O
mundo globalizado é sempre uma porta aberta para a competitividade. E dentro
deste contexto, os países mais avançados vêem se preparando na busca da
construção de seus futuros. Neste ambiente, o mundo empresarial, o esporte, a
ciência, a tecnologia, a medicina, a economia e, principalmente, a educação,
base de todos os outros conhecimentos, vem se utilizando de novos métodos e
quebrando paradigmas, que surpreendem os concorrentes globais. E nessa toada só
não vale é ficar parado dentro de um discurso vazio como ocorre atualmente aqui
no Brasil.
Assim,
o Japão vem testando um plano piloto revolucionário chamado “Mudança Corajosa”
(Fotuji no henko) com base nos programas educacionais: Erasmus, Grundtvig,
Monnet, Ashoka e Comenius, que se trata de uma mudança conceitual quebrando todos
os paradigmas. O método é tão revolucionário que treina crianças como “Cidadãos
do Mundo”, não japoneses.
Nessas
escolas japonesas não se rende o culto a bandeira, o hino não é cantado, não se
vangloria heróis inventados pela história. Os alunos já não acreditam que o seu
país é superior aos outros só porque eles nasceram nele. Eles já não vão à
guerra para defender os interesses econômicos de grupos poderosos, disfarçados
de “patriotismo”.
O
foco principal do ensino está na compreensão e aceitação das diferentes
culturas com seus horizontes globais e não de cunho nacional.
O
mais interessante é que a mudança está ocorrendo numa sociedade extremamente
tradicional e machista!
Assim
o chamado Programa dos 12 Anos é baseado nos seguintes conceitos: Zero
patriotismo; Zero supérfluo e Zero tarefa. São consideradas apenas 5 matérias: Aritmética
voltada para negócios com operações básicas e uso comercial para calculadoras. Leitura,
onde os alunos começam a ler diariamente uma folha de um livro de escolha livre,
porém, o sistema exige que o aluno tenha lido o livro em uma semana. Cidadania,
entendida como pleno respeito às leis, coragem cívica, ética, respeito às
regras de convivência, tolerância, altruísmo e respeito a ecologia. Computação,
com conhecimentos em Office, Internet, redes sociais e negócios On Line. O novo
método estabelece o conhecimento de quatro línguas, alfabetos, culturas e religiões,
ou seja, Japonês, Inglês, Chinês e Árabe, com possibilidades plenas de fazerem visitas
de intercambio com familiares em cada país de estudo no verão.
Mas qual
seria o resultado desse programa no futuro?
O
resultado imaginado é que jovens aos 18 anos estariam aptos a falarem quatro
idiomas, ter conhecimento de quatro culturas diferentes, quatro alfabetos e
quatro religiões distintas. Os alunos seriam bastante expertos no uso de seus
computadores. Leriam 52 livros a cada ano com restrito respeito às leis, a
ecologia e a convivência entre si e os povos, com manipulação minuciosa da
matemática empresarial.
O
único, porém, é que será contra eles que nossos filhos e netos irão competir.
Mas quem
são os nossos filhos e netos?
“Carinhas”
que sabem mais de TV, fofocas, nomes de artistas famosos, porém, sem história.
Adolescentes
que falam o Espanhol só mais ou menos, têm ortografia ruim, não conseguem fazer
somas de frações, e são especialistas em “copias durante os exames”. Crianças
que passam mais tempo assistindo à estúpida televisão do que estudando ou
lendo, quase sem entender o que lêem. Crianças que são chamadas de “vídeo homo”
porque não se socializam, sendo estupidificados com o iPod, iPed, Tablets,
skate, blackbarries, facebook, chats, onde só falam das mesmas “porcarias”
listadas acima. Ou estão nos joguinhos de computador, em isolamento, num
autismo claro capaz de ameaçar a liberdade, a educação, a auto-estima, o
respeito pelos seus pais ou outras pessoas, a solidariedade, a cultura,
promovendo assim um egoísmo alarmante!
Fica
assim um alerta para pais e mestres!
Fonte: Francisco
Javier Abad Vélez, Decano na Facultad de Negocios y Ciencias Empresariales –
Uma Universidade Privada da Argentina.
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