Os momentos de
chegada do Menino Deus e de início de um Novo Ano, a cada giro de 365 dias, nos
convida à renovação, mas, não a uma renovação fugaz, que se desfaça à primeira
semana do ano que se inicia, mas, a uma renovação mais profunda que nos leve a
estar melhores conosco mesmo, melhores em nossas atitudes, em nossos afazeres, em
nossos relacionamentos, em nossos conhecimentos. E muito melhores ainda em
nossa visão de mundo para proporcionar-nos a busca de nossas pretensões, não
somente, em nosso plano individual de vida, mas, num aspecto mais amplo
orientado para as decisões do que seja realizado de melhor localmente em nossas
cidades, em nosso estado, em nosso país, e em nosso planeta como um todo.
Somente com uma
visão mais ampliada de vida e de mundo é que, realmente, iremos contribuir para
que tudo se encaminhe para uma perspectiva de trabalho, aprendizado e honorabilidade,
no sentido de ultrapassarmos nossas dificuldades momentâneas, assim como aquelas
que se vislumbram mais adiante, no médio e no longo prazo.
Assim, nada mais
velho e deselegante, que furar uma fila de banco; que um motorista de taxi avance
um quarteirão para levar uns trocados a mais de seu cliente; que um condutor
ultrapasse o sinal vermelho.
Nada mais
deselegante que furtar um “bom dia” a alguém. Nada mais velho que o aluno
desleixar o professor que o ensina em sala de aula. Nada mais velho que o descaso
com a educação, a saúde e a segurança pública. Nada mais esdrúxulo que a
elevada carga tributária em cima dos brasileiros. Nada mais indecente e
ridículo que a desfaçatez e a roubalheira dos políticos brasileiros de plantão.
Nesta mesma
toada: nada mais velho e sem lógica, que a existência de 39 ministérios em
Brasília. Nada mais velho que o discurso de posse da “Presidenta”, que insiste
em falar de realizações e legados que não existem, de dizer coisas que não se
realizam, de falar de um futuro que não se atinge. Não com esse modelo
populista já ultrapassado e desacreditado e, por isso mesmo, sem rumo.
Nada mais velho do
que se ouvir um discurso de intolerância à inflação quando a inflação há quatro
meses se encontra, persistentemente, acima do teto da meta de 6,5% ao ano. Nada
mais velho em ouvir da Presidente que existe um combate sem tréguas à corrupção
quando a corrupção está na raiz de seu governo e de seu próprio partido - que o
diga a inércia nas decisões anticorrupção que sequer procurou fazer-se o mínimo,
o qual seria a dispensa imediata de toda a diretoria da Petrobrás no mais tenro
sinal de desvios de conduta ética.
Nada mais velho e
enfadonho do que ouvir da Presidente que não vai se mexer em direitos
trabalhistas quando na virada do ano o governo central alterou direitos do
Seguro Desemprego, do PIS e da Pensão das Viúvas abandonadas.
Como se prometer
melhorias em logística e transporte depois de 12 anos no poder onde não se
conseguiu melhorar sequer as estradas brasileiras. Assim, quem assiste e escuta
o discurso verifica que é um discurso contra o seu próprio governo onde não se conseguiu
avançar em quase nada! Como acreditar num discurso que faz referência aos
predadores internos da Petrobrás, como questiona a “Presidenta”, sendo que as
pessoas que jogaram a Petrobrás no chão foram indicadas por ela mesma e pelos
partidos de sua base aliada?
Já a educação que
foi negligenciada nos últimos 12 anos de mandado Petista aparece agora em seu
discurso presidencial com o lema “Brasil Pátria Educadora” um slogan que já
fora dito em mesma ocasião em 2010 e que trouxe como Ministro da Educação o Sr.
Cid Gomes (que não queria ser ministro), e que em realidade não tem nenhuma
intimidade com a pasta, nenhuma idéia do que seja educação em seu sentido lato,
assim como, nenhum projeto e nenhum planejamento que dê sustentação ao seu
chamado como solucionador dos problemas educacionais.
A Presidente comentou
ainda que os olhos do mundo estarão voltados para as Olimpíadas de 2016 no Rio
de Janeiro e convocou para o Ministério dos Transportes a figura do Sr. George Hilton,
uma pessoa que não conhece da área e há pouco foi pega com malas de dinheiro em
aeroporto brasileiro.
Por outro lado, a
Presidente irá lançar o PAC 3, mesmo antes de finalizar os PACs um e dois que
se encontra com obras inconclusas e com outras
sem sequer terem sido iniciadas. E mais adiante a Presidente fala em Reforma
Política, mas qual reforma política? Aquela a qual beneficiará apenas o seu
próprio partido político?
Laconicamente
aparece no discurso da “Presidenta” uma menção Stalinista conhecida como “alma
coletiva” (contrário ao privado, reprovação moral, etc.), que, certamente não
foi dirigida aos brasileiros, talvez tenha sido direcionada aos
presidentes/companheiros socialistas da América Latina.
Apesar de todas
essas questões tendo a ficar com uma pesquisa de uma radio carioca que
perguntou na virada do ano às suas ouvintes: o que vocês gostariam de pedir a
“Presidenta Reeleita” para 2015? E a resposta foi surpreendente: que ela
parasse de mentir!
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