quinta-feira, 29 de setembro de 2016

O mundo está mudando...

O mundo, literalmente, está mudando sem que o percebamos. Os computadores, nossos aliados de hoje, vêm silenciosamente introduzindo o que os especialistas chamam de “Quarta Revolução Industrial”. Assim, softwares (programas) vêm transformando as atividades tradicionais dos negócios, os quais serão notados mais visivelmente, nos próximos cinco a dez anos.
O UBER, uma empresa multinacional norte-americana de transporte privado urbano está fundamentada no que se chama de “tecnologia disruptiva”, ou seja, uma tecnologia inovadora em rede que se utiliza de um aplicativo conhecido como “E-hailing” (chamada eletrônica) que oferece um serviço semelhante ao do táxi tradicional, conhecida popularmente como serviços de "carona remunerada", portanto, um dos exemplos dessa mudança que nos acompanha. Notem que o UBER se constitui apenas de uma ferramenta de software que não é proprietária dos carros que atendem a sua clientela, porém, se transformou na maior companhia de táxis do mundo.
A AIRBNB, hoje uma empresa com sede em São Francisco na Califórnia teve seu início apenas em um site onde as pessoas alugavam quartos em suas casas, algo como um “CouchSurfing” (surfar no sofá alheio). Como o negócio cresceu, exponencialmente, o site começou a ser usado também para alugar apartamentos inteiros e se transformou em uma "imobiliária online", a qual mais cresceu nos últimos anos e se tornou a maior companhia hoteleira do mundo sem que seja proprietária das edificações as quais aluga.
Já a chamada Inteligência Artificial (a inteligência incorporada a computadores e softwares) vem viabilizando um melhor entendimento entre pessoas e negócios ao redor do mundo.
Nos Estados Unidos, advogados jovens já não conseguem empregos, pois, através da inteligência artificial do WATSON (supercomputador da IBM) já se pode conseguir aconselhamento jurídico/legal dentro de segundos, com 90% de exatidão se comparado com os 70% de exatidão quando feito por humanos.
Especialistas comentam que os Advogados é que se cuidem! Pois, existem expectativas de que haverá 90% menos advogados no futuro, onde somente os especialistas, sobreviverão. Além disso, o WATSON vem ajudando enfermeiras a diagnosticar câncer com quatro vezes mais exatidão do que as enfermeiras humanas. 
Já o FACEBOOK vem incorporando um software de reconhecimento de padrões o qual pode reconhecer faces melhor que os humanos, havendo fortes expectativas de que em 2030, os computadores se tornarão mais inteligentes que os humanos.
Os veículos autônomos são outra realidade! Os primeiros veículos dirigidos automaticamente já aparecem ao grande público. Estima-se que ao redor de 2020 a indústria automobilística começará a ser demolida, pois, as pessoas não desejarão mais possuir um automóvel.  Nossos filhos jamais necessitarão de uma carteira de habilitação ou serão donos de um carro no futuro.
Estes acontecimentos mudarão as cidades para sempre, pois elas necessitarão de 90 a 95% menos carros para uso. As cidades poderão então transformar suas áreas de estacionamento em parques recreativos ou em áreas de lazer.
A diminuição de perdas humanas no transito é outra marca dos novos tempos. Atualmente, cerca de um milhão e duzentas pessoas morrem a cada ano em acidentes decorrentes do trânsito automotivo em todo o mundo. Já as estatísticas demostram que hoje temos um acidente decorrente do trânsito a cada 100.000 km, porém, com a utilização dos veículos “autodirigidos” se projeta uma estatística de um acidente a cada 10.000.000 de km, o que salvará mais de um milhão de vidas por ano.
Desse modo muitas empresas automotivas desaparecerão. Diante disso, muitas companhias automobilísticas tradicionais vêm adotando uma estratégia evolucionária de construir carros melhores enquanto as companhias tecnológicas como Tesla, Apple e Google, vêm adotando uma estratégia revolucionária e construindo um computador sobre rodas.
Os reflexos já começam a aparecer. Volkswagen e Audi estão completamente aterrorizadas com a disposição da empresa TESLA MOTORS, uma marca de automóveis norte-americana que desenvolve e comercializa veículos elétricos de alto desempenho e que tem como tendência abocanhar novos mercados para seus produtos no mundo todo.
Pois, é! Tudo isso acontecendo e nós aqui dando milho aos pombos!

