terça-feira, 27 de novembro de 2012

Gestão do Conhecimento

Nestes tempos em que os desafios são constantes e a velocidade das mudanças atinge proporções imensuráveis, o conhecimento torna-se o maior diferencial competitivo das organizações que pretendem longevidade e sucesso.
Neste contexto, o conhecimento que reside nas mentes dos trabalhadores, se coloca como o fator de produção mais importante da economia da informação, o que provoca uma mudança dramática na forma de pensar da maioria dos modelos econômicos do mundo moderno, o qual o Brasil insiste em desprezar. Assim, os novos tempos exigem, sem demora, que os paradigmas sejam revistos.
Há algumas décadas, para aumentar a sua competitividade, as empresas apostavam nas economias de escala, na proficiência em vendas e em marketing, nos movimentos da qualidade e em foco no cliente. Por outro lado, há poucos anos, o conhecimento emergiu como elemento fundamental de diferenciação das organizações.
Com o advento da tecnologia e o acesso a níveis mais sofisticados da informação estratégica, a qualidade deixou de ser um fator de diferenciação. Surge então, o conhecimento como condição indispensável para a sobrevivência das organizações em todos os ramos de atividade.
Dessa forma, a globalização dos mercados, o avanço acelerado da tecnologia, os fluxos dinâmicos do intercâmbio internacional estão mudando antigos modos de como realizar as coisas e introduzindo novos paradigmas para o desenvolvimento de empresas e nações.
A tecnologia há muito, é uma das principais variáveis na divisão internacional do trabalho e um dos principais fatores de organização da produção. Daí, a necessidade da integração competitiva dos países na economia internacional exigindo, das empresas nacionais, grandes esforços na área da inovação.
Sob tais circunstâncias, a capacidade de produzir inovações radicais e revolucionárias será um dos fatores determinantes para o sucesso das empresas e nações em um mercado globalizado e extremamente competitivo.
Cabe então a utilização urgente de uma inteligência competitiva capaz de estabelecer estratégias para identificar o que se passa no ambiente dos setores de negócios e do macro ambiente que abrange as nações.
Neste processo, torna-se necessária uma gestão estratégica do conhecimento onde a “sociedade do conhecimento” reclama por mentes abertas e criativas tornando o conhecimento igual a tecnologia e, portanto, igual às pessoas. Gestão esta capaz de observar e compreender as organizações, estabelecendo assim, uma nova filosofia gerencial que proporcione às organizações rearranjar o conhecimento residente na mente de seus colaboradores de modo a transformá-los em vantagem competitiva através do gerenciamento do capital intelectual, alterando assim o foco das organizações.

sexta-feira, 16 de novembro de 2012

Administrando Prefeituras em Tempos de Crise

Sabemos todos que a administração pública brasileira em todos os níveis não tem sido essas coisas, principalmente, nesses últimos dez anos. Porém, as urnas recém abertas para condução dos gestores às prefeituras em todo o Brasil, necessariamente, não conseguiu traduzir assim e, portanto, corrigir esta distorção que tanto prejudica os municípios, e o país como um todo.
Muito se pergunta, de fato, o que ocorre para o povo não fazer a leitura correta dos gestores públicos? Dentre diversas variáveis, podemos nomear a baixa escolaridade do brasileiro, que certamente não explica tudo.
É preciso adicionar à realidade da baixa escolaridade do povo brasileiro, bastante conhecida de todos e muito discutida e divulgada pela mídia, outra questão, tão importante quanto. Ou seja, a apropriação de uma “maneira de governar” transvertida por um populismo exacerbado que amealha recursos públicos aos mais necessitados do país, sem de fato resolver os imensos problemas desta faixa da população, produzindo apenas votos.
Desta forma, o maior problema das prefeituras Brasil afora, é a questão da folha de pagamento com quadros excessivamente inchados. Assim, a maioria das prefeituras beira ao limite constitucional de gastos com pessoal permitidos no orçamento para a folha de pagamento, que é de 54% de toda a arrecadação municipal.
Considerando os limites orçamentários mínimos para saúde, 15% e educação, 25%, chegaremos a um percentual total de gastos de 94% do orçamento. Estabelecendo assim, realmente, uma margem muito pequena para atender às outras necessidades e demandas das populações municipais.
No que se refere aos planos de governo e às voluntariosas promessas de campanha, o prefeito eleito terá que verificar as reais possibilidades de conseguir dinheiro novo do governo estadual e do governo federal para a realização dos projetos estabelecidos no plano.
Assim, com este nível de comprometimento do orçamento das prefeituras, elas sozinhas, não terão dinheiro suficiente para realizar o plano proposto durante as campanhas.
Na República Federativa do Brasil, que não tem viés municipalista, mas sim um modelo federativo, a União, distorcidamente, tem um poder arrecadatorio maior sobre estados e municípios, ficando com a maior fatia do bolo da arrecadação dos impostos. Distorção esta que interfere no jogo político nacional e no processo de administração pública relativa aos poderes municipal, estadual e federal e que peremptoriamente não se torna motivo de discussão e debates durante os processos eleitorais sejam em qualquer dos níveis de governo.
Portanto, estados e, principalmente, os municípios ficam com uma parte muito pequena desse montante arrecadado. Daí a importância de se conseguir recursos não somente dos Estados, mas também, da União, apresentando projetos eficientes para convencer os entes superiores, de que os projetos municipais, são realmente, de vital importância para a população.
O Brasil conta com 5.564 municípios, e a maioria deles, vive de pires na mão totalmente dependentes dos recursos do FPM (fundo de participação dos municípios). Daí a importância de se tornar os municípios mais independentes com geração de recursos através da instalação de empresas locais, com a função de geração de renda para que os municípios tenham mais dinheiro para realizar mais em prol de sua população.
Por outro lado, a população deve ficar atenta e verificar junto a seus vereadores se a obra ou a aplicação dos recursos do contribuinte estão sendo bem alocados e se a prioridade está corretamente identificada. Verifique também se a sua Câmara Municipal está apenas distribuindo moções de aplauso ou de cidadania honorária para cidadãos cuja comenda é duvidosa, em detrimento de discutir e aprovar projetos mais relevantes que envolva todos.
Outro ponto que requer cuidado dos prefeitos eleitos, provem da redução do FPM que por conta de uma política míope do governo federal concentrada na redução de impostos para alguns setores (montadoras automotivas) e no baixo crescimento da economia medido pelo PIB (toda a produção de um país), que vem trazendo perdas significativas do dinheiro que retorna do Governo Federal aos municípios.
Fica aos prefeitos, o desafio de gerir as contas e de administrar com poucos recursos suas prefeituras, buscando oferecer e garantir educação e saúde de qualidade à população.
Além disso, estudos da Confederação Nacional dos Municípios, mostram que mais de 1.400 prefeituras devem deixar dívidas para a administração entrante, contrariando a Lei de Responsabilidade Fiscal deixando, o chamado, Restos a Pagar; e mais de 350 municípios alegam atraso nas folhas de pagamento do funcionalismo.
Afora a isto, outros municípios se queixam da implementação de políticas do governo federal que deixam os municípios a descoberto, como o aumento do salário mínimo e implantação do piso nacional do magistério, previstos, pelo governo federal, sem contrapartida de recursos para os municípios, apropriarem os gastos, acrescidos ainda, de Restos a Pagar devidos pela União aos Municípios de acordos anteriores, não cumpridos. Conte-se ainda com as discussões prematuras dos Royalties do Petróleo e da corrupção vigente. Haja fôlego!

quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Jogos de Negócios

Empreendedores já podem aproveitar o ambiente lúdico para simular situações gerenciais e desenvolver habilidades estratégicas, de planejamento, liderança, negociação, tomada de decisões e correrem riscos calculados, sem investir um tostão sequer.
Assim, se divertir e se entreter não consta de os únicos benefícios de alguns games online e jogos de tabuleiro.
Nos tabuleiros, alguns jogos simulam verdadeiros mercados, como "Power Grid", “Settlers of Catan”, dentre outros. E os clássicos “Monopoly” (Banco Imobiliário) e “War” testam a capacidade dos jogadores de expandirem seus domínios.
Já, nos computadores, existem os chamados “serious games” (jogos sérios), feitos especificamente para trabalhar habilidades em seus jogadores. “Tycoon City: New York” é um exemplo. Agindo como um empreendedor o participante do jogo, tem como objetivo construir negócios e fazer com que eles se prosperem na ilha de Manhattan.
Os famosos games de estratégia, RPG - formato em que os jogadores equipam seus personagens com magias, equipamentos e armas antes da partida – e simuladores, como “The Sims” e “SimCity”, podem ser bons exercícios para quem pretende comandar uma empresa.
"Power Grid": é um jogo que envolve praticamente toda a gestão de um negócio. No começo, os jogadores compram usinas de energia em um leilão. Cada usina funciona com um combustível (carvão, plutônio etc.) e estes produtos ficam mais caros ou baratos conforme a procura por eles. Quanto mais energia a usina gerar, mais lucro a empresa consegue.
"Settlers of Catan" (Colonizadores de Catan): é um game onde cada jogador é um explorador de recursos naturais de uma ilha. Nele é preciso utilizar toda sua capacidade de negociação para trocar, por meio de escambo, os recursos explorados com os demais jogadores. Não há dinheiro envolvido nas negociações e o valor das mercadorias é estipulado pelos próprios participantes do game.
“I’m the Boss" (Eu sou o chefe): é um jogo de pura negociação. Cada participante é um investidor e precisa escolher seus sócios e em quais negócios investir. Fazer aliança com as pessoas certas é essencial para ganhar dinheiro e sair vencedor do jogo.
"Monopoly": no Brasil, é mais conhecido como "Banco Imobiliário". Apesar de o fator sorte ser bastante presente, o jogo envolve fatores como tomada de decisões, capacidade de negociação e atenção ao mercado para investir na hora certa e obter ganhos astronômicos.
"War": é um clássico jogo de guerra entre exércitos em que o principal é entender os movimentos do adversário e esperar o momento certo para atacar e alcançar o objetivo final. O tabuleiro é o mapa-múndi e a cada rodada os participantes batalham para conquistar e defender territórios e aumentar seus exércitos, ao mesmo tempo em que fazem alianças estratégicas.
No "Tycoon City: New York": o jogador é literalmente um empreendedor que tem toda a ilha de Manhattan para explorar. O objetivo é abrir negócios fazendo pesquisas de opinião, escolhendo preço, ponto comercial, visual da empresa, serviços prestados etc. Se enquadra entre os chamados "serious games" (jogos sérios ou educacionais).
Para os políticos recomenda-se "Sim City": simulador de cidades em que o jogador atua como prefeito e deve fazer com que sua cidade prospere, construindo casas, empresas, estradas etc. Conforme se desenvolve, a cidade apresenta uma série de problemas, como trânsito e poluição, e cabe ao jogador administrar seus recursos e tomar decisões para solucionar todas estas questões.
Já no "The Sims": simula-se a vida real e trabalha as relações sociais. O jogador começa praticamente sem nada e precisa arrumar emprego, administrar recursos financeiros, construir o patrimônio e dividir o tempo entre o trabalho, os estudos e a família.
Aproveitem os tempos modernos com bons jogos e excelentes negócios!