domingo, 14 de agosto de 2011

Um Pouco de Civilidade Faz Bem

Civilidade é o conjunto de formalidades, observadas pelos cidadãos em sinal de respeito mútuo e consideração. Portanto, polidez, urbanidade, delicadeza, cortesia, são códigos de ouro para uma boa educação e boa convivência.
Honradez, integridade, boas maneiras, tolerância, autocontrole, honestidade, contenção verbal, capacidade de pedir desculpas e decoro, são apontados por especialistas como fatores para transformar relações conflituosas em relações cordiais, que diminuem as tensões, fazendo as pessoas mais tranquilas e felizes.
As convenções sociais são necessárias para administrar conflitos e promover a boa convivência entre os seres humanos. Importante, é reconhecer que a melhoria dos relacionamentos irá resultar em menos brigas e menos stress, melhorando a saúde física das pessoas através do controle de nossos monstros interiores.
Conceitos de civilidade, cidadania e educação deve ser consciência viva de cada um, só assim poderemos pensar em cidadania de forma mais ampla.
A cidadania e a civilidade são idéias fruto do processo de como homens e mulheres vivem juntos em uma sociedade, com autoconsciência do mundo em que vivemos, expressando uma mentalidade que distingue natureza e cultura que se desenvolve paralelamente à consolidação dos diversos tipos de direito e da distinção entre vida publica e vida privada.
Paulatinamente, o modo de vida pautado nessas noções identifica-se como uma boa educação geral. A cidadania e a civilidade, idéias fruto desse processo, passam a ser definidas como a maneira de viver em sociedades civilizadas, conhecedoras das noções e distinções que transcendem o sentido do puramente individual, daquilo que nos é particular. Ou seja, um modo de ser relativo aos nossos papéis sociais no trabalho, na escola, na rua, nos logradouros públicos, enfim, nos encontros e nas situações públicas, assim como nos círculos pessoais e na família.
Para que serve uma norma ou uma lei se uma pessoa, deliberadamente em um semáforo para sobre a faixa de pedestres ao verificar que nas proximidades não existe alguém para puni-lo; se um aluno, através de subterfúgios engana o professor na elaboração de um trabalho ou na feitura de uma prova; se uma escola suprime aulas ou não cumpre o programa escolar; se os governos processam suas transgressões. Mais do que isso, o ser humano rouba, engana, mata, corrompe, é corrompido, mente e tem vivido, como nunca na história, na lei do quem pode mais chora menos.
É preciso não confundir civilidade com cidadania. Civilidade se refere às regras do convívio social diário, a cidadania vai mais além, pois está preocupada com o que nossos governantes, políticos e gestores públicos estão fazendo com o meu, o seu, o nosso dinheiro, e quais ações fundamentais estão sendo tomadas para a nossa segurança, saúde e educação. Por isso, é preciso fiscalizar o setor público, principalmente, se estão cumprindo o dever de agentes multiplicadores de cidadania.
Nos países desenvolvidos, civilidade e cidadania são regras, e somente são regras porque são ensinadas a todos, do ensino fundamental às universidades.
Para falar um pouco de números, eu diria que estudos do professor Piero Massimo Forti, da Universidade Johns Hopkins - USA - calculou o custo da falta de civilidade para os americanos do norte e chegou à cifra de 30 bilhões de dólares. E no Brasil, quanto seria?

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