É comum, em discussões corriqueiras quanto em
discussões mais refinadas à pergunta: o que é o mercado? Quais são os agentes
econômicos que formam esse Mercado?
O mercado, tão falado nas diversas mídias,
e também na TV está ligado aos tomadores de decisão quanto a investimentos; ao
fluxo de dinheiro, tanto aquele entra, quanto aquele que saí da economia
brasileira; assim como do dinheiro que vai para os títulos públicos para
financiar essa enorme dívida, que é a dívida pública brasileira; do dinheiro
que vai para a bolsa de valores para financiar as empresas produtivas como os
setores do agronegócio; da construção civil, da infraestrutura e da indústria
como um todo, etc.
Já o mercado financeiro, especificamente,
onde o bem negociado é o próprio dinheiro, é aquele que se configura como o
combustível de todo esse sistema produtivo; ele faz o capital girar para
financiar as atividades produtivas que vai gerar os empregos, gerar os impostos
e, portanto, fazer o país crescer.
Assim, a participação no mercado
financeiro, juntamente com as decisões de investimentos se transformam em créditos
que estão, intimamente, ligados às expectativas quanto a maior ou menor
performance da economia do país, através das decisões, ou de como os candidatos
à presidência da república, irão estabelecer as suas relações com a sociedade e
com os mercados, já que serão os futuros ocupantes de cargos vitais para o
destino da nação e, portanto, para o planejamento econômico das instituições.
Neste sentido, quando os presidenciáveis sinalizam
regras claras; estabilidade; previsibilidade; eles apontam para o funcionamento
da economia; da economia de mercado, da lei de oferta e procura; para a
preservação da livre iniciativa que está prevista em nossa constituição. Esses
sinais e essas orientações dos candidatos facilitam os direcionamentos de
capitais e investimentos a virem ou não para o Brasil e permanecerem ou não por
aqui. Portanto, sinalizam o bom e eficaz funcionamento do mercado financeiro.
No entanto, quando há notícias ou sinais
que haverá mais intervenção na economia; mais imprevisibilidade, o mercado
tende a reagir retirando o dinheiro do país e redirecionando-o para outras
praças. Daí as consequências aparecem na alta do dólar; na queda da bolsa de
valores; na alta da taxa de juros de referência como a taxa Selic. E tudo isso descreve
a lógica do mercado.
Quando os candidatos sinalizam: seguirei as
regras, não causarei nenhuma surpresa, isso se torna um alívio para o mercado e
para os investidores.
É preciso que os papéis do executivo, do
legislativo e do judiciário, plataformas da democracia, funcionem e que cada um
deles se comprometa com o seu papel institucional.
Não existe mais espaço para aventureiros
diante da atual legislação brasileira que prevê o controle do gasto público
através da Lei de Responsabilidade Fiscal, do Teto de Gastos do executivo, que
dificultam manobras e espertezas, como a que levou ao impeachment da
ex-presidente Dilma.
Por outro lado, é fundamental a existência
de uma agenda de justiça social e de desenvolvimento sustentável. Para isso,
serão necessários recursos financeiros para construir mais escolas e dotar o
país da infraestrutura que o país necessita. Porém, diante de um estado
quebrado, com um gasto público que mal dá para custear a máquina com o pagamento
do salário dos servidores, do pagamento do salário da previdência pública, etc.
Diante desse quadro, a gente precisará de
dinheiro privado, do dinheiro do mercado, seja através de concessões; de
parcerias público-privadas; de investimentos diretos, etc. Para isso, é
essencial que as regras sejam claras. Caso contrário, não teremos investimentos
suficientes.
Desse modo,
qualquer candidato que seja eleito terá que enfrentar uma agenda que não vai
escapar de determinados assuntos como a Reforma da Previdência, a reorganização
fiscal e a abertura da economia ao comércio internacional.
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