Ao receber certa quantia num guichê do Ministério, verificou que o funcionário lhe havia dado cem reais a mais. Quis voltar para devolver, mas outras pessoas protestaram: entrasse na fila.
Esperou pacientemente a vez, para que o funcionário lhe fechasse na cara a janelinha de vidro:
- Tenham paciência, mas está na hora do meu café.
Agora era uma questão de teimosia. Voltou à tarde, para encontrar fila maior – não conseguiu sequer aproximar-se do guichê antes de encerrar o expediente.
No dia seguinte era o primeiro da fila:
- Olha aqui: o senhor ontem me deu cem reais a mais.
- Eu?
Só então reparou que o funcionário era outro.
- Seu colega, então. Um de bigodinho.
- O Mafra.
- Se o nome dele é Mafra, não sei dizer.
-Só pode ter sido o Mafra. Aqui só trabalhamos eu e o Mafra. Não fui eu. Logo...
Ele coçou a cabeça, aborrecido:
- Está bem, foi o Mafra. E daí?
O funcionário lhe explicou com toa a urbanidade que não podia responder pela distração do Mafra:
- Isto aqui é uma pagadoria, meu chapa. Não posso receber, só posso pagar. Receber, só na recebedoria. O próximo!
O próximo da fila, já impaciente, empurrou-o com o cotovelo. Amar o próximo como a ti mesmo! Procurou conter-se e se afastou indeciso. Num súbito impulso de indignação – agora iria até o fim – dirigiu-se à recebedoria.
- O Mafra? Não trabalha aqui, meu amigo, nem nunca trabalhou.
- Eu sei. Ele é da pagadoria. Mas foi quem me deu os cem reais a mais.
Informaram-lhe que não podiam receber: tratava-se de uma devolução, não era isso mesmo? E não de pagamento. Tinha trazido a guia? Pois então? Onde já se viu pagamento sem guia? Receber mil reais a troco de quê?
- Mil não: cem. A troco de devolução.
- Troco de devolução. Entenda-se.
- Pois devolvo e acabou-se.
- Só com o chefe. O próximo!
O chefe da seção já tinha saído: só no dia seguinte. No dia seguinte, depois de faze-lo esperar mais de uma hora, o chefe informou-lhe que deveria redigir um ofício historiando o fato e devolvendo o dinheiro.
- Já que o senhor faz tanta questão de devolver...
- Questão absoluta.
- Louvo o seu escrúpulo.
- Mas nosso amigo ali do guichê disse que era só entregar ao senhor – respirou ele.
- Quem disse isso?
- Um homem de óculos naquela seção do lado de lá. Recebedoria parece.
- O Araújo. Ele disse isso, é? Pois lhe: volte lá e diga-lhe que deixe de ser besta. Pode dizer que fui eu que falei. O Araújo sempre se metendo a entendido!
- Mas e o ofício? Não tenho nada com essa briga, vamos fazer logo o ofício.
- Impossível! Tem de dar entrada no protocolo.
Saindo dali, em vez de ir ao protocolo, ou ao Araújo para dizer-lhe que deixasse de ser besta, o honesto cidadão dirigiu-se ao guichê onde recebera o dinheiro, fez da nota de cem reais uma bolinha, atirou-a lá dentro por cima do vidro, e foi-se embora.
Fonte: Fernando Sabino
sábado, 24 de julho de 2010
segunda-feira, 19 de julho de 2010
Fim da Copa, hora de cair na real
Um dos destaques durante a copa foi o reajuste de míseros 7,7% sancionado pelo Presidente Lula para os aposentados que ganham acima de 3 salários mínimos. O índice deve gerar um gasto extra de cerca de 1 bilhão e 600 milhões de reais. Foi também sancionado um aumento salarial para os servidores da Câmara Federal onde os servidores concursados terão 15% em média de aumento e os não concursados 33% de aumento, que começou a vigorar a partir de 1º de julho. Além desses aumentos para a Câmara Federal houve vários outros aumentos do mesmo porte a categorias que têm ganho mensal muito, mas muito acima dos ganhos dos aposentados, o que caracteriza um pacote de bondades com reflexo nas eleições de outubro deste ano.
