Por muitas décadas, a Noruega tem sido a força
motriz por trás do sucesso do setor de petróleo e gás da Europa e certamente
continuará sendo referência, pelo menos, pelos próximos 10 anos.
A
Noruega, país com melhor funcionamento e
estabilidade do mundo, soube lidar com a crescente demanda de energia
desde os anos setentas, enfrentando regulamentos ambientais restritivos e
métodos cada vez mais desafiadores de prospecção de recursos profundos.
A necessidade de formação de profissionais
altamente qualificados foi um dos desafios enfrentados, já que a necessidade de
profissionais na área crescia exponencialmente. Com a escassez de mão de obra
qualificada em todo o setor petroleiro, não somente para o início das operações
como também para atender a demanda futura foi imprescindível desenvolver pessoal
para garantir o crescimento da indústria norueguesa de petróleo e gás.
Deste modo, tanto lá como cá se registrou o aumento
de demanda por profissionais altamente qualificados como engenheiros e
profissionais com experiência em GGRE (geologia, geofísica e engenharia de
reservatórios) e nas áreas de SSMA (saúde,
segurança e meio ambiente), finanças e TI (tecnologia da informação).
Como não poderia deixar de ser o crescimento e o
aumento da demanda por profissionais qualificados que são atribuídos a vários
fatores, tem como principal deles o avanço tecnológico.
A Noruega é reconhecida mundialmente por sua
capacidade de desenvolvimento de novas tecnologias no setor de petróleo e gás,
não apenas em relação aos projetos locais no Mar do Norte, mas também relacionados
aos mercados emergentes e internacionais, como Brasil e Rússia. À medida que os
países buscam o que há de mais avançado e melhor em tecnologia, eles procuram
cada vez mais as empresas norueguesas para o fornecimento de equipamentos e
talentos. Assim, quanto mais recursos petrolíferos são descobertos em ambientes
inóspitos, a demanda por novos equipamentos especializados certamente aumentarão,
o que coloca a Noruega em uma posição privilegiada.
Por outro lado, a competição por melhores talentos
no setor também é um fator fundamental à medida que as empresas começam a
planejar incursões futuras no mercado de energias renováveis incluindo o desenvolvimento
de energia ondomotriz (energia proveniente do
aproveitamento das ondas oceânicas) e a
eólica (proveniente do vento).
A descoberta recente de reservas no norte do país vem
oferecendo novas oportunidades para muitas organizações, ao mesmo tempo em que
gera demanda por profissionais qualificados como geólogos, geofísicos,
engenheiros e especialistas em saúde e segurança.
Suprir a demanda por mão de obra qualificada para o
setor tem sido um estímulo para que algumas empresas comecem a buscar no exterior
os melhores candidatos para suprir a escassez de recursos humanos na área.
Em “Aberdeen”, na Escócia, diversos profissionais
qualificados foram transferidos com sucesso do setor automotivo para os setores
aeroespacial e de mineração - preenchendo cargos estratégicos na indústria de
petróleo e gás, trazendo com eles novas idéias e habilidades.
Com o crescimento da indústria norueguesa de
petróleo e gás e a falta de recursos humanos para o setor significou olhar para
as próximas gerações e conscientizá-las das oportunidades futuras no setor
petrolífero, incentivando cada vez mais estudantes a escolher cursos que
embasem uma carreira no setor petrolífero.
Não foi à toa que uma grande delegação de
empresários mineiros e representantes da Agência Brasileira de Promoção de
Exportações e Investimentos (Apex), Confederação Nacional da Indústria (CNI) e
Sebrae, participaram recentemente da maior feira mundial do setor de petróleo e
gás em “Stavanger”na Noruega.
Minas Gerais não tem mar, mas possui o maior parque
industrial metal mecânico do Brasil, (parte dele aqui em Ipatinga), com
capacidade para atender o crescimento das encomendas da Petrobras na exploração
dos campos submarinos do pré-sal.
O resultado da experiência de empresários,
liderados pela Federação das Indústrias de Minas Gerais (FIEMG), foi o
aprendizado durante a feira e o estabelecimento de contatos que possibilitem importar
a experiência dos noruegueses em áreas de exploração de camadas profundas de
petróleo em alto-mar.
A tecnologia desenvolvida pelos nórdicos pode
garantir mais competitividade e geração de empregos em Minas e também aqui em
Ipatinga.
A mudança que os Noruegueses promoveram nos últimos
40 anos aconteceu quando eles começaram a exploração de petróleo. Inicialmente
se valeram de empresas estrangeiras, passaram por agregação de valor aos
equipamentos de prospecção, desenvolveram as empresas locais e criaram novas tecnologias
que trouxe todo esse desenvolvimento que eles possuem hoje.
Com um dos índices de qualidade de vida mais altos
do mundo e pacotes de benefícios competitivos aos participantes das prospecções,
a Noruega tem oferecido oportunidades atraentes para os talentos mais
brilhantes do setor que através da ampliação
das exportações de petróleo e gás para o mundo, da sua economia saudável e com
uma substancial riqueza acumulada, nos levam a crer que a Noruega irá
permanecer entre os países mais ricos do mundo por muito tempo, o que os contemplam com um
futuro favoravelmente próspero e previsível.
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