quarta-feira, 21 de setembro de 2016

Atual Momento Brasileiro

O Brasil vem passando pelo seu pior ciclo na economia, na política e em seu processo ético, mergulhando-se numa crise econômica, política e moral sem precedentes.
Mas tudo isso não ocorreu por obra do acaso. Isso fora plantado, programado pelo “Lulopetismo”, o chamado projeto criminoso de poder que levou o país à lona como na imagem de um boxeador que vai às cordas e ao chão do ringue sem conseguir se levantar por 10 segundos, acompanhados pela contagem do juiz da luta. Assim, analogamente, o país vai a nocaute e a contagem para que se levante, é estimada em algo perto de 10 anos caso não ocorra nada de errado neste transcurso de tempo.
Infelizmente, esse é o quadro ao qual o país se encontra com uma dívida (déficit fiscal) de aproximadamente R$ 200 bilhões, com 13 milhões de desempregados e uma recessão profunda de 8,7%, acumulando dados de 2015, 2016 e 2017 (em projeção), acrescidos, naturalmente, dos rombos da Petrobras, do Setor Elétrico e dos Fundos de Pensão, para citar apenas alguns.
Em economia chamamos de recessão uma fase de contração no ciclo econômico que se desdobra em retração geral da atividade econômica por um período longo de tempo, onde identificamos queda no nível da produção (medida pelo Produto Interno Bruto), aumento do desemprego, queda na renda familiar, redução da taxa de lucro do empresariado, aumento do número de falências e concordatas, aumento de capacidade ociosa das empresas e queda do nível de investimento do país como um todo.
Voltando à realidade brasileira podemos dizer que depois de a Presidente Dilma Vana Rousseff afrontar a Lei de Responsabilidade Fiscal; determinar a tomada de recursos emprestados em bancos públicos algo vedado pela Constituição; e da emissão de decretos suplementares para complementação de verbas sem que haja recursos suficientes para isso, sem autorização e aprovação do Congresso Nacional, jogando o país no abismo, veio por meio de decisão ampla do Congresso Nacional o afastamento da ex-presidente. Porém, com sério agravante: o não cumprimento da Constituição brasileira em seu Artigo 52 – parágrafo único - onde se lê: “a condenação, que somente será proferida por dois terços dos votos do Senado Federal confere a perda do cargo por meio de impeachment com inabilitação por oito anos do presidente da república para o exercício de funções públicas, sem prejuízo das demais sanções judiciais cabíveis”.
Neste contexto, bastou à desastrada decisão do Ministro Ricardo Lewandowiski de não apenar a presidente com a perda de direitos políticos com inelegibilidade por 8 anos, burlando assim a Constituição brasileira em rede nacional de rádio e TV para que os comunistas de plantão se assanhassem pelas ruas em tortuosas manifestações aplicando o banditismo de sempre, com brados delinquentes (contrário à lei e a moral) como “fora ao presidente recém-empossado” e a berros alucinados de golpe, coisa que não existira dado ao amplo direito de defesa à presidente para que ela e seu advogado de defesa pudesse convencer os congressistas do contrário.
Todavia a cantilena fascista (simpatizante de governos autocráticos e centralizados na figura de um ditador) tem continuidade pelas ruas, levando mentiras deslavadas, exibindo ignorância, reproduzindo a chamada guerrilha verborrágica urbana que encontra eco nos meios de comunicação e nas redes sociais que têm como objetivo principal distorcer a verdade repetindo alucinadamente o lengalenga do golpe com a ideia de que “uma mentira repetida mil vezes torna-se verdade” ideia, aliás, concebida por “Jozeph Goebbels” (ministro da Propaganda de Adolf Hitler) num claro interesse de deslegitimar o legítimo governo recentemente empossado.
Nessa toada utilizam-se de cooptação de pessoas nas ruas, nas escolas, nas universidades pregando o autoritarismo, não aceitando a ideia do contraditório, não levando em conta a variabilidade do pensamento humano e não encarando, portanto, uma discussão séria e civilizada sobre os acontecimentos. Ou seja, discutir verdadeiramente e seriamente tudo que se passa no país não pode. Daí, a tática de distorcer a realidade, distorcer a ideia de organização do estado, de distorcer a ideia de organização da produção e do “modus operandi” do meio empresarial, etc.
Assim é preciso entender que o pensamento comunista permeia nas sociedades desde a Grécia Antiga, onde o filósofo Platão buscava arquitetar uma forma de governo ideal onde a propriedade privada e as famílias seriam extintas. E com o fim da família e da propriedade reforçaria um ideal de comunidade que colocaria em segundo plano os interesses individuais e familiares onde a união sexual deveria ter caráter temporário e a criação dos filhos seria de responsabilidade do Estado. Lembram-se da chamada Lei da palmada?
Mais adiante no período de ascensão da burguesia mercantil, outros pensadores também se preocuparam em criticar os valores de seu tempo em favor de uma sociedade ideal e no século XVI, o filósofo britânico Thomas Morus redigiu a obra “Utopia”, lançando novas bases onde o comunismo seria vivido por meio de mecanismos que subordinassem a individualidade em prol do coletivismo, matando assim a criatividade individual. 
Dessa maneira, o socialismo lançou uma ousada proposta de transformação ao buscar na luta de classes e no materialismo histórico, meios racionais de mudança. Segundo o pensamento marxista, as desigualdades seriam suprimidas no momento em que as classes subordinadas tomassem o controle do Estado. Daí a cantilena do patrão versus empregados, por exemplo.
Assim, um governo guiado pelo interesse dos trabalhadores, ao longo do tempo, reforçaria práticas e costumes em favor do comunismo. De acordo com o pensamento socialista, a real instituição do comunismo somente aconteceria no momento em que o Estado (compreendido como uma instituição de controle) fosse extinto em favor de uma sociedade na qual as riquezas fossem igualitariamente divididas a todos aqueles que contribuíssem com sua força de trabalho.
Será que iremos utilizar o “supra-sumo do lixo” do marxismo produzido no século 19 como estrada para argumentos fundamentados na ignorância, no discurso fácil, na desqualificação fascista e na desonestidade intelectual como projeto de nação?
Assim, a gritaria somente ocorre pelo fato de estarmos nos livrando de um projeto criminoso de poder que, dentre outras mazelas, estabeleceu o Capitalismo de Estado através do financiamento público a empresas privadas, buscando que essas empresas se tornassem campeãs nacionais em sua área de atuação, ignorando a livre concorrência e o direito de escolha do consumidor, investindo no processo de acumulação de capital entre os burocratas que passariam a usufruir de diversos privilégios, formando assim uma burguesia estatal com forte intervenção do Estado na economia.
Desse modo, o Brasil vem marchando o caminho da incerteza na fronteira entre o projeto nacional de nação versus dominação comunista que vai ganhando contornos trágicos ao destino da nação.