Nessa toada tanto a Câmara Federal quanto o Judiciário brasileiros vêm tendo salários reajustados constantemente, com aumentos de custos superiores até mesmo ao do executivo, o que certamente onera as despesas governamentais que por si somente, já estão exageradas.
Os nossos juros extremamente elevados, os quais, o brasileiro comum não registra importância, teve recentemente, um aumento na taxa selic de 0,75% o que corresponde a uma elevação nos gastos do governo na ordem de 3 bilhões de reais, nesse ano, portanto o dobro dos gastos com os aposentados.
O governo fala muito nos déficits da previdência, enquanto especialistas insistem em dizer que o déficit não existe e mais, que o governo não aloca todos os recursos recomendados pela constituição brasileira para a previdência social. Portanto, é preciso reconhecer transparência nos números da previdência, ou seja, mostrar todas as receitas previstas e todos os gastos realizados. Como a transparência não existe sobram interpretações, e muitas, de acordo com a própria conveniência.
Veja o caso da previdência rural que tem um caráter de assistência social rural, pois não houve contrapartida de receita para fazer face a esse dispêndio e não cabe aos trabalhadores pagarem esta conta e sim o governo como um todo, ficando assim como uma transferência de recursos do governo para essa categoria de aposentados.
Se olharmos para os números da previdência urbana, verificaremos que ela é superavitária. Assim como a assistência rural, existem outras incongruências de despesas alocadas na previdência que não correspondem exatamente a essa rubrica contábil.
Assim, o dispêndio do governo com a previdência rural, que atende a benefícios relativos a um salário mínimo, corresponde à cifra de aproximadamente 50 bilhões de reais, que eram para serem cobertos, como previsto na Constituição, através contribuições governamentais e não pela receita do INSS.
Some-se a isso, o fato de que em determinado período o próprio servidor público não contribuía para a previdência como servidor público, porém tinha o benefício da aposentadoria assegurado, o que poderíamos chamar de uma espécie de prêmio aos servidores e de castigo aos trabalhadores em geral, que era quem sustentava e sustenta todo esse processo.
Cabe ao governo então, se organizar e processar um ajuste atuarial através de profissionais com competência pertinente, para informar a população a verdadeira realidade da tão comentada previdência social.
Por outro lado, fala-se muito em alternância do modelo de previdência de repartição para o de capitalização. Porém, para um país injusto como o nosso, o sistema de repartição é o mais adequado, pois não temos uma distribuição de renda decente e adequada por onde se possa espelhar um sistema de capitalização onde as contribuições são individualizadas, como se fossem uma aplicação financeira pessoal. Ou seja, o contribuinte receberia na aposentadoria exatamente aquilo que contribuiu ao longo de determinado período.
Somente com um sério estudo sobre a previdência social, que seja cientificamente preparado, com as devidas soluções atuariais, poderemos responder a questões como: de qual é o valor necessário para a contribuição do participante? Qual a idade adequada ou necessária a esse processo? Qual a expectativa de vida a ser considerada, etc.
Acredito que a política atual de reajuste do salário mínimo aos aposentados que percebem valores correspondentes a 1 e 3 salários mínimos seja equivocada, pois tenta resolver uma parte dos aposentados e deixa a outra de fora. Isso é no mínimo inconstitucional e não resolve exatamente o problema. Dá a impressão, para não dizer outra coisa, de ser um oportunismo ou mesmo um populismo chulo. É preciso conservar os valores da sociedade e oferecer dignidade a essa categoria.
Ao mesmo tempo em que o governo sancionou o reajuste de 7,7% aos aposentados com ganhos acima de 3 salários mínimos, vetou o fim do chamado fator previdenciário. Ironia do destino? Parece que sim. O partido dos trabalhadores que tanto falou de herança maldita e outras coisas mais, era radicalmente contra o fator previdenciário e agora numa jogada da câmara dos deputados que atrasou ao máximo a votação do reajuste do mínimo e do fim do fator para que o veto acontecesse justamente durante os jogos do time brasileiro na Copa é hilariante. Isso não caracteriza legislativo e executivo como realmente sério.
