quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

O Tamanho do Estado Brasileiro na Economia

O que, exatamente, faz o governo num país de economia complexa como o Brasil? O governo brasileiro regula a atividade econômica. O Estado é dono de muitas empresas. É sócio de empresas que não controla totalmente. E ainda é dono de bancos mastodônticos e de companhias gigantescas, que detêm participações em uma fauna de empresas de todas as espécies. Para não falar no controle que exerce sobre os fundos de pensão das estatais, os maiores investidores do mercado. De diferentes formas, o governo interfere na gestão de algumas das maiores empresas privadas nacionais, em setores tão distantes quanto metalurgia, criação de animais para abate ou telefonia. A teia de interesses estatais nos negócios é tão complexa, tem tantas facetas e envolve tantos conflitos de interesse que o próprio governo não consegue avaliá-la de modo preciso. Nem o Ministério do Planejamento, a que está ligado o Departamento de Coordenação e Controle das Empresas Estatais, nem a Secretaria do Tesouro Nacional, que controla o caixa federal, sabem quantas empresas no país têm participação estatal. E não há, em nenhuma repartição de Brasília, um diagnóstico completo da atuação e da influência do governo sobre nossa economia.
O governo é um dinossauro insaciável. Nunca tivemos um capitalismo de estado tão evidente, ressaltam especialistas.
A revista ÉPOCA com o apoio da empresa de informações financeiras Economática dedicou-se a desfazer o nevoeiro que encobre essa questão. Mergulharam em relatórios ministeriais, balanços e planilhas de dados do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), das estatais, da Bolsa de Valores e das empresas privadas sob influência do governo. Coletaram-se participações do governo federal através de um critério conservador para estimar o tamanho do Estado, por omitir as estatais em poder de Estados e municípios. Mesmo assim, o levantamento inédito, cujos resultados são apresentados estão disponíveis de modo interativo em “epoca.com.br” e revela um quadro preocupante. No futebol da economia brasileira, o governo não é apenas juiz, bandeirinha, técnico, zagueiro e artilheiro ao mesmo tempo. Ele também corta o gramado do estádio, costura as redes e – se quiser – pode até mexer no tamanho das traves.
De acordo com o levantamento, existem hoje no país pelo menos 675 empresas de todos os setores com algum tipo de participação ou influência do governo federal. São participações diretas ou indiretas do Tesouro, dos bancos e das empresas estatais ou dos fundos de pensão (entidades híbridas, inegavelmente na órbita do governo).
Levando em conta apenas as 628 empresas, não financeiras, o faturamento soma R$ 1,06 trilhão, algo como 30% do nosso Produto Interno Bruto (PIB) ou 2,5 vezes as vendas dos 50 maiores grupos privados nacionais. Nas 247 empresas não financeiras controladas pelo governo, as vendas somam R$ 468,5 bilhões, ou 13% do PIB. E o valor de mercado das 99 empresas cujas ações são negociadas na BM&FBovespa totaliza R$ 1,7 trilhão, ou 71% do valor de mercado das empresas na Bolsa. A interferência do Estado na economia via estatais, BNDES e fundos de pensão é tão intensa que, durante a pesquisa, ÉPOCA teve de atualizar os dados de muitas companhias que receberam recentemente dinheiro do governo, como o frigorífico JBS ou a Cipher, especializada em sistema de segurança de informação.
No Brasil, a visão do Estado-empresário nunca teve dificuldades para angariar fãs. A partir do governo Lula, houve uma mudança no entendimento do papel que o Estado deve ter no capitalismo brasileiro. O Partido dos Trabalhadores renegou a privatização, começou a gastar demais e a interferir na gestão de empresas privadas. Começou a aparecer essa face do PT, de que o governo deve ser o agente mais importante de uma economia como a nossa. Os brasileiros amam o Estado e quer mais Estado, dizem os especialistas. Infelizmente a idéia de que o governo resolverá todos os problemas está entranhada na cultura nacional, o que não corresponde necessariamente à verdade.
