Estamos vivenciando o início de uma nova
era através da Impressão em 3D. Embora a fase atual seja ainda considerada como
semi embrionária, as novidades virão, e com elas, as tecnologias de criação, as
quais farão mudanças reais no mundo o qual conhecemos hoje.
Assim, fundamentado nas tecnologias
disruptivas, de inovações tecnológicas, vislumbramos
um momento de corrida tecnológica, a qual antecede a uma fase de amadurecimento
das tecnologias transformadoras, as quais tangencialmente, podem favorecer áreas como o design, a moda, a arquitetura
e a medicina, dentre outras.
Com o crescimento
dessa tecnologia em 3D, considerada simples pelos especialistas, e com a
possível queda de seus preços no médio e curto prazo, provocará, como primeiro
grande passo, a fabricação de componentes em proximidade ao seu ponto de compra
ou de consumo; o que facilitará a criação de diversos produtos, bastando apenas,
que se pague pela matéria prima para o produto a ser desenvolvido e pela
criação dos arquivos de softwares; o que facilitará a centralização da produção
e trará benefícios a quem investir nesse processo. Porém, caso o custo por
unidade seja elevado, ele acabará por ser compensado pela eliminação do
transporte e da formação de estoques.
Um exemplo
prático vem da fabricação de automóveis. Os carros são fabricados, atualmente,
em apenas algumas centenas de localizações pelo mundo, sendo que um dia, serão
fabricados em qualquer região metropolitana onde as peças serão construídas e
revendidas em concessionárias, favorecendo as montadoras e trazendo a eliminação
de importação de produtos. Tudo isso desencadeará numa nova forma de pensar os
setores de suprimento, mão de obra e varejo.
Embora
embrionária, já se constata uma profusão gigantesca de novos materiais sendo
criados e utilizados. Assim, surgem, quase que instantaneamente, novos
materiais com propriedades incríveis como resinas fotopolimerisáveis
(composição dentária); filamentos metálicos; filamentos flexíveis; filamentos
ultraleves; filamentos que transmitem a luz e, assim por diante.
A primeira ponte
de aço feita com uma impressora em 3D no mundo parece ter saído de uma nave
alienígena. Ela se apresenta com um design completamente inovador e foi desenvolvida
pela equipe MX3D, em Amsterdã, na Holanda. E para que o desenvolvimento da
ponte fosse possível, foram utilizadas técnicas com materiais diferentes. A
ponte mede 12 metros de comprimento, e será instalada no distrito de “De Wallen”,
um dos mais conhecidos da capital holandesa, e promete se tornar, rapidamente,
uma atração turística para o visitante de Amsterdã.
Há que se
destacar ainda, que essa é a primeira vez que se constrói uma ponte
utilizando-se apenas as impressoras em 3D. Por isso, testes de segurança foram
executados para estabelecer padrões de qualidade e segurança a serem seguidos
pela equipe da MX3D.
Dados indicam que
o valor gasto para construção da ponte foi exatamente o mesmo se comparado ao
que se gastaria para criar uma ponte tradicional.
Para quem visitar
Amsterdã, a ponte ficará sobre o canal Oudezijds Achterburgwal, no famoso “Red-Light
District”. No local hoje há uma ponte comum, que logo deverá se tornar uma
recordação do passado.
As
impressoras em 3D estão entre o que há de mais promissor na tecnologia atual.
Esses equipamentos têm impressionado pela sua versatilidade e alto nível de
detalhamento na produção de moldes, para as mais variadas áreas. Mas,
os desafios prosseguem.
Dois anos atrás,
Bart Prorok, professor de engenharia na Universidade de “Auburn”, nos Estados
Unidos, decidiu que seus alunos precisavam aprender sobre impressão em 3D, para
garantir a eles que estivessem sido preparados para lidar com os empregos do
futuro.
A solução que
Bart e seus colegas, Louis Payton e Tony Overfelt, encontraram foi construir um
protótipo de impressora capaz de imprimir produtos camada por camada. Foi então
que, em 2017, Bart e Tony se inscreveram no “Programa de Manufatura Aditiva” da
GE, um projeto que fornece impressoras em 3D para escolas a fim de acelerar o
uso da tecnologia no mundo. Com isso, “Auburn” se tornou uma das oito
universidades a receber uma máquina de fusão a laser, uma
moderna impressora em 3D desenvolvida pela “Concept Laser”, uma empresa do
grupo GE. Essa impressora consegue construir peças personalizadas a partir de projetos
feitos no computador utilizando o laser para fundir finas camadas de metal em
pó.
A GE também
distribuiu 400 impressoras em 3D para escolas do ensino fundamental e médio em
todo o mundo, garantindo que cerca de 180 mil estudantes tivessem acesso a essa
tecnologia. Com isso, a GE planeja investir cerca de US$ 10 milhões nesse
programa.
Espera-se que
isso seja somente o começo, pois a GE já produziu inteiramente um motor de
avião através da impressão em 3D.
Neste contexto, a impressão em 3D também chega
à educação onde as salas de aula são consideradas
ultrapassadas e com métodos de ensino exatamente iguais ao de 100 anos atrás. Assim,
o sistema de ensino, mundo afora, necessitará se modernizar com a chegada das
impressoras em 3D, que, provavelmente, se tornarão o estopim dessa mudança em
todas as etapas de ensino, desde o ensino fundamental até as faculdades e
universidades. Matérias como biologia, química e geografia se tornarão muito
mais atrativas e com elevado índice de prática em salas de aula. Nas
universidades, as matérias mais afetadas serão aquelas voltadas para o desenho.
Imagine um
estudante de arquitetura podendo desenvolver a maquete de seus desenhos em três
dimensões? Isso trará um profissionalismo às salas de aula, assim como o que
encontramos no mercado de trabalho. O mesmo ocorrerá com os engenheiros, nas faculdades
de engenharia, onde o aluno poderá desenhar e produzir novas peças na prática.
Na medicina não
será diferente. Modelos de órgãos, com os mínimos detalhes, estarão na palma da
mão dos alunos. Assim, estudar o corpo humano se tornará algo fácil, o que
trará uma revolução para alunos e professores.
Cabe observar,
que neste novo desenho tecnológico, o risco é algo fundamental. Porém, o
brasileiro carrega traços de aversão ao risco e sem risco, nada se constrói. Sobra apenas a mediocridade. Daí faz todo o sentido
uma nova reorientação aos brasileiros onde a economia de mercado é crucial.
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