segunda-feira, 3 de setembro de 2018

A Revolução Tecnológica do Mercado Financeiro


O mercado de serviços financeiros está mudando de forma profunda e irreversível. E você precisa ficar por dentro disso.
Eficiência, atendimento personalizado e disrupção (interrupção do curso normal do mercado) são alguns dos fatores essenciais dessa transformação. E as principais responsáveis por trazer essas inovações são as Fintechs, que apesar de pequenas, têm incomodado as empresas consolidadas e líderes do mercado.
O termo Fintech (finance and technology) é utilizado para identificar as inovações e o uso de novas tecnologias por empresas do setor financeiro na entrega de serviços novos e na melhoria dos atuais.
Desse modo, as Fintechs são startups (empresas iniciantes) que trazem inovações profundas para o mercado de serviços financeiros, com soluções mais acessíveis e revolucionárias. Ou seja, elas são as novas formas de se lidar com finanças e, por isso, surgem a cada dia, transformando o que antes conhecíamos como convencional.
A comunicação digital começou a ser mais propagada depois da invenção dos computadores pessoais, onde a revolução digital converteu toda a tecnologia analógica existente para o formato digital. Isto aconteceu, graças a Claude Shannon, um matemático americano da Bell Labs, que criou as bases do conceito e da teoria da digitalização em seu artigo pioneiro em 1948, "A Mathematical Theory of Communication".
Mais recentemente, diversas tecnologias estão chegando ao mercado e sendo utilizadas nos aplicativos de finanças, como a Inteligência Artificial (I.A.), que veio, dentre outras coisas, para auxiliar tanto em personalização de serviços, como no big data (análise e interpretação de grandes volumes de dados com grande variedade), entre outros.
As simplificações têm sido interessantes. Para se abrir uma conta em um banco digital, por exemplo, é necessário apenas um celular com câmera e documentos. Caso precise de ajuda para gerenciar o fluxo de caixa de sua empresa, basta baixar mais um aplicativo e tudo se resolve.
Outra tecnologia que cresce é o “blockchain” (tecnologia que visa a descentralização como medida de segurança), que, entre outras coisas, permitiu o surgimento de moedas digitais criptografadas, cuja primeira versão totalmente descentralizada é a Bitcoin (moeda digital descentralizada).
Assim, os bancos digitais prometem ser o futuro. E não é à toa que os grandes bancos começaram a investir no setor. Um exemplo disso é o Bradesco, que recentemente lançou o “Next”, com funções de como criar objetivos, organizar vaquinhas e até estruturar orçamentos pessoais mensais. Além de fazer frente aos bancos digitais como Banco Original e Neon, o Next também surge para competir com o Nubank (empresa brasileira pioneira em serviços financeiros digitais), antes mesmo que ele se expanda de um serviço de cartão de crédito para um possível banco.
Assim, por meio de inovações disruptivas, as Fintechs estão trazendo um novo mercado de serviços financeiros: mais simples e muito menos burocrático. Um exemplo disso é a mudança na interação com o usuário, que passa a ser o centro do serviço. Diferente de grandes redes, que tendem a ter um atendimento falho e demorado. A promessa das startups é de um atendimento personalizado e veloz como seu principal diferencial.
Essas inovações estão vindo de forma cada vez mais acelerada e prometem deixar para trás – de uma vez por todas – as ideias convencionais de meios de pagamentos, bancos, investimentos, moedas, entre outros.
Para melhor conhecermos os caminhos abertos pelas Fintechs, é preciso começar entendendo o cenário do mercado tanto global quanto nacional.
No mundo todo, os investimentos estão deixando de ser algo complicado e se tornando cada vez mais simples e transparentes para os seus usuários. Neste novo ambiente, podemos dizer que existem várias startups de investimentos interessantes e com focos diferenciados, trazendo desde novas formas de se investir até as melhores alocações para os recursos de seus investidores.
Com foco em descomplicar investimentos e incentivar um público leigo no assunto a investir, o Warren (plataforma online gestora de investimentos) traz a possibilidade de investir em objetivos, com cinco possibilidades de fundos: desde os mais arriscados – com maior porcentagem em ações – até os mais seguros, que tem 100% em renda fixa. Isso tudo é feito com a ajuda de um “chatbot” (um programa de computador que tenta simular um ser humano na interação com as pessoas), o qual conversa com o cliente para ajudá-lo a montar o perfil e os objetivos de investimento o mais condizente com a pessoa cliente, através da inteligência artificial, que aloca investimentos da melhor forma possível dentro do fundo escolhido.
No Brasil, as Fintechs chegaram para varrer para o passado a ineficácia dos bancos atuais. Focadas em serviços como meios de pagamento, empréstimos, financiamento coletivo, investimentos, bitcoins, banco online etc., elas prometem democratizar o acesso a serviços antes protegidos por barreiras burocráticas.
Desse modo, a inovação no setor financeiro se tornou um fenômeno global. De acordo com um relatório produzido pela “Venture Scanner” (empresa americana de pesquisa tecnológica), há registros da existência de cerca de 1.962 Fintechs espalhadas por 57 países, atualmente. 
Divididas em 16 categorias como “back-end” (etapa final de processo) para pagamentos, finanças pessoais, empréstimos, soluções para pequenos negócios etc., onde já conta com cerca de US$ 47 bilhões em investimentos.
Como medida de segurança e por se tratar de um setor onde o dinheiro é a principal mercadoria de negociação, fique atento em seus contatos digitais e certifique-se de que você está tratando com uma empresa correta antes de compartilhar seus dados bancários ou fazer uma transação financeira, evitando fraudes e golpes.
Bem-vindo ao futuro!

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