quarta-feira, 18 de setembro de 2013

Os sessentões estão chegando....

Segundo o IBGE, aproximadamente 18 milhões de trabalhadores têm mais de 55 anos e uma boa parte procura se recolocar quando se aposenta ou enfrenta o desemprego. Essas pessoas pertencem a uma geração que se compromete,  tem disciplina e ética,  aprenderam a obter resultados pelo esforço e se tornaram trabalhadores dedicados e disciplinados. São pessoas que gostam de se sentirem ocupadas e são extremamente fiéis às empresas.  Esses atributos são valores intrínsecos que essa geração possui, sendo muito valorizados hoje dia e, mesmo assim, os profissionais mais grisalhos encontram dificuldades para se recolocar num mercado em constante mutação.
A vida e a carreira são feitas de ciclos, que podem se renovar por muitos anos ao longo da maturidade. Isso só depende de planejamento.  Se a pessoa vai manter-se na mesma área em que estava trabalhando, ela provavelmente vai ter que fazer um curso de reciclagem, para ver se não tem alguma nova tecnologia em sua área específica e assim por diante. Agora, se a pessoa quer mudar totalmente de área, ela realmente vai ter que fazer um curso para aprender aquilo com o que ela vai trabalhar.
É muito importante saber se quer voltar ao mercado de trabalho como funcionário ou se pretende abrir um negócio. Ser empregado é muito diferente de ser patrão. Um empregado tem uma cabeça de recebimentos a cada 30 dias.
Um empreendedor, às vezes, pode passar meses sem receber pró labore. Quem procura emprego nessa faixa etária deve valorizar o que tem de melhor: a maturidade e a experiência. O que se espera de uma pessoa com mais idade é o seu domínio emocional, conseguir manter-se calmo em situações onde pessoas mais novas talvez perdessem um pouco o domínio das emoções. Se você se sente melhor como empregado, as funções de atendimento ao público trazem muitas oportunidades. Supermercados, livrarias e companhias aéreas são alguns dos setores que contratam funcionários de mais idade.
O auge profissional começa aos 60, diz o bilionário Carlos Slim.
Se depender da opinião do segundo homem mais rico do mundo, os funcionários na faixa dos 60 anos terão ainda uma longa jornada pela frente e não apenas a porta da aposentadoria.
Falando à rede americana CNBC, o magnata mexicano Carlos Slim, 73 anos, considerou que os sessentões têm muito mais vantagens numa economia agora regida pelo conhecimento e pela informação, e não mais pela capacidade física. “É bobagem se aposentar nessa idade desempenhando um trabalho intelectual, pois a pessoa está justamente em seu apogeu”, afirmou Slim. Ele comentava as saídas para solucionar a crise econômica européia, entre elas a elevação da idade mínima para se aposentar, já que a maior expectativa de vida cria problemas para a previdência.
Slim lançou outra idéia para superar a crise: dividir a semana de trabalho. Em vez de 35 horas distribuídas em cinco dias de trabalho, as pessoas poderiam trabalhar 11 horas diárias durante três dias, revezando-se com outras que trabalhariam nos dias restantes. Para Slim, essa divisão aumentaria a produtividade e as oportunidades de emprego. Essa idéia não parece prática, mas a tese de Slim sobre idade certa para se aposentar, pelo menos, ganhou um reforço com uma pesquisa da “Brookings Institution” baseada em dados do governo americano – segundo ela, quem ainda trabalha na época da aposentadoria ou depois dela ganha 20% a mais por hora do que colegas mais jovens.
Caso o intuito for voltar a ser assalariado, é preciso cadastrar seu nome nos bancos de talentos das empresas; comentar em sua rede de relacionamentos que está em busca de oportunidades e se inteirar com novidades tecnológicas, como o “Facebook”, dentre outras.
No início, aceite salário menor ou vaga temporária. Mostre que tem diferencial, oferecendo muito além do seu contrato de trabalho, que as oportunidades aparecem.
Bem vindos os sessentões!

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