A economia colaborativa
ou compartilhada vem ganhando força ao redor do mundo. Mudanças na relação de
consumo ganham adeptos no Brasil e no mundo. Muitos jovens entre 20 e 30 anos
privilegiam a experiência ao invés do ato da compra. Nesse cenário se
popularizam serviços de aluguel e de compartilhamento.
As mudanças
vieram para ficar e cabe às pequenas, médias e grandes corporações fazerem
parte desse novo movimento da economia para não serem atropeladas por esse fenômeno.
Neste contexto, empresas
precisarão repensar o seu formato de organização estabelecendo novos conceitos
administrativos e mercadológicos, ajustando-se às novas realidades do século
21.
Olhando para a
cadeia de valor da Economia Colaborativa é possível identificar como as
empresas podem repensar seus modelos de negócios focando agora em empresas Prestadoras
de Serviços, Fomentadoras de Mercado ou Provedoras de Plataformas.
Desse modo, as
empresas com visão de futuro empregam um dos modelos citados, enquanto as mais
inovadoras buscam empregar os três modelos conjuntamente, se posicionando no
centro das atividades empresariais do futuro, lembrando que a nova ordem se
estabelece nas razões do compartilhamento, portanto, não mais nas razões da
centralização de bens e produtos.
Assim, no coração
da economia colaborativa estão empresas e projetos que surgiram a partir de
variações do compartilhamento pessoa-para-pessoa (peer-to-peer), o chamado
consumo colaborativo, num arranjo que inclui carros, alimentos, serviços,
motos, moradia, informação, tecnologia, entre outros bens, que possam ser
compartilhados.
Para as empresas,
agregar valor em cada nível de atividade gera retorno financeiro, uma vez que
os modelos representam um aumento de maturidade, exigindo investimentos e
resultados com benefícios para os vários níveis de atividades da economia
colaborativa.
Esse novo conceito
vem se colocando como um movimento duradouro, abrangente e revolucionário. Assim,
grandes corporações vêm adotando estratégias baseadas no compartilhamento em
seus principais negócios, como a Toyota, ao alugar carros de concessionárias
selecionadas e o Citibank, ao patrocinar um programa de compartilhamento de
bicicletas na cidade de Nova York, como já ocorre no Brasil.
Pesquisa realizada
em 60 países mostra que sete em cada dez pessoas compartilhariam bens em troca
de dinheiro e 66% usariam ou alugariam produtos oferecidos em sites
especializados.
Assim, a economia
Colaborativa é fruto da união de três pontos de sucesso que fazem o conceito
cada vez mais atrativo a partir da evolução da sociedade, onde se elege o
Social, com destaque para o aumento da densidade populacional; a
Sustentabilidade, com o desejo da comunidade de abordagem mais altruísta, ou
seja, de preocupação com o outro; o Econômico, focado na monetização do estoque
em excesso ou ocioso, no aumento da flexibilidade financeira, na preferência
por acesso ao invés de aquisição, além da abundância de capital de risco; o
Tecnológico, beneficiado pelas redes sociais, com dispositivos e plataformas
móveis e um bom sistema de pagamento.
Para pegar carona
nos novos caminhos que as forças de mercado vêm traçando, as empresas devem
incorporar um ou mais dos três modelos colaborativos citados, ou seja, Prestadoras
de Serviços, Fomentadoras de Mercado ou Provedoras de Plataformas, evoluindo ao
lado de seus clientes.
Já o aprendizado empresarial
fica por conta do saber que o relacionamento com os clientes mudou, portanto, é
momento de se libertar a empresa para os novos mercados, em sintonia com o
compartilhamento que já é uma realidade entre os consumidores globais, o que se
convencionou chamar de nova percepção de mundo.
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