Em seus oito anos de governo, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva criou sete novas estatais: o Banco Popular do Brasil (BPB), que nem existe mais, a Hemobrás (para fabricação de hemoderivados), a Empresa Brasileira de Comunicações (EBC), a Empresa de Pesquisa Energética (EPE), a Pré-Sal Petróleo, a Ceitec (para fabricar chips e microcondutores) e a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares, designada pela impronunciável sigla EBSERH, cujo objetivo seria prestar serviços gratuitos e apoiar o ensino e a pesquisa nos hospitais universitários federais (esta última não vingou, pois a medida provisória que a criava caducou). Além de criar as novas empresas, Lula investiu quase R$ 100 bilhões nas estatais já existentes e concedeu a elas empréstimos do Tesouro de quase R$ 200 bilhões, principalmente ao BNDES. Houve ainda o renascimento de estatais como a Telebrás, a holding de telefonia cujas subsidiárias foram privatizadas em 1998, e os investimentos bilionários feitos por BNDES, estatais e fundos de pensão na compra de participações em grandes grupos privados.
No governo da presidente Dilma Rousseff, o avanço do Estado sobre o mundo dos negócios continua em ritmo acelerado. Num leilão realizado em 2011, o Banco do Brasil (BB) ganhou o direito de explorar o Banco Postal, a rede de serviços bancários dos Correios, a partir de 2012. Com um lance de R$ 2,3 bilhões, o BB superou a oferta do Bradesco, que operava o Banco Postal desde 2002.
Ainda em 2011, o BNDES anunciou a conversão de uma dívida de R$ 3,5 bilhões do JBS, o maior frigorífico de carne bovina do mundo, em ações e ampliou sua fatia no capital da empresa de 17% para 31%. Quase ao mesmo tempo, o governo patrocinou a troca de comando da empresa Vale, a segunda maior mineradora global, por discordar de sua política de investimento. Embora afastado da Vale desde a privatização, em 1997, o governo usou sua força nos fundos de pensão que detêm o controle da empresa, para impor uma diretoria simpática a seus planos.
O Congresso Nacional aprovou um projeto do governo em 2011 que criou mais uma estatal, a Empresa de Transporte Ferroviário de Alta Velocidade (Etav), para gerenciar o projeto do trem-bala entre Campinas, São Paulo e Rio de Janeiro que teria financiamento de R$ 20 bilhões a juros camaradas do BNDES (20% acima do gasto previsto para o programa Bolsa Família).
Embora a decisão de privatizar os aeroportos, como aconteceu, seja importante, ela não significa que Dilma tenha subitamente aderido à causa da privatização, palavra demonizada por ela mesma durante a campanha eleitoral. A medida reflete apenas o reconhecimento tardio de que o governo não tem dinheiro para modernizar os aeroportos e prepará-los para a Copa do Mundo de 2014 e para a Olimpíada de 2016, no Rio de Janeiro. Só que o país precisa investir pesado em infra-estrutura nos próximos anos – e não apenas para a Copa e a Olimpíada. Os gargalos de nossa economia oneram toda a produção e reduzem a competitividade dos produtos brasileiros no mercado internacional. Além dos aeroportos, é preciso modernizar e ampliar portos, estradas, ferrovias, a geração e distribuição de energia e os sistemas de água e esgoto. De acordo com cálculos do BNDES, as obras exigirão R$ 1 trilhão até 2014. E o governo não tem os recursos necessários para bancá-las. Apesar de sermos um país que optou por ter um Estado grande, temos um Estado que investe muito pouco, comentam especialistas. Também falta poupança interna para financiar todos os investimentos necessários. Sem o capital estrangeiro, portanto, é impossível formatar o Brasil.
Afinal, “Não é o tamanho do Estado que importa, é o que o governo faz”, diz o economista americano Joseph Stiglitz, prêmio Nobel de Economia de 2001. 

