terça-feira, 17 de julho de 2018

O Mercado e a Conjuntura Política


É comum, em discussões corriqueiras quanto em discussões mais refinadas à pergunta: o que é o mercado? Quais são os agentes econômicos que formam esse Mercado?
O mercado, tão falado nas diversas mídias, e também na TV está ligado aos tomadores de decisão quanto a investimentos; ao fluxo de dinheiro, tanto aquele entra, quanto aquele que saí da economia brasileira; assim como do dinheiro que vai para os títulos públicos para financiar essa enorme dívida, que é a dívida pública brasileira; do dinheiro que vai para a bolsa de valores para financiar as empresas produtivas como os setores do agronegócio; da construção civil, da infraestrutura e da indústria como um todo, etc.  
Já o mercado financeiro, especificamente, onde o bem negociado é o próprio dinheiro, é aquele que se configura como o combustível de todo esse sistema produtivo; ele faz o capital girar para financiar as atividades produtivas que vai gerar os empregos, gerar os impostos e, portanto, fazer o país crescer.
Assim, a participação no mercado financeiro, juntamente com as decisões de investimentos se transformam em créditos que estão, intimamente, ligados às expectativas quanto a maior ou menor performance da economia do país, através das decisões, ou de como os candidatos à presidência da república, irão estabelecer as suas relações com a sociedade e com os mercados, já que serão os futuros ocupantes de cargos vitais para o destino da nação e, portanto, para o planejamento econômico das instituições.
Neste sentido, quando os presidenciáveis sinalizam regras claras; estabilidade; previsibilidade; eles apontam para o funcionamento da economia; da economia de mercado, da lei de oferta e procura; para a preservação da livre iniciativa que está prevista em nossa constituição. Esses sinais e essas orientações dos candidatos facilitam os direcionamentos de capitais e investimentos a virem ou não para o Brasil e permanecerem ou não por aqui. Portanto, sinalizam o bom e eficaz funcionamento do mercado financeiro.
No entanto, quando há notícias ou sinais que haverá mais intervenção na economia; mais imprevisibilidade, o mercado tende a reagir retirando o dinheiro do país e redirecionando-o para outras praças. Daí as consequências aparecem na alta do dólar; na queda da bolsa de valores; na alta da taxa de juros de referência como a taxa Selic. E tudo isso descreve a lógica do mercado.
Quando os candidatos sinalizam: seguirei as regras, não causarei nenhuma surpresa, isso se torna um alívio para o mercado e para os investidores.
É preciso que os papéis do executivo, do legislativo e do judiciário, plataformas da democracia, funcionem e que cada um deles se comprometa com o seu papel institucional.
Não existe mais espaço para aventureiros diante da atual legislação brasileira que prevê o controle do gasto público através da Lei de Responsabilidade Fiscal, do Teto de Gastos do executivo, que dificultam manobras e espertezas, como a que levou ao impeachment da ex-presidente Dilma.
Por outro lado, é fundamental a existência de uma agenda de justiça social e de desenvolvimento sustentável. Para isso, serão necessários recursos financeiros para construir mais escolas e dotar o país da infraestrutura que o país necessita. Porém, diante de um estado quebrado, com um gasto público que mal dá para custear a máquina com o pagamento do salário dos servidores, do pagamento do salário da previdência pública, etc.
Diante desse quadro, a gente precisará de dinheiro privado, do dinheiro do mercado, seja através de concessões; de parcerias público-privadas; de investimentos diretos, etc. Para isso, é essencial que as regras sejam claras. Caso contrário, não teremos investimentos suficientes.
Desse modo, qualquer candidato que seja eleito terá que enfrentar uma agenda que não vai escapar de determinados assuntos como a Reforma da Previdência, a reorganização fiscal e a abertura da economia ao comércio internacional.


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