões,
sejam elas artísticas, econômicas, ou culturais, dentre outras.
Achar que os funcionários estão
"descomprometidos" também não é legal. Aquele líder que sempre acha
que a sua equipe está descomprometida, deve ficar atento. O problema, na
verdade, pode estar com ele. As pessoas sempre estão comprometidas com alguma
coisa. Talvez o líder não esteja conseguindo detectar qual é o comprometimento
que exista ali.
Segundo especialistas, pode acontecer de o
gestor sustentar o imaginário de um modelo de funcionário que não exista mais: aquele
que busca, principalmente, segurança no emprego. Hoje, mais do que nunca, as
pessoas querem ser reconhecidas e ter potencial de crescimento, querendo ainda
se autodesenvolver e expressar as suas opiniões.
Não ouvir a
equipe causa arrepios. O tempo do "manda quem
pode, obedece quem tem juízo" já passou. Hoje, o contexto maior é de
subjetividade, inovação, criação, empreendedorismo. As pessoas querem expor-se,
se colocar. Porém o gestor às vezes pensa somente nos resultados e se esquece
que são as pessoas que geram os resultados para todo e qualquer empreendimento.
Excelente explanação. O Gestor que hoje não sabe liderar com participação ativa de sua equipe está fadado ao fracasso.
ResponderExcluirSucesso!!!