O brasileiro comeu
o pão que o diabo amaçou em dois mil e quinze, e inicia dois e dezesseis sem
perspectivas e sem rumo.
Na realidade o
país vem sendo sugado pelos detentores do poder e se encontra desgovernado e a
nova composição ministerial ainda é uma incógnita. Assim, não temos governo. Apenas
se finge que algo é realizado ou está sendo realizado e nada mais!
O projeto da
cúpula governamental, infelizmente, nunca foi o Brasil e o que se busca agora é
manter-se no poder a qualquer preço, algo difícil de concretizar porque o povo
se cansou de ser apenas coadjuvante e pagar as contas.
Para se mudar o
Brasil é simples. É preciso remover o projeto criminoso de poder, dar um basta
na gastança do governo para diminuir o déficit público e abrir espaço para investimentos
de qualidade em infraestrutura e educação para trazer competitividade a todos os
segmentos do país.
Mas o que vemos é
o país ladeira abaixo com o pé no acelerador! A recessão de 2015 está aí com
menos 4% do PIB; o desemprego chegou a 11%; a inflação bateu 10,67%, (a maior
desde 2002 e bem acima do teto da meta inflacionária de 6,5%) e os juros estão
nas alturas com a taxa CELIC a 14,25% aa.
Para este ano de
2016 a coisa não será muito diferente. Recessão com menos 3% do PIB, desemprego
em 9%; inflação em 8% e juros subindo para, provavelmente, 15,2% aa.
Lembremos que,
recessão em dois anos seguidos, o Brasil assistiu somente no ano de 1930 com o
debacle da Bolsa de Valores nos EUA em 1929, portanto há 86 anos. Fica a
pergunta: o Brasil aguentará mais três anos de governo Dilma? Ou melhor, o país
aguentará mais três meses do desgoverno atual?
No entanto, sou
daqueles que mesmo reconhecendo as tremendas dificuldades penso que ainda
podemos nos levantar. Deste modo, por mais que o governo tente infelicitar o
país, por mais que eles tentem nos criar dificuldades, e eles criam, saibam
disso; por mais difíceis que sejam as dificuldades precisamos lutar contra elas,
intervindo no processo fazendo a nossa parte.
É fato que a
nossa felicidade pessoal não pode e nem deve depender de governo algum. Porém, em
alguma medida temos certa dependência, ou seja, se o governo é ruim, se o
governo é muito fraco e se o governo torna o cotidiano das pessoas infernal, é
claro que isso interfere nas pessoas.
Independentemente
do governo de plantão temos que fazer um esforço para fazer a nossa parte junto
aos nossos familiares, junto aos nossos amigos para tornar a vida ou a
realidade da vida, uma coisa melhor, mais agradável, porque, a nossa felicidade
direta não depende de governo nenhum. Aliás, os governos autoritários adorariam
que a gente dependesse deles para tudo. Mas, felizmente, não dependemos.
Assim, os que lutam
por um país melhor, os que lutam por um estado menor, os que lutam por um
estado mais eficiente, os que lutam por um governo decente será que são alheios
à justiça social como os governantes querem fazer crer? Será que estes são alheios
ao discurso da igualdade ou da diminuição das diferenças? Claro que não!
Apenas não se quer
a assistência que escraviza, queremos a assistência que liberta. E isso não é
mera retórica. Isso tem dimensão prática. A assistência que escraviza é a forma
como o PT faz o programa Bolsa Família, por exemplo. Essa é a assistência que
escraviza porque as pessoas ficam ali penduradas naquele programa, e não sairão
dali. Queremos um estado oferecendo escola decente, pois, escola decente é a
assistência que liberta, a qual capacita o ser humano para a vida.
As pessoas que
lutam contra esse estado de coisas. Contra essa concepção de República
deformada, bandida, preocupam sim com os pobres, pois elas querem e buscam por uma
boa escola, por uma boa saúde e por uma segurança pública que funcione
realmente. Ou seja, tudo aquilo que o governo não oferece, embora, cobrem de nós
brasileiros impostos entre os mais altos do mundo.
Desse modo o estado
é gerenciado por um governo que sabe arrecadar, porém não sabe devolver em serviços
eficientes para a sociedade o corresponde aos elevados impostos pagos por essa
mesma sociedade, por uma simples razão, por ser um governo incompetente.
Podemos dizer que
o governo perdeu o eixo, mas o povo não. Assim, apesar de tudo acredita-se num
novo Brasil que está nascendo, que já nasceu o qual está nas ruas. Um novo
Brasil que pede eficiência; um novo Brasil que pede competência; um novo Brasil
que pede decência; um novo Brasil que pede vergonha na cara; um novo Brasil que
não aceita trocar esmola pra manter gatunos no poder.
Por fim, o que se
quer em realidade é a defesa de valores como a democracia, valores como a
liberdade, valores como a economia de mercado, valores como os direitos
individuais e direitos públicos, não os desvalores que roubam o futuro dos
brasileiros.
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