O mercado de serviços
financeiros está mudando de forma profunda e irreversível. E você precisa ficar por dentro disso.
Eficiência, atendimento personalizado
e disrupção (interrupção do curso normal do mercado) são alguns
dos fatores essenciais dessa transformação. E as principais responsáveis por
trazer essas inovações são as Fintechs, que apesar de pequenas, têm
incomodado as empresas consolidadas e líderes do mercado.
O termo Fintech (finance
and technology) é utilizado para identificar as inovações e o uso de novas
tecnologias por empresas do setor financeiro na entrega de serviços novos e na
melhoria dos atuais.
Desse modo, as Fintechs
são startups (empresas iniciantes) que trazem inovações profundas para o
mercado de serviços financeiros, com soluções mais acessíveis e
revolucionárias. Ou seja, elas são as novas formas de se lidar com finanças e,
por isso, surgem a cada dia, transformando o que antes conhecíamos como
convencional.
A comunicação digital
começou a ser mais propagada depois da invenção dos computadores pessoais, onde
a revolução digital converteu toda a tecnologia analógica existente para o
formato digital. Isto aconteceu, graças a Claude Shannon, um matemático
americano da Bell Labs, que criou as bases do conceito e da teoria da
digitalização em seu artigo pioneiro em 1948, "A Mathematical Theory of
Communication".
Mais
recentemente, diversas tecnologias estão chegando ao mercado e sendo utilizadas
nos aplicativos de finanças, como a Inteligência Artificial (I.A.), que veio,
dentre outras coisas, para auxiliar tanto em personalização de serviços, como
no big data (análise e interpretação de grandes volumes de dados com
grande variedade), entre outros.
As simplificações
têm sido interessantes. Para se abrir uma conta em um banco digital, por
exemplo, é necessário apenas um celular com câmera e documentos. Caso
precise de ajuda para gerenciar o fluxo de caixa de sua empresa, basta baixar
mais um aplicativo e tudo se resolve.
Outra tecnologia
que cresce é o “blockchain” (tecnologia que visa a descentralização
como medida de segurança), que, entre outras coisas,
permitiu o surgimento de moedas digitais
criptografadas, cuja primeira versão totalmente descentralizada é a
Bitcoin (moeda digital descentralizada).
Assim, os bancos digitais prometem ser o
futuro. E não é à toa que os grandes bancos começaram a investir no setor. Um
exemplo disso é o Bradesco, que recentemente lançou o “Next”, com funções de como
criar objetivos, organizar vaquinhas e até estruturar orçamentos pessoais mensais.
Além de fazer frente aos bancos digitais como Banco Original e Neon, o Next
também surge para competir com o Nubank (empresa brasileira pioneira em
serviços financeiros digitais), antes mesmo que ele se expanda de um serviço de
cartão de crédito para um possível banco.
Assim, por meio
de inovações disruptivas, as Fintechs estão trazendo um novo
mercado de serviços financeiros: mais simples e muito menos burocrático.
Um exemplo disso é a mudança na interação com o usuário, que passa a ser o
centro do serviço. Diferente de grandes redes, que tendem a ter um atendimento
falho e demorado. A promessa das startups é de um atendimento personalizado e
veloz como seu principal diferencial.
Essas inovações
estão vindo de forma cada vez mais acelerada e prometem deixar para trás – de
uma vez por todas – as ideias convencionais de meios de pagamentos, bancos,
investimentos, moedas, entre outros.
Para melhor
conhecermos os caminhos abertos pelas Fintechs, é preciso começar
entendendo o cenário do mercado tanto global quanto nacional.
No mundo todo, os investimentos estão
deixando de ser algo complicado e se tornando cada vez mais simples e
transparentes para os seus usuários. Neste novo ambiente, podemos dizer que existem
várias startups de investimentos interessantes e com focos diferenciados,
trazendo desde novas formas de se investir até as melhores alocações para os
recursos de seus investidores.
Com foco em descomplicar investimentos e
incentivar um público leigo no assunto a investir, o Warren (plataforma online
gestora de investimentos) traz a possibilidade de investir em objetivos, com
cinco possibilidades de fundos: desde os mais arriscados – com maior
porcentagem em ações – até os mais seguros, que tem 100% em renda fixa. Isso
tudo é feito com a ajuda de um “chatbot” (um programa de computador que tenta
simular um ser humano na interação com as pessoas), o qual conversa
com o cliente para ajudá-lo a montar o perfil e os objetivos de investimento o
mais condizente com a pessoa cliente, através da inteligência artificial, que
aloca investimentos da melhor forma possível dentro do fundo escolhido.
No Brasil, as Fintechs chegaram para varrer
para o passado a ineficácia dos bancos atuais. Focadas em serviços como meios
de pagamento, empréstimos, financiamento coletivo, investimentos, bitcoins,
banco online etc., elas prometem democratizar o acesso a serviços antes
protegidos por barreiras burocráticas.
Desse modo, a inovação no setor
financeiro se tornou um fenômeno global. De acordo com um relatório
produzido pela “Venture Scanner” (empresa americana de pesquisa tecnológica), há registros da existência de cerca de
1.962 Fintechs espalhadas
por 57 países, atualmente.
Divididas em 16
categorias como “back-end” (etapa final de processo) para pagamentos, finanças
pessoais, empréstimos, soluções para pequenos negócios etc., onde já conta com cerca
de US$ 47 bilhões em investimentos.
Como medida de
segurança e por se tratar de um setor onde o dinheiro é a principal mercadoria
de negociação, fique atento em seus contatos digitais e certifique-se de que
você está tratando com uma empresa correta antes de compartilhar seus dados
bancários ou fazer uma transação financeira, evitando fraudes e golpes.
Bem-vindo ao
futuro!
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