Neste domingo,
dia 28, iremos às urnas para mudar o Brasil. Isso é um fato. Porém, após esse
processo, será indispensável focarmos nas dificuldades que se apresentam para o
país, no próximo ano.
Refiro-me, mais
precisamente, à reestruturação da nação através das reformas urgentes, as quais
não poderão mais ser adiadas.
O Brasil não poderá
passar por 2019 sem que haja mudanças importantes e as pessoas já entenderam
que as reformas são necessárias.
Precisamos cuidar
das contas públicas, manter esse ciclo de juros, estruturalmente baixo, pois, será
importante não voltarmos a ter juros elevados, como antes.
De acordo com
projeções do FMI, a dívida bruta do país ficou em 84,0% do PIB em 2017, chegará
a 88,4% este ano e avançará a 90,5% do PIB em 2019. Caso não se resolva esse
problema, a dívida continuará subindo até chegar a representar 98,3% do PIB em
2023.
Para termos uma
ideia, antes da recessão de 2015 e 2016, a dívida bruta estava no patamar de
60% do PIB. Assim, pode-se dizer que a dívida
bruta brasileira já estava acima da média dos 40 países emergentes, que é de, 50,7%.
Deste modo, quem vier assumir a Presidência da República, haverá
de ter clareza da necessidade urgente de resolver o desafio fiscal, que é o de ajustar
as contas do governo que convive, de há muito, com uma monumental dívida.
Essa é a premissa
inicial, sem a qual, não haverá como o país reverter sua trajetória deficitária
que teve início em 2014. Assim, para pensar no futuro, o Brasil precisará rever
suas prioridades de gastos para buscar o
crescimento no longo prazo.
Historicamente, o
Brasil se acostumou a resolver os problemas de crescimento das despesas com
aumento de impostos ou com inflação, o que a sociedade mais consciente, não
deseja mais.
Estamos,
desse modo, diante de um desafio, que traz com ele a oportunidade para a
construção de consensos em busca das resoluções de diversos problemas do país,
já tão adiados. E, dentre esses consensos a serem construídos, estão as
reformas, que possibilitem ao país voltar a crescer sustentavelmente.
Sabemos que as
nações desenvolvidas avançaram muito nas últimas décadas em relação ao aumento
de produtividade; algo que o Brasil esquerdista deixou passar, para dizer o
mínimo. Perdemos esse foco e, literalmente, estamos atrasados em relação ao
resto do mundo.
Para
buscar o cenário de crescimento, transformador, necessitaremos de reformas
fiscais; de crescimento mais expressivo da escolaridade de nossos alunos e de
amplas reformas micro e macroeconômicas. Com esse direcionamento, é possível ao
Brasil almejar um crescimento médio do PIB próximo a 4%, entre os anos de 2020
e 2031.
Assim, todo esse
processo, deverá ser realizado democraticamente, buscando sempre o consenso
entre o executivo e a nova casa congressual, porém, sem se furtar aos debates e
embates naturais que, certamente surgirão, diante da nova realidade a ser
construída.
De outro lado, a
sociedade tem um papel fundamental nesta questão: seja compreendendo e apoiando
as mudanças, seja fiscalizando a postura dos seus representantes
democraticamente eleitos.
Estamos em um
outro momento, no qual todos os agentes como sociedade, o meio empresarial e os
políticos, precisam participar mais, dialogar mais e, construir mais.
Deste modo, em
janeiro 2019 um novo governo tomará as rédeas de uma economia com renda per
capita 9% abaixo do nível de 2014; desemprego de 12,1%; déficit elevado; a qual
entrega inflação e juros baixos, porém, insuficientes para tirar o país das
dificuldades a qual se encontra.
Entre os
economistas, constata-se um consenso para a reforma da previdência; reforma tributária;
reforma do Estado - onde se inclui a reforma do funcionalismo público; assim
como, de um consenso para um programa de privatizações e de estímulo a
modernização da infraestrutura, conjuntamente, à ampliação do comércio
exterior.
A prioridade do governo no começo de 2019, deverá então ser, a de garantir
a aprovação no Congresso, da Reforma da Previdência, que se torna medida essencial
para o reequilíbrio das contas públicas no curto, médio e longo prazo.
Registre-se ainda, a possibilidade de se realizar a Reforma da Previdência
neste final de ano. Para isto, será necessário um diálogo de consenso entre o atual
presidente e o presidente que entra, juntamente, com suas respectivas, equipes
de governo.
Na realidade, o Brasil precisa mesmo, é de um projeto de longo prazo,
algo que seja preestabelecido para daqui a 50 anos.
Assim, como diria Machado de Assis, aos vencedores as batatas!
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