domingo, 15 de dezembro de 2013

A diferença entre iPhone, iPod e iPad

Vivemos na era digital. Desta forma, a nossa dependência aos aparelhos tecnológicos é cada vez maior. Desde as crianças até os idosos todos estão de alguma maneira se adaptando à nova realidade. Assim, feliz ou infelizmente, as pessoas simplesmente já não se imaginam sem seus “smartphones”, “tablets” e “notebooks”.
As funções desses aparelhos são bem variadas e nos ajudam em nosso dia a dia, tornando nossos afazeres mais práticos, produtivos e divertidos.
Nesta área tecnológica, uma empresa tem tido enorme destaque desde que foi fundada: a Apple. Todo o mundo adora os seus aparelhos! Mas, com a velocidade de lançamento dos produtos eletrônicos e informatizados, tanto a Apple como as suas concorrentes, acabam por confundir os consumidores, que se perguntam, afoitos: qual a diferença entre tudo isso?
Pois bem! Vamos brevemente tentar passar a diferença entre iPhone, iPad e iPod! 
O iPhone é o aparelho celular mais famoso do mundo. Conhecido como “smartphone” foi lançado pela Apple em 2007 e revolucionou o mercado de telefonia móvel, pois apresentou, gradativamente, funcionalidades novas para um aparelho, como tela sensível ao toque, aplicativos (e uma loja para comprá-los), como loja de músicas, câmera fotográfica aprimorada, conexão à internet via 3G/4G e outras funções de deixar qualquer um de queixo caído, sendo o iPhone mais atual o iPhone 5.
Bem! Entre tantas funcionalidades, o iPhone também faz ligações telefônicas! Na realidade o iPhone é um dispositivo que tem em suas entranhas a interatividade e a interconectividade.
Atualmente não basta que os aparelhos tirem foto ou reproduzam música. É necessário que ele se torne um “microportal” para a vida on-line. Hoje navegamos na internet, consultamos o saldo do banco, lemos nossos e-mails, recebemos SMS, tiramos fotografias e as compartilhamos, blogamos, etc. Tudo da comodidade de nossos celulares.
O iPhone agregou ao aparelho de mão popular as funções que antes eram reservadas a aparelhos de uso corporativo, como interfaces pouco amigáveis e uso complicado. Ele ofereceu ao público em geral a capacidade de: navegar na internet e abrir páginas exatamente como um computador o faz (limitado por páginas em Flash); fazer e receber chamadas telefônicas; enviar e receber Mensagens Instantâneas SMS, MMS; enviar e receber e-mails; sincronizar e compartilhar informações (agendas, contatos, anotações); usar um GPS integrado (assistido em alguns modelos); tirar fotos; filmar (em alguns modelos); ouvir músicas, audiobooks, podcasts; assistir videocasts e vídeos; comprar e/ou instalar aplicativos que acrescentam mais recursos e aplicações ao aparelho (provindo de origem única, a AppStore).
O iPod surgiu para consolidar o mercado de músicas em mp3, tanto é que sua primeira versão deixava apenas que os usuários colocassem músicas no dispositivo. Hoje, o iPod é bem parecido – em todos os sentidos – com o iPhone, começando pelo visual. Ao colocarmos um aparelho ao lado do outro, percebemos algumas pequenas diferenças.
E, no que diz respeito às suas funções, o iPod faz praticamente as mesmas coisas: tem câmera (com resolução menor), suporte à loja de música, livros e aplicativos. Já o iPod não tem suporte, porém, as ligações telefônicas e a conexão à internet são feitas somente via Wi-Fi.
O iPod Touch é basicamente um MP3 player com vídeo e algo mais. Tendo um antepassado em comum com o iPhone, é similar em sua interface e operação. Basicamente é um iPhone sem o Phone. Ele não tem celular, GPS e em alguns modelos iniciais – câmera fotográfica.
Agora o iPad. Quando o iPad foi lançado, ele recebeu o “apelido” de iPhone gigante, por ser idêntico ao iPhone, mas com uma tela maior (enquanto o iPhone tem telas de 3,5 ou 4 polegadas, o iPad tem telas de 9,5 e 7,9 polegadas).
O interessante do iPad é como ele melhora a produtividade que já era muito boa no iPhone e por deixar atividades que podem ser feitas em um notebook ainda mais práticas. No iPad, você pode ver fotos de maneira mais fluída, pode montar apresentações e editar documentos de maneira fácil e rápida (o tamanho da tela é o fator que mais ajuda nessas atividades), ler livros em tamanho real e os jogos são mais divertidos na tela grande.
Outra dúvida bem recorrente é se o iPad é um tablet. Fiquem tranquilos, o iPad é sim um tablet! Assim como o iPhone é um celular e o iPod é como se fosse um iPhone sem a função de realizar chamadas. 
A recepção inicial do iPad não foi o sucesso absoluto esperado — mas com o tempo o aparelho caiu no gosto popular pelas exatas mesmas razões que o iPhone o fez: interface simples.
Se você é um daqueles que tem algum desses 3 dispositivos, tenho certeza de que você sente um grande amor por todos eles. Então, não deixe de cuidar bem dos seus “filhotes” e previna-se para tê-los sempre com a bateria carregada. 

quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

Cidades Inteligentes

O século 21 será marcado pela necessidade de mudanças de paradigmas em todos os sentidos.
O mundo em certos aspectos melhorou e incorporou mais pessoas nas cidades o que gera a conveniência de pensar as cidades do presente para atendimentos aos cidadãos de hoje e do futuro independentemente de sua idade como crianças, jovens, os mais maduros e, principalmente, as pessoas especiais que tenham algum tipo de dificuldade de mobilidade urbana.
As cidades inteligentes não são aquelas que apenas transformam o ambiente para favorecer aos seus cidadãos, mas aquela que também gera informações à sua população e, principalmente, contempla meios modernos de gerenciamento em tempo real.
Uma cidade para ser inteligente precisa contemplar os aspectos de planejamento e gerenciamento do homem e de sua infra-estrutura. Assim, é preciso levar em conta as características de segurança pública, programas sociais, assistência médica, educação, transporte, energia e água, meio ambiente, prédios mais inteligentes, planejamento urbano, o governo e seus órgãos administrativos.
O que faz uma cidade? Na realidade a cidade é um aglomerado significativo de pessoas a serem atendidas através de certas operações de ir e vir mediante uma infra-estrutura que reflita a realidade daquele conglomerado no tempo. Nesse sentido é bom lembrarmos que as realidades mudam com o passar do tempo.
Uma cidade é um sistema de interconecção de sistemas. Onde ocorre uma dinâmica para atender as realidades do comércio, da produção, da educação, da saúde, do lazer e do bem estar das pessoas.
Uma boa cidade deve desenvolver um trabalho dinâmico pensando no progresso como sua palavra de ordem.
As cidades mais inteligentes orientam o crescimento econômico sustentável e a prosperidade para seus cidadãos. Seus líderes devem promover e constituir ferramentas inteligentes para analisar dados que promovam melhores decisões ou decisões mais assertivas, antecipando problemas e resolvendo-os de forma proativa, coordenando recursos para sanear efetivamente os problemas.
Quando a demanda da sociedade cresce pode acontecer que o orçamento fique mais apertado, daí a busca de soluções inteligentes que orientem a cidade como um todo.
Uma cidade realmente inteligente deve coletar e analisar os dados e informações geradas a cada segundo, dia após dia, e utilizar-se deles como ferramenta para coordenar e compartilhar dados em uma única visualização criando assim uma visão geral da cidade para os tomadores de decisões e ofertar serviços adequados aos cidadãos.   
Uma cidade em realidade é o lugar onde a gente vive, estuda, trabalha e procura ser feliz. Nesse sentido cabe ressaltar os serviços de planejamento e gerenciamento das cidades onde a análise de dados abrangentes devem ser acompanhados e geridos, eficientemente, para que possam ajudar as cidades a permanecerem com vitalidade permanente levando adiante maneiras de descobrir seu potencial total enquanto operações eficazes do dia a dia são mantidas.
Os serviços de infra-estrutura como rodovias, trânsito em massa e utilitários são fundamentais para tornar uma cidade desejável e habitável, e a chave para mantê-los viáveis é a preparação para um sistema de mudanças constantes levando aos cidadãos serviços fundamentais como água energia, transporte, etc., atendendo aos quesitos ambientais.
A segurança pública deve ter um trabalho eminentemente preventivo, atento tanto a ligações de trânsito como a brechas na segurança, criando agencias de segurança pública para reunir dados de diferentes fontes levando-os em tempo real aos tomadores de decisões e de gerenciamento emergencial e primeiros responsáveis no intuito de descobrir tendências antes de se tornarem problemas sistemáticos ou eventos criminosos.
O gerenciamento de energia e água deve ser mais inteligente criando uma visão geral dos sistemas. Na água, especificamente, buscar a eliminação do desperdício através de departamentos, silos e sistemas agregativos integrando e visualizando dados chave como o consumo, a qualidade, o fluxo e a pressão da água.
No que se refere ao meio ambiente as cidades devem ser sustentáveis buscando objetivos que otimizem operações que minimizem impactos ambientais visando a melhoria de resultados sociais.
O transporte deve ser olhado tanto dentro como no entorno das cidades onde pessoas e mercadorias estão sempre em movimentação. Assim, sistemas de transporte inteligentes melhoram a capacidade, aprimoram as experiências de viagem e tornam o transporte de qualquer coisa mais seguro, eficiente e confiável.
No aspecto humano as cidades mais inteligentes usam registros sistemáticos que suportam as necessidades de cada cidadão através de programas socias, assistência médica e educação eficiente.