quarta-feira, 31 de julho de 2013

Jornada Mundial da Juventude: como tudo começou.

As JMJ têm sua origem em grandes encontros com os jovens celebrados pelo Papa João Paulo II em Roma. O Encontro Internacional da Juventude, por ocasião do Ano Santo da Redenção aconteceu em 1984, na Praça São Pedro, no Vaticano. Foi lá que o Papa entregou aos jovens a Cruz que se tornaria um dos principais símbolos da JMJ, conhecida como a Cruz da Jornada.
No ano de 1985, foi oficializado o Ano Internacional da Juventude pelas Nações Unidas. Em março deste ano houve outro encontro internacional de jovens no Vaticano, e no mesmo ano, o Papa anunciou a instituição da Jornada Mundial da Juventude.
O evento é celebrado a cada dois ou três anos, numa cidade escolhida para celebrar a grande jornada em que participam pessoas do mundo inteiro. Nos anos intermédios, as Jornadas são vividas localmente, no Domingo de Ramos, por algumas dioceses ao redor do mundo. Para cada Jornada, o Papa sugere um tema. Durante as JMJ, acontecem eventos como catequeses, adorações, missas, momentos de oração, palestras, partilhas e shows. Tudo isso em diversas línguas.
Merece destaque a mensagem do Papa João Paulo II para a XVII Jornada Mundial da Juventude em 25 de julho de 2002, no Canadá:
"Jovens agora mais que nunca é urgente que sejais os ‘sentinelas da manhã’, os vigias que anunciam a luz da alvorada e a nova primavera do Evangelho, da que já são vistas os brotos. A humanidade necessita imperiosamente o testemunho de jovens livres e valentes, que se atrevam a caminhar contra a corrente e a proclamar com força e entusiasmo a própria Fé em Deus, Senhor e Salvador." 
As JMJ aconteceram em Buenos Aires (Argentina – 1987) - com a participação de 1 milhão de jovens; em Santiago de Compostela (Espanha – 1989) com 600 mil jovens; em Czestochowa (Polônia – 1991) com 1,5 milhão de jovens; em Denver (Estados Unidos – 1993) com 500 mil jovens; em Manila (Filipinas – 1995) com 4 milhões de jovens; em Paris (França -1997) com 1 milhão de jovens; em Roma (Itália – 2000) com 2 milhões de jovens, em Toronto (Canadá – 2002) com 800 mil jovens; em Colônia (Alemanha – 2005) com 1 milhão de jovens; em Sidney (Austrália – 2008) com 500 mil jovens; em Madri (Espanha – 2011) com 2 milhões de jovens, no Rio de Janeiro (Brasil - 2013) com mais de 3 milhões de jovens católicos e não católicos.
Em 2013, a Igreja Católica brasileira viverá um ano voltado à Juventude. O lema escolhido para a JMJ aqui no Rio de Janeiro foi “Ide e fazei discípulos entre todas as nações” (Mateus 28,19), anunciado em agosto do ano passado e que ganhou força com o anúncio da campanha da Fraternidade, pela CNBB, voltado para a juventude com o lema “Eis-me aqui, envia-me!” (Isaias 6,8).
Com mais de três milhões de jovens, dos cinco continentes, aconteceu no Rio de Janeiro o encontro do Papa Francisco com os jovens e marcou uma bela convivência de fé e troca de experiências religiosas e culturais entre os jovens que estamparam em seus rostos a face de Cristo através de seu comportamento exemplar durante o encontro, reeditando o cenáculo (encontro de Cristo) com os apóstolos, onde todos oravam em suas línguas nativas e entoavam suas preces em comunhão ao Espírito Santo de Deus.
O carisma do Papa Francisco trouxe brilhantismo ao evento, com palavras que traduziam aos jovens a necessidade de se viver uma vida mais simples apesar da modernidade tecnológica de hoje, contraposta, a um mundo meio que perdido em busca de valores vazios. Nas entrelinhas das palavras de Sua Santidade, percebe-se não estar fora de moda ser simples, falar e praticar a dignidade, se preocupar com a educação, saúde, segurança e, principalmente, com a desenfreada corrupção exposta no comportamento dos políticos mundo a fora. E ainda mais! Que os católicos deveriam vencer essa etapa triste participando contundentemente da política e se preciso for, indo às ruas, pela igreja e pelo sofrimento do povo, principalmente, dos mais necessitados e que a sua vinda aqui era eclesial com o intuito de encontrar com a juventude de todo o mundo e trazer Deus a eles, traduzida em sua fala inicial: “Não tenho ouro nem prata, mas trago o que de mais precioso me foi dado: Jesus Cristo!

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