Conversando com uma pessoa apolítica que teve oportunidade de visitar e conviver um pouco nos bastidores de Brasília, certificou-me que a "cultura dos 10%" na Capital Federal já é, infelizmente, algo natural, e faz parte do cotidiano da corrupção desenfreada do nosso país.
Pior, é que Brasília, passou a ser o exemplo daquilo que se repete na maioria dos municípios e estados brasileiros e que, desastradamente, tem por princípio o desvio de erário público. É preciso dizer redundantemente que é desvio de “dinheiro subtraído do povo”, principalmente do cidadão que trabalha honestamente de sol a sol, de domingo a domingo e que enfrenta por isso mesmo, a precariedade dos serviços públicos, para depois ser salteado pela maior carga tributária do mundo que, paradoxalmente, deixa muito, mas muito para trás, o famoso “quinto dos infernos” – cobrança de impostos do tempo do império e que gerou mais tarde a dissidência do Brasil com Portugal, passando pelo esquartejamento de Tiradentes e mais tarde na famosa frase do Príncipe-Regente D. Pedro de Alcântara, às
margens do Ipiranga – Independência ou Morte!
Notem que no passado o povo pagava 1/5 de imposto à Coroa e inapropriadamente recolhemos hoje aos cofres públicos cerca de 1/3 da renda gerada por aqueles que trabalham rotineiramente no país. Incluímos aí os atuais aposentados que miseravelmente são atendidos com uma parcela mínima do que já recolheu efetivamente para os cofres da nação. Lembremos, de que muitos dos que hoje estão aposentados contribuíram com até 20 salários mínimos e atualmente recebem como benefício, apenas um valor correspondente a 6,7 mínimos, enquanto a corrupção faz minar todo o feito de pessoas e empresas honestas que lutaram e lutam por um país melhor. Preciso é, lembrarmos também, de várias outras categorias que tiveram os seus salários aviltados com o tempo como os professores, por exemplo, e tantas outras.
Desde o descobrimento do Brasil, passando pelo Brasil Colônia, chegando aos anos sessentas com o slogan: "varre, varre vassourinha” da campanha de Jânio Quadros pela presidência da República que teve como símbolo exatamente uma “vassourinha” para varrer os corruptos da política; e mais recentemente, com o “Caçador de Marajás” do ex-presidente Collor de Melo que depois de chegar à presidência teve seu mandato cassado pelo mesmo motivo: corrupção.
Nosso país vem ladeira abaixo deslizando, deslizando, deslizando, contabilizando negativamente a falta de caráter de grande parte do povo e, principalmente, dos políticos brasileiros. Vale ainda lembrar que há pouco tempo o povo se desdobrou para implantar a Lei da Ficha Limpa e foi atropelado pelas burocracias tanto legislativa quanto da ordem jurídica brasileira.
Minha fonte vai mais longe, e diz que ONGs são criadas e desfeitas ao sabor da corrupção. Lavam o dinheiro extraído do erário e depois desaparecem como fumaça no ar. É claro que existem ONGs sérias, que desenvolvem trabalhos sérios, porém é preciso cuidado.
Historicamente, um estado de corrupção política desenfreada é conhecido como uma “cleptocracia”, o que literalmente significa "governado por ladrões".
Um jeito simples de reconhecer corrupção é lembrar-se de uma inofensiva “vista grossa”.
É por essas e outras, que precisamos salvar o país da corruptela, ou se preferirem da cleptocracia, para que os bons filhos nascidos em berços bons passem a entonar diferentemente a expressão: Aprendi Tudo ao Contrário ou me Ensinaram Tudo Errado.
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