Fim das festas
esportivas com a copa do mundo é hora de cair na realidade do país e do atual
estágio do futebol brasileiro.
De há muito o
futebol deixou de ser um esporte que contava apenas com o talento individual de
atletas onde o Brasil com suas várzeas, tinha a custo zero a formação de seus
talentos necessários.
Assim como
qualquer coisa na vida, tudo evolui de uma forma ou de outra e com o futebol
não seria diferente.
Os estrategitas
do esporte sempre buscaram em outros esportes, coletivos ou não, qualidades que
poderiam ser aplicadas a outras modalidades esportivas. Assim o futebol jogado
atualmente segue muito a linha do basquetebol onde se ataca com todos e se
defende com todos encurtando os espaços no campo de jogo e que, pelo menos em
tese, tenderia a eliminar o talento onde o objetivo principal é o resultado, é
a objetividade na busca do gol e também de não tomar gol. Os jogadores são como
operários trabalham o jogo todo e se entregam em todas as partes do campo.
Assim, todos devem saber realizar bem as suas funções agora mais ampliadas com
qualidade no passe, na aplicação em campo, na posse de bola cuja tese é fazer o
outro time se cansar correndo atrás da bola e com paciência aguardar o momento adequado
para dar o bote e marcar o gol.
Apenas o nosso
técnico da seleção brasileira não sabia disso. Que pena!
O futebol baseado
no basquetebol se joga com os vinte e três convocados. Não existem mais, onze
titulares e onze reservas. É um todo e cada atleta deve estar preparado física
e taticamente para entrar em jogo à medida da necessidade de se anular o que o
adversário se impõe no campo de jogo.
Há muito os
países desenvolveram o agrupamento dos atletas em times que pressupõe um grupo
de atletas que se enquadram em uma estratégia de jogo e não em uma seleção,
como no Brasil, que se pressupõe a escolha dos melhores atletas, que
invariavelmente pode não funcionar na modalidade de time ou equipe. O exemplo
disso é o time inglês que é chamado de “English team” e não propriamente uma
seleção dos melhores como por aqui.
Nesse sentido, os
sete a um, e, que a Alemanha colocou para cima da gente, retrata bem o atual
estágio do nosso futebol e do nosso país. O país da improvisação, do “oba oba”,
do fazer em última hora, de não levar em conta o conhecimento, a preparação e,
principalmente, as estruturas tanto do futebol quanto do país como um todo.
Chega de “oba
oba” na política, no futebol, na mídia. Chega de circo. Chega de anúncio de
programas governamentais insossos que não se chega a lugar algum e servem
apenas para enganar uma nação que tem cinqüenta por cento de pessoas
analfabetas.
Chega
principalmente, de ideologias que não busquem o trabalho sério, o conhecimento
através da qualidade dos estudos, da dignidade humana, e de uma consciência que
pratique a verdade como ponto de partida para uma nação. Desliguemos, portanto,
dos jeitinhos e das improvisações.
Pense nisso!
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