Na semana passada
falamos da tentativa dos esquerdistas de se colocarem como exclusivistas na
defesa aos mais pobres o que, em realidade, não corresponde à verdade, o que
somente faz enganar os menos avisados.
Hoje vamos falar
de mais duas pérolas dos esquerdistas.
Assim, é muito
frequente em conversas com os esquerdistas ouvir o chavão: Você defende o
interesse dos mais ricos.
Pois é, esse é
mais um discurso que qualquer liberal já ouviu inúmeras vezes, o qual trás a
falsa ideia de que o liberalismo defende os interesses dos mais ricos.
Paremos e pensemos.
Caso você seja um empresário bem sucedido que emprega milhares de pessoas e
mantem um alto padrão de vida por desenvolver esse trabalho, qual o seu
interesse em seu negócio? É de que ele possa prosperar e abocanhar a maior
fatia do mercado para defender o seu patrimônio e o seu negócio – afinal de
contas isso se traduz em sucesso do empreendimento.
Agora, diga com
sinceridade. Qual cenário você prefere aqui: um cenário ao qual diminua os
impostos e a burocracia do país, para que em pouco tempo você receba um concorrente
que diminua a sua participação no mercado, ou um cenário que mantenha o mercado
fechado, sem concorrência? Evidentemente que há empresários que apostarão suas
fichas num cenário economicamente mais livre por suas próprias consciências e
outros que buscarão essa liberdade porque não se sentem prejudicados na busca
pelas primeiras posições. Porém, incentivos econômicos apenas aos que são
realmente grandes levam ao intervencionismo, não ao livre mercado.
Não é uma
coincidência que tantas empresas se aproximem de diversos governos ao redor do
mundo para fazer lobby (pressão de um grupo organizado sobre políticos e
poderes públicos na defesa de seus interesses). É isso
que operadoras de telefonia fazem contra o “WhatsApp”. É isso que os grandes
cartéis de táxi fazem contra o “Uber”. É isso que operadoras de televisão por
assinatura fazem contra a “Netflix”. E por aí vai.
Para um liberal,
o Estado é um grande agregador de poder, porém, através dele, políticos dos
mais diferentes partidos costumam se aproximar do capital econômico para a
construção de seu capital político. Daí grandes empresários ajudam a alimentar
a roda, em busca do cálice de ouro.
Há alguns
séculos, o mundo ocidental construiu o laicismo, ou seja, a ideia de que não
cabe à religião se meter nos assuntos de Estado. E por analogia o Estado deve
ficar separado da economia, pois sem isso, os grandes empresários do mercado
permanecerão exercendo suas influências através do governo e cobrando caro por
suas moedas de troca.
Outro jargão
muito comum aos esquerdistas é dizer que “você é um reacionário”.
Assim, da
mesma forma que o inconsciente coletivo político tende a “entregar” o monopólio
da preocupação pelos mais pobres à esquerda, o mesmo ocorre em relação às
minorias.
Acontece que o
liberalismo não é apenas uma filosofia econômica, é também uma filosofia política.
Para um liberal, o livre mercado é incompatível com um cenário com restrições à
liberdade individual.
Assim, os liberais
também defendem as bandeiras das minorias. Concorda com o direito de as pessoas
seguirem a religião que bem entenderem, ou mesmo o direito das pessoas não
seguirem religião alguma. E defende o direito à propriedade.
O mercado é um
lugar onde ocorrem interações voluntárias entre pessoas dos mais diferentes
tipos. E nele, cabe às pessoas qualquer julgamento. Seja apoiar ou boicotar uma
empresa que abrace ou critique aquela causa social que você dá tanta
importância. Seja montar uma empresa para atender os interesses de uma minoria
em especial. Já os esquerdistas tentam fazer com que as pessoas pensem iguais a
eles.
Assim, cada um no
seu quadrado, lembrando que os esquerdistas sempre trazem contigo aquela imagem
da esquerda reacionária a qual se identifica a própria ignorância a respeito de
coisas que lhe são estranhas, principalmente, por desconhecimento. Isso mina o
relacionamento e, por conseguinte, o crescimento das discussões.
Pense nisso!
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