quinta-feira, 8 de setembro de 2016

O Fantástico Padre Landell

O Brasil é mesmo um país que permeia adversidades. Muitas vezes sublime no conhecimento e decepcionante no reconhecimento. E por este comportamento inocente e iletrado ignora seu próprio destino de grandeza e se atrasa no bonde da história.
Com o Padre Landell, não foi diferente. Os brasileiros embreados na ignorância cotidiana e pela influência nefasta dessa esquerda circense, tresloucada e transvestida de democracia, descolada do tempo e da história contribui imensamente para o apagão geral da sensatez brasileira. Ao invés de cultuar o aprendizado, o conhecimento, o trabalho promovem, simplesmente, a quebradeira, a desordem e a corrupção desenfreada no país.
Assim, desviados do pensamento moderno promovem a bandalheira, o descumprimento das Leis, o desconhecimento e a falta de diálogo que nos distancia da civilidade e dos interesses legítimos de nosso povo para atender ideários cavernosos (que vem das cavernas), com discursos doentios e febris que apenas semeiam discórdias, deselegância e quebra-quebra, desorganizando o estado de direito do país, fonte de tranquilidade e progresso de uma nação. E desse modo fantasioso dizimamos nossa cultura, nosso conhecimento, nossas expertises e o nosso jeito sagrado de ser.
Nesta toada inventores de ponta como o Padre Landell se tornam ilustres desconhecidos da população brasileira seja do contingente estudantil, seja da população adulta, seja dos jovens e dos mirins.
É necessário, portanto, que a sociedade brasileira conheça a instigante história do Padre Landell que apesar de ser padre foi um visionário da comunicação brasileira nos idos de 1890 e por isso um dos maiores descobridores de todos os tempos.
Mas, afinal quem é ou quem foi Roberto Landell de Moura, o Padre Landell, esse desconhecido?
Roberto Landell de Moura é um Porto-Alegrense, nascido em 1861 e falecido em 1928, foi um padre católico, cientista e inventor brasileiro, com raros conhecimentos, que estudou, pesquisou e desenvolveu inventos que dão suporte a produtos de alta tecnologia que fazem parte da atualidade mundial.
Padre Landell teve sólida formação cultural e científica, e formou-se sacerdote em Roma. Voltando ao Brasil, passou a desenvolver sua carreira eclesiástica, sendo indicado por diversas paróquias nos estados do Rio Grande do Sul e São Paulo.
Embora fosse um devotado ao sacerdócio, antes de se radicar definitivamente no Rio Grande do Sul suas passagens pelas paróquias foram tipicamente breves, e mais de uma vez pediu exoneração voluntária. Sabe-se que sua devoção à ciência e suas ideias avançadas para seu tempo causaram algumas vezes o espanto e a revolta dos católicos, e isso pode ter sido um fator importante na sua incapacidade de desenvolver um trabalho pastoral estável, ao mesmo tempo em que seus experimentos ocupavam muito de sua energia e atenção.
Somente na fase final de sua vida religiosa, já tendo deixado a ciência em segundo plano, sua carreira na Igreja se consolidou, sendo designado sucessivamente vigário-geral da Arquidiocese de Porto Alegre, Cônego e penitenciário do Cabido Metropolitano, Monsenhor e Arcebispo, responsável também pela Paróquia do Menino Deus e, finalmente, pela Paróquia do Rosário, em cuja igreja se encontra hoje seus despojos mortais.
Landell de Moura, no entanto, é mais conhecido pelo seu pioneirismo na ciência da telecomunicação, tendo desenvolvido uma série de pesquisas e experimentos que o colocam como um dos primeiros a conseguir a transmissão de som e sinais telegráficos sem fio por meio de ondas eletromagnéticas, o que daria origem ao telefone e ao rádio, senão o primeiro de todos, o que ainda é motivo de polêmicas. Vários testemunhos afirmam que ele vinha realizando testes bem sucedidos em ambas as modalidades de transmissão desde 1893 ou 1894.
