Nos dias de hoje,
a tecnologia vem avançando com extrema rapidez, o que tem causado impacto
significativo no mundo empresarial e nas instituições públicas e privadas, assim
como na geração de empregos, deixando desocupados aqueles trabalhadores menos
escolarizados.
Por outro lado, a
tecnologia, considerada por especialistas, como “Destruição Criativa” tem
criado novos mercados de trabalho em segmentos distintos que crescem vertiginosamente,
os quais se queixam da carência de mão de obra qualificada para seu atendimento,
ou mesmo para seu desenvolvimento.
Veja que não é
tão difícil assim, perceber os sintomas da tecnologia em nosso cotidiano. Basta
observar com atenção. Ela se encontra na automatização industrial e nos robôs
industriais; na operação dos metrôs das grandes cidades sem a presença de um
condutor humano; nos ônibus sem a participação de motoristas e trocadores; nas
entregas em domicílios através de “drones”, sem a presença do mensageiro
tradicional, etc. Desse modo é possível verificar que a cada dia mais funções realizadas
por humanos são substituídas pelas máquinas.
Outros exemplos
não faltam, como em Dubai, em que os taxis já funcionam sozinhos, ou seja, a
pessoa entra no carro e no vidro dianteiro do mesmo aparece um mapa para o
usuário escolher o seu destino. A pessoa clica no mapa indicando para onde se
deseja ir e o carro o deixa no endereço escolhido. Note que a pessoa não
precisará falar nada com ninguém, apenas através de um “click” ela se deslocará
de um ponto a outro em uma cidade. Isso acontecerá brevemente, em escala
mundial, o que trará uma inevitável revolução nos meios de transporte e, certamente,
nos empregos.
Outro avanço
interessante é que através de um ponto no ouvido e outro no celular uma pessoa
conversa com pessoas de idiomas distintos com tradução simultânea, ou seja, as
pessoas se falam e se ouvem, entendendo simultaneamente toda a comunicação. Parece
que num futuro próximo, não precisaremos mais de tradutores ou mesmo, de
professores de línguas!
Como prova disto,
levantamento feito no Brasil e em outros 14 países que juntos representam 65%
da força mundial de trabalho demonstrou o impacto da tecnologia nos empregos
nos próximos 5 anos através de uma pesquisa denominada “O Futuro do Trabalhador”,
divulgada pelo Fórum Econômico Mundial a qual revelou que num período de cinco
anos, 7,1 milhões de empregos serão extintos, porém, dois milhões de vagas
serão abertas para absorver trabalhadores afinados com os novos tempos e com as
novas tecnologias.
Consequentemente,
isso nos leva a geração de empregos naquelas funções e atividades mais densas
em conhecimento, ou seja, naquelas atividades capazes de absorver pessoas
capacitadas a lidar com as inovações tecnológicas. Em contrapartida acontecerá
eliminação de postos de trabalho naquelas atividades mais simples, mais
rotineiras e mais braçais, o que nos revela que estará na escolaridade dos
trabalhadores o futuro de seus empregos.
Assim, as pessoas
devem se preocupar com a sua formação e, ao mesmo tempo, em estar na escola,
tentando terminar seus cursos regulares e procurar por cursos de
aperfeiçoamento, única maneira de permanecer em condições competitivas no
mercado de trabalho.
Os modelos de
desenvolvimento econômico colocam sempre, que bastaria aumentar a produtividade
e o fator tecnológico para se gerar empregos na outra ponta, mas a conta parece
não estar fechando, pois a velocidade das mudanças têm sido frenéticas. Cabe
então a pergunta: será possível equalizar essa situação?
Parece que sim,
porém, vai depender do grau de educação de cada sociedade em particular e das
pessoas individualmente. Assim, caberá uma maior e melhor preparação da
sociedade brasileira, das escolas em todos os níveis e, claro, das políticas governamentais
nas três esferas de governo, municipais, estaduais e federais.
O avanço
tecnológico é patente e jamais será contido, porém, com ele virão os novos
empregos e os novos desafios das sociedades e indivíduos. Desse modo, será
preciso preparo e o ensino de qualidade é uma das saídas. Daí, as reformas do
ensino médio são prementes porque trás em seu bojo a formação técnica que pode
ser uma das portas para aumentar a capacidade e os saberes dos jovens
facilitando assim a sua empregabilidade. Experiências nesse sentido já são
conhecidas com as chamadas ETECS, FATECS, etc., pois nada vai cair do céu como num
passe de mágica.
O duro é imaginar
que com tantas mudanças tecnológicas acontecendo o Brasil se encontre na posição
de número 69 no ranking da inovação e na posição de número 81 no ranking de
produtividade e, que infelizmente, não temos conseguido mudar essa realidade a
nosso favor.
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