Em meio à crise financeira das contas públicas de países periféricos e centrais da Europa e o gigante Estados Unidos, que trazem como pano de fundo a desaceleração da economia mundial, que ameaça países com contas públicas pouco saldáveis e com baixo poder de autofinanciamento, acrescido das dificuldades dos bancos franceses e da gangorra das bolsas mundo afora, ora com suspiros de pânico, ora com normalidade, assim como de tantos outros suspiros de incertezas que nos chegam, surge por aqui um movimento de reposicionamento dos grandes investidores da siderurgia brasileira que naturalmente se esboça no grande xadrez de fusões e aquisições.
Numa discussão perdida no tempo, da junção de CSN e USIMINAS ou vice-versa não importa e que gestaria a Multinacional Brasileira do Aço, agora se apresenta de maneira quase espontânea pelas vias do mercado, através de um posicionamento mais agressivo de CSN na aquisição via mercado de um volume expressivo de ações da USIMINAS, o que tecnicamente coloca a possibilidade de acento da CSN no controle de sua concorrente principal, o que sutilmente provocaria alterações no quadro de controle atual da USIMINAS, em função de um momento de crise onde as empresas detentoras do capital se sintam na percepção de focar mais em seus próprios negócios e de até provocar alterações antes impensadas.
Os principais controladores da USIMINAS, Nippon Steel, Caixa dos Empregados da Usiminas, Votorantim e Camargo Correa se estreitam na insistente investida da concorrente.
Neste ínterim, apresentam-se três distintos cenários, amalgamados por especialistas de mercado.
1 - Nippon Steel que, como controladora, possui direito de preferência na compra das ações da Usiminas, aumenta sua participação na companhia e realiza em seguida uma fusão com os ativos da Gerdau de aço plano e mineração. Cenário considerado mais provável.
2 - Nippon Steel aumenta a participação e não realiza qualquer transação subseqüente.
3 - CSN compra a participação e passa a integrar o bloco de controle da Usiminas.
Matérias recentes no jornal O Estado de São Paulo e na Revista Exame informavam que a CSN teria feito uma oferta de compra da participação de 26% que Camargo Corrêa e Votorantim possuem na Usiminas, o que foi prontamente desmentida pela companhia a pedido da CVM (Comissão de Valores Mobiliários), através de comunicação ao mercado.
Avaliações recentes dão conta de que um potencial acordo pode estar próximo, considerando que a Nippon Steel, controladora da Usiminas, tende a querer encerrar esses rumores de mercado, que podem estar abalando o clima interno da Usiminas, e a recente volatilidade das ações da companhia indicam o posicionamento de possíveis interessados na compra, assim como os resultados mais fracos da Usiminas, possam forçar seus controladores a procurar alternativas estratégicas para recuperar a rentabilidade.
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