O Bitcoin é uma moeda totalmente virtual criada há mais de dez anos, a qual vem atraindo à atenção de investidores
em todo o mundo e já se tornou aceita como meio de pagamento em alguns países. Ela se transformou numa moeda, assim como o real ou o
dólar, porém, bem diferente dos exemplos citados.
Uma das diferenças marcante dessa moeda é o
fato de não ser possível mexer no bolso da calça e encontrar uma delas
esquecida, pois, ela não existe fisicamente. Sua existência é totalmente
virtual.
Outro fato inusitado é que sua emissão não é controlada por nenhum Banco Central. Ela é produzida de forma
descentralizada por milhares de computadores, mantidos por pessoas que
“emprestam” a capacidade de suas máquinas para criar “bitcoins” e registrar
todas as transações realizadas com ela.
No processo de nascimento de
uma bitcoin, chamado de
“mineração”, os computadores conectados à rede competem entre si na resolução
de problemas matemáticos onde o vencedor recebe um bloco da moeda.
Portanto, não é necessário ser um especialista para compreender o funcionamento das bitcoins. O nível de dificuldade dos desafios é ajustado pela rede, para que
a moeda cresça dentro de uma faixa limitada, que é de até 21 milhões de
unidades até o ano de 2140.
Esse limite foi estabelecido
pelo criador da moeda, um desenvolvedor misterioso chamado “Satoshi Nakamoto” —
que, até hoje, nunca teve a identidade comprovada.
De tempos em tempos, o valor da recompensa dos
“mineiros” também é reduzido. Quando a moeda foi criada, em 2009, qualquer
pessoa com o software poderia “minerar”, desde que estivesse disposta
a deixar o computador ligado por dias e noites.
Com o aumento do número de interessados, a
tarefa de fabricar bitcoins ficou apenas com quem tinha super máquinas. A
disputa aumentou tanto que surgiram até computadores com hardware dedicados, exclusivamente,
a essa tarefa como o Avalon ASIC.
Além da mineração, é possível
possuir bitcoins comprando unidades em casas de câmbio específicas ou aceitando
a criptmoeda ao vender coisas.
As moedas virtuais são guardadas em uma
espécie de carteira, criada quando o usuário se cadastra em um software
específico.
Depois do cadastro, a pessoa recebe um código
com letras e números, chamado de “endereço”, utilizado nas transações. Quando
ela quiser comprar um jogo, por exemplo, deve fornecer ao vendedor o tal
endereço. As identidades do comprador e do vendedor são mantidas no anonimato,
mas a transação fica registrada no sistema de forma pública. Detalhe, a compra
não pode ser desfeita.
Com bitcoins, é possível
contratar serviços ou adquirir coisas no mundo todo. O número de empresas que a
aceitam ainda é pequeno, porém, vários países, como a Rússia se movimentam no
sentido de regular a moeda. Em abril deste
ano, o Japão começou a aceitar bitcoins como meio legal de pagamento. O esperado é que até trezentos mil estabelecimentos no Japão aceitem, até este fanal de ano, esse tipo de moeda.
Por outro lado,
países como a China tentam fechar o cerco das criptomoedas, ordenando o
fechamento de várias plataformas de câmbio e proibindo a prática conhecida como
ICO (initial coin offerings), uma espécie de abertura de capital em uma bolsa
de valores, porém, realizada com criptomoedas.
Já o valor da bitcoin segue as regras de
mercado, ou seja, quanto maior a demanda, maior a cotação.
Historicamente, a moeda virtual apresenta alta
volatilidade. Em 2014, sofreu uma forte desvalorização; no entanto, retomou sua
popularidade nos anos seguintes.
Nos últimos anos, o interesse pela bitcoin
explodiu. Em dado período a moeda era negociada a pouco mais de mil dólares,
para depois chegar a mais de 10 mil dólares.
Os entusiastas da moeda dizem que o movimento
de alta deve continuar com o interesse de novos adeptos e com maior aceitação
da moeda; enquanto críticos afirmam que a moeda vive uma bolha semelhante à Bolha das Tulipas, do século XVII na Holanda, e que estaria
prestes a estourar.
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