Tecnicamente, o fator previdenciário tem por função desestimular as aposentadorias precoces e mesmo punir o trabalhador que tenta se aposentar mais cedo, com menos contribuição ou com menos idade. Eu diria que praticamente no mundo todo existe uma forma de fator previdenciário, através de um mecanismo de idade mínima para a aposentadoria. E aqui no Brasil foi uma criação importante, do ponto de vista do controle previdenciário, pois visa exatamente a não explosão das contas da previdência à medida que a população vai se envelhecendo e tendo mais expectativa de vida, em que pese do lado do trabalhador o dissabor de ter a regra alterada no meio do jogo, retardando a aposentadoria de muitos com contribuição suficiente para tal.
Lembremos ainda que a receita do governo federal é da ordem de 750 bilhões de reais e que a questão do aumento dos servidores públicos é algo que merecia um debate mais intenso na sociedade, porque somos nós os contribuintes que pagamos os salários, não é o governo que paga. O governo é simplesmente um intermediário, um repassador de pagamento, mas quem paga esta conta são os contribuintes através do recolhimento dos tributos.
É preciso também entender e comparar os salários de funções exercidas no setor público e no setor privado para que não se cometa injustiças, fazendo com que, quem paga a conta dos salários ganhe menos que aqueles que estão exercendo funções dentro do setor público com salários aviltados.
Pense nisso!
Nessa toada tanto a Câmara Federal quanto o Judiciário brasileiros vêm tendo salários reajustados constantemente, com aumentos de custos superiores até mesmo ao do executivo, o que certamente onera as despesas governamentais que por si somente, já estão exageradas.
Os nossos juros extremamente elevados, os quais, o brasileiro comum não registra importância, teve recentemente, um aumento na taxa selic de 0,75% o que corresponde a uma elevação nos gastos do governo na ordem de 3 bilhões de reais, nesse ano, portanto o dobro dos gastos com os aposentados.
O governo fala muito nos déficits da previdência, enquanto especialistas insistem em dizer que o déficit não existe e mais, que o governo não aloca todos os recursos recomendados pela constituição brasileira para a previdência social. Portanto, é preciso reconhecer transparência nos números da previdência, ou seja, mostrar todas as receitas previstas e todos os gastos realizados. Como a transparência não existe sobram interpretações, e muitas, de acordo com a própria conveniência.
Veja o caso da previdência rural que tem um caráter de assistência social rural, pois não houve contrapartida de receita para fazer face a esse dispêndio e não cabe aos trabalhadores pagarem esta conta e sim o governo como um todo, ficando assim como uma transferência de recursos do governo para essa categoria de aposentados.
Se olharmos para os números da previdência urbana, verificaremos que ela é superavitária. Assim como a assistência rural, existem outras incongruências de despesas alocadas na previdência que não correspondem exatamente a essa rubrica contábil.
Assim, o dispêndio do governo com a previdência rural, que atende a benefícios relativos a um salário mínimo, corresponde à cifra de aproximadamente 50 bilhões de reais, que eram para serem cobertos, como previsto na Constituição, através contribuições governamentais e não pela receita do INSS.
Some-se a isso, o fato de que em determinado período o próprio servidor público não contribuía para a previdência como servidor público, porém tinha o benefício da aposentadoria assegurado, o que poderíamos chamar de uma espécie de prêmio aos servidores e de castigo aos trabalhadores em geral, que era quem sustentava e sustenta todo esse processo.
Cabe ao governo então, se organizar e processar um ajuste atuarial através de profissionais com competência pertinente, para informar a população a verdadeira realidade da tão comentada previdência social.
Por outro lado, fala-se muito em alternância do modelo de previdência de repartição para o de capitalização. Porém, para um país injusto como o nosso, o sistema de repartição é o mais adequado, pois não temos uma distribuição de renda decente e adequada por onde se possa espelhar um sistema de capitalização onde as contribuições são individualizadas, como se fossem uma aplicação financeira pessoal. Ou seja, o contribuinte receberia na aposentadoria exatamente aquilo que contribuiu ao longo de determinado período.
Somente com um sério estudo sobre a previdência social, que seja cientificamente preparado, com as devidas soluções atuariais, poderemos responder a questões como: de qual é o valor necessário para a contribuição do participante? Qual a idade adequada ou necessária a esse processo? Qual a expectativa de vida a ser considerada, etc.
Acredito que a política atual de reajuste do salário mínimo aos aposentados que percebem valores correspondentes a 1 e 3 salários mínimos seja equivocada, pois tenta resolver uma parte dos aposentados e deixa a outra de fora. Isso é no mínimo inconstitucional e não resolve exatamente o problema. Dá a impressão, para não dizer outra coisa, de ser um oportunismo ou mesmo um populismo chulo. É preciso conservar os valores da sociedade e oferecer dignidade a essa categoria.
Ao mesmo tempo em que o governo sancionou o reajuste de 7,7% aos aposentados com ganhos acima de 3 salários mínimos, vetou o fim do chamado fator previdenciário. Ironia do destino? Parece que sim. O partido dos trabalhadores que tanto falou de herança maldita e outras coisas mais, era radicalmente contra o fator previdenciário e agora numa jogada da câmara dos deputados que atrasou ao máximo a votação do reajuste do mínimo e do fim do fator para que o veto acontecesse justamente durante os jogos do time brasileiro na Copa é hilariante. Isso não caracteriza legislativo e executivo como realmente sério.
Tecnicamente, o fator previdenciário tem por função desestimular as aposentadorias precoces e mesmo punir o trabalhador que tenta se aposentar mais cedo, com menos contribuição ou com menos idade. Eu diria que praticamente no mundo todo existe uma forma de fator previdenciário, através de um mecanismo de idade mínima para a aposentadoria. E aqui no Brasil foi uma criação importante, do ponto de vista do controle previdenciário, pois visa exatamente a não explosão das contas da previdência à medida que a população vai se envelhecendo e tendo mais expectativa de vida, em que pese do lado do trabalhador o dissabor de ter a regra alterada no meio do jogo, retardando a aposentadoria de muitos com contribuição suficiente para tal.
Lembremos ainda que a receita do governo federal é da ordem de 750 bilhões de reais e que a questão do aumento dos servidores públicos é algo que merecia um debate mais intenso na sociedade, porque somos nós os contribuintes que pagamos os salários, não é o governo que paga. O governo é simplesmente um intermediário, um repassador de pagamento, mas quem paga esta conta são os contribuintes através do recolhimento dos tributos.
É preciso também entender e comparar os salários de funções exercidas no setor público e no setor privado para que não se cometa injustiças, fazendo com que, quem paga a conta dos salários ganhe menos que aqueles que estão exercendo funções dentro do setor público com salários aviltados.
Pense nisso!
domingo, 11 de julho de 2010
A Conta Salgada do Lanche de Viagem
São muitos os motivos e os apelos para uma viagem. Conhecer um lugar diferente, ir à praia ou mesmo, visitar a família. Porém, um imprevisto indigesto pode aparecer no meio do caminho e estragar o passeio antes mesmo da tão sonhada chegada. Ou seja, aquele que nos pega desprevenidos e para o qual não planejamos. Os elevados custos de alimentação que acontecem nas paradas rodoviárias de uma viagem de ônibus ou de carros particulares. Portanto, esse preço apimentado pode comprometer o orçamento de quem deseja aproveitar uma viagem de final de semana ou mesmo em férias.
Assim, muitos estabelecimentos tiram proveito de seu isolamento em pontos diversos nas rodovias brasileiras e abusam dos preços, não somente pela falta de concorrência, mas principalmente, pela falta de fiscalização rotineira, cobrando preços bem acima da média das cidades. Somando-se a isso, os custos com frete, o aumento dos preços na alta temporada, e claro, tudo isso reflete diretamente no bolso do consumidor.
Para não cair nessa armadilha, fora de propósito, muitos consumidores depois de verificar a quanto vai todo esse abuso, aproveita para levar água e alimentação mais apropriada e mais saudável, comprada previamente em um bom supermercado em sua própria cidade, fazendo assim, um consumo digno, sem gastar muito, longe da esperteza dos comerciantes de plantão. Entretanto, para quem viaja com freqüência, acaba ficando a mercê desse desgostoso gasto que fatalmente impactará no orçamento. Se tivermos viajando em família ou em grupo esse gasto pode superar, em muito, as mais otimistas expectativas.
Olhando com cuidado, podemos observar que adicionar a esses gastos com alimentação as passagens de ônibus, diríamos que uma opção por uma viagem aérea poderia até ficar mais em conta, e ainda, com facilidade maior nos pagamentos. Para viagens aéreas, o melhor é planejar e comprar as passagens com antecedência e aproveitar as promoções de preços.
O cuidado com o risco de endividamento é sempre uma variável a ser observada. Pois, uma viagem é sempre agradável, porém ficar com aquela prestação durante um período muito longo na conta-corrente ou no cartão de crédito não é nada agradável.
Calcule sempre em uma viagem, os custos com transporte, alimentação e hospedagem, além de adicionar a esse total, um adicional de 10 a 20% para os imprevistos, para evitar surpresas.
Enfim, cada consumidor sabe quando está sendo levado a gastar além do previsto, naquela hora mágica, a hora de pagar a conta. Tenha então como referência, que nestes tempos de estabilidade financeira, onde os preços tendem a oscilar menos, que um gasto com lanches em até 10% do preço da passagem, estaria, digamos no limite de tolerância.
Pesquisas mostram que o impacto do preço dos lanchinhos de viagem no orçamento do consumidor tem ficado entre 18,1 e 26,2%.
Portanto, planeje sempre a sua viagem!
Assim, muitos estabelecimentos tiram proveito de seu isolamento em pontos diversos nas rodovias brasileiras e abusam dos preços, não somente pela falta de concorrência, mas principalmente, pela falta de fiscalização rotineira, cobrando preços bem acima da média das cidades. Somando-se a isso, os custos com frete, o aumento dos preços na alta temporada, e claro, tudo isso reflete diretamente no bolso do consumidor.
Para não cair nessa armadilha, fora de propósito, muitos consumidores depois de verificar a quanto vai todo esse abuso, aproveita para levar água e alimentação mais apropriada e mais saudável, comprada previamente em um bom supermercado em sua própria cidade, fazendo assim, um consumo digno, sem gastar muito, longe da esperteza dos comerciantes de plantão. Entretanto, para quem viaja com freqüência, acaba ficando a mercê desse desgostoso gasto que fatalmente impactará no orçamento. Se tivermos viajando em família ou em grupo esse gasto pode superar, em muito, as mais otimistas expectativas.
Olhando com cuidado, podemos observar que adicionar a esses gastos com alimentação as passagens de ônibus, diríamos que uma opção por uma viagem aérea poderia até ficar mais em conta, e ainda, com facilidade maior nos pagamentos. Para viagens aéreas, o melhor é planejar e comprar as passagens com antecedência e aproveitar as promoções de preços.
O cuidado com o risco de endividamento é sempre uma variável a ser observada. Pois, uma viagem é sempre agradável, porém ficar com aquela prestação durante um período muito longo na conta-corrente ou no cartão de crédito não é nada agradável.
Calcule sempre em uma viagem, os custos com transporte, alimentação e hospedagem, além de adicionar a esse total, um adicional de 10 a 20% para os imprevistos, para evitar surpresas.
Enfim, cada consumidor sabe quando está sendo levado a gastar além do previsto, naquela hora mágica, a hora de pagar a conta. Tenha então como referência, que nestes tempos de estabilidade financeira, onde os preços tendem a oscilar menos, que um gasto com lanches em até 10% do preço da passagem, estaria, digamos no limite de tolerância.
Pesquisas mostram que o impacto do preço dos lanchinhos de viagem no orçamento do consumidor tem ficado entre 18,1 e 26,2%.
Portanto, planeje sempre a sua viagem!
domingo, 4 de julho de 2010
O Pulo do Canguru
A Austrália começou como o Brasil, uma colônia de degredados, e se transformou numa vitrine de riqueza e modernidade, com uma qualidade de vida de causar inveja a outros inquilinos do mundo desenvolvido. Enquanto boa parte do planeta, das montanhas dos Bálcãs aos guetos de Los Angeles, se dilacera em conflitos étnicos de arrepiar os cabelos, a Austrália se orgulha de ser um modelo de integração racial, capaz de absorver sem traumas milhões de imigrantes, oferecendo-lhes as oportunidades que outras terras prometidas, como o Brasil ou a Argentina, negaram.
Na Austrália, a educação e a saúde são de primeiríssima para todos, juntamente com hábitos que certamente o situam como um dos melhores lugares do mundo para se viver.
No passado, o país acolheu grande contingente de estrangeiros e sua etnia constitui-se de italianos, gregos, latino-americanos, vietnamintas, malaios, tailandeses, indianos, chineses, filipinos e coreanos.
A diversidade cultural é grande e um exemplo típico do mosaico racial australiano pode se encontrado numa sala de aula na pré-escola do subúrbio de “Dee Why”, em Sydney, onde a maioria das crianças, com idade de 3 a 5 anos, é filha de imigrantes vindos de países distantes entre si como as Ilhas Fiji e a Holanda. Assim, a supervisora pedagógica é brasileira; sua assistente, grega. Há ainda a professora venezuelana que inicia as crianças no idioma espanhol como uma terceira opção de língua, além do inglês oficial e da língua falada pelos pais em casa.
Com uma população próxima a 22 milhões de pessoas e um território do tamanho do Brasil podemos dizer que o imigrante, qualquer que seja ele, em dois anos, tem o direito à cidadania. Ao desembarcar no país, o imigrante encontra um curso em horário integral de língua inglesa. A segunda etapa do programa o prepara para o mercado de trabalho. São ensinamentos práticos: redigir um currículo, identificar ofertas de emprego dentro de sua especialidade, relação de telefones úteis, dicas para alugar ou comprar casa própria.
Crianças em idade escolar freqüentam um curso especial de aproximadamente um ano, destinado a familiarizá-las com a terminologia do currículo nacional. A educação é gratuita e rigorosamente obrigatória para todos, entre 5 e 15 anos de idade. A mão generosa do Estado também garante ajuda financeira aos mais pobres que queiram prosseguir nos estudos. O auxílio-desemprego pode chegar a mil dólares australianos (cerca de mil e cem reais) mensais para um casal de dois filhos.
Além da aposentadoria aos 65 anos os idosos têm direito a um pacote de benefícios que inclui alimentação fornecida diariamente em casa e visitas médias em domicílio.
Assim, caro leitor, com excesso de arrecadação e baixa prestação de serviços, o que dizer mais sobre o precário atendimento governamental à sociedade brasileira?
Na Austrália, a educação e a saúde são de primeiríssima para todos, juntamente com hábitos que certamente o situam como um dos melhores lugares do mundo para se viver.
No passado, o país acolheu grande contingente de estrangeiros e sua etnia constitui-se de italianos, gregos, latino-americanos, vietnamintas, malaios, tailandeses, indianos, chineses, filipinos e coreanos.
A diversidade cultural é grande e um exemplo típico do mosaico racial australiano pode se encontrado numa sala de aula na pré-escola do subúrbio de “Dee Why”, em Sydney, onde a maioria das crianças, com idade de 3 a 5 anos, é filha de imigrantes vindos de países distantes entre si como as Ilhas Fiji e a Holanda. Assim, a supervisora pedagógica é brasileira; sua assistente, grega. Há ainda a professora venezuelana que inicia as crianças no idioma espanhol como uma terceira opção de língua, além do inglês oficial e da língua falada pelos pais em casa.
Com uma população próxima a 22 milhões de pessoas e um território do tamanho do Brasil podemos dizer que o imigrante, qualquer que seja ele, em dois anos, tem o direito à cidadania. Ao desembarcar no país, o imigrante encontra um curso em horário integral de língua inglesa. A segunda etapa do programa o prepara para o mercado de trabalho. São ensinamentos práticos: redigir um currículo, identificar ofertas de emprego dentro de sua especialidade, relação de telefones úteis, dicas para alugar ou comprar casa própria.
Crianças em idade escolar freqüentam um curso especial de aproximadamente um ano, destinado a familiarizá-las com a terminologia do currículo nacional. A educação é gratuita e rigorosamente obrigatória para todos, entre 5 e 15 anos de idade. A mão generosa do Estado também garante ajuda financeira aos mais pobres que queiram prosseguir nos estudos. O auxílio-desemprego pode chegar a mil dólares australianos (cerca de mil e cem reais) mensais para um casal de dois filhos.
Além da aposentadoria aos 65 anos os idosos têm direito a um pacote de benefícios que inclui alimentação fornecida diariamente em casa e visitas médias em domicílio.
Assim, caro leitor, com excesso de arrecadação e baixa prestação de serviços, o que dizer mais sobre o precário atendimento governamental à sociedade brasileira?
Assinar:
Postagens (Atom)