Acredito que você, caro leitor não conheça CHRISTOPHER LANGAN. Pois bem, ele é um americano de 51 anos, que ficou conhecido desde o final dos anos noventas como o homem mais inteligente da América.
Testes realizados pelos norte-americanos, mostraram que LANGAN tinha um QI 195, enquanto o cérebro de ALBERT EINSTEIN, o gênio que revolucionou a Física, tinha um QI de 150. Portanto, qualquer um que tenha QI acima de 150 é considerado gênio.
Bem, apesar dessa enorme vantagem comparativa, LANGAN passou parte da vida trabalhando como porteiro. Nas horas vagas estudava Física e Filosofia por conta própria. Nunca conseguiu passar do colégio.
Nasceu numa família miserável, e as duas bolsas que ganhou para a universidade ele as perdeu, com um boletim cheio de As, porque lhe faltava apoio material e afetivo para prosseguir. Numa dessas ocasiões, a mãe, desinteressada, não assinou um atestado confirmando que a família continuava pobre.
Com essa história triste, o escritor MALCOLM GLADWELL abre o terceiro capítulo de seu livro: FORA DE SÉRIE, A HISTÓRIA DO SUCESSO.
Já MALCOLM GLADWELL, um inglês obcecado por entender por que algumas pessoas se dão bem na vida, afirma:
“Nós somos focados demais no indivíduo. Para realmente entendermos os fora de série, temos de olhar ao redor deles: para a cultura, para a família, para a comunidade e para a geração deles. O sucesso é resultado de talento, muito trabalho, apoio e sorte, muita sorte”. GLADWELL concluiu então, que a excelência em qualquer atividade decorre da prática de cerca de 10.000 HORAS.
Como exemplo, ele comenta sobre o fundador da Microsoft que criou uma empresa do zero e tornou-se o homem mais rico do mundo graças à qualidade do seu cérebro e à força de sua personalidade. Mas seria apenas isso?
Não! Claro que não! GLADWELL pesquisou e concluiu que Gates só se tornou Gates devido à seqüência de acidentes que fez com que ele, aos 20 anos de idade, fosse o sujeito de sua geração com a maior experiência em programação desde os 13 anos, quando foi estudar numa cara escola onde havia um raríssimo terminal de computador de grande porte. Ele mergulhou na novidade e nunca mais saiu. Aos 15 anos era pago para testar programas para empresas. Aos 16, passava 30 horas por semana, sete dias por semana, escrevendo seus próprios programas. Quando fundou a Microsoft em 1975, tinha mais de 10 mil horas de treino em programação. Esse sucesso é explicado por apoio social e, sobretudo, por apoio familiar!
Baseado na sua idéia das 10.000 HORAS, GLADWELL afirma: são necessárias circunstâncias especiais para que as pessoas consigam esse tipo de dedicação. Pois é um tempo enorme!
Bill Gates, era filho de um advogado importante e neto de banqueiros, é o resultado de uma conspiração de circunstâncias favoráveis. Elas permitiram que ele, aos 20 anos, estivesse no ponto certo da história com 10 mil horas de prática de programação. Isso permitiu que, literalmente, inventasse a indústria de software.
Em seu livro, GLADWELL cita também o caso de PELÉ, que se tornou o jogador mais consagrado da história do futebol, principalmente porque teve desde pequeno o apoio de seu pai, um centroavante profissional, que insistiu desde cedo em aperfeiçoar a técnica do filho.
Pelé, aos 12 anos de idade, já era proibido de passar do meio da quadra de futebol de salão. Se avançasse com a bola, invariavelmente seria gol. As circunstâncias também o foram favoráveis, pois teve a sorte de jogar num dos melhores clubes de futebol juvenil do país. O convívio com craques profissionais fez desabrochar o talento do menino. Mas ele treinava mais do que todos os outros jogadores e insistia sempre em ensaiar jogadas. Pelé é um gênio do futebol mais teve também muita sorte!
Talvez o leitor não saiba, mas MAURICE CARLOS DE OLIVEIRA, o Marinho, na adolescência, jogava futebol com Pelé. Todos achavam que ele e Pelé seriam jogadores da Seleção, inclusive o técnico deles, Waldemar de Brito. Mas a família de classe média de Marinho não queria um filho futebolista, e as circunstâncias não o ajudaram. Marinho acabou formado em Administração e hoje é aposentado do Banco do Brasil.
GLADWELL, para sustentar sua idéia das 10 MIL HORAS, cita vários outros casos, como MACHADO DE ASSIS, OS BEATLES, MADONA, EIKE BATISTA, entre outros. Todos eles, sem exceção, tinham mais de 10 mil horas de treino quando se consagraram mundialmente.
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