Seu primeiro registro inconteste, documentado publicamente, é de 3 de junho de 1900, testando com sucesso aparelhos que transmitiram sem fio sons e sinais telegráficos. No Brasil, restritamente, é considerado o pioneiro em nível mundial. Em outros países sua realização permanece largamente ignorada embora fontes estrangeiras estejam aceitando a sua primazia.
Deixou projetos que apontam seu pioneirismo na transmissão de imagens sem fio, sendo considerado nacionalmente um precursor da televisão e das fibras ópticas.
Demonstrou paralelamente algum interesse pela homeopatia, pela psicologia e pelo espiritismo, abordados pelo viés da ciência.
Teve muitas dificuldades técnicas e financeiras para desenvolver suas pesquisas, trabalhou a maior parte do tempo sozinho e encontrou muita resistência e incredulidade por parte de autoridades e da população, o que impediu que seu reconhecimento em vida tivesse acontecido.
Roberto Landell de Moura é considerado um dos vários "pais" do rádio, no caso, o pai brasileiro do Rádio. Foi pioneiro na transmissão da voz humana sem fio (radio-emissão e telefonia por rádio) em dezembro de 1900, antes mesmo que outros inventores, como o canadense “Reginald Fessenden”, enquanto que Marconi se notabilizou por transmitir sinais de telegrafia por rádio, o qual somente transmitiu a voz humana em 1914.
Roberto Landell estudou com os Jesuítas de São Leopoldo (RS) a partir de 1879 antes de seguir para a Escola Politécnica do Rio de Janeiro. Em companhia do irmão Guilherme, seguiu para Roma, matriculando-se em 1878, no Colégio Pio Americano e na Universidade Gregoriana onde estudou Teologia, Física e Química e se tornou sacerdote católico em 1886. Em Roma, iniciou os estudos de física e eletricidade. No Brasil, como autodidata continuou seus estudos, e realizou as suas primeiras experiências públicas na cidade de São Paulo, no final do século XIX. Um fato interessante é que por algum tempo substituiu o coadjutor do capelão do Paço Imperial, no Rio de Janeiro, e manteve longos diálogos científicos com D. Pedro II.
Nos Estados Unidos em 1904, o padre Landell registrou o transmissor de ondas, o telefone sem fio e o telégrafo sem fio. Além disso, inventou a válvula de três eletrodos, uma peça fundamental para o desenvolvimento da radiodifusão. De volta ao Brasil no ano seguinte, no Rio de Janeiro, o inventor solicitou ao Presidente Rodrigues Alves dois barcos para poder demonstrar o seu invento; ocasião em que foi tachado de "maluco e espírita" e teve seus equipamentos destruídos pela segunda vez.
Foi pioneiro na transmissão da voz, utilizando equipamentos de rádio de sua própria construção, patenteados no Brasil em 1901, e, posteriormente, nos Estados Unidos em 1904. E por utilizar a luz como meio de transporte de informação, Landell é considerado um dos precursores da fibra óptica.
Visto por uma população ignorante como herege, impostor, feiticeiro perigoso, louco, bruxo e padre renegado por seus experimentos envolvendo transmissões de rádio em São Paulo; pagou com sofrimento, isolamento e indiferença por sua posição de vanguardismo científico absoluto, chegando a dizer que, no futuro, haveria comunicação interplanetária.
Assim, falar de Padre Landell é falar do descaso científico e da falta de incentivo em Ciência e Tecnologia e em Pesquisa e Desenvolvimento no país.