quarta-feira, 17 de junho de 2020

O Marketing Digital



Com a invenção da prensa tipográfica por Gutenberg em 1450, inicia-se o surgimento dos primeiros anúncios impressos, portanto, a forma mais elaborada de Marketing daquele período.
Já no Brasil, o Marketing chegou, mesmo, nos anos cinquentas, na Escola de Administração de Empresas de São Paulo, da Fundação Getúlio Vargas, precisamente em 1954, onde se introduziu o conceito de Marketing, ou mercadologia, ficando o aportuguesamento da palavra Marketing, apenas para o final de 1980.
Desde então o Marketing tem evoluído, constantemente, até chegar aos dias de hoje com o Marketing Digital, constituído, do conjunto de atividades que uma empresa ou uma pessoa executa online, seja na criação de novos relacionamentos, seja na atração de novos negócios com a intensão de desenvolver uma identidade firme de uma marca, seja ela pessoal ou empresarial.
Assim o Marketing Digital de agora, se caracteriza por promover produtos ou marcas por meio das mídias digitais, constituindo-se de uma das principais maneiras das empresas se comunicar com o seu público de forma direta e personalizada, no momento certo.
Portanto, é impossível falar de marketing e ignorar que a maioria das pessoas em todo o planeta está conectada de alguma forma à internet produzindo relacionamentos pessoais ou realizando compras online, não é mesmo?
Diante dessa realidade, o Marketing Digital tornou-se a principal forma de aproximação cliente-empresa transformando os conceitos de marketing dos dias atuais, no ambiente online.
Assim, através dos vários canais digitais como blogs, sites, motores de busca, e-mails, e mídias sociais, dentre outros, é onde as empresas buscam solucionar dificuldades e desejos de seus clientes ou de potenciais clientes.
O Marketing Digital pode ser realizado por pessoas, empresas, universidades, ONGs, associações, igrejas, etc., considerando sempre a existência de fatores culturais, psicológicos, geográficos e jurídicos que influenciam as pessoas no momento de comprar ou de vender um determinado produto ou serviço.
O grande fluxo de comunicação que a web proporciona, atualmente, favorece estratégias como Search Engine Optimization (motor de otimização de busca), Inbound Marketing (marketing de atração) e o Marketing de Conteúdo.
Quando falamos em aumentar nossa rede, fortalecer a nossa marca e realizar melhores vendas, estamos falando de Marketing Digital, que se tornou o ferramental certo para se alcançar esses objetivos.
Marketing Digital conta com os melhores meios disponíveis para se calcular o retorno sobre cada investimento, definindo métricas claras com maior facilidade. Não é à toa que esse conceito é chamado de novo marketing.
Nos anos noventas, a internet passou por uma onda de crescimento, da qual muitas das principais empresas do mundo surgiram e muitas também desapareceram.
Chamamos esse período de Web 1.0, onde os primeiros mecanismos de busca, as primeiras vendas online e os primeiros softwares de comunicação se tornaram acessíveis.
Nesse período surgiu o Google em sua forma mais rudimentar, bem como vários outros motores de busca como o ICQ, um dos primeiros programas de comunicação instantânea da internet, criado em 1996. Daí o nascimento da internet como conhecemos, onde o termo Marketing Digital começou a ser utilizado.
Nessa época, a web era utilizada apenas por pessoas e empresas mais entusiastas, o que é compreensível. Afinal, ali havia poucos consumidores. Mas a rede foi adquirindo tração e as tecnologias foram se sofisticando sem que percebêssemos.
Em 1993, quando o primeiro anúncio “clicável” foi publicado, a internet possuía cerca de 130 sites no ar. Ao fim dos anos 2000, quando o Marketing Digital se tornou a base do que conhecemos hoje, chegou-se a 17 milhões de sites. Vale ressaltar que empresas como Google, PayPal e Amazon já existiam nesse período. Já em janeiro de 2020, chegou-se a mais de 1,74 bilhão de sites na Internet.
Desse modo o conceito de Marketing evoluiu, para além dos conceitos tradicionais de Preço, Praça, Produto, Promoção e Pessoas, onde se juntaram os conceitos de Processos, Posicionamento e Performance. E tudo isso passou a ser determinante para a identificação das ações de sucesso dentro do Marketing.
Ao contrário das estratégias tradicionais, o Marketing Digital trabalha com o conceito de personas, que são perfis semifictícios, baseados nos seus consumidores reais, e que representam o seu comprador ideal, criando ações mais segmentadas e direcionadas para as pessoas certas, poupando tempo e dinheiro.
Já os “Leads” são oportunidades de negócio. São os contatos que, através de uma estratégia de “Inbound Marketing”, deixam suas informações-chave para que as empresas consigam identificar os seus compradores em potencial e nutri-los com informações relevantes até que eles estejam prontos para o momento de compras.
O Funil de Vendas, também conhecido como Jornada do Consumidor, são as etapas pelas quais uma pessoa passa durante o processo de compra, desde a compreensão de um problema, passando pela consideração de compra até a decisão.
Já o CRM (gerenciamento de relacionamento com o cliente) é um software responsável pela gestão eficaz do relacionamento de uma empresa com os seus potenciais e atuais clientes. Pois ele tem a funcionalidade de cadastro de clientes, registro de suas informações, preferências e últimos contatos realizados com a sua empresa e controle de follow-ups (acompanhamentos).
Enquanto os “Leading Pages” são páginas de capturas de leads, 100% focadas em conversão de visitantes em clientes. A ideia é que nessas páginas você ofereça um conteúdo ou material de valor e em troca os visitantes mais interessados deixem suas informações de contato e, com isso, se tornem “leads”.
O SEO (Search Engine Optization) ou otimização para mecanismos de busca, são as ações que contribuem para melhorar o potencial de rankeamento de suas páginas de conteúdo ajudando as empresas a cumprir os principais requisitos exigidos pelas plataformas de pesquisa.
E o CMS (sistema de gerenciamento de conteúdo), nada mais é do que uma ferramenta que possibilita a produção, edição e publicação de conteúdos no ambiente online sem a necessidade de conhecimentos técnicos em programação. Dessa forma, por meio de um CMS é possível criar sites, blogs e outros portais de maneira simplificada.
Os CTAs (Calls-to-Action) ou apelos à ação, são os botões ou chamadas que direcionam a ação que os seus usuários devem cumprir ao visitar uma página, para que continuem no fluxo do seu funil de vendas e cheguem ao momento de compra preparados para o consumo.
O Fluxo de Nutrição, é um processo de automação de Marketing onde uma ação do usuário é o gatilho para um fluxo de mensagens, geralmente por e-mail, com o objetivo de ajudar o seu visitante a caminhar pelo funil de vendas.
As vantagens do Marketing Digital se concentra no estreitamento de relações entre o público e as marcas, representado economia para ambos.
Assim, Interatividade, Análise de Mensuração, Direcionamento, são vantagens indiscutíveis do Marketing Digital, significando mais oportunidades para as empresas, diminuindo o distanciamento entre as empresas e seus clientes; fanzendo com que pequenas marcas possam fazer boas campanhas e atrair consumidores do outro lado da cidade, do país e, até mesmo, do mundo.

segunda-feira, 20 de abril de 2020

Como será o amanhã?


A chegada inesperada da COVID-19, que nos afetou a todos em escala mundial, encontrou um mundo já em transformação. Porém com advento dessa pandemia as transformações se aceleram como nunca, trazendo modificações importantes nas relações sociais, na política e nos políticos, no mercado de trabalho e suas relações, bem como no gerenciamento dentro dos complexos industriais torpedeados pela necessidade de um novo conjunto de regras e normas de gerenciamento e atuação atuais, que não estão nos livros, mas que precisarão ser desenvolvidas e compiladas, o quanto antes.
Assim, com as mudanças em ascensão as nações ou os empreendimentos que acertarem mais em suas decisões atuais poderão tomar a dianteira nessa retomada após a passagem do coronavirus.
Nesse sentido, as decisões dos atuais dirigentes mundiais moldarão o mundo que há de vir, onde cada decisão se tornará essencial para o futuro, superdimensionando a responsabilidade do momento, não apenas na formatação de nossos sistemas de saúde, mas também de nossa economia, de nossa política e de nossa cultura, etc.
Yuval Noah Harari, historiador e filósofo israelense, autor dos livros ‘Sapiens’ e ‘Homo Deus’ – sucesso mundial de vendas -, nos diz que o primeiro dilema, nestes momentos de pandemia, se dá entre a vigilância totalitária e o empoderamento dos cidadãos, e o segundo dilema acontece entre o isolamento nacionalista e a solidariedade global.
Harari defende que a tempestade da pandemia passará. Sobreviveremos, mas o planeta será outro, já que muitas das medidas atuais de emergência deverão ser estabelecidas como rotinas fixas, pois, essa é a natureza das emergências, acelerar os processos históricos. Assim, as decisões que em tempos normais levam anos para que sejam deliberadas, diante do inimigo invisível são tomadas em poucas horas.
As tecnologias perigosas e imaturas entram rapidamente em vigor, porque os riscos de inação são piores.
Países inteiros já funcionam como cobaias para experimentos sociais em larga escala. Vejam o que acontece quando todos trabalhamos em casa e só temos comunicação remota? O que acontece quando todas as escolas e universidades trabalham online? Essas são perguntas que a população mundial está fazendo neste momento, do médico ao trabalhador de escritório, do empresário ao professor.
Pela primeira vez na história, os governos hoje têm a capacidade de monitorar toda a sua população ao mesmo tempo e em tempo real, um dispositivo que nem a KGB soviética conseguiu em um único dia. Os governos de hoje conseguem isso com sensores onipresentes e poderosos algoritmos, como demonstrou a China, monitorando a população por meio de telefones celulares e por câmeras de reconhecimento facial.
A questão que nos alerta Harari é, se os dados de suas reações serão usados politicamente para saber como respondem as emoções do eleitorado a certos estímulos apenas, estatisticamente, ou para manipular grandes massas. Eis a questão!
Atualmente na China, vários aplicativos alertam ao portador de um celular de que ele está próximo de uma pessoa infectada, porém, a que suposto perigo poderiam nos alertar também?
Esses tipos de tecnologias não se limitam à ÁsiaHarari nos lembra que, recentemente, o primeiro-ministro israelense Benjamin Neranyahu autorizou a Agência de Segurança a usar tecnologia anteriormente restrita a combater terroristas para rastrear pacientes com coronavirus, isso foi feito através de um determinante ‘decreto de emergência’ que rejeitou as objeções da oposição no Parlamento.
Em outras palavras, a tecnologia de vigilância em massa que antes assustava muitos governos poderá ser usada regularmente, não mais como um controle ‘sobre a pele’, mas ‘sob a pele’. Os políticos terão muitas informações sobre o que nos provocam tristeza, tédio, alegria e euforia. Isso representa um poder sobre as populações sem precedentes e, portanto, arriscado.
Por outro lado, foi demonstrado que o monitoramento centralizado e a punição severa não foi a maneira mais eficaz de alcançar o cumprimento das regras que poderiam nos salvar. Porém, uma população motivada em sua própria saúde e bem informada é a única chave para esse processo.
De fato, esse é o grande ensinamento da política do uso do sabão, que não exige que um Big Brother nos assista a toda hora. Assim, o hábito do sabão precede todos os regulamentos, é um tipo de legado familiar de longo ciclo histórico.
O historiador e filósofo insiste na centralidade das histórias comuns às civilizações, como por exemplo, os costumes higiênicos. E para atingir esse nível de cumprimento e colaboração no bem comum, é necessária confiança na ciência, nas autoridades públicas e nos meios de comunicação.
Nos últimos anos, políticos irresponsáveis minaram deliberadamente a confiança na ciência, nas autoridades e nos meios de comunicação, afirma o historiador. Agora, esses mesmos políticos poderão ficar tentados a seguir o caminho mais rápido para o autoritarismo, com o argumento que não se pode confiar que o público faça a coisa certa, adverte.
Harari é a favor de se monitorar a temperatura corporal e a pressão sanguínea das pessoas, mas esses dados não devem ser usados para criar um governo todo-poderoso, devem permitir que as pessoas tomem suas decisões pessoais mais bem informadas e que, por outro lado, essas mesmas ferramentas também deveriam fazer com que os governos prestem contas de suas decisões, comenta.
Harari exorta que tenhamos um plano global na escolha entre o isolamento nacionalista e a solidariedade global. Dado que tanto a epidemia, quanto a crise econômica são globais, e apenas poderão ser resolvidas com a cooperação global.
Para derrotar a pandemia, precisamos compartilhar globalmente as informações, e essa é a grande vantagem dos seres humanos sobre os micro-organismos. A China pode ensinar muito aos Estados Unidos como combater o vírus. Enquanto o hesitante governo britânico decide entre privilegiar a economia e não a saúde pública, os coreanos têm muito a ensinar sobre a luta contra o coronavirus. Mas isso não pode ser alcançado sem o compartilhamento de informações.
Precisamos de um espírito de cooperação e confiança, alerta Harari. E também da plena disposição internacional de produzir e distribuir equipamentos médicos, como kits de teste e respiradores. Assim como os países internacionalizam suas principais indústrias durante uma guerra, o combate contra o coronavirus exige humanizar as indústrias comprometidas com o bem comum.
Nesse sentido, a humanidade está enfrentando um desafio histórico, do qual se precisa resolver o dilema da adoção do caminho da solidariedade global ou o da desunião, que apenas resulta em prolongamento da crise.

domingo, 23 de fevereiro de 2020

O Brasil e a Década de Mudanças


Estamos entrando em uma nova década, certamente, de aceleradas mudanças tecnológicas, as quais nos levarão a um quadrante desafiador, não somente individualmente para cada um de nós, como também para os países em geral, principalmente, para os emergentes, o que se refletirá, intensamente, no mundo dos negócios.
Podemos dizer que, realizadas as reformas necessárias a que o país necessita, isso nos levará, certamente, a uma nação diferente em vários aspectos. Porém, a nossa invariável instabilidade como nação, nos acompanhará por algum tempo mais, até atingirmos a idade adulta, ou seja, a maioridade.
Somos ainda um país muito desigual, por vezes ainda infantilizado em nossas decisões, onde o descompasso com a realidade se torna, às vezes, gritante.
Nesse sentido, será um período de maturação dos grandes fenômenos incipientes, assim como há dez anos dada a popularização da internet já se imaginava como ela mudaria o mundo. Da mesma forma, fenômenos detectáveis no mundo de hoje terão seus efeitos mais fortes a partir desse ano, o qual iniciamos.
No Brasil, dado as melhorias no emprego e na renda (ainda que muito lentas), com taxas de juros menores, após a Reforma da Previdência Social, que afastou o risco de calote da dívida pública a curto e médio prazo, contribuirá para a melhora das expectativas dos empresários e do meio econômico em geral, o que é fundamental para a retomada dos investimentos em ativos reais.
Assim, com a queda estrutural da taxa de juros no Brasil, ocasionada pelo controle da inflação e da diminuição do risco da dívida pública, com a introdução da PEC dos gastos e da reformada da Previdência, aliado à estabilização dos preços, os investidores topam agora emprestar dinheiro para o governo a uma taxa de juros menor.
Atualmente, o custo de financiamento do setor governo via Taxa Selic é de 4,25% ao ano, e com a Selic no patamar mais baixo da sua história, o crédito para pessoa física e pessoa jurídica, pouco a pouco, tenderá a ficar mais barato.
Como sabemos, a redução do custo do crédito no varejo e no atacado não ocorre na mesma proporção da queda da taxa Selic, dado que as taxas de financiamento PF e PJ sofrem influência de outras variáveis, como inadimplência, custos operacionais, tributação e concentração bancária.
A diminuição da taxa de juros tem dois efeitos. O primeiro é sobre o consumo. As pessoas ficam mais propensas a consumir no presente, sem a necessidade de poupar para consumir no futuro. Com o aquecimento do consumo, as empresas produzirão mais, trazendo crescimento econômico.
O outro efeito acontece nos investimentos das empresas. Com a queda de juros, o custo de capital das empresas diminui, o que estimula o aumento do investimento (aquisição de máquinas e equipamentos), que também tem impactos positivos sobre o PIB, embora as empresas ainda estejam com elevada capacidade ociosa.
Além disso, como os prêmios no mercado de juros (renda fixa) estão menores (juro real negativo para um ano), os investidores tendem a procurar opções de maior rentabilidade, como investimentos em ações, por exemplo, onde se observa um crescimento do mercado de capitais para os próximos anos.
Tanto o aumento do consumo, como do investimento por parte das empresas, significa aquecimento de demanda a curto prazo. Como o país está com capacidade ociosa (máquinas e mão de obra parada), as empresas produzirão mais sem gerar pressões inflacionárias.
Com a realização das privatizações necessárias para reabastecer os cofres públicos e suspender a sangria de dinheiro que sustenta estatais mal geridas; com a realização de uma reforma administrativa que efetivamente reduza o tamanho do Estado, tornando-o mais eficiente; e com retomada da pauta da desburocratização, tudo isso fará, certamente, um país melhor.
Assim, com a reforma previdenciária concretizada e com o desempenho da equipe econômica de orientação nitidamente liberal, fatores externos, como a guerra comercial entre China e Estados Unidos, e agora as triscas entre EUA e Iran, e uma série de circunstâncias internas, majoritariamente de natureza política, assim como as dificuldades com o coronavírus na China, podem dificultar a retomada brasileira.
Atualmente, o governo não tem capacidade de investimento e, ao mesmo tempo, o país tem déficit de infraestrutura e demanda reprimida. Se as medidas saneadoras forem bem implementadas, poderão assegurar pelo menos uma parte das condições necessárias para a retomada do crescimento.
É fundamental que o Brasil se torne novamente atrativo para os investidores internacionais, mostrando solidez institucional, seriedade na condução da macroeconomia e empenho na adoção de boas práticas no aspecto socioambiental.
Devemos ponderar que, infelizmente, a recuperação da economia não ocorrerá de modo uniforme em todos os segmentos negociais. O agronegócio e a construção civil, por exemplo, têm um dinamismo próprio que favorece sua rápida ascensão, enquanto outros segmentos tendem a demorar um pouco mais. De qualquer forma, o aquecimento da economia e a volta do emprego favoreceriam o país como um todo.
Paralelamente, o Brasil precisa voltar a investir em educação e na formação profissional de seus cidadãos. Somos pouco competitivos e, rankings globais demonstram que estamos menos produtivos do que a média dos trabalhadores de outros países, portanto, já passamos da hora de corrigir essas distorções e de aprimorar o nosso capital humano!
Os principais parceiros do Brasil estão crescendo menos, e essa desaceleração deverá se aprofundar para os anos seguintes, segundo projeções mais recentes
No campo, vivemos uma janela de oportunidades. Hoje, o Brasil é uma potência do agronegócio e das commodities, graças aos recursos naturais e à mão de obra relativamente barata.
A partir de 2020, é possível que a África reúna também essas condições. Precisamos estar mais bem preparados para competir em outro nível, ou seja, no nível da produção de conhecimento. Precisamos buscar um novo patamar de geração de riqueza através da inovação tecnológica. Esse é o caminho.  
Voltando para a realidade de curto prazo, podemos dizer que as consequências econômicas do coronavirus ainda são incertas. Porém, já se apresenta um aumento de aversão ao risco e uma certa depreciação do mercado global, o que contribui para um cenário transitório mais incerto.
Por outro lado EUA e China assinaram a primeira fase do acordo comercial.
Por aqui a atividade econômica segue em recuperação gradual. As previsões do PIB se mantem em 1,2% para 2019 e de 2,2% para 2020.
Segue a criação da comissão mista no Congresso para discutir a reforma tributária e a possibilidade de encaminhamento da reforma administrativa, o que é um alento.
No contexto mundial, analistas vêm um aumento de aversão ao risco e a depreciação de ativos das economias emergentes, porém podem ser passageiros. E no médio prazo espera-se uma pressão negativa na atividade econômica global.
À parte a todas essas circunstâncias, seguem as expectativas de 132.000 pontos para o IBOVESPA até o